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[Flávio Bittencourt]

Quadrinhos/EUA: Hall da Fama dos Prêmios Will Eisner

Criador "eisnerizado" é criador imortalizado.

 


 

 

 

 

 

 

Desenho antológico de Will Eisner:

(http://www.riocomicon.com.br/o-espirito-vivo-de-will-eisner-em-sp/)

 

 

 

 

 

"SENHORES MEMBROS DO JÚRI:

QUINO (ARGENTINA),

ZIRALDO (BRASIL) E

MAURÍCIO DE SOUSA (IDEM) AINDA NÃO RECEBERAM

O PRESTIGIOSO WILL EISNER; ESSES, FELIZMENTE, ESTÃO VIVOS,

MAS OS GRANDES NICO ROSSO E

CARLOS ZÉFIRO, QUE INFELIZMENTE JÁ FALECERAM,

BEM QUE MERECIAM ESSE PRÊMIO, TAMBÉM"

 

(C R...)

 

 

 

 

27.3.2013 -  Os "eisnerizados" - Hall da Fama dos Quadrinhos, nos Estados Unidos, o Óscar da 9ª arte.  F. A. L. B

 

 

 

 

 

 

PRÊMIO W. EISNER ATÉ HOJE [27 de março de 2013] 

PELO CONJUNTO DA OBRA:

 

"The Will Eisner Award Hall of Fame

 

(http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_Eisner_Award_winners#Special_Recognition)

 

 

 

 

 

 

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"O Espírito Vivo de Will Eisner em SP

Há alguns bons e vários anos atrás, quando os quadrinhos ainda nem sonhavam virar artigo de livraria, com edições luxuosamente encadernadas, concorrentes ao Prêmio Jabuti (ainda que na categoria Ilustração…), Rosângela Costa costumava se sentar sob a árvore do quintal de casa e se embrenhava nos seus quadrinhos favoritos: "Eu sou de 1970, tinha muito gibi naquela época, cara! Ali eu viajava..." Um dos lugares recorrentes de destino era Central City, a dramática cidade do herói Danny Colt, detetive e mascarado, conhecido como Spirit. Debaixo da sombra das folhas e junto ao pé do pai que ia lendo o jornal na poltrona, Rosângela conheceu a Turma da Mônica, Asterix, Obelix, Gulliver e planejou diante das voluptuosas amigas de Danny Colt: "Quando eu crescer...!"

Conhecemos Rosângela quando ela encerrava seu dia de trabalho com uma faxina geral pelo chão da exposição O Espírito Vivo de Will Eisner, durante o segundo dia do Rio Comicon 2011, que aconteceu na Estação da Leopoldina (Rio de Janeiro), no final de outubro. Ela segurava a vassoura despercebida como se fosse a extensão natural de seu próprio corpo e o rosto branco tinha ficado rosa de tanto chorar e esfregar os olhos com a camisa da empresa de limpeza. Mas conversou com a gente com perturbadora serenidade. Estava apenas fazendo seu serviço, quando, no meio do caminho, levou um susto ao dar de cara com uma ilustração gigante de Ellen Dolan, a namorada de Spirit – "a loira!" – e, ato contínuo, caiu em prantos: "Parece um filme que passa dentro da cabeça... é engraçado, sabe, a gente fica buscando nas coisas as coisas que a gente viveu", contou a auxiliar de serviços gerais.

O Espírito Vivo de Will Eisner apresentou no Rio de Janeiro – e leva agora, a partir de 15 de novembro até 18 de dezembro, para o Centro Cultural São Paulo, na capital paulista – 106 obras originais, materiais de trabalho, além da primeira estátua forjada em bronze de um personagem seu, o Spirit, parceria entre Eisner e o escultor Peter Poplaski. “É a primeira vez que uma escultura em bronze do Spirit será exibida no mundo inteiro. A exposição inclui ainda uma mostra de toda a sua carreira, desde histórias completas do Spirit dos anos 1940 até páginas de muitas de suas graphic novels, além de pinturas coloridas e ilustrações inéditas, ainda não exibidas em lugar algum. Além dos 106 originais, temos itens pessoais de Eisner, como pincéis e canetas que ele usou, sketchbooks e exemplares impressos. É um deleite para os verdadeiros fãs”, afirma Denis Kitchen, um dos curadores da exposição, ao lado da brasileira Marisa Furtado, diretora de Will Eisner: Profissão Cartunista (1999) documentário sobre a vida e obra do mestre.

