NOTA AOS MEUS ESTIMADOS LEITORES::

MEU COMENTÁRIO-RESPOSTA A UM TEXTO DE MIRTIZI MIRTZI SOBRE ERROS DE GRAFIAS E GRALHAS EM TEXTOS PUBLICADOS. PRECEDIDO DO TEXTO DA ESCRITORA MIRTIZI:

Erros na grafia ou escrita

Mirtzi

Escritores cometem erros de grafia ou na escrita de palavras? Sim, isso é possível. Entretanto, o inconveniente é levá-los às publicações em periódicos, livros ou onde os textos estiverem no domínio público.

Por essa razão, antes de sua publicação, os escritos passam por rigoroso e minucioso exame, razão que faz o trabalho dos revisores ser imprescindível, uma vez que corrigirão palavras incorretas ou concordâncias verbo-nominais nos textos. Ainda assim, eventualmente, alguma pequena falha poderá aparecer depois.

Geralmente, aqueles que se debruçam na arte da escrita se esmeram. Desde sempre eles leem muito, e portanto, os erros tendem a ser minúsculos, se houverem.

Por exemplo, em um trabalho de cunho internacional onde eu colaborei com poemas, abaixo da minha foto aparece a expressão: “Brazilia”(com esse Z). Alguém viu e me perguntou sobre isso. Expliquei que a palavra está em romeno e significa “Brasil”. O coordenador do projeto é desse país e a obra foi feita em coautoria com escritores de distintos lugares e há traduções em alguns idiomas. A revisora e tradutora é francesa e a coletânea foi realizada na França.

Quando se tem contato com textos em outros idiomas, quer haja fluência nessa outra língua vernacular ou não, a indução ao erro existe porque há algumas variações para a tradução de palavras. Mas, os revisores atuam para sanar possíveis falhas.

Ao se escrever rápido, especialmente em teclado, o cérebro pode confundir letras e até palavras inteiras (manuscritos tendem a conter palavras escritas corretamente). E ainda há o controle para ver se os corretores automáticos do computador foram fidedignos ou não.

Por exemplo, se o autor mencionar a África, o cérebro poderá confundir a tradução para o francês (Afrique) ou para o alemão (Afrika, com k), ou para o inglês (Africa, sem acento). Livro: livre (francês), libro (espanhol), book (inglês) ou Buch (alemão, onde todos os substantivos são escritos com a primeira letra maiúscula, sem importar em que lugar da frase eles aparecem).

Mas, no uso diário de palavras, quem não titubeia entre inserto e incerto? Inserto significa inserido ou incluído, e, incerto é algo indefinido.

Sessão que significa conferência, exibição ou assembleia e seção, que é um departamento ou setor.

Cela: prisão, cadeia ou cubículo. A palavra tem o mesmo som de “sela”, mas essa grafia se refere a assento, ou ainda, ao verbo selar em uma de suas conjugações (que significa marcar, concluir, validar, confirmar ou ceder).

Por falar em assento, vamos compará-lo ao acento: o primeiro é sela, cadeira ou banco. O segundo é um sinal diacrítico.

Essas palavras, entre outras, são do grupo “homônimos” e “parônimos”, que são estudados no contexto da semântica. Possuem semelhança na grafia ou na fonia (vocalização), mas, o significado é diferente.

Em todo esse cenário vernacular e na criação de textos, o que é o mais importante? A comunicação, o ato de expressar pensamentos, sentimentos, emoção, ideias, pressupostos.

O fundamental é manter uma linha e um traço de esmero nos escritos, primar por sua coerência, corrigir antes de publicar e ter todo o cuidado com a finalidade de brindar os apreciadores da magnífica arte da criação literária com aquilo de melhor que o escritor puder oferecer. Ver menos

Comentários

EIS A SEGUIR A MINHA RESPOSTA AO TEXTO CITADO:

 

V. trouxe á baila. Mirtzi, um tema por demais relevante por se tratar da escrita em vernáculo, que é o nosso caso e de todos os escritores que escrevem em português. Pois bem. Desde o meu tempo de datilógrafo venho demonstrando e mesmo reconhecendo que sou um pouco relaxado no que concerne a textos que desejo sejam publicados logo em blogs , sites etc;., mas não em textos acadêmicos, ou revistas de projeção. Como essa para a qual venho há algum tempo colaborando. Me refiro à revista romena ORIZONT LITERAR CONTEMPORARN, dirigida pelo tradutor e ensaísta Daniel Dragomeriscu.

Segundo a minha correspondente na França, o diretor manifestou o desejo de que me voltasse mais para temas literários. se bem que os temas sociais e políticos, seja sobre o Brasil, seja sobre o mundo, sempre me atraíram depois  que passei à fase de amadurecimento dos meus textos . Voltando à questão das gralhas, sei que incorro amiúde em erros porque solto os textos logo para a publicação de artigos que acabo de escrever e para os quais tenho pressa de que sejam logo lidos por meus poucos e seletos leitores.

Ora, uma gralha, duas ou três encontradas por supostos vernaculistas jã não me deixam mais indignado. Os bons escritores talvez nem lhes prestam atenção, ocupados que ficam em analisar a obra em si, Sei, realmente, que esses erros e senões ou cochilos de somenos importância são um prato-cheio para que vernaculistas e não vernaculistas saiam por aí falando mal do escritor. Mais de uma vez isso já ocorreu comigo. Tanto é que escrevi uma crônica me insurgindo com os leitores poar divergaair  da atitude deles.   Vejo que realmente cometi senões de grafias, sobretudo agora que a visão me está falhando e necessitando de uma cirurgia de catarata; Mas, continuemos a falar desse assunto tão momentoso,  máxime para os sabichões que leem os textos, não para entenderem o assunto ventilado, porém para apontarem falhas de toda sorte no texto alheio.

Para esses caçadores de erros,  gralhas e até supostos solecismos  o meu desprezo. Me lembro de que o grande crítico Agripino Grieco escreveu  uma obra  de título curioso e que muito de  perto diz do tema que estou aqui discutindo: "Disparates de todos nós;"  O Embaixador Alberto da Costa e Silva, grande africanólogo,  ensaísta talentoso e  poeta  de raça.,  falecido  há pouco tempo, se,queixava muito de erros frequentes que  encontrava r em seus textos após lê-los   em forma de livro.  Eu  diria mais:  "Atire a primeira pedra aquele  que nunca cometeu um erro de vernáculo".  Sei que escrevo há tantos anos e  que remontam aos meus dezesseis ou dezessete anos e já escrevendo para bons jornais de Teresina. Meu pai era o meu maior admirador e me incentivava sempre  a dar prosseguimento,à  minha  escrita voltada quase sempre para literatura e, por vezes, para temas sociais e políticos. . No meu juízo, V. elucidou muito bem como melhorar o relacionamento do autor e do leitor frente aos problemas das gralhas. Um abraço e obrigado pelo seu  texto tão oportuno.

                   Um abaço do Cunha  e Silva   Filho

(Mermbro efetivo, cadeira  n º  30, da Academia Brasileira de FilologIa - ABRAFIL)