[Flávio Bittencourt]

O Professor Leodegário fez-me de Português jamais ter medo

Eraldo Mai homenageou, produzindo o poema Ao Mestre, Leodegário de Azevedo Filho.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

GERARD DEPARDIEU INTERPRETA CRISTÓVÃO COLOMBO

(não se trata de Pedro Álvares Cabral, mas observe,

por favor, o seguinte trecho da sinopse fílmica que pode

ser lida logo em seguida à foto de cena [COM DEPARDIEU

E INDÍGENAS NÃO-HOSTIS] reproduzida: "[...]

[A VIAGEM DE CRISTÓVÃO COLOMBO FOI EMPREENDIDA]

Sem apoio financeiro de Portugal, a maior potência da época"

[...], sendo que O GRIFO É NOSSO):

 

(http://www.prevest.com.br/ensinomedio/site/blog_artigos.php?tla=2&cod=159,

onde se lê:

"1492 - A Conquista do Paraíso

TÍTULO DO FILME: 1492 - A CONQUISTA DO PARAÍSO (1492: Conquest of Paradise, ESP/FRA/ING 1992) 
DIREÇÃO: Ridley Scott 
ELENCO: Gérard Depardieu, Sigourney Weaver, Armand Assante, Ângela Molina, Fernando Rey, Tcheky Kario, 150 min, Vídeo Arte. 
 
RESUMO 

A viagem de Cristóvão Colombo, que acreditava ser possível atingir "el levante por el poniente", ou seja, o Oriente navegando para o Ocidente, é o cenário épico desse filme de Ridley Scott. 
A odisséia de Colombo está presente no filme através do cotidiano desgastante, dos motins da tripulação e de toda incerteza que cercava uma expedição daquela época quanto ao rumo e ao prosseguimento da viagem. 
Sem apoio financeiro de Portugal, a maior potência da época, Colombo dirigiu-se à Espanha e associou-se aos irmãos Pinzon, recebendo ainda uma ajuda dos reis católicos Fernando de Aragão e Isabel de Castela. Com uma nau (Santa Maria) e duas caravelas (Pinta e Nina), o navegador de origem controversa (genovês ou catalão) partiu do porto de Palos em 3 de agosto de 1492 fazendo escala nas ilhas Canárias para reparo de uma das embarcações. Em 12 de outubro do mesmo ano avistou a ilha de Guanani (atual São Salvador). Sem duvidar que estava no Oriente, realizou ainda mais quatro viagens, tentando encontrar os mercados indianos. 
O filme focaliza também espírito vanguardista de Colombo, suas negociações com a coroa espanhola e a tentativa de estabelecer colônias na América, retratando até a velhice, aquele que é considerado um dos navegantes mais ousados de sua época. (...)"

 

 

 

 

"No dia 22 de abril de 1500, o então português Pedro Álvares Cabral, saindo de Lisboa, iniciou viagem para oficialmente descobrir e tomar posse das novas terras para a Coroa, e depois seguir viagem para a Índia (contornando a África para chegar a Calecute). Levava duas caravelas e 13 naus, e de 1.200 a 1.500 homens - entre os mais experientes Nicolau Coelho, que acabava de regressar da Índia; Bartolomeu Dias, que descobrira o cabo da Boa Esperança, e seu irmão Diogo Dias (que mais tarde Pero Vaz de Caminha descreveria dançando na praia em Porto Seguro com os índios, « ao jeito deles e ao som de uma gaita»). As principais naus se chamavam Anunciada, São Pedro, Espírito Santo, El-Rei, Santa Cruz, Fror de la Mar, Victoria e Trindade (RIBEIRO, «História do Brasil», pág.43).

(http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20080509210333AAV2TdZ)

 

 

 

 

 

"SANTA MARIA, PINTA E NINA NÃO FORAM CARAVELAS DE PEDRO ÁLVARES CABRAL,

MAS DE CRISTÓVÃO COLOMBO. OCORRE QUE NÃO HÁ KIT (MINIATURA PARA

MONTAR, COLAR DECALQUES-MANIA, PINTAR, COLOCAR PEQUENAS VELAS

NÁUTICAS E ASSIM POR DIANTE) REVELL DE Anunciada, nem de São Pedro, Espírito Santo,

El-Rei, Santa Cruz, Fror de la Mar, Victoria - e nem de neu Trindade. ASSIM É QUE,

