Poema de Dílson Lages traduzido: "Airs and homes of so many loves"
Em: 14/08/2022, às 00H20
Airs and homes of so many loves
[Dílson Lages Monteiro]
To José Carvalho de Almeida
(1770-1869)
Patron of Barras do Marataoã
On this fertile region
Fertilizes the complexion
of my memory
other airs and homes
of so many loves.
Airs and homes of distant hands
of eyes so near
that the heart holds.
Other paths on form
(de)form and lift
The floor, the ceiling
all the structure
of my stature now
and saturates the feel
without you here.
The stepping on parallel floors
numerous of thy virtuous ovary
Where daddy perpetuated love
where the peace of a name stills
and the blood of my DNA.
Claims in the forecourt of the church
the good dreams of our ancestors:
the cattle on the soft grass fields
and the faith from the Carvalho de Almeida
On this fertile land of faces
fertilizes my memory’s complexion:
the river’s crawl
the twinned house’s warmth
the whispers from sidewalks
And the eyes open longing
for other airs and homes
of so many loves.
Tradução de Josélia Silva Sales e Pedro Henrique de Oliveira Saraiva
LEIA O POEMA EM PORTUGUÊS
Ares e lares de amores tantos
[Dílson Lages Monteiro]
Para José Carvalho de Almeida
(1770-1869)
Patrono de Barras do Marataoã
Nesta terra fecunda
Fertiliza-se a tez
de minha memória
outros ares e lares
de amores tantos.
Ares e lares das mãos distantes
dos olhos tão próximos
que o coração comporta.
Outros trajetos em forma
(dê)formam e suspendem
O piso, o teto toda a estrutura
de minha altura agora
e satura o sentir
sem ti aqui.
O pisar nos paralelos chãos
vá(rios) de teu ovário de virtudes
Onde papai imortalizou o amor
onde a paz de um nome resta
e o sangue de meu DNA.
Gritam no adro da igreja
os sonhos de nossos antepassados:
o gado nos campos de capim mimoso
e a fé dos Carvalho de Almeida.
Nesta terra fecunda de faces
fertiliza-se a tez de minha memória:
o rastejar do rio
o aconchego das casas geminadas
o cochicho das calçadas
E os olhos abertos da saudade
de outros ares e lares
de amores tantos.