O mágico Houdini a serviço secreto de Sua Majestade

Lembrando o infeliz Mister M, biógrafos do mágico revelaram, em 2006, a inusitada "faceta James Bond" de Harry Houdini.           

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(http://www.1br.biz/s/papeis-de-parede/filmes/007---james-bond-legacy-2069.html

 

         Aos mágicos, excetuado Mister M - o "inimigo número um dos mágicos de todo o mundo" -,           

          em especial ao grande Houdini 

 

A grande mágica do lendário prestidigitador Houdini (1874 - 1926) foi ter escondido, de forma extraordinariamente hábil, a informação de sua biografia. Ou ele não foi - como ocorre com o célebre agente 007, personagem do escritor Ian Fleming - um espião a serviço de Sua Majestade, ou ele foi um dos maiores espiões de todos os tempo! A esse respeito, leia a notícia atinente, de 31.10.2006, a seguir reproduzida.

 

PORTAL UOL - Notícias

"31/10/2006 - 11h24


Segredo mais bem guardado do mágico Harry Houdini é revelado  

Roberto Arnaz Nova York, 31 out (EFE).- Diversos ensaios e filmes abordaram a vida de Harry Houdini, mas no 80º aniversário da morte desse mágico de fama mundial, um novo livro revela seu segredo mais bem guardado: o grande "ilusionista" foi espião.

"A Vida Secreta de Houdini", livro que está sendo lançado hoje em Nova York, retrata a biografia do artista desde a extrema pobreza que viveu em seus primeiros anos até a fama internacional, sua faceta de espião e o suposto complô que acabou com sua vida, na noite mais mágica do ano, a do "Halloween".

O especialista em magia William Kalush e o escritor Larry "Ratso" Sloman dedicaram vários anos pesquisando cerca de 700 mil anotações e documentos que fizeram que eles chegassem à conclusão de que a ascensão da carreira do mítico mágico deveu-se a um ofício mais mundano: a espionagem.

Os autores chegaram a esta conclusão ao analisarem o diário de William Melville, chefe do incipiente serviço secreto britânico - o MI-5 - do início do século XX, no qual são feitas várias referências a Harry Houdini.

Segundo o texto, Ehrich Weiss, verdadeiro nome do mito da magia, manteve durante anos contatos clandestinos com os serviços secretos dos EUA e do Reino Unido para informar sobre o que via em suas inúmeras viagens pelo mundo. Em contrapartida, pediu que sua carreira fosse lançada em nível internacional.

O certo é que, após quase uma década atuando em pequenos museus pelo simbólico preço de 1 dime (moeda de US$ 0,10), de repente sua magia encheu primeiro as manchetes dos jornais de Chicago, e depois de todo os EUA.

As páginas da biografia apontam um acordo de ajuda mútua com a Polícia de Chicago como impulsionador de seu mito.

Um fato semelhante aconteceu na Inglaterra, onde Houdini entrou em contato com Melville, que lhe proporcionou vários contratos de atuação por toda a Europa, em troca de trabalhos de espionagem e contra-espionagem para a Scotland Yard.

Graças a sua fama mundial, durante os primeiros anos do século XX o "ilusionista" de origem húngara informou os serviços secretos americanos e britânicos sobre as atividades da Polícia alemã, e acompanhou de perto as atividades dos anarquistas russos.

No entanto, em 1920 a morte de sua mãe gerou uma reviravolta em sua atividade de espião, e, a partir desse momento, dedicou todos seus esforços a desmascarar mágicos, médiuns e todos aqueles que se consideravam aptos a se comunicar com mortos, já que os considerava farsantes.

Esta missão o levou a criar inimizades com um de seus grandes amigos, Sir Arthur Conan Doyle, escritor espírita que criou "Sherlock Holmes" e que considerava Houdini um poderoso médium.

O livro sugere que a caça às bruxas iniciada por Houdini pode ter provocado as duas agressões físicas que o ilusionista sofreu nos dias que antecederam a sua morte, e que lhe causaram as lesões internas que provocaram seu falecimento, após realizar seu último número em Detroit (EUA).

No entanto, apesar das revelações do texto, Houdini não foi o primeiro ilusionista da história a colaborar com os serviços de espionagem.

