KIM JONG-UN, DONALD TRUMP E NICOLÁS MADURO:O QUE PODERÁ VIR DE CADA UM DELES
Por Cunha e Silva Filho Em: 19/03/2022, às 12H07
SESSÃO NOSTALGIA
NOTA AO LEITOR:
O ARTIGO ABAIXO FARÁ PARTE DO MEU LIVRO, ESTUO EM FASE DE PREPARAÇÃO DEUM AVERSÃO PARA O INGLÊS DESTE ARTIGO;
IN DEFENCE OF THE WORLD PEACE AND OTHER THEMES:
(WITH SOMEE TEXTS IN FRENCH)
KIM JONG-UN, DONALD TRUMP E NICOLÁS MADURO: O QUE PODERÁ VIR DE CADA UM DELES?
CUNHA E SILVA FILHO
Não pense o leitor que o mundo se inquieta só com o que esses três dirigentes de países diferentes e com problemas internos e externos diferentes. O primeiro, um ditador a quem se atribui ter mandado matar o próprio irmão. O segundo, um presidente de uma nação-chave para a geopolítica mundial Se não incorro em erro, Donald Trump, desde a campanha à presidência, tem dividido os americanos, sobretudo com o emprego frequente de afirmações com traços de pós-verdades que só perturbam a opinião pública dos EUA, quer dizer, desunindo os americanos, pensando que esteja agindo assim pelo bem do povo. Ledo engano. Pelo contrário, o que anda fazendo e o que pretende fazer dividirá ainda mais a nação. O terceiro, um candidato forte a se transformar em ditador, se é que já não o era com todas as malvadezas que tem feito indo de encontro as leis do seu país e conduzindo-o com mão de ferro, enfeixando nas mãos, na prática, todos os três poderes, garroteando a liberdade de imprensa e castigando quem se lhe oponha às determinações e vontades com prisão, torturas e o que mais for possível de violência policial. Façamos algumas reflexões gerais sobre cada um deles.
Já se disse que Kim-jon-un não deseja partir para o confronto bélico com os Estados Unidos, mas chamar a atenção dos americanos a fim de que que tenham outro olhar para seu país e o seu governo. Só estaria mesmo interessado no respeito que possa merecer dos americanos. Deseja ter a certeza de que é uma nação forte e soberana, com possiblidades de dispor de armas nucleares. Seus testes nucleares com poder de atingir os EUA é um recado que dá ao atual presidente americano, Donald Trump. Essa seria um análise especulativa, mas não o bastante para que se possas inferir o que o gordinho com cara de adolescente que caminha um tanto mancando.
Quanto ao presidente Donald Trump, da mesma maneira, ainda se mostra uma esfinge de um homem sem experiência política e tendo só atuado no mundo dos negócios e nos meios de comunicação televisiva. Por isso mesmo, desenvolve mais seus talentos no espaço borbulhante da aparência, do simulacro e dos efeitos cênicos e retóricos. Sua própria campanha, sua vitória meio enevoada e pouco transparente no resultado das eleições, sobretudo tendo em vista interferências do governo russo, segundo a imprensa tanto divulgou, país com o qual os Estados Unidos nunca teve tampouco relações tão mais próximas e amistosas, nos deixa um pouco com o pé atrás.
Contudo, não é somente isso que anuvia essa figura polêmica e com ares de bravatas que, a meu ver, não bem combina com a postura de um líder que possa ser levado a sério pela sociedade americana. Sisudo aparentemente, esse milionário na presidência ainda trouxe outros ingredientes pouco assimilados por um povo que se constituiu de um melting pot, de um país de imigrantes, ele próprio descendente de alemães.
Um desses ingredientes é o nacionalismo, o querer os EUA só para os americanos, como a sinalizar que o pais não seria bem receptivo ao estrangeiro, à mistura de línguas ouvidas em partes do território americano, nas colônias estrangeiras, onde se ouve um multiplicidade de idiomas, sobretudo o espanhol. Esquece Trump que, segundo assinalei, ele mesmo não é de ascendência americana, o que torna a sua suposta postura anti-imigrante uma contradictio in terminis.