Eisner é considerado o principal artífice da posição que as histórias em quadrinhos chegaram no final do século passado, quando deixaram de ser vistas como algo destinado apenas às crianças (e que outrora degenerava os pequenos), alcançando o estágio de forma de arte, embora muitos ainda torçam o nariz para isso. Se Maus (Cia. das Letras, 2005) – seminal história em quadrinhos de Art Spiegelman que conta a passagem e sobrevivência de seus pais por Auschwitz durante a II Guerra – conseguiu até hoje o único Prêmio Pulitzer (em 1992) para HQs é porque alguns anos antes, em 1978, mais precisamente, Eisner publicou a sua primeira novela gráfica, ou graphic novel, termo que escolheu para tentar explicar aos editores no que consistiam as suas histórias que se utilizavam de desenhos e texto para narrar, mas passavam longe de enredos  direcionados apenas ao público infantil ou juvenil. Se o que entendemos como graphic novel já existia antes disso, foi com Eisner que ela começou a ganhar forma mais clara e precisa e a ter o respeito dos editores e do público-leitor.

Denis Kitchen é quadrinista, editor e agente, tendo editado, ao longo de 30 anos, nomes como o próprio Eisner, Harvey Kurtzman, Robert Crumb, Alan Moore, Dave McKean e Art Spiegelman. Sua agência literária representa alguns dos principais quadrinistas e sua editora, a DKP, publica clássicos de Eisner, Kurtzman e Crumb.  Seu trabalho foi reunido recentemente em The Oddly Compelling Art of Denis Kitchen (Dark Horse) e Denis Kitchen’s Chipboard Sketchbook (Boom). Um dos convidados do Rio Comicon 2011, ele disse ter gostado muito o festival e a montagem da exposição, que ficou a cargo da curadoria local de Marisa Furtado. “Todos com quem conversei me disseram ter apreciado profundamente a possibilidade de ver em pessoa os originais”, afirmou.

Realmente, a possibilidade única e inédita não emocionou apenas Rosângela Costa, que nem imaginava que iria se deparar com personagens de sua infância durante o final da semana de trabalho na Estação da Leopoldina. Todos aqueles que conhecem e apreciam o seu trabalho puderam (e ainda podem, em São Paulo) se deleitar com os traços e os detalhes feitos por Eisner em histórias dos anos 1940 em diante. Há, por exemplo, sequências de Fagin, o judeu (Cia. das Letras, 2005), sua versão de Oliver Twist (1838), o clássico de Charles Dickens que pesa a mão contra os imigrantes judeus, retratados com características que ajudariam a reforçar o preconceito e o antissemitismo, tema caro a Eisner, que passou por situações destas em sua infância itinerante por Nova York, abordadas em Ao coração na tempestade (Quadrinhos na Cia., 2010), também presente na exposição. Outro trabalho presente é Um contrato com Deus (Devir, 2007), que aborda temos pesados como incesto e pedofilia, publicada originalmente em 1978 e responsável por este momento de mudança na histórias das HQs acima mencionado. E ainda trechos de outras graphic novels, entre elas A força da vida (Devir, 2008), Avenida Dropsie (Devir, 2009) e Assunto de família (Devir, 2009).

