O mundo cão em que vivemos apresenta particularidades assombrosamente violentas
Por Flávio Bittencourt Em: 11/07/2013, às 18H07
[Flávio Bittencourt]
O mundo cão em que vivemos apresenta particularidades assombrosamente violentas
A assim chamada realidade é tenebrosa.
"A DECADÊNCIA EUROPEIA É UM
FATO TERRIVELMENTE VERDADEIRO;
A FORMAÇÃO DA U.E. NÃO ADIANTOU -
E MILHÕES ESTÃO DESEMPREGADOS,
COMO SE OS PAÍSES DAQUELA REGIÃO
DO MUNDO ESTIVESSEM PAGANDO (caro)
POR ATROCIDADES HÁ SÉCULOS COMETIDAS"
[C R...]
Hashim Thaci: OU ELE É UM MONSTRO EM FORMA
DE GENTE OU NÃO É - e a oposição está batendo duro
no homem:
(http://www.balkaninside.com/thaci-greater-albania-is-not-my-goal/)
11.7.2013 - F.
"Europa: a rede de venda de órgãos humanos
Enviado por luisnassif, qui, 06/01/2011 - 14:24
Um relatório do Conselho da Europa revela o assustador modo de operar da rede de venda de órgãos organizada no final dos anos noventa. O atual primeiro-ministro kosovar, Hashim Thaci, estaria envolvido.
Alguns prisioneiros sérvios eram mantidos em cativeiro por soldados do UCK (Exército de Libertação de Kosovo) em fazendas, fábricas vazias de Kosovo ou da Albânia, ou em casas afastadas; eram tratados razoavelmente bem: podiam dormir, ganhavam comida e tinham permissão para descansar. Depois, quando os médicos das clínicas estavam preparados e a venda acertada, os soldados transportavam os prisioneiros para o centro da Albânia e lhes davam um tiro na cabeça. Em seguida, os rins eram extraídos de seus cadáveres e vendidos ao exterior.
Esta é uma parte do assustador relatório realizado pelo ex-procurador e atual parlamentar do Conselho da Europa, o suíço Dick Marty, tornado público no dia 16 de dezembro em Paris. O documento relata o horror vivido nesse território balcânico em 1999 e 2000, em meio à guerra entre sérvios e albano-kosovares, ao caos e à reorganização dos bandos mafiosos em grupos militares unidos por clãs. O relatório acusa o envolvimento de um dos líderes do UCK, Hashim Thaci, eleito primeiro-ministro de Kosovo no dia 12 de dezembro. De acordo com Marty, Thaci era um dos dirigentes do denominado grupo de Drenica, batizado assim por causa do vale onde se estabeleceu, tendo participado do tráfico de órgãos. “Thaci era considerado pelos relatórios dos serviços secretos de vários países como o mais perigoso dos chefões do submundo”, relata o documento.
O ex-procurador suíço não especifica quantos assassinatos ocorreram para comercializar rins (a justiça sérvia eleva o número para 500). Em uma coletiva de imprensa, Marty se desculpou afirmando que ele, junto a dois ajudantes, elaborou um relatório a pedido do Conselho da Europa, não uma investigação judicial; ele não aponta culpados nem inocentes, mas mostra o caminho pelo qual, a seu ver, devem investigar outras instâncias judiciais.
“É uma das coisas que muitos sabem, mas ninguém conta”
Durante sua estada no Kosovo, Marty entrevistou dezenas de testemunhas diretamente envolvidas: soldados, vítimas de violência, familiares dos desaparecidos ou dos mortos, representantes de instituições judiciais internacionais, procuradores kosovares, policiais, membros da Cruz Vermelha. "Em muitos dos entrevistados, enxerguei medo nos olhos", explicou. No relatório, o ex-procurador assegura que todos os depoimentos são anônimos, porque não se garante a segurança de ninguém.
“No fundo, esta é uma das coisas que muita gente sabe por lá, mas ninguém conta”, afirma Marty. Também a própria estrutura do Kosovo e da Albânia, imbricada em torno de clãs, dificultava a investigação: “Muitos mafiosos preferem passar dezenas de anos na prisão, obstaculizando a justiça, a denunciar um membro do seu clã”, explica o relatório.
O artigo conta como os prisioneiros eram transportados de um lugar a outro em carros sem placas em meio a um país imerso no caos, com a polícia sérvia em retirada e as forças internacionais ainda sem aparecer, deixado à sorte desses clãs mafiosos reconvertidos em unidades do exército de libertação. Também descreve uma sinistra “casa amarela”, situada na localidade kosovar de Rripe e propriedade de uma família identificada apenas como “K.”, que é objeto de várias investigações, cenário de assassinatos e o destino final de muitos dos prisioneiros. Também relata, sem citar o lugar, a existência de uma clínica “de ponta”, organizada para o tráfico de órgãos, onde se extraíam os rins das vítimas.
Segundo vários depoimentos, muitos dos prisioneiros sabiam que iriam morrer assassinados e que seus órgãos seriam vendidos posteriormente. Enquanto eram transportados da prisão improvisada, “teriam implorado a seus carcereiros para que não acabassem cortados em pedaços”. Talvez descobrissem sua sina no dia em que um médico os submetia a uma análise de sangue a fim de realizar um obrigatório “exame de compatibilidade imunológica”.
Marty denunciou a impunidade de que desfrutam os autores de todas essas práticas, produto da lei do silêncio que impera em Kosovo e da pouca vontade política internacional para que os culpados sejam julgados, já que, na sua opinião, as grandes potências internacionais sabiam da existência dessas atrocidades. Kosovo, independente desde 2008, afirma que as acusações são completamente infundadas. Os Estados Unidos, por sua vez, exigem provas. Marty afirma: “As provas estão aí: resta apenas ir atrás delas. Mas quanto à nossa parte, cumprimos, trazendo à luz alguns fatos”. O relatório foi aprovado em comissão parlamentar pelo Conselho da Europa.
Antonio Jiménez Barca
Tradução de Frederico Licks Bertol"