Nana, admirável mangá examinado por Miguel Carqueija 
 

O escritor carioca M. Carqueija, que é funcionário do Banco do Brasil, discute o incomparável mangá Nana, um verdadeiro sucesso japonês de crítica e de público.

 

Ficheiro:Hakujaden poster 2.jpg

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

 

UM IMPRESSIONANTE CARTAZ DE

DESENHO ANIMADO JAPONÊS:

"Hakujaden, a Lenda da Serpente Branca, primeiro

longa-metragem em cores do pós-guerra", de

acordo com o verbete 'Anime', da Wikipédia

(Só o cartaz, sem a legenda acima

apresentada:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Hakujaden_poster_2.jpg)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

(http://www.lojapatyless.com/product_reviews.php?products_id=183&language=br&osCsid=6cbbbba4ee39dea066fcd4abc9d774fd)

 

 

"[Cinemas Antigos] Pax (Ipanema, RJ)

Inaugurado em 30 de outubro de 1952 e demolido em 1979, o cine Pax ficava em Ipanema, em frente à Praça Nossa Senhora da Paz, onde hoje existe o luxuoso prédio comercial Fórum de Ipanema.~ por Tommy Beresford em Agosto, 26 2008.

"Good Old New York City

New York

Wonderful photoset of New York in the 1930s". (http://metkere.com/en/2008/11/)

 

E O VENTO LEVOU, concorridíssima pré-estréia no "State Theater in Downtown Kingsport, Tennessee (USA)": a tradutora das legendas em português de cópias mandadas ao Brasil - não sei se exatamente desse filme - não estava no Tennessee, nesse dia, uma vez que morava em Nova Iorque (NEM ESTAVA EM CHICAGO, ONDE OS GANGSTERS do Estado americano de Illinois ERAM COMBATIDOS POR ELIOT NESS E SEUS FABULOSOS INTOCÁVEIS, sobre os quais nesta Coluna ainda se falará bastante, espera-se, uma vez que são estórias (verdadeiras) que caíram NO DOMÍNIO PÚBLICO - F.B.)

(Foto, sem a legenda acima lida: http://www.kingsportstatetheater.org/content//index.php?option=com_content&task=view&id=21&Itemid=36)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

 

 

Alphonsus Gabriel Capone (1899 - 1947), o AL CAPONE, um dos

capos da máfia ítalo-americana, devidamente fichado na Polícia

de Miami (Flórida)

(A ficha, sem a legenda acima redigida, está, na Web, em:

http://naomordamaca.wordpress.com/2009/02/11/historia-breve-biografia-de-al-capone/)

 

Catchingfireflies

(http://msnyder.typepad.com/the_labyrinth/animation/)

 

      À minha venerada mãe, Fernanda Araujo Lima Bittencourt, que, com saúde fragilizada em razão de sua idade, completará 92 anos de idade em 28 de janeiro próximo, cercada de atenção médica e familiar - e amor - e à saudosa tia Lourdes, que, ainda solteira, morou, na segunda metade dos anos 1930, em Nova Iorque (EUA), bancária e tradutora nascida na cidade de Manaus (Amazonas), infelizmente falecida, em 2009, em hospital de Petrópolis-RJ

 

15.1.2010 - Colegas de Banco de Miguel Carqueija - Levado por minha mãe, a funcionária do Banco do Brasil - do Concurso de 1933, o primeiro por meio do qual pessoas do gênero feminino foram admitidas naquela tradicional Casa de Crédito (*) - Fernanda Bittencourt (nasc. em Manaus-AM, em 1918), quando eu tinha aproximadamente 5 anos de idade (sou de 1957, eis que me refiro a algo acontecido, possivelmente, em 1962, salvo engano de um ano, no máximo), no Cinema Pax [casa exibidora de filmes que, aliás, nao existe mais e se localizava na Praça da Paz, Ipanema, Rio], assisti com ela a um desenho animado japonês, de longa-metragem, cujo nome não me recordo, mas que me impressionou profundamente. Quase meio século depois, tenho a honra de apresentar aos amáveis leitores desta Coluna "Recontando..." um texto cuidadosamente elaborado por um dos maiores especialistas brasileiros em MANGÁS (estórias em quadrinhos japonesas) e ANIMES (desenhos animados do mesmo País) no Brasil, o contista de ficção científica Miguel Carqueija, do CLFC (Clube de Leitores de Ficção Científica / Seção do Rio de Janeiro), escritor que também produz excelentes poemas, críticas literárias e resenhas a respeito de ficções literárias e cinematográficas recentemente lançadas entre nós. Agradeço, de público, a ele, pela autorização para a reprodução de seu relevante estudo, já que, ao contrário daquilo que sugere o nome desta Coluna, essa "estória" migueliana AINDA NÃO CAIU NO DOMÍNIO PÚBLICO. Obrigado, Miguel Carqueija! Boa leitura, a você, amigo e amiga leitor(a) da "Recontando..." e até amanhã, neste mesmo "batcanal", se Deus assim permitir. 