Muito antes de revolucionar o mercado dos quadrinhos norte-americanos com suas novelas gráficas, nos anos 1940, o norte-americano, filho de imigrantes judeus que aportaram em Nova York no final do século XIX, já havia conquistado os  fãs, com o seu personagem Spirit, um herói sem superpoderes nem magia que toda semana alcançava um público de 5 milhões de leitores com suas histórias encartadas no jornal de domingo. Eisner também foi um dos primeiros quadrinistas a lutar pelos direitos sobre seu trabalho, algo impensável na hoje longínqua na primeira metade do século XX.

Segundo Kitchen, “Eisner foi um gigante, não somente por causa do seu enorme talento como artista e ilustrador, mas como alguém que criou a ‘linguagem’ para as histórias em quadrinhos. Coisas que consideramos banais hoje em dia, como as dramáticas splash pages para começar uma história, estão entre as suas invenções no final dos anos 1930 e nos anos 1940. O seu Spirit não era um quadrinho vendido nas bancas, mas criado como um encarte no jornal de domingo, com uma estética bem distante do comum para os quadrinhos de então. E mesmo que ele não estivesse em um grande número de jornais, ele alcançou muito mais leitores, em torno de 5 milhões, quando as histórias em quadrinhos mais vendidas de então, como Super-Homem e Crime Does Not Pay, raramente excediam um milhão de exemplares vendidos. E como um esperto homem negócios, mesmo ainda jovem, ele foi capaz de deter os direitos autorais de seu próprio trabalho, algo praticamente impossível de se fazer nos anos 1940”.

Foi na mesma década, durante a II Guerra, quando os EUA entraram no conflito, que Eisner serviu ao Exército produzindo cartilhas onde ilustrava tarefas que os soldados deveriam aprender. “Ele nunca parou de inovar. Durante a II Guerra, desenvolveu um método em quadrinhos para os manuais de treinamento, para ensinar os soldados como fazer a manutenção das máquinas, montar as armas e outras tarefas similares. Depois da Guerra, ele continuou a criar quadrinhos educacionais para o Exército, companhias e crianças na escola. E então, em uma idade em que seus contemporâneos estavam produzindo menos e se aposentando, ele criou [em 1978] Um contrato com Deus e revolucionou os quadrinhos, mostrando que os livros – verdadeiros livros, com valor literário e leitores mais velhos – poderiam ser criados de uma maneira cuja a maioria das pessoas consideravam um formato juvenil. Um contrato com Deus inspirou uma nova geração e as graphic novels logo se tornaram item obrigatório nas livrarias”, contextualiza Kitchen, seu editor, amigo e parceiro em histórias em quadrinhos.

 Marisa Furtado conheceu Eisner quando ele esteve no Brasil para a I Bienal Internacional de Quadrinhos do Rio de Janeiro, em 1991. Ela trabalhou no receptivo do evento, ciceroneando os convidados como o criador do Spirit. A amizade começou ali e duraria até o final da vida do quadrinista. Marisa esteve nos Estados Unidos algumas vezes a convite de Eisner e sua esposa, Ann, e quando o casal vinha ao Brasil, Marisa os encontrava. O documentário sobre sua vida e obra surgiu dessa cumplicidade entre os três, já que, devido à trágica história familiar, que inclui a perda da filha com leucemia, Will e Ann sempre tiveram receio da invasão de privacidade. A base do doc foi uma entrevista de quatro horas, gravada em Belo Horizonte, quando Eisner veio participar de outra Bienal de Quadrinhos. Mais tarde, ela conseguiu vender o projeto para a então TV Senac (hoje Rede Sesc Senac de Televisão) e Will Eisner: Profissão Cartunista estreou em 1999, dando  origem a uma série com mais três documentários sobre a vida e obra de quadrinistas: Jerry Robinson, Henfil e Ziraldo.