Antes, em meados do século XIX, o francês Jean Eugène Robert-Houdin - cujo sobrenome o jovem Ehrich Weiss tomou emprestado para formar seu nome artístico - foi enviado por seu Governo a uma de suas colônias, a Argélia, para atemorizar os nativos com o poder da magia francesa.

Durante a Segunda Guerra Mundial, o ilusionista Joseph Dunninger colaborou com as forças armadas dos EUA para melhorar suas técnicas de camuflagem.

Nos anos 50, a Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA) contratou o mágico John Mulholland para que treinasse os agentes, entre outras coisas, para que pudessem introduzir drogas na bebida de seus alvos.

E, durante a Guerra Fria, os desertores da Alemanha Oriental eram retirados do país em carros equipados com caixas no porta-malas iguais às que os ilusionistas usavam nos palcos para seus truques de desaparecimento". (http://noticias.uol.com.br/ultnot/efe/2006/10/31/ult1766u18440.jhtm)

 

HOUDINI NO PORTAL Arca do velho-ponto-com 

 
Harry Houdini 1874 / 1926
 
A triste morte de Houdini !!!
 

Considerado o maior  mágico de todos os tempos,  Ehrich Weisz nasceu em Budapeste, Hungria, no dia 24 de março de 1874. Seu pai Mayer Samuel Weisz, era um homem muito complicado... tinha o costume de se meter em negócios arriscados que sempre punham em risco sua família. Para evitar a prisão mudou-se com a família para Appleton, Winscousin (EUA) em 1876. Eram tempos difíceis para a família Weisz, e foram obrigados a mudar várias vezes para fugir de cobradores. Por conta disso todos os filhos começaram a trabalhar ainda muito jovens.
 Ehrich aos 8 anos já trabalhava como engraxate e vendedor de jornais. Porém a falta de perspectiva já fazia dele um menino preocupado.Um dia caminhava pelas ruas quando encontrou um velho mágico Dr. Lynn, neste dia após a apresentação o velho mago lhe recebeu afetuosamente e lhe deu uma bola de vidro. refletida nela um nome Surgiu HOUDINI, o desejo de atuar, tomou conta de Ehrich. Aos 12 anos fugiu de casa, tendo chegado até Kansas City, onde ficou por quase um ano vivendo de pequenos roubos e truques. Seu pai homem conhecedor das ruas não tardou encontrá-lo e em seguida juntou-se novamente à sua família na nova casa em Nova Iorque. Em 1888, Ehrich tinha vários trabalhos para ajudar a família.A bola de vidro fora esquecida...mas não por muito tempo.
Gastava seu tempo livre estudando mágica e disputando competições de atletismo, natação e corrida. Nesta época, Ehrich leu um livro intitulado "As Memórias de Robert Houdin" escritas pelo próprio. Logo entendeu tudo ! Adicionou  um "i" ao final do nome de seu ídolo e assumiu o nome com o qual se tornaria parte da história - Houdini !


Quando Houdini tinha 16 anos, seu pai morreu, dando-lhe a liberdade de se tornar um performático em tempo integral. Suas primeiras investidas incluíam truques com cartas, apresentações públicas em parques de diversão e na Chicago World's Fair em 1893. A maior feira de todos os tempos !
Em 1894, Houdini conheceu Beatrice "Bess" Raymond, uma batalhadora cantora e dançarina. Os dois se apaixonaram imediatamente e se casaram em julho do mesmo ano. Bess se juntou ao espetáculo de Houdini e Theo seguiu em frente atuando por conta própria. Houdini estava constantemente improvisando e incorporando novos truques ao seu ato.


Por muito tempo, passou aperfeiçoando e treinando um truque em que escapava de algemas, incorporou este truque ao seu show e logo passou a desafiar qualquer pessoa que pudesse prendê-lo , inclusive oferecendo altas somas caso ele não conseguisse escapar. Nunca pagou nada.
Desde o inicio seus desafios atraíam um enorme público, no final do século XIX, que queria ver o mágico se desvencilhar de algemas, correntes de ferro nos pés, cordas, cabos de aço, camisas de forca, jaulas e sarcófagos. Diferente de outros mágicos, Houdini praticava suas fugas inacreditáveis aos olhos da platéia.