(*) - Há alguns anos, Dª Fernanda - que sub-chefiou seção de trabalho no edifício onde hoje está instalado o CCBB - Rio (Rua Primeiro de Março, 66, Centro, Rio), espaço laboral no qual o cartunista Jaguar e o pianista Homero Magalhães, entre outras personalidades de relevo na sociedade carioca que serviram no Banco do Brasil, inclusivamente sindicalistas de peso da Guanabara (então Distrito Federal) - foi homenageada, juntamente com pouco mais de uma dezena de funcionários aposentados do Banco do Brasil, pela PREVI - hoje, uma potência, também de gestão industrial -, a Caixa de Previdência dos Funcionários do BB, quando um de seus colegas discursou, agradecendo a homenagem. A irmã de Dª Fernanda, Dª Maria de Lourdes Araujo Lima Diniz, infaustamente falecida no ano passado (2009), de causas naturais, no Rio, aos 94 anos, também compareceu ao evento, na sede da PREVI, no Rio de Janeiro-RJ; Dª Fernanda e Dª Maria de Lourdes são filhas do teatrólogo Benjamin Lima (um dos fundadores da Academia Amazonense de Letras), o fundador do Curso Prático de Teatro, do MEC (embrião do Conservatório de Teatro e, portanto, do atual Curso de Artes Cênicas da UNI-RIO), na época do ministro Gustavo Capanema. [O nome de Dª Maria de Lourdes, que traduziu do idioma inglês peças de teatro, consta na relação de sócios da SBAT - Sociedade Brasileira de Autores Teatrais - em razão desses trabalhos; no Gabinete da Presidência daquele Banco, trabalhou ela fazendo traduções inglês-português e versões português-inglês de documentos estratégicos da instituição; antes de passar em concurso - também o de 1933 - Maria de Lourdes A. L. Diniz, ainda muito jovem, morou (sozinha, em bairro popular, o Bronx) em Nova Iorque, EUA, para aprimorar seus conhecimentos de língua inglesa, quando traduziu profissionalmente, para companhias de distribuição cinematográfica, legendas de filmes americanos exportados para o Brasil.] 

 
 