A diretora e curadora conta que o segredo de Eisner vem de um prosaico acontecimento, quando um dia, depois de horas trabalhando na prancheta, ele bebeu sem querer o copo com água e nanquim ao invés do café preto. “Ele era viciado em nanquim”, brinca. E acrescenta: “E também é uma lição de vida que carrego até hoje. Além de ser o primeiro autor de história em quadrinhos a ter direito sobre o seu personagem, ele ampliou o público leitor de quadrinhos, saiu da bolha, e levou as HQs para quem não conhecia, expandindo as fronteiras do seu meio de expressão”. Com o pai artista que não chegou a vingar,  sua mãe sempre foi muito receosa por conta disto, e cobrava a inclinação artística do filho. “Ele teve que provar para a mãe que podia ser empresário. Tinha uma produtividade enorme, nunca perdeu um deadline. Ele foi um business man, além de um grande artista”, afirma Marisa.

Eisner também deve ser lembrado como alguém que ensinou e refletiu sobre o que cunhou de arte sequencial, lecionando na Escola de Artes Visuais de Nova York, além de ter escrito algumas das principais obras teóricas sobre o assunto, como Quadrinhos e arte sequencial (WMF Martins Fontes, 2010, 4. ed.), Narrativas gráficas (Devir, 2008, 2. ed.) e Expressive anatomy for comics an narrative (WW Norton & Company, 2008) editado após o seu falecimento, ainda inédito no Brasil. “São reflexões a respeito do que ele criou como linguagem”, pontua Marisa.

E o que Eisner criou não foi pouco. Entre aqueles que o tem como mestre e referência, está Mauricio de Sousa. “Talvez a maior influência, em termos de narrativa, tenha sido o Will Eisner, que fazia o Spirit. Porque eu tinha meus 8, 10, 12 anos e adorava a história dele pela originalidade, pelo inusitado, pela ousadia. Não tinha uma história igual à outra. Até o desenho do título, durante anos, todos os títulos da história foram diferentes. Ele recriava o “The Spirit”, cada semana de uma maneira. Ele não tinha obrigação nenhuma com nada, cada história era diferente. Ali, eu percebi que era possível fazer qualquer coisa em história em quadrinhos”, diz o criador da Turma da Mônica e responsável hoje por 80% das vendas de quadrinhos no país.

“Eisner foi capaz de produzir mais 20 graphic novels, depois de Um contrato com Deus e antes de morrer aos 87 anos, em 2005. Sua importância e influência são impossíveis de medir”, sentencia Kitchen. Mas Rosângela nos ajuda novamente na tentativa de explicar o que pode representar a paixão pelos quadrinhos e o que eles efetivamente significam para aqueles que os apreciam. Aos 41 anos e três filhos, ela falou sobre o falecimento da mãe, o período de depressão, os médicos e os remédios, a cabeça que parecia ter ficado vazia e que agora estava resolvida a encerrar as coisas tristes com preenchimentos, olhando para trás em busca da própria identidade. Nas suas memórias, gibis: "Eu não tinha eletrônicos, brinquedos caros, esse negócio de ficar na internet nem existia... Eu lia muito gibi, tinha coleção! Ainda tenho, porque eu deixei guardada na casa da minha mãe. Aí eu me casei, tive meus três filhos e não levei todas, mas deixei guardada lá, ih!  Tem uns que tão até fedendo a papel velho".

Como aconteceu com tantas crianças, embaixo de tantas outras árvores, armadas com suas revistinhas em quadrinhos, dessas compradas com o dinheiro não gasto da merenda, Eisner tornara-se parte integrante da história e das memórias mais caras da auxiliar de serviços gerais: "Estou fazendo uma viagem, isso é voltar pro passado... Lembrar e viver coisas da infância, de quando a gente foi garota, dos lugares onde a gente viveu, aí eu fico meio assim, saudosista". É difícil falar certas coisas sem ser piegas; mas Rosângela o fez muito bem e o lugar onde suas lembranças nos levam é um passar muito próximo daquele tempo onde crianças de diversas idades faziam uso orgânico das histórias em quadrinhos como hoje fazemos da banda larga. A obra de gênios como Will Eisner era parte integrante e cotidiana totalmente afastada das noções contemporâneas de que para apreciar arte é necessário entender de arte. A genialidade, o traço íntimo e o drama humano conjurado por Eisner noutros tempos prescindiam de explicação, técnica ou acadêmica. Era entendido e sentido por ser, ao mesmo tempo, simples e sublime. Talvez resida aí a grandeza de mestres como ele. (Colaborou Priscilla Santana)"

