PRÊMIO MÁRIO PIRES SANTANA  - AGRADECIMENTOS DE DIEGO MENDES SOUSA

AGRADECIMENTOS DE DIEGO MENDES SOUSA

Leitura por Jairo Nunes Leocádio

 

Agradeço imensamente aos meus contemporâneos pela louvação da minha literatura como digna de ser laureada, em primeiro lugar, com o Prêmio Mário Pires Santana, da Academia Parnaibana de Letras.

 

Emoção maior, por ser distinguido com um prêmio cujo louvor honra um nome tão proeminente da sociologia parnaibana: o escritor e jornalista Mário Pires Santana (1946-2020), autor do livro de crônicas, intitulado de "Parnaíba a Bagdá" (2011), que se revela exato no contexto geográfico estrangeiro que hoje ocupo: de algum lugar no tempo presente a uma Parnaíba do meu passado, vivo de memórias.

 

Este Prêmio Mário Pires Santana faz-me mergulhar nas saudades da minha sempre amada e lembrada cidade natal, porque o melhor e mais alto reconhecimento deve proceder do nosso útero natural.

 

 

Meu cântico é uma origem.

Meu salmo é a inconsequência

da causa natalícia.

 

Nasci no rudimento do Parnaíba.

Os estrondos do meu berço

entoam estranhos sentimentos.

Meu hino é uma essência

da nascente a vida inteira.

O percurso da alvorada

é o meu passo lento

nessa voragem.

 

O rio Igaraçu

é o início do meu tempo

a naturalidade das minhas

águas

o mar inesquecível

na fonte secreta

dos meus silêncios.

 

 

(Poema de Diego Mendes Sousa)

 

 

 

À Academia Parnaibana de Letras, na pessoa do seu presidente, José Luiz de Carvalho, aos parnaibanos, meus conterrâneos, ao Jairo Nunes Leocádio (que deu voz e sentimento a este momento), oferto estas palavras de carinho e de muito obrigado.

 

 

 

Parque das Ruínas,

Porto das Barcas,

Parnaíba, Norte do Brasil, 20 de dezembro de 2024.