"NANA, UM TRATADO SOBRE AS RELAÇÕES HUMANAS
 
Miguel Carqueija 
 
 
          Entre as toneladas de mangás e animes da produção japonesa recente, um do tipo “shojo” — que estuda a alma feminina — vem se destacando como o mangá mais vendido no mundo dentro dessa categoria, sem falar do interesse que o anime também desperta.
         “Nana”, de Ai Yazawa, foi lançado no Japão em 1999 pela Shueisha e há mais de um ano vem saindo no Brasil pela JBC. Consta que vendeu mais de 22 milhões de exemplares só nos primeiros 12 volumes, e ainda não terminou. Contrariamente à maioria dos mangás, não envereda por temas de ficção científica, terror, fantasia ou sagas heróicas do Japão feudal. Retrata a vida trepidante do Japão moderno, através do ponto de vista de músicos e vocalistas de bandas pop, mesmo “punk”, já em pleno século XXI. A tecnologia moderna aí está; quase todo mundo aparece de celular; os personagens estão muito ligados ao sexo, e oscilam entre inúmeras contradições e esquisitices de comportamento e profundezas de alma, sendo por vezes capazes de se analisarem mutuamente, de se socorrerem e consolarem, num embate de sentimentos que chega a ser envolvente e emocionante.
         Há duas personagens femininas mais importantes, a começar pelo título da obra: as xarás Nana Komatsu e Nana Oosaki, ambas com vinte anos na memorável noite em que se conhecem quando, sozinhas, viajam de trem para Tóquio, e sentam no mesmo banco. Aliás, Nana Komatsu, ao se aproximar do banco, tropeça e cai no colo da outra, assim é a apresentação.    
         Nana Komatsu é uma jovem sensível, tímida, chorona, hipersensível, carente e vulnerável. Novinha, já passou por vários relacionamentos amoroso-sexuais inclusive com um homem casado, e sempre se feriu pelas decepções que se foram ajuntando. Infantil, irresponsável, de coração puro e bondoso, acaba sendo apelidada pela Oosaki de Hachiko, tipo de nome muito usado para cachorros de estimação pelos japoneses. Como elas acabam dividindo o aluguel de um apartamento (o célebre “707”), Oosaki acostuma-se a encarar Komatsu, mesmo, como uma espécie de bichinho de estimação. No anime isto é frequentemente ilustrado pela metáfora de mostrar Komatsu abanando o rabo.
         Nana Oosaki é totalmente diferente e representa um grande contraste com Hachiko. Oosaki é uma cantora e sua história, apesar da pouca idade, já é repleta de acontecimentos. Ela integrou o quarteto Black Stones (BLAST), na qualidade de vocalista. Sua voz e sua garra interpretativa são extraordinárias — aliás são de ótima qualidade as canções apresentadas no anime e nos filmes de ação viva que foram realizados. No início faziam parte da banda o careca Yasu, o excêntrico Ren, viciado em drogas, e o mais “soft” Nobu, por quem mais tarde Hachiko se apaixona. Ren, porém, acabou se retirando da cidade onde os membros da banda moravam e tocavam, em busca de uma oportunidade profissional: juntar-se à banda Trapnest, liderada pelo misterioso e sombrio Takumi e que incluía a cantora Reira e o músico Naoki. Como o Blast ainda era um conjunto amador, Ren seguia para melhorar de vida e logo se tornava uma celebridade; Nana porém recusou-se a segui-lo, orgulhosa demais para depender de um homem e sonhando um dia superar o sucesso de Reira e do Trapnest. A despedida entre Nana e Ren, na estação ferroviária, foi comovente.
         Em sua composição original o Blast era assim: Nana Oosaki, cantora; Ren, baixo; Nobu, guitarrista; Yasu, baterista. Ren vem a ser substituído por Shin, um garoto de 15 anos, largado pela família, bem apessoado e inteligente, que usa “pearcing” unindo o pavilhão auricular ao lábio, e se prostitui para ganhar a vida.
         Já a formação do Trapnest, à época em que a história começa, está assim definida: Takumi, baixo; Naoki, baterista; Ren, guitarrista; Reira, vocalista.
         Assim, desfeito o Blast pela defecção de Ren, e porque desde então Yasu se dedicava ao seu curso de Direito, Nana acaba tomando um trem para Tóquio, e aí começa a história de seu relacionamento com Komatsu, que se torna uma espécie de mascote da banda, quando ela afinal se refaz com a inclusão de Shin.
         Nana Komatsu — Hachiko — tinha uma história bem diferente da outra Nana. Deixara a família para encontrar o namorado Endo Shouji, que um ano atrás fôra viver em Tóquio, onde arranjara emprego. Quando Nana, deixando furtivamente a residência dos pais, resolve seguir Shouji e tentar a vida na capital, encontra a outra Nana — ambas com vinte anos de idade — no trem, como foi dito. Reencontram-se ao procurar imóvel para alugar e acabam dividindo as despesas no mesmo apartamento. Hachiko começa a sentir dificuldades no relacionamento com Shouji, que trabalha até tarde e tem pouco tempo para ela. Nana Komatsu começa a achar que Shouji a está traindo com a “Sachiko” — nome inventado por sua própria imaginação. Quando aparece no restaurante onde Shouji trabalha uma garota miúda e romântica chamada mesmo Sachiko, uma incrível coincidência se desenrola. Ingênua perigosa, Sachiko se coloca humildemente no caminho de Shouji, assim como quem não quer nada, e o rapaz, de caráter fraco, acaba se deixando envolver. O caso é previamente descoberto pelo casal de amigos fleumáticos de Komatsu, Junko e Kyosuke. Para este, Shouji havia deixado de lado a moral de seus atos, ao cair naquela situação ambígua. O desfecho do incidente é desastroso:
         Uma noite Nana & Nana comparecem ao restaurante, pois Komatsu queria apresentar Oosaki ao seu namorado. Shouji fica estarrecido, pois Sachiko também está de plantão, mas disfarça o melhor que pode e diz a Hachiko que quer ir na casa dela mais tarde, apesar do adiantado da hora, para conversar algo de muito sério. Sachiko, constatando a gentileza de Komatsu, diz a Shouji que não podem manter aquela situação. O que irá precipitar os acontecimentos é a decisão de Nana Komatsu que permanece do lado de fora do estabelecimento, apesar do frio da madrugada, disposta a esperar Shouji ali mesmo. Nos comentários que acompanham a saga, ela dirá: “Se naquela noite a Nana não estivesse comigo, eu com certeza teria me atirado no rio”.