(http://www.riocomicon.com.br/o-espirito-vivo-de-will-eisner-em-sp/)

 

 

 

 

 

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"Quino

Quino
Nome completo Joaquín Salvador Lavado Tejón
Nascimento 17 de Julho de 1932 (80 anos)
Argentina, San José, Guaymallén, Mendoza
Nacionalidade Argentina e  Espanha (cidadania)
Ocupação Cartunista
Principais trabalhos Mafalda
Prêmios B'nai B'rith (1998)
Página oficial Sítio Oficial

Joaquín Salvador Lavado Tejón (Guaymallén, 17 de julho de 1932) mais conhecido como Quino, é um pensador, historiador gráfico e criador de banda desenhada.

Índice

Biografia

Filho de imigrantes espanhóis da Andaluzia, nasceu em 1932 na província de Mendoza na Argentina. Desde cedo é chamado pelos familiares pelo apelido com que é conhecido - Quino - para diferenciá-lo do tio homônimo, desenhista, com quem já aos 3 anos de idade aprende o gosto pela arte.

Em 1945 perde a mãe e em 1948 o pai. No ano seguinte abandona a Faculdade de Belas Artes com a intenção de se tornar um autor de banda desenhada, e logo vendeu o seu primeiro desenho animado, um anúncio de uma loja de seda. Tentou encontrar trabalho no editorial Buenos Aires, mas não consegue. Depois de fazer o serviço militar obrigatório em 1954, estabeleceu-se em Buenos Aires em condições precárias. Terá, por fim, publicado a sua primeira página no humor semanal Isto é, de logo se seguiram outras editoras: Leoplán' TV Guide, Ver e Ler Damas y Damitas', Usted, Panorama, Adam, Atlântida, Che,no jornal Democracia, etc . Em 1954 começou a publicar regularmente no Rico Tipo e no Tia Vicenta e Dr. Merengue. Logo depois começa a tirar fotos de publicidade. Publicou as suas coleções primeiro mo livro "Mundo Quino" em 1963, e logo surgiram algumas encomendas para algumas páginas numa campanha de publicidade encoberta por Mansfield, uma empresa de electrodomésticos.Mitos% 20e% do site Nota 20Bohemia/barriodemafalda.htm em San Telmo, acessado em 2009/12/12 A campanha não chegou a ser realizada pelo que a primeira história de Mafalda foi publicada no Leoplán, e pouco depois passou a ser publicado regularmente no semanário Front Page já que o editor do semanário era um amigo de Quino . Entre 1965 e 1967 é publicado no jornal (entretanto desaparecido) O Mundo, logo publicou as primeiras colecções de livros, e começa a ser lançado em Itália, Espanha (onde a censura força-o a rotulá-la como "conteúdo para adultos"), Portugal e outros países. Depois de por um fim à Mafalda a 25 de junho de 1973, segundo o própio por as suas ideias estarem a esgotar-se, Quino muda-se para Milão, onde continuou a fazer as páginas de humor que lhe caracterizam. Em 2008, a cidade de Buenos Aires imortaliza-lo. Por iniciativa do Museu de Desenho e Ilustração e com curadoria de Mercedes Casanegra, a Buenos Aires empresa Subway realiza dois murais da sua personagem Mafalda, na estação Peru, ou seja na histórica Plaza de Mayo. Isto irá assegurar o conhecimento do seu trabalho para as gerações futuras. Em 2009, com uma peça original de seu caráter Mafalda, realizado para o jornal El Mundo, na exposição "Bicentenário: 200 Anos de Humor Gráfico" que o Museu de Desenho e Ilustração, realizada em Eduardo Sivori Museu de Buenos Aires, homenageando os mais importantes criadores de Humor Gráfico na Argentina através de sua história.

