Sob um frio bem atípico do Rio de Janeiro (“Sempre ouvir dizer que os cariocas não gostam do frio e da chuva, mas vocês estão mostrando que a fé de vocês é mais forte que o frio e a chuva. Parabéns! Vocês são verdadeiros guerreiros”, diria o Santo Padre”), as notícias não eram nada animadoras: “Rio passa vergonha” (capa do Extra), “Peregrinos pagam seus pecados nos transportes”. Algumas horas antes da chegada do Papa em Copacabana, fui conferir o "caos" anunciado pela imprensa. Em vez dele, encontrei bandos de jovens do mundo inteiro, numa algazarra contagiante, posando para fotografias (peguei até carona nas poses como vocês veem aqui), dirigindo-se ao grande palco onde assistiriam não a um show de rock, mas à mensagem de que a fé é revolucionária do líder de uma religião bimilenar. 

A fé é revolucionária mesmo? Sei lá, em nome da fé muita barbaridade já se fez (e ainda se faz em algumas partes do mundo). Mas em nome do socialismo, a grande religião materialista que prometeu redimir a humanidade nos tempos modernos, também se perpetraram as piores atrocidades. De uma coisa sei: seria tão bom se, em vez de passarmos a vida resmungando e reclamando e falando mal e contando dinheiro e fazendo fofoca, preservássemos a jovialidade, que vemos entre os participantes da Jornada, a vida inteira! A seguir algumas das fotos tiradas na Praia de Copacabana nas tardes da quinta (primeiras nove fotos sob tempo encoberto) e sexta-feira (a partir da foto 10, Santa Clara tendo atendido às preces por um tempo melhor):