         Alta madrugada, a porta do restaurante se abre e Sachiko sai correndo, com Shouji atrás que a alcança e abraça, dizendo: “Eu vou terminar com ela!” Nesse ponto é que eles percebem a presença das duas Nanas, que ali se encontram espantadíssimas. Quem porém reage é a Oosaki, com seu temperamento forte e dominador, que pergunta: “Que significa isso? Quem é essa garota?” Sem outra opção diante de tal flagra, o rapaz responde: “minha namorada”. Nana, ainda fumando um cigarro (vários personagens são fumantes inveterados, mas não a Hachiko), responde sarcasticamente: “Quer dizer que o bacana tem duas namoradas? Mas que boa vida!” Ato contínuo, Nana Oosaki lança ao chão o cigarro e, segurando Shouji pelo colarinho com a mão esquerda, arma o soco com a direita. Mas não chega a aplicá-lo, pois Sachiko se interpõe, desenvolvendo-se o barraco: “Não bata nele!” “Sai da frente! Você não tem nada com isso!” “É você que não tem nada com isso!” E sachiko acrescenta melodramaticamente: “A culpa é toda minha! Eu sabia que Shouji tinha namorada, mas me apaixonei por ele e não pude evitar! Eu sou a culpada! Se quer bater em alguém, bata em mim! Bata quanto quiser!”
         Mas a intenção de Oosaki era bater em Shouji, não em Sachiko. Ela resolve então chamar:
         — Hachi! Vai ficar aí parada, sem fazer nada? Ele é o seu homem, se você não lutar irá perdê-lo! Vá e tome-o de volta!
         Mas seria altamente improvável a doce e gentil Hachiko se rebaixar de sair no tapa com a rival, na via pública e de madrugada. Nana Komatsu, ainda parada e choramingando, dá uma resposta lapidar: — Eu não quero ele. Eu não quero nem olhar pra cara dele.
         Diante disso Oosaki pega Komatsu pela mão e, silenciosamente, as duas amigas se retiram daquela cena constrangedora. Mais tarde, buscando consolo, Komatsu dorme no quarto e na cama de Oosaki, abraçada a ela, como uma criança ferida em seus mais recônditos sentimentos.
         Após o deplorável caso com Endo Shouji, a vida sentimental de Komatsu Nana irá passar por lances ainda mais dramáticos. Fã extremada de Ichinose Takumi, baixista e líder do Trapnest, consegue ser apresentada a ele. Mais adiante, andando pelas ruas, é chamada por Takumi, cujo carro está em meio a um engarrafamento. Takumi oferece-lhe carona e daí para o envolvimento sentimental e sexual é um passo. Mas Komatsu não quer revelar seu novo amor para Oosaki e os demais: ela já acha que vai se machucar de novo.
         O xis do problema é que Takumi é aquele de quem todo mundo fala mal. Apesar de ser alto, magro e elegante, além de inteligente, Takumi é visto como uma espécie de tirano na banda. Não lhe faltam defeitos: arrogante, mulherengo, frio, calculista, por vezes ríspido, em torno dele o mangá vai construindo uma aura de vilão. Todavia, as reviravoltas da história acabam por surpreender o mais calejado leitor. Takumi é displicente em seu relacionamento com Komatsu, ausenta-se até do país com a banda (que de vez em quando vai para a Inglaterra), não telefona, não dá retorno. Hachiko sente-se abandonada e cada vez mais crente nas más qualidades de Takumi, personagem detestado pela Oosaki. Quando uma esperta manobra de Shin coloca Hachi e Nobu sozinhos, o coração da garota passa a se inclinar para o tímido guitarrista do Blast, que já a ama. Hachiko compromete-se a encerrar com Takumi na primeira oportunidade e ficar com Nobu.
         Há que entender que estamos numa espécie de submundo, onde os personagens possuem bons sentimentos e, surpreendentemente, até filosofam, fazem observações profundas; entretanto, desligados de qualquer prática religiosa e meio que largados na vida, dependem do bom senso natural para acertar, o que nem sempre acontece. Sucedem-se, nesses personagens, hábitos estranhos e desregrados: o adolescente que se torna garoto de programa, o viciado em drogas, fumantes inveterados, “pearcings” a granel, traições, promiscuidade sexual, há de tudo um pouco. A série é realista, mostra “a vida como ela é” no dizer de Nelson Rodrigues, mas mostra também uma inconsciente busca do ideal, através da arte, do amor e da amizade. Por isso a condição humana, com sua grandeza e sua miséria, é mostrada com requintes em “Nana”.
         Voltando ao fio da meada, observamos que, apesar das várias tramas paralelas, a Nana Komatsu domina a história, é com certeza a personagem mais fascinante, correndo paralela aos integrantes da banda, como amiga e admiradora, sempre interessada em fazer o bem, querida por todos pela sua alegria e singeleza. Ajudada de longe pelos pais, ela tem dificuldade em se estabilizar financeiramente em Tóquio, pois, como acaba admitindo, não gosta de trabalhar. É várias vezes admoestada pelos seus devaneios românticos, quando interrompe o trabalho sem perceber. E quando vai dormir tarde após uma reunião festiva dos amigos, atrasa-se no emprego e comparece com a boca coberta por máscara e tossindo, como se estivesse com a gripe suína. O estratagema não cola: ela é sumariamente demitida.
         Insegura, indecisa, Hachi não sabe como se livrar de Takumi. Quando este finalmente telefona ela de início perde a coragem de romper por celular, e pede encarecidamente que ele apareça, pois precisa conversar pessoalmente. Rude por natureza, Takumi pronuncia uma grosseria: “Não me venha dizer que você está grávida.” Isso irrita Hachiko que, tomando coragem, exclama: “Então não precisa me procurar nunca mais!”
         Agora Hachiko vive uma ova fase romântica, e acredita que seu relacionamento com Terashima Nobuo (Nobu) é o seu sonho dourado. Mas a fatalidade se manifesta, naquele que vem a ser o incidente mais fascinante do mangá, e que resulta na maior de todas as reviravoltas. O episódio frisa eficazmente que, às vezes, o bem e o apoio podem vir de onde menos se espera.
         Nana começa a ter enjôos. Preocupada, faz o teste de gravidez, que dá resultado positivo. Hachiko fica arrasada, sem coragem de revelar o fato a ninguém, nem mesmo ao casal de amigos a quem habitualmente confidencia seus problemas: Saotome Junko e Takakura Kyosuke. A pobrezinha nem sabe quem é o pai, considera-se desprezada por Takumi e sabe que Nobuo renunciou à participação nos negócios da família, que lhe garantiriam segurança material, pela vida artística.