Uma menina questionando o mundo

A obra mais famosa de Quino é a tira cômica Mafalda, publicada entre os anos 1954 e 1983. Editada em tiras nos jornais, Mafalda questionava todos os problemas políticos, de gênero, e até científicos que afligiam sua alma infantil e, ao mesmo tempo, refletia o conflito que as pessoas da época enfrentavam, sobretudo com a progressiva mudança dos costumes e a já incipiente introdução da tecnologia no cotidiano.

Um bom exemplo é a tira onde Mafalda ouve no rádio:

"O Papa fez um chamado à paz"

E, com sua ingenuidade infantil, responde ao aparelho:

"E deu ocupado como sempre, não é?"

Apesar de ter sido interrompida ainda no começo dos anos 1970, Mafalda possui uma legião de fãs, e o trabalho de Quino ainda tem reconhecimento internacional, como um dos maiores cartunistas do mundo. Quino criou vários personagens, mas a personagem mais famosa é Mafalda, uma menina de quase 8 anos que odeia sopa.

Cronologia

  • 1932: Nascido em San Jose, Mendoza, Argentina, em 17 de Julho. O mais novo dos três irmãos.
  • 1935: Quino descobre o que é a paixão de sua vida quando seu tio Joaquín (artista comercial) entretém uma noite com seus desenhos.
  • 1945: A morte de sua mãe. Nesse mesmo ano, faz parte da [Escola [de Belas Artes de Mendoza]].
  • 1948: A morte de seu pai. Deixe a Escola de Belas Artes, porque ele quer se dedicar ao desenho humorístico.
  • 1950: Desenha o seu primeiro desenho animado para a publicidade.
  • 1951: Sofre sua primeira derrota para ir para Buenos Aires e não vender suas piadas em revistas e jornais.
  • 1954 Conseguir finalmente aceitar que a primeira página de piadas sem palavras no Es Este semanal
  • 1955 - 1959: Contribuir páginas de humor em inúmeras publicações.* 1960: Já ter um posicionamento bom trabalho como colaborador em diversas publicações casado Alicia Colombo, o seu parceiro para a vida.
  • 1962: Faz sua primeira exposição em uma biblioteca de Londres.
  • 1963: ano crítico na vida do autor. Ele publicou seu primeiro livro coleção de desenhos animados, "Mundo Quino", e fazer a Mafalda quadrinhos para uma agência de publicidade que o utiliza.
  • 1964: A 29 de setembro Mafalda vê a luz no semanário Primera Plana.
  • 1965: O Diário de O Mundo começa a publicar a tira de Mafalda.
  • 1966: primeira compilação de tiras de Mafalda em um livro. A edição se esgotou em dois dias.
  • 1967: No final do ano é interrompido Mafalda pelo desaparecimento do mundo. Quino, entretanto continua a desenhos animados página que vem fazendo há anos e continuaremos com ele até hoje.
  • 1968: É retomado publicação no semanário Sete Dias. Mafalda, depois de ser publicado em alguns outros países da América Latina, apareceu pela primeira vez na Europa em uma coleção de textos e humor, realizada em Itália.
  • 1969: "Mafalda o rebelde", o primeiro livro dedicado ao Europeu Mafalda. Este livro publicado na Itália introduziu o Umberto Eco.
  • 1970: A partir deste ano Editorial Lumen começa a editar os livros de Mafalda, que permanecem no mercado até hoje.
  • 1971: O semanário El Triunfo, Madrid, começa a publicar seus cartuns. Mafalda se estende por toda a Europa.
  • 1972: Depois de ter assinado contratos de merchandising para evitar a especulação com o personagem, Quino assinar um contrato para uma série de animação dirigido por Mafalda Catu. Ele também publicou "Eu não gritar:" Editorial Siglo XXI Argentina. Sucesso em todo o mundo transborda Mafalda Quino.