COMPREENDENDO QUE AQUI SE TRATA DE EVOCAÇÃO AFETIVA - e não

ILUSTRAÇÃO EXATA -, PERMITAM-NOS OS CONDESCENDENTES LEITORES 

QUE A SEGUIR SE COLOQUE FOTOGRAFIA DE TAMPA DE CAIXA DE BRINQUEDO

MARAVILHOSO ONDE ESTÃO PEÇAS DE MATÉRIA PLÁSTICA PARA QUE

O NAUTIMODELISTA MONTE MINIATURA DE CARAVELA PATROCINADA PELO 

REINO DA ESPANHA E NÃO PELO DE PORTUGAL"

(COLUNA "Recontando...", para que não cheguem e-mails reclamando a respeito

de nau espanhola em vez de nau lusa)

 



 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(http://www.allcenter.com.br/allcenter/produto.asp?prodID=24064&depID=7&catID=19)

 

 

 

"(...) Ouvi-lo ler Camões (que tanto amava)
Era pra mim motivo de alegria
E em mim mundos de sonhos despertava
"

(ERALDO MAI, última estrofe do poema

adiante transcrito, na íntegra, sendo que

quem lia Camões para a turma da qual fazia

parte E. Mai era o saudoso Prof. Leodegário)

 

 

 

 

"Outros lavraram o mar, plantaram
estrelas no chão duro.
Nós lavramos o tempo, somos
as caravelas do futuro
(...)"
 
(ALBANO MARTINS, primeira estrofe do hino
 
da UFP - Universidade Fernando Pessoa, Porto, Portugal)

 

 

 

 

 

(http://www.oldmodelkits.com/index.php?detail=9459&page=126

 

 

 

 

"Camões, poeta brasileiro?

Por Adelto Gonçalves

 

Imagem: Retrato de Camões. Col. Professor Gonçalves Rodrigues, Lisboa

OITO ENSAIOS CAMONIANOS; IN MEMORIAM ANTÕNIO HOUAISS, de Leodegário A. de Azevedo Filho. Rio de Janeiro, H.P.Comunicação Editora, 128 págs., 2004, R$ 21,00.
E-mail: [email protected]

Considerado o maior camoniano da atualidade – são indispensáveis os oito volumes da Lírica de Camões, publicados desde 1985 pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda, de Lisboa, bem como outros tantos livros sobre o vate – Leodegário A. de Azevedo Filho, professor titular emérito da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro e presidente da Academia Brasileira de Filologia, volta ao seu tema preferido, ao reunir em livro oito ensaios sobre o poeta quinhentista, ao lado de dados biográficos e bibliográficos de Antônio Houaiss (1915-1999), a quem o volume é dedicado in memoriam.
Em “Camões no Cancioneiro de Luís Franco Corrêa”, o segundo destes ensaios, o filólogo lembra em que, para os estudos relacionados com a obra lírica do poeta, sejam editados os cancioneiros manuscritos dos séculos XVI e XVII, “desde que não sejam simples cópias de textos impressos, sem qualquer valor para a moderna ecdótica”. Para Azevedo Filho, entre os textos apógrafos, há aqueles que mais se aproximam dos autógrafos perdidos, ao lado de outros menos fidedignos, por serem cópias de outras cópias.
Chegar o mais perto possível do que originalmente Camões (1524?-1580) escreveu talvez seja missão impossível. Mesmo porque, como lembra o professor, até o primeiro editor das "Rhytmas" (1595) teve de se valer de textos de terceiros, fazendo o livro “per conferência de alguns livros de mão, onde estas obras andavam espedaçadas”, como se lê no “Prólogo aos Leitores” da edição princeps. O próprio editor quinhentista tratou de lavar as mãos do poeta e as próprias, ao assinalar que os possíveis erros não seriam do autor, “senão vícios do tempo, e inadvertência de quem os transladou”.
Azevedo Filho, depois de tantos anos de pesquisa, dá por perdidos os autógrafos de Camões, embora não deixe se lembrar que ainda “dormem o sono dos séculos, em bibliotecas com acervo ainda não catalogado, na Península Ibérica ou fora dela, outros tantos cancioneiros da época”, o que significa que algum deles ainda pode guardar os papéis originais do poeta.
De qualquer modo, como diz Azevedo Filho ao final do ensaio que encerra este livro, “O problema da movência na lírica de Camões”, o que não mais se admite, hoje, é que a lírica camoniana continue a ser publicada e analisada apenas em função da tradição impressa, “já que os cancioneiros da época, ainda que apógrafos e lacunosos, são a únicas fontes remanescentes da grande obra do poeta, tão grande quanto maltratada pela tradição impressa de mais de cinco séculos de alguns acertos e contínuos desacertos”.
Em “A lírica de Camões e a relatinização do português quinhentista”, Azevedo Filho defende que ainda está por fazer um estudo amplo e metódico sobre os latinismos na lírica de Camões e até mesmo na épica, a despeito de outras boas investigações já realizadas em torno da língua de Os Lusíadas, como Os Latinismos dos Lusíadas, de Carlos Eugênio Corrêa da Silva (Paço d´Arcos), publicado pela Imprensa da Universidade de Coimbra, 1935, 2ª ed., Lisboa, N-CM, 1972, e o ensaio “Contribuição de Os Lusíadas para a Renovação da Língua Portuguesa”, de J. G. Herculano de Carvalho, separata da Revista Portuguesa de Filologia, Coimbra, vol. XVIII.
O filólogo lembra que a relatinização da língua literária da época é a base do português moderno, tudo isso ocorrendo no século XVI. À época, “os escritores partiam de modelos latinos por eles decodificados, para a conseqüente recodificação em português, num processo de recriação literária mais ou menos comum em todo os domínios românicos”, diz o autor, observando que, do ponto de vista quantitativo, houve considerável ampliação do vocabulário, “como decorrência de numerosos empréstimos lingüísticos feitos diretamente pelo latim, embora não apenas latinismos penetrassem no português quinhentista, mas também helenismos ou mesmo italianismos, galicismos e espanholismos, graças ao espírito universalista do Renascimento”.
No prefácio que escreveu para a segunda edição de "Os Lusíadas", publicada pela Biblioteca do Exército do Brasil em 1999, agora também inserto neste livro, Azevedo Filho recorda as observações feitas pelo professor Sílvio Elia (1913-1998), também notável filólogo, para o prefácio da primeira edição: “Camões não criou a língua portuguesa. Mas lapidou-a e disciplinou-a, entregando-a nobre, tersa e límpida à posteridade. Não a fundou, mas a refundiu. É o grande artífice desse monumento imperecível que se chama língua portuguesa. E que, com toda justiça, tem sido crismada a língua de Camões”.
No mesmo prefácio, lembra Azevedo Filho, o professor Gladstone Chaves de Melo (1917-2001), outro grande filólogo que foi adido cultural na Embaixada do Brasil em Lisboa, defendeu uma tese que ele mesmo admite como escandolosa, ou seja, a de que os brasileiros hoje estão em condições de palpitar mais intimamente com o Poeta, porque a adocicada pronúncia brasileira estaria mais próxima da do século XVI do que a atual pronúncia de Portugal. “Daí por que Sílvio Elia diz, com toda a razão”, acrescenta Chaves de Melo, “que o maior poeta brasileiro é Camões”. É de perguntar: o que diriam os filólogos portugueses a respeito desta tese?
_________________________________