Suas performances despertaram a atenção de Martin Beck que dirigia a maior cadeia de teatros de "vaudeville" dos Estados Unidos.
Houdini foi contratado por Beck, tendo se tornado um enorme sucesso de público. Provando sua incrível capacidade de se livrar de qualquer tipo de prisão, Houdini tornou-se o ator principal da trupe e homem procurado por todos os criminosos americanos : ) Parte para uma turnê pela Europa e Rússia na virada do século. Sua primeira apresentação em Londres foi um enorme sucesso, assim como na Alemanha e em todo o continente europeu.
Houdini permaneceu na Europa por 5 anos e foi a principal atração do "vaudeville".

Em 1905, retornou aos Estados Unidos, aprimorou e aumentou ainda mais a dificuldade de suas performances. É desta época uma de suas maiores escapadas, onde ele era algemado e colocado dentro de um caixote de transporte que tinha sua tampa pregada, a seguir era jogado na água; Houdini no entanto aparelhava o caixote, de modo a poder ficar embaixo d'água por um longo período de tempo, a fim de aumentar o suspense do ato. Houdini possuía uma força incrível e grande agilidade, o que lhe ajudava em suas performances, ele também gastava horas praticando seu condicionamento físico, para o show em que ficava debaixo d'água, treinava o fôlego numa banheira.
 Por mais vinte anos Houdini permaneceu sob os refletores. De 1916 a 1923 chegou a apresentar seus truques no cinema.
Seu interesse por destruir outros profissionais, teve início após a morte de sua mãe Cecilia Weisz. Por causa de seu passado como ilusionista, ele conhecia a maioria das técnicas utilizadas por médiuns para estabelecer contato com o mundo dos espíritos. Houdini criou uma espécie de cruzada contra os charlatães que tungavam o dinheiro de famílias inteiras que tentavam contactar seus mortos. Ele freqüentemente comparecia disfarçado em sessões espíritas, para desmascarar os médiuns.

Houdini apregoava que se houvesse uma forma verdadeira de contactar os mortos, somente ele poderia conseguir tal proeza.
Houdini inclusive atacou o mito de Robert Houdin, de quem emprestou o nome com o qual alcançou a fama.

O mestre Arthur Conan Doyle, criador do famoso personagem Sherlock Holmes, era um admirador contemporâneo do trabalho de Houdini. Ironicamente Conan Doyle era conhecido por suas explicações lógicas nas histórias de Sherlock, no entanto declarou que as escapadas, os ilusionismos e performances de Houdini só podiam ser fruto de um fenômeno sobrenatural.

 

Os últimos dias de vida de Houdini foram trágicos a causa de sua morte só poderá fazê-lo leitor cheio de raiva tanto quanto eu.  No final de outubro de 1926, ele se encontrava em Montreal apresentando uma conferência sobre espiritualismo. Quando se achava em seu camarim conversando com vários estudantes da McGill University, foi questionado se poderia resistir ao soco de qualquer homem no estômago, antes que pudesse se preparar contraindo a musculatura abdominal, um dos estudantes socou-o por 3 vezes na barriga. Depois disso Houdini demonstrando não sentir dor, ainda se apresentou por algumas vezes, mas logo caiu doente, porém não foi ver um médico no dias seguintes. Quando finalmente foi diagnosticado, seu apêndice havia sido rompido, sua circulação fora contaminada com germes de estafilococus, infelizmente já era tarde, Houdini morreu de peritonite em 31 de outubro de 1926 aos 52 anos em meio às comemorações do Halloween.
 
 

Apesar de seus esforços por desmistificar o espiritismo, Houdini estabeleceu um código secreto com sua esposa Bess, que no caso de sua morte, permitiria que ele estabelecesse contato com ela do além. Em 9 de janeiro de 1929 o jornal The Detroit News apresentava uma reportagem informando que Bess havia recebido mensagens no código secreto, durante uma sessão. O código era uma combinação antiga que Houdini utilizava com Bess nos números de leitura da mente. Bess declarou mais tarde que estava doente durante tal sessão, depois de recuperada disse não acreditar que a mensagem recebida fosse de Harry Houdini, pois o código secreto poderia ser conhecido por outros participantes da sessão e portanto, suspeitos de fraude. Outras sessões tentaram estabelecer contato com Houdini, sempre no Halloween, por 10 anos seguidos. Em 1936 Bess desistiu, declarando que 10 anos são demais para se esperar por um homem e foi viver sua vida".

 

 


 




 Martin Beck 

 


 


 

 

(http://www.arcadovelho.com.br/Magico/Magico.htm)