  • 1973: Estamos começando a divulgar as caricaturas. Em 25 de julho Quino entregues nos últimos quatro tiras e faz Mafalda e seus amigos disparou. Ele publicou seu terceiro livro sem Mafalda, "Se eu fosse você ...", Editorial Siglo XXI Argentina.
  • 1974: Publicado em "Dez anos Mafalda".
  • 1976: move Quino para Milão.
  • 1977: ". Declaração dos Direitos da Criança" Executa a pedido de UNICEF
  • 1978: Quino recebe o Troféu Palma de Ouro Salão Internacional de Humor Bordighera.
  • 1979: Lançado por Quino, Glénat começar a editar tiras coloridas de Mafalda. Publica "As pessoas no seu lugar."
  • 1981: Em Buenos Aires abre uma característica Mafalda, a montagem de curtas feitos para a televisão, também foi o lançamento dos primeiros livros no Brasil.
  • 1982:. O Exposição Internacional de Humor de Montreal nomeou-o Cartunista do Ano' Publica "Nem a arte nem parte."
  • 1983: Executa desenhos de Mafalda para uma campanha de dentistas argentinos sobre a higiene oral. Publica "Deixe-me inventar".
  • 1985: Desenhos para propaganda de alguns programas de nutrição, saúde e cultura do governo argentino. Publica "Quinoterapia". Primeiros curtas-metragens produzidas e realizadas em Cuba em páginas de humor de Quino "Quinoscopio".
  • 1987: Publicado em "Sim, querida ...".
  • 1988: Sua cidade natal, Mendoza. distingue o título de Cidadão Ilustre Mestre da Sensibilidade, Humor e Nacional de Justiça e projeção internacional. Desenhe um cartaz para a chancelaria argentina comemora Direitos Humanos e os cinco anos de democracia na Argentina.
  • 1989: No 25 º aniversário da Mafalda é publicada "Mafalda inédita." Publicação do "poderoso, arrogante e impotente."
  • 1991: Publicados "As pessoas nascem".
  • 1992: Madrid é organizado na exposição "O Mundo de Mafalda". Publica "Tudo Mafalda".
  • 1993: 1 edição do "All Mafalda", Editorial de la Flor. D.G. Productions, Inc. em colaboração com a TVE produzidos 104 episódios de desenho animado Mafalda feitas por John Register em ICAIC, curtas-metragens que não tenham sido comercializadas na televisão na Argentina. Publica "Eu não estava!", Editorial de la Flor.
  • 1994: Milan são realizadas nos trinta anos de Mafalda com uma reunião em Circolo della Stampa, na presença de Umberto Eco, Marcello Bernardi Fulvia Serra (diretor Linus revista) e Roman Gubern (presidente do Instituto Cervantes, em Roma).
  • 1995: A partir da publicação de páginas de Quino humor no País Semanal, o jornal de domingo o país de Madrid.
  • 1996: Publicado na Argentina "Cuentecillos e outros distúrbios" por George Timossi, ilustrado por Filipe feita por Quino. Publicado "Quão ruim é o povo".
  • 1997: Obtenha um prêmio de Placa de Prata curioso, dado pela Madrid Associação dos Empregadores de restaurantes e cafés, para ajudar com demonstrações gráficas se espalhar para o prestígio e cozinha. Também recebeu o prêmio da Associação dos Ilustradores de Madrid.
  • 1998: primeiro livro Ediciones de la Flor reissued de Quino, "Mundo Quino", com um prefácio do autor. Distingue-se pela Ministério da Cultura, Governo da Cidade de Buenos Aires como' Master of Arts em reconhecimento do seu trabalho. Recebe B'nai B'rith Direitos Humanos, organização que concedido anualmente a pessoas que se destacaram na promoção e proteção dos direitos humanos. Publique seu website.
  • 1999: ". Eu não gritar" Em abril, Ediciones de la Flor reeditado o livro O Biblioteca Internacional Quino convidados a San José Costa Rica, sob os auspícios do jornal The Nation.