Adelto Gonçalves é doutor em Literatura Portuguesa pela Universidade de São Paulo e autor de Gonzaga, um Poeta do Iluminismo (Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1999), Barcelona Brasileira (Lisboa, Nova Arrancada, 1999; São Paulo, Publisher Brasil, 2002) e Bocage – o Perfil Perdido (Lisboa, Caminho, 2003). E-mail: [email protected]"

(http://www.storm-magazine.com/novodb/arqmais.php?id=409&sec=&secn=)

 

 

 

 

Verbete

'Leodegário A. de Azevedo Filho'

Wikipédia:

 

"Leodegário Amarante de Azevedo Filho (Recife, 1927 - Rio de Janeiro, 30 de janeiro de 2011) foi um professor, ensaísta e filólogo brasileiro, professor titular e emérito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Se empossou na cadeira 7 da Academia Brasileira de Literatura em 11 de outubro de 1983, sucedendo a Leme Lopes, e é membro correspondente da Academia Brasileira de Filologia e do Círculo Linguístico do Rio de Janeiro.

Seus trabalhos de investigação tratam assuntos de literatura portuguesa, nomeadamente a lírica, quer medieval, quer camoniana. É o autor de mais de 80 livros, de onde se destacam A Poética de Anchieta (1963), Poesia e Estilo de Cecília Meireles (1973), O Cânone Lírico de Camões (1976) e As Cantigas de Pedro Meogo (1982)."