Sua plataforma de campanha, de início, já se tornava antipática e inconsequente, com a ideia de construir uma barreira de isolamento com o vizinho México, através de uma construção de uma muralha, à semelhança de outras muralhas de sombrias memórias. Novamente, seu proclamado nacionalismo já está provocando tumultos entre os americanos, como recentemente se deu na cidade Charlotteville, estado de Virgina(EUA), onde movimentos racistas e nazistas reaparecem mais abertamente exemplificados nos atos de violência da Ku Klux Klan– espécie de seita diabólica formada de brancos racistas, retrógrada, que deveria ser alijada de vez da geografia estadunidense – vergonha para os americanos que respeitam a democracia e os direitos civis do país. Essa excrescência nazifascista repugna à consciência dos povos livres num mundo globalizado.
Ao invés da bandeira nacionalista “A América para os americanos,” apregoada por Trump em suas campanhas cheias de fanfarronices e gafes espetaculares e no mau sentido, Trump deveria era dar continuidade ao espirito e mentalidades avançadas daqueles ilustres ex-presidentes americanos que deixaram sua marca de estadistas, à frente George Washington, Abraham Lincoln, Franklin Delano Roosevelt, apenas para mencionar três líderes de envergadura moral e cívica. Infelizmente, estamos no mundo órfãos de grandes homens que sirvam ao bem-estar de seus países. São poucas as exceções.
Por último, a figura sombria do bigodudo Nicolás Maduro que, herdeiro do seu antecessor, Hugo Chávez, ainda se comportou muito pior como chefe de governo. Sem estar preparado para ser um presidente, Maduro tem se destacado pelos males que trouxe ao seu mandato presidencial. Até entendo em parte que não goste do que ele insiste em chamar de “imperialismo americano.” No entanto, o que tem praticado internamente é bastante para que esteja sendo isolado da maioria do seus países vizinhos, inclusive do Brasil.
Sua grande falha foi desejar governar excluindo condições que permitam que um país se sustente minimamente, que é a liberdade de imprensa, o respeito às divergências, o respeito aos princípios democráticos, à Constituição do país. Incompetente para superar os entraves da economia venezuelana, mesmo tendo a seu favor um país riquíssimo em petróleo, Maduro perdeu o controle da sua administração e passou a compensar suas falhas e inoperâncias praticando atos lesivos às normas democráticas.
Realizou eleições fraudulentas, como a última, que lhe dará poderes ainda mais discricionários. Ou seja, na prática, está governando como ditador num país em que o Congresso não tem mais voz da oposição, em que o Judiciário se transformou numa marionete do seu governo e em que as forças armadas se transformaram em verdugos da sociedade que, em grande parte, lhe é adversária e não o quer mais no poder.
O plebiscito realizado pela sociedade o reprovou como governante. Realizou uma Constituinte fraudada com o objetivo de o manter no poder no qual a estrutura do Estado se tornou, assim, um simulacro, com juízes submissos ao seu absolutismo. Desrespeitou até os princípios do líder e herói Simon Bolívar, um herói nacional da liberdade dos povos. O governo de Maduro não passa, agora, de uma contrafação, um engodo.
O Mercosul, do qual fazia parte, lhe fechou as portas. Os organismos internacionais não o reconhecem como mandatário. A população está sofrendo as agruras da falta de abastecimentos de produtos de alimentos, remédios e outros itens indispensáveis à sobrevivência, afora uma onda de violência de bandidos e traficantes contra a sociedade, desemprego e outra mazelas sociais. A fuga de venezuelanos para países vizinhos, como o Brasil, é um fato consumado.
O país se endivida. Está sempre a pedir ajuda à Rússia que lhe empresta rios de dinheiro, o que nos leva a perguntar: para onde vai tanto dinheiro russo? Não é fácil obter resposta a essa indagação. A Venezuela, sendo o pais com as maiores reservas do petróleo mundial, está cada vez mais, segundo as últimas informações que tenho lido veiculadas pela imprensa mundial, se endividando com os russos que lhe serão dóceis enquanto houver petróleo no maltratado país sul-americano.
Postado por Cunha e Silva Filho às 11:26
Um comentário:
Unknownagosto 16, 2017
Parabéns pela artigo. Muito bom seu comentário sobre Kim Jang Un , Donald Trump e Nicolás Maduro.
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