         Sozinha no apartamento 707, à noite, recebe inesperadamente a visita de Takumi. O que realmente acontece é que, objetivamente falando, o rompimento de relações amorosas não ficara claro só por causa da diatribe de Hachiko ao telefone. Takumi de nada sabia com relação ao envolvimento de Hachiko com Nobu, e não via razão para desistir tão facilmente. Hachiko está em estado de choque: grita para Takumi que não deve se preocupar, pois ela não terá a criança; e que ele deveria ir embora. Ao mesmo tempo vem o engulho, ela corre para o banheiro e vomita. Takumi percebe que a garota não está bem, mas finge atender ao pedido para ir embora. O músico, pensando rapidamente, toma a decisão que irá mudar o curso da trama. Com a pobre Komatsu ainda lavando o rosto na pia, ele se apossa do celular da garota, passa para outro aposento e tranca a porta de comunicação. Quando Nana percebe já é tarde: Takumi está telefonando para o Nobu. Este por acaso estava caminhando pelas ruas em companhia da outra Nana. Eufórico ao reconhecer o número de Hachiko, Nobu se espanta ao ouvir a voz de Takumi. Este vai direto ao assunto: “A Nana está grávida. Não sei se o pai sou eu ou é você. Mas pretendo reconhecer a criança. O que você acha?”
         Foi como se Nobu houvesse perdido a língua ou atingido por um raio. Não conseguiu falar nada, enquanto Takumi insistia do outro lado da linha: “Enquanto você se cala, o bebê está crescendo.” Oosaki, intrigada com a atitude de Nobu, toma-lhe o celular e se admira por sua vez ao constatar que quem está falando é o líder do Trapnest. “Cadê a Nana?” Takumi tenta passar o celular para Hachiko porém esta, arrasada pela revelação ao Nobu e por toda a situação, está estendida no chão e só consegue chorar. “Agora ela não está em condição de atender”, explica Takumi. “O que você fez com ela, seu maldito?” Mas Takumi mantém a calma e a objetividade: “Tragam água e suco de uva. Ela precisa beber alguma coisa.”
         Infelizmente a situação acaba provocando uma discussão entre Nana Oosaki e Nobu. Ela acha que Nobu deve assumir, mas ele responde que não tem condição de criar um bebê. Além disso ele está perplexo com a presença de Takumi no apartamento. Nobu acaba falando coisas desagradáveis e Nana se afasta dele, e vai procurar Yasu para contar as mágoas e as novidades (Yasu, centrado, atencioso e sério, é o habitual “grilo falante” da série). Dessa forma um Nobu sozinho chega ao 707. “Onde está Nana?”, pergunta Takumi. “Não sei.” “E as bebidas?” Nobu nem responde. “Eu já devia saber. Está bem, eu mesmo vou comprar.” Ao se afastar, Takumi ainda observa: “Lembre-se: esta criança não precisa de dois pais.”
         É óbvio que os dois homens não se apreciam mutuamente.
         Algo, porém, muito significativo, ocorrera entre o telefonema e a chegada de Nobu. Takumi carregou a carente Hachiko para a sua cama, deitou-a, segurou-lhe a mão com carinho e conversou. “O que eu faço com você?” Comentou a facilidade com que ele se envolvia e as consequências. “Se você quiser, eu registrarei a criança.” O oferecimento inesperado causa impacto a Hachiko. E Takumi acrescenta: “Não importa quem seja o pai, você com certeza é a mãe. Fique tranqüila.” Nesse ponto, Hachiko corresponde ao aperto de mão do Takumi. Um raio de luz começa a reanimar a deprimida garota. Então a campainha toca e Takumi dá lugar a Nobu.    
         O procedimento de Nobu com Nana é desastroso. Ele chega no quarto, a pequena está no leito, chorando, e murmura: “Desculpe.” Ela apenas está se desculpando daquilo que a traumatizou: a gravidez, com seus encargos. Nobu leva aquilo a mal: “Por que está se desculpando? Você não tinha acabado com o Takumi?” Hachiko não responde, já não sabe senão chorar; desarvorado, Nobu insiste: “Fale, mesmo que você minta eu acreditarei!” E diante do silêncio choroso da moça: “Explique-se!”
         Pouco depois dessa cena deplorável, Nobu retira-se silenciosamente do apartamento 707, deixando Hachiko entregue à própria sorte e sem nada ter feito por ela.
         Este detalhe é importante para compreender bem o que se segue.
         Pouco depois Takumi retorna, encontrando o apartamento aberto e vazio. Não encontrando Nana, deita-se na cama dela e aguarda.
         Nana Komatsu, sentindo que alguma coisa deveria fazer, saíra de casa e se dirigira, apesar do adiantado da hora, à residência de seus amigos, o casal Junko e Kyosuke. Ela conta tudo e o caso é debatido. Takumi é considerado uma pessoa decidida. Entra em cena a questão do aborto. Infelizmente, é comum nos hospitais já falarem com as gestantes que, se elas preferirem não levar adiante a gravidez, deverão decidir logo etc. Hachiko revela que, de início, pensara que se fizesse isso poderia voltar a viver uma vida normal, como se nada houvesse acontecido. Mas, “ao retornar a clínica, carregando o meu bebê, entendi que se fizesse o aborto, nunca mais poderia levar uma vida normal.” Contra a solução do egoísmo e do comodismo, prevaleceu, de forma brilhante, o amor materno. Hachiko está, nesse ponto, tranquilamente decidida a preservar a vida de sua criança. Não faltarão maus conselhos, até de Nana e Shin; mas a jovem não os escuta. A criança viverá.
         O casal a leva de carro para casa. Nana Komatsu agradece e sobe... e tem a surpresa de encontrar Takumi no apartamento, à sua espera.
         Os dois conversam em torno da mesa. Humilde, Hachiko diz com voz fraquinha: “Eu quero que o meu bebê seja de Takumi.” Então o líder do Trapnest faz a proposta mais surpreendente: “Nós vamos nos casar.” Hachiko não crê no que está escutando. No entanto, apesar de alguns percalços que ainda ocorrem no relacionamento entre os dois, o casamento se efetiva num clima de mútuo carinho.
         O interessante nisso tudo é a aparente contradição nos acontecimentos. Nobu, o “príncipe dos sonhos” de Komatsu, o gentil, educado, romântico e agradável Nobu, na hora H, quando Hachiko mais precisava dele, falhou miseravelmente, procedendo de forma mesquinha e covarde. E o frio, calculista, libertino e orgulhoso Takumi agiu nobremente com a garota ferida em seus sentimentos, e foi o único que a segurou quando ela naufragava na depressão. Apesar de todos os seus defeitos, Takumi agiu como homem.
A história tem muito mais do que isso. Desvenda problemas gravíssimos entre os artistas: uso de drogas, prostituição, fumo desbragado (numa época em que todo mundo conhece os malefícios do cigarro), alcoolismo, promiscuidade sexual, paixão e depressão, esperanças desfeitas, e em meio a tudo isso a luta de pessoas realmente talentosas — apesar de seus vícios — para vencer com sua arte. O drama de Shin, por exemplo, o garoto que, largado no mundo pela família, se torna aos quinze anos um garoto de programa e sem deixar essa atividade ingressa no Blast. A angústia da extraordinária vocalista Reira, que, apaixonada por um indiferente Takumi, sente-se incapaz de cantar ao saber do casamento deste com Hachiko. E várias outras tramas paralelas. “Nana” é um drama gigantesco que deve ser apreciado aos poucos e que, como eu disse antes, tem qualquer coisa de Nelson Rodrigues".
 