(http://pt.wikipedia.org/wiki/Leodeg%C3%A1rio_A._de_Azevedo_Filho)

  

 

 

 

O EMINENTE PROF. LEODEGÁRIO

QUANDO RECEBIA O TÍTULO DE DOUTOR

HONORIS CAUSA, CONCEDIDO PELA

UNIVERSIDADE FERNANDO PESSOA,

DO PORTO (13.6.2008):

 

 

 

 

 

 

  

 

 

 

 

"Leodegário lendo o seu discurso"

(http://www.agal-gz.org/modules.php?name=News&file=article&sid=4439)

 

 

 

 

"CLÁUDIO CAPUANO, PROF. DA UFRRJ, SOLICITOU A ERALDO MAI UM SONETO SOBRE O PROF. LEODEGÁRIO E O PEDIDO, PARA A ALEGRIA DOS ADMIRADORES INCONDICIONAIS DO GRANDE MESTRE LEODEGÁRIO, FOI ATENDIDO"

(COLUNA "Recontando estórias do domínio público")

 

 

 

RESUMO AUTOBIOGRÁFICO DE C. CAPUANO

LOCALIZA-SE, NA WEB, EM:

http://claudiocapuano.blogspot.com/2011/02/professor-leodegario-de-azevedo-filho.html,

onde consta: 

"  

 

 

Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Sou professor de Literatura Portuguesa e de Literaturas Africanas de Língua Portuguesa no recém-criado curso de Letras da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Antes disso, por quase 13 anos, fui professor de Língua Portuguesa e Redação no Colégio Militar do Rio de Janeiro. Sou bacharel e licenciado em Letras (UERJ - 1996), especialista em Literatura Portuguesa (UERJ - 1998) e em História da África (UCB - ainda finalizando), Mestre em Poética (UFRJ - 2001) e doutor em Letras (PUC-RJ - 2005).")

  

 

 

 

                                               AO  MESTRE LEODEGÁRIO A. AZEVEDO FILHO,

                                               COM SAUDADE, E ABRAÇANDO O COLECIONADOR

                                               DE NAUTIMODELISMO - talvez fotógrafo de suas preciosas peças -

                                               FERNANDO TORRE E

                                               OS PROFESSORES DOUTORES

                                               ERALDO MAI,

                                               CLÁUDIO CAPUANO,

                                               ADELTO GONÇALVES E

                                                L. C. SARAIVA FEIJÓ, SENDO QUE

                                                ESTE ÚLTIMO FOI UM DOS GRANDES AMIGOS

                                                DO PROF. LEODEGÁRIO, A ELES DESEJANDO

                                                MUITA SAÚDE E VIDAS LONGAS

 

 

 

4.8.2011 - Eraldo Mai homenageou, produzindo o poema Ao Mestre, Leodegário de Azevedo Filho (1927 - 2011) - Na Universidade Fernando Pessoa, tendo como padrinho o Doutor Vítor Manuel de Aguiar, a investidura de Doutor Honoris Causa de Leodegário de Azevedo Filho aconteceu em 13 de junho de 2008. (OS AMIGOS DO PROF. LEODEGÁRIO PARABENIZARAM-NO EFUSIVAMENTE QUANDO AQUELE GRANDE MESTRE VOLTOU AO RIO DE JANEIRO-RJ, BRASIL, ONDE RESIDIA COM SUA FAMÍLIA.)  F. A. L. Bittencourt ([email protected]

 

 

 

"Sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Professor Leodegário de Azevedo Filho: pequena homenagem

 

Soube [O PROF. CLÁUDIO CAPUANO SOUBE] por acaso ao longo dessa semana [PRIMEIRA SEMANA DE FEV./2011], que faleceu, no Rio de Janeiro, em 30/01/2011, o emérito de Literatura Portuguesa da UERJ, o professor Leodegário Amarante de Azevedo Filho.
Para os que estudaram Letras na UERJ nos anos 70, 80 ou 90, o nome do professor, e os eventos literários por ele realizados a cada ano, sempre em julho, por mais de três décadas, é bem conhecido. Para a comunidade das Letras brasileira e portuguesa também. No entanto, pouco se noticiou sobre o desenlace do camonista de 83 anos.

Depois que soube da notícia, lembrei-me de um amigo, professor e poeta “carioca de Arraial do Cabo”, e de uma história que ele me contou há tempos. Aluno do Leodegário nos anos 50 (acho), no Colégio Pedro II, o então “pupilo” admirou-se da constatação de que o Bocage de quem falava o mestre era o mesmo das piadas pornográficas... Pedi-lhe então um poema, um soneto, à moda de Camões. Pedido atendido, poema publicado neste blog, na primeira postagem de 2011! Valeu, Eraldo!


AO MESTRE
Eraldo Mai

Leodegário Amarante de Azevedo
Filho (completo nome), o professor
Que em sua diligência e todo o amor
Fez-me de Português jamais ter medo.

Muito ao contrário, desde muito cedo,
Despertou-me das letras o pendor,
Pela do Lácio a derradeira flor
O gosto, porque a via qual folguedo.

Lembra-me vivo sempre aquele dia
Em que, ginasiano, eu me encantava
Com o professor que a nós poemas lia.

Ouvi-lo ler Camões (que tanto amava)
Era pra mim motivo de alegria
E em mim mundos de sonhos despertava