  • 2000: O Livro Instituto Cubano apresenta a exposição "O Mundo de Quino" em Centro Wilfredo Lam, local da Nona Feira Internacional do Livro de Havana . Litexa Boliviana SA Quino convidados a La Paz Bolívia, por ocasião da Feira do Livro, promovido pela Lloyd Aereo Boliviano ea cidade de La Paz. Desta vez, a relação estabelecida com o público levou-o a se comprometer a frequentar a Feira do Livro.
  • 2001: Durante Julho e Agosto faz uma exposição itinerante de humor na Bolívia. Por sua vez, em Grécia, por ocasião do quinto Humor Internacional, Quino mostra uma amostra de seus desenhos e algumas tiras de Mafalda, sob os auspícios do Ministério da Cultura da Grécia e da [ [Unesco]]. Em outubro, ele foi convidado para a International Comic Feira de Gijón. Por ocasião do Humor Gráfico exposição latino-americana, a Universidade de Alcalá de Henares é nomeado professor honorário de Humor. Em novembro, Glénat Edições e Hachette Canadá convidam Quino para 23 ° Salon du Livre de Montreal. Em dezembro, Quino foi premiado com o prestígio Humor Gráfico Quevedos, pelos Ministérios da Educação e da Cultura e dos Negócios Estrangeiros Espanha.
  • 2002: Em setembro, ele foi convidado para expor suas obras de humor e Mafalda no "Salão Internacional 21Ème Caricatura, du Dessin de Presse et d'Humour", Saint Just-lo Marte. Em novembro, o IILA (Instituto Ítalo-Latino Americano) e Embaixada da Argentina organizou Roma a exposição Quino "Il Padre di Mafalda tem altri figli" na Scuderie del Palazzo Santacroce.
  • 2003: Faça uma exposição de seu trabalho e uma palestra na cidade de White Bay, Argentina. Abre o Feira Internacional do Livro de Guayaquil Equador. Em setembro, ele realizou uma exposição de seu trabalho em Biarritz, França para marcar o festival de CITA 2003. A Universidade de Guadalajara dá o prêmio-homenagem "La Catrina" e realizou uma exposição de seu trabalho.
  • 2004: Abre em Milão a exposição "Viajar com Mafalda" comemorando os 40 anos desde a primeira publicação da personagem na Argentina. Em Julho, Ediciones de la Flor publica seu novo livro, "O que este unpresentable". Em agosto, em Buenos Aires abriu a exposição "Quino, 50 anos", celebrando 50 anos de publicação de seus primeiros desenhos de humor na revista deste Es A exposição, em seguida, mudou-se para Córdoba e Mar del Plata. Em novembro, Éditions Glénat (França) organizou em Paris uma homenagem a Quino acompanhada por uma exposição de desenhos de colegas franceses Mafalda entreter, e lançar o livro "A unpresentable presente." Em 17 de novembro é declarado Cidadão Ilustre de Buenos Aires.
  • 2005: A exposição "Viajar com Mafalda" é apresentado em Roma, Nápoles Zagarolo (Roma), Voghera (Pavia), Jesolo ( Veneza), Bolonha e Barcelona. A exposição "50 Anos Quino" A Argentina continua sua turnê se apresentando em Rosário Casilda, Mendoza San Rafael.
  • 2005: Ganhou um Prince Claus Award
  • 2007 - Presente: Retire do desenho, embora continue a publicar suas tiras.* 2008: Apresentado na parede de um metro, tiras de Mafalda.
  • 2009: Deixe tiras publicadas no Live Journal, depois de escrever uma carta anunciando que ele deixou a revista.
  • 2009: uma peça original com Mafalda feito para o jornal El Mundo na exposição "Bicentenário: 200 Anos de Humor Gráfico" que o Museu de Desenho e Ilustração feito no Museu Eduardo Sivori de Buenos Aires, homenageando os mais importantes criadores nos quadrinhos na Argentina através de sua história.

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