(Direitos autorais: MIGUEL CARQUEIJA, AUTORIZADA A REPRODUÇÃO DESTE ARTIGO, 
COM FINALIDADES NÃO-COMERCIAIS, DESDE QUE CITADA A FONTE. SE FOR POSSÍVEL,
AVISE A UTILIZAÇÃO DO TEXTO AO RESPONSÁVEL POR ESTA COLUNA DE CRÍTICA E
DISCUSSÃO CULTURAL: F. BITTENCOURT, E-MAIL [email protected])
 
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VERBETE 'ANIME' (DESENHOS ANIMADOS JAPONESES) DA WIKIPÉDIA
 

"Anime

 
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Anime, animê (português brasileiro) ou animé (português europeu) (em japonês: アニメ anime?, literalmente, desenho(s) animado(s)) é qualquer animação produzida no Japão. A palavra anime tem significados diferentes para os japoneses e para os ocidentais. Para os japoneses, anime é tudo o que seja desenho animado, seja ele estrangeiro ou nacional. Para os ocidentais, anime é todo o desenho animado que venha do Japão. A origem da palavra é controversa, podendo vir da palavra inglesa animation ("animação") ou da palavra francesa animée ("animado"),[1] versão defendida por pesquisadores como Frederik L Schodt[2] e Alfons Moliné.[3] Ao contrário do que muitos pensam, o animê não é um género, mas um meio, e no Japão produzem-se filmes animados com conteúdos variados, dentro de todos os géneros possíveis e imagináveis (comédia, terror, drama, ficção científica, erótico, etc.).

Uma boa parte dos animes possui sua versão em mangá, os quadrinhos japoneses. Os animes e os mangás se destacam principalmente por seus olhos geralmente muito grandes, muito bem definidos, redondos ou rasgados, cheios de brilho e muitas vezes com cores chamativas, para que, desta forma, possam conferir mais emoção aos seus personagens. Animes podem ter o formato de séries para a televisão, filmes ou OVAs.

Índice

História

Ver artigo principal: História dos animes
 
Pôster de Hakujaden, a Lenda da Serpente Branca, primeiro longa-metragem em cores do pós-guerra. Hakujaden deu início a industrialização da produção animada do Japão.

