Luiz Filho de Oliveira
Em: 03/12/2009, às 16H33
BIOGRAFIA
nasceu em Campo Maior, Piauí, em 1968. Formado em Licenciatura Plena em Letras, pela Universidade Federal do Piauí – UFPI, professor de Língua Portuguesa na rede particular de ensino.
Premiado em vários concursos de poesia. Ganhou o segundo lugar no Concurso Literário de Piauí de 2000, cuja obra BARDOAMAR saiu publicada, com os demais premiados, na coletânea CONCURSOS LITERÁRIOS DO PIAUÌ. (Teresina: Fundação Cultural do Piauí, 2005. p. 99-166) de onde extraímos os seguintes versos.
“... os versos de Luiz Filho de Oliveira são assinalados pela ousadia de criar uma marca pessoal, um modo particular de falar de si mesmo e das relações com os lugares em que transitamos (os espaço do prazer, da busca, da dor, da utopia humana), inscrevendo-se poeticamente no mundo. Esse gesto diz respeito ao espírito inventivo de que se aventura nesse labirinto de palavras chamado poesia, haja vista existirem aqueles que acreditam que nos tornamos mais originais e criativos quando ultrapassamos o medo de imitar os modelos de obras já consagradas. Um poeta jovem não precisa se limitar ao cânon. Destarte, nenhuma linguagem ou forma sacralizada de fazer versos basta a ele, que acredita na força do seu poema, no poder que a Palavra ou o Verbo possuem de construir realidades, transformar o mundo.” Elio Ferreira
AMOSTRAGEM
BardoAmar
velhos personagens
vinha esse verbo velho
tinto em cenas líqüidas
brinde pois conosco
enquanto imóveis a senso
corpemente excetos
onde estes chãos marem-se em
música vinho poemas
caminho a tormentas
por risco você
em linhas fie sentidos
aqui dentro eus nós
velozesamarras
velas a mar a velarem-se
no que o verso encerra.
sedentro
enquanto
pelo teu corpo
espasmo encontro
em – be – ber – te – em – vi – nho
os – go – les – se – cre – tos
te – tra – go – os
vi cio
tua alegria minha
droga bem vinda viva
a me – tragar
a espasmos o sensível
no quando – líqüido – me – pescas
se ondas vinho
estiagem no poema
o sol traga
a vinha alma do poeta
que espera
versiflorem
sulcos as brancaragens
destas páginas
68 flores de maio
o tempo de contribuir com uns versos
vomito teu vinho em poemas malinos
onde o mal dito, bem, digo, o segredo
churrasco o a-mor
espeto fogo garfo
a amórfagos
os ped acin hos da
cerebral emoção corpumana
mais ninguém há de comer o sem
tido todo: todos
próprio de casal
amar: quando intenso
a esparsar o quanto exceto
de nós: móveis certos
de esparso a espaço
graças à perspectiva
num horizonte em linha
tocamos a estrela que vigia
fenixmente
com a convicção do pássaro divino
te – semento me este amar (ave!)
onde ardo quando chamas
a vingar a vida o humano momento
com estes vôos vinho no cinza
de sempres
atirado (não à balada)
eu olhar
a me – estilhaçar
eu retalhos
teu corpo
campo minado
onde me – atiro
seu medo de
em cada avanço: de frente
explodir teu o sexo alvo
FORTUNA CRÍTICA
Aguarde...