(Miguel Carqueija)

Um dos grandes males da sociedade, insuflado pela mania de assisitir tv sem critérios.

OCIOSIDADE

     A "falta do que fazer" ou, trocando em miúdos, a ociosidade, que é a preguiça em alto grau.

     No fim-de-semana ela se manifesta muito. O Domingo deveria ser o Dia do Senhor - rezar mais, ir à Missa. Mas, o homem secularizado dos nossos dias nem pensa nisso. Ela opta entre duas opções: ou sai à rua para qualquer distração frívola e desgastante, dessas que no fim deixam um amargo sabor de vazio e inutilidade (como o são a maior parte das festas, mesmo as de aniversário, hoje regadas a música ruim e indecente, e cerveja, uísque e cachaça, que servem mesmo aos menores), ou fica em casa e se refastela na cama, pregado na televisão o dia inteiro e pela noite a dentro, só levantando para ir ao banheiro e para comer (isso quando não leva a comida para a cama). E assiste os programas mais fúteis, tipo Faustão, Gugu Liberato ou Silvio Santos, que não instruem, que não edificam, são apenas para "passar o tempo" como se esse dom valioso que Deus nos dá não devesse ser melhor utilizado. Por que não ler um bom livro, assistir um bom filme, e empregar o resto do tempo em alguma coisa útil dentro ou fora de casa? E se o caso é ver televisão, por que não escolher um documentário da Discovery em vez da novela ou do show realista com suas baixarias? 

     Além disso, francamente, televisão não é para ficar assistindo dez horas por dia. O nome disso é ociosidade, e o próprio bom senso indica que a ociosidade é sementeira de maus pensamentos e consequentemente de vícios, como o "voyeurismo".