Com a ocupação dos Estados Unidos no fim da Segunda Guerra Mundial, muitos artistas japoneses tiveram contato com a cultura ocidental e, influenciados pela cultura pop dos Estados Unidos, desenhistas em início de carreira começaram a conhecer os quadrinhos e desenhos animados na sua forma moderna. Havia negociantes que contrabandeavam rolos de filmes americanos, desenhos da Disney e outros.

Entre os principais artistas que se envolveram com a tal arte, estavam Osamu Tezuka, Shotaro Ishinomori e Leiji Matsumoto. Estes três jovens, mais tarde, foram consagrados no mercado de mangá. Na década de 1950, influenciados pela mídia que vinha do Ocidente, diversos artistas e estúdios começaram a desenvolver projetos de animação experimental.

Na época em que o mangá reinava como mídia nasceram os pioneiros animes de sucesso: Hakujaden (A Lenda da Serpente Branca) estreou em 22 de outubro de 1958, primeira produção lançada em circuito comercial da Toei Animation, divisão de animação da Toei Company e Manga Calendar, o primeiro animê especialmente feito para televisão, veiculado pela emissora TBS com produção do estúdio Otogi em 25 de junho de 1962, que teve duração de dois anos.

Logo em seguida, em 1 de janeiro de 1963, foi lançado Astro Boy, baseado no mangá de Osamu Tezuka, já com a estética de personagens de olhos grandes e cabelos espetados vinda da versão impressa. Astro Boy acabou tornando-se o propulsor da maior indústria de animação do mundo, conquistando também o público dos Estados Unidos. Tezuka era um ídolo no Japão e sua popularidade lhe proporcionou recursos para investir em sua própria produtora, a Mushi Productions. Outras produtoras investiram nesse novo setor e nasceram clássicos do anime como Oitavo Homem (Eight Man), Super Dínamo (Paa Man), mas ainda com precariedade e contando com poucos recursos, diferente das animações americanas.

Em 1967, surgiram quatro filmes e catorze séries animadas no Japão, entre elas A Princesa e o Cavaleiro, Fantomas e Speed Racer, o primeiro com grande projeção internacional

Animês infantis, infanto-juvenis femininos e sobre robôs gigantes acompanharam o crescimento do número de séries semanais durante a década de 1970[4]. Na época, a Tatsunoko Production, criadora de Speed Racer, lançou um título de sucesso chamado Gatchaman (no Ocidente, Battle of the Planets).

Características

Os animes apresentam características bastante distintas, como o uso de uma direção de arte ágil, enquadramentos ousados e a abordagem de temas variados, como ficção científica, aventura, terror, infantil e romance. É bastante comum, mesmo nas produções infantis, encontrar situações de humor adultas.

Há também na animação japonesa grande presença de personagens bem-humorados, mesmo que alguns tenham uma conotação homossexual. As duas características são reflexos da cultura japonesa, onde não há muita distinção entre homossexuais e heterosexuais[carece de fontes?], mas fora deste contexto, como no Ocidente, essas ações acabam por ser muitas vezes mal interpretadas, levando em muitos casos à censura e adaptação de personagens.

Em muitas produções pode-se conferir caracterizações exageradas de sinais visíveis de sentimentos, como:

  • gota de água que aparece do lado do rosto do personagem representando constrangimento;
  • diminuição súbita do personagem representando vergonha ou medo;
  • nervos estilizados, dentes ou chifres aparecendo repentinamente nos personagens representando raiva ou maldade.

A voz também é um elemento muito importante num personagem. Elas são selecionadas de acordo com a personalidade dos personagens. Vozes muito poderosas, infantis, estridentes, harmoniosas ou cavernosas fazem parte do universo de qualquer anime, e os dubladores ou seiyu são alvos da admiração de muitos fãs.

Classificação

Por formato

 
Prateleira com DVDs de anime

No Japão, os animes são lançados em três formatos:

  • Série de televisão: transmitido pela televisão aberta ou paga, e geralmente, com o fim da série há o lançamento do DVD ou VHS. Comparado com filmes e OVAs, a qualidade da imagem pode ser muito menor por ter um orçamento distribuído em um grande número de episódios. Muitos títulos apresentam 13 ou 26 episódios com duração de 23 minutos. Na maioria das vezes, possuem créditos iniciais e finais, cenas curtas que anunciam o início e o fim do intervalo comercial e prévia do episódio seguinte.
  • Filme: exibidos em cinemas e, mais tarde, lançados em DVD, ou, em alguns casos, em canais pagos. Geralmente apresentam a qualidade de vídeo e o orçamento mais alto. Muitos animes são unicamente lançados em filmes. No entanto, há casos em que os filmes são na verdade uma edição minimizada da série de televisão.
  • OVA ou OAV (sigla de Original Video Animation): é o anime produzido para ser vendido em DVD e VHS e não para ser exibido na tevê como uma série. Assim como filme, depois de algum tempo, o OVA pode passar em canal fechado também. Normalmente são mais curtos que os filmes e possuem mais de um episódio.

Relação entre animes e mangás

O mais normal é que, quando um mangá alcança sucesso considerável de vendas no Japão, ele seja transformado em anime e se este também obtiver êxito, é traduzido e distribuído a outros países. Eventualmente, diversos produtos relacionados a ele começam a ser produzidos, como jogos de videogame, bonecos e revistas.

No entanto, há casos em que a ordem se inverte, como Neon Genesis Evangelion, cujo mangá foi produzido após o sucesso da série de televisão e Dragon Quest e Pokémon, que eram jogos, a partir do qual foram produzidos animes e mangás.

Influência

O estilo dos animes já influencia a cultura ocidental e está presente também além desta. Por exemplo, a grife Cavalera já lançou uma coleção com alguns personagens clássicos, influências orientais e até mesmo citações de yaoi.

A dupla Daft Punk produziu em parceria com Leiji Matsumoto e Kazuhisa Takenochi, animadores profissionais do Japão (que já fizeram animes como Digimon e Sailor Moon) o filme Interstella 5555: The 5tory of the 5ecret 5tar 5ystem. A banda norte-americana Linkin Park também já fez referência a clássicos da animação japonesa como Gundam, além de ter todo um videoclipe, Breaking The Habit, produzido usando a técnica do anime. Por sua vez, Madonna criou um bloco inteiro dedicado ao mundo oriental em sua turnê Drowned World Tour. Em uma das canções são mostrados alguns animes hentai (pornográficos) nos telões da apresentação de 2001 da estrela. Além disso, em seu clipe, Jump (situado em Tóquio), a cantora ainda parece se fantasiar de Mello, personagem de Death Note. O Gorillaz e o Daft Punk foram outras bandas que utilizaram animes em seus clipes. Pode-se citar, Britney Spears, com o clipe Break The Ice, todo produzido no estilo anime. E, por fim, a banda Os Seminovos produziram o clipe da música Ela é otaku, com bastantes imagens de animes conhecidos, disponível no YouTube.

Animações japonesas já receberam ou foram indicadas a vários prêmios internacionais. Sen to Chihiro no Kamikakushi recebeu o Oscar de melhor filme de animação em 2003 e 35 outros prêmios[5]. Nesse mesmo ano, o curta-metragem Atama Yama, de Koji Yamamura, recebeu o grande prêmio do Festival Internacional de Animação de Annecy na França e do Filmfest de Dresden, na Alemanha, além de ser indicado ao Oscar de melhor curta de animação[6][7]. Esse mesmo prêmio foi recedido em 2009 a Kunio Kato por Tsumiki no ie[8].

Fãs de anime

Com o crescente sucesso dos animes, surgiu pelo mundo uma comunidade de fãs que se tornaram conhecidos como otaku. O próprio termo é alvo de discussões, pois no Japão o verbete possui conotação pejorativa. Muitos dos espectadores de anime não se consideram otaku, preferindo fugir do rótulo controverso.

Ver também

Referências

  1. Anime News Network. Anime. Visitado em 15 de março de 2009
  2. SCHODT, Frederik L. (Reprint edition (August 18, 1997)). Manga! Manga!: The World of Japanese Comics. Tóquio, Japão: Kodansha International. ISBN 0-87011-752-1
  3. MOLINÉ, Alfons. O grande livro dos mangás. Editora JBC. São Paulo: 2004. p. 47 ISBN 85-87679-17-1
  4. NAGADO, Alexandre. A história do animê - Parte I. Visitado em 23 de julho de 2009.
  5. The Internet Movie Database. Premiações para Sen to Chihiro no kamikakushi. Visitado em 17 de março de 2009.
  6. MOLINÉ, Alfons. O grande livro dos mangás. Editora JBC. São Paulo: 2004. p. 55 ISBN 85-87679-17-1
  7. The Internet Movie Database. Premiações para Atama-yama. Visitado em 17 de março de 2009.
  8. The Internet Movie Database. Premiações para Tsumiki no ie. Visitado em 17 de março de 2009.

Ligações externas

Categorias: Palavras que diferem em versões da língua portuguesa | Anime | Animação | Cultura do Japão | Gêneros da arte | Géneros de cinema | Terminologia de Anime e Mangá". (http://pt.wikipedia.org/wiki/Anime)

 

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A MAIOR MESA DE TOTÓ DO MUNDO, por GILBERTO KNUTTZ 

"A maior mesa de totó/pebolim do mundo

Totó ou pebolim, não importa como você o chame, este jogo é tremendamente divertido, e faz uma excelente companhia para tomar uma cerveja e ver o tempo passar. Tudo que você precisa é um punho forte, movimentos rápidos e pontaria certeira. Ah… se você for dos que joga “rodando” os jogadores, e chutando na doida, me desculpe, mas você está estragando a diversão :p

Ah… pesquisando na Wikipedia, descobri que além de totó e pebolim, o jogo é tambem conhecido por: pacau e fla-flu (no Rio Grande do Sul) e por matraquilhos em Portugal.

Essa mesa em particular foi feita pela cervejaria Amstel para ser usado durante uma promoção na final do Champions League na Europa, e pode acomodar dois times de futebol completos, onze contra onze, tal como no campo real.

 

(http://cybervida.com.br/a-maior-mesa-de-totopebolim-do-mundo)