GUERRAS  INÚTEIS NO  MUNDO CONTEMPORÂNEO (artigo  ampliado e melhorado)  

CUNHA E SILVA FILHO

   O  exemplo da guerra da Rússia contra a Ucrânia, assim como  o palco de guerra  entre Israel e Hamas, considerado   por alguns  como  grupo terrorista, por outros não,   é um  exemplo  gritante   e  indigno  da condição  humana em  pleno   século 21.Não se pode esquecer  que  as guerras  não passam  de  ações genocidas  dos  países em conflito,  uma vez que  os bombardeios  sangrentos  contra os adversários  atingem  os civis, destroem imensos  bens materiais,   construções,  enfim,  toda uma  estrutura de um país ou cidade   

    O fato mais degradante   do  ponto de vista  humano,  são  as vítimas  inocentes de ambos os lados. As guerras não são apenas  inúteis,  são diabólicas,   ações desumanas, práticas genocidas,   sem  peso  moral  nem  misericórdia  entre os  dois  lados  em combate. São, em si    Matam  tudo e todos  que são  alvos  atingidos  ou  alvos  errados.

     Um  outro  exemplo desse mesmo tipo, de perversidade  inominável,   entre  outros  que  não citarei  aqui;     foi a guerra  genocida  da  invasão do Iraque  por tropas  americanas: exemplo paradigmático  de como  chefes de  Estado  cometem atrocidades  imperdoáveis de mandatários mentecaptos.      geram   ódio a países  com  tendência  a hegemonias  e a  imperialismos. 

   Nenhum  país  pode se arvorar  em   defensor   ilícito  de uma suposta  paz mundial.  Bush  II  foi  um desses  presidentes  nefastos. Até a própria Inglaterra   viu que  o  imprudente  Bush  filho   cometera um  grave   erro   que custou  só  milhares de mortos  e  inocentes   num  Iraque  que não  possuía armamento  nuclear.

  Ao contrário,  na Segunda Guerra Munidal (1939-1945), sim,  houve necessidade de  países  unidos  se voltarem  contra   o nazismo  hitlerista, raesponsável  pelo  pavoroso  Holocausto  contra os judeus. Da Segunda   Guerra  só um fato  reprovaria  com veemência:  as explosões contra Hiroxima e Nagazaki, porquanto os EUA  teriam   outras formas  de  obrigar  o Japão  a se render sem o recurso  americano do genocídio.

  No caso,  porém, da Rússia  a invasão  foi  indevida  e  precipitada. Poder-se-iam  tentar outra formas sem recorrer  a uma invasão a um  país soberano,     por   exemplo, a mais aceitável:  o diálogo, as negociações diplomáticas e contínuas  com  a Ucrânia através   das mediações de  órgãos mundiais   que lutam  pela paz   entre as  nações,  como o  ONU. Evitar-se-iam  as destruições  materiais e  vítimas  inocentes. Isso  não  é utopia. É factível. Os tempos de invasões  contra países   e regiões do mundo ja deveriam ser coisas dos passado e de bárbaros da Antiguidade.

      Precisamos de paz  de segurança,  de empregos,  de habitação  sadia,   de educação,  de  cultura, de amor  às artes  e ao desenvolvimento  tecnológico    voltado para uma vida  sob a égide da solidariedade  e do amor  aos semelhantes.

  Um  país  invasor  é que  comete  o primeiro  passo   ilícito   e condenável,  mormente   pela  ausência  completa  do humanismo   que  seria   o motor   maior   e  indispensável   da paz  universal. O emprego da força.   da ilegalidade,  das rupturas  das leis   internacionais   contra   a soberania das nações  é um   determinação    inominável e  pusilânime. A violência  gera violência  e as invasões  de países   é um ato   nefando,    pois  pode destruir  toda  um arcabouço  de um Estado  soberano.

   Se  a Ucrâmia  tinha/tem pretensão  de  ser  membro  da OTAN,  essa  é uma  decisão  que cabe a ela dentro   de suas escolhas, de seus  interesses geopolíticos. Ao  anexar, por invasão,  a Crimeia  ao território  russo,   Putin   cometeu  outro  erro   tático-militar e agiu  como   um  Estado  imperialista  e  expansionista.  Não creio que a Rússia,  uma potência   armamentista e rica em recursos  naturais (por exemplo, o gás) e  energéticos  do quais dependem  nações   adiantadas   do Ocidente, como a Alemanha,  a Itália, a França, poderia  sofrer represálias   da Ucrânia.

  Putin,   contudo,   com  suas pretensões   belicosas   e  expansionistas    optou  pela violência   da   invasão  de um  país   com a sua independência  já   consolidada. Daí que,  a meu  juízo,  a invasão  da Rússia contra a Ucrânia  poderia  ter sido  evitada se Putin  não fosse   uma figura  autoritária  e  infensa  à paz  mundial. Não  é sem razão que se aliou  ao ditador  da Bashar Al_Assad,  tirano da Síria,  e manda armas  para países que  estão sob a mira de seus  interesses  específicos,notadamente   ideológicos  e  econômicos.  

   Quantas vidas de inocentes  foram ceifadas  além  dos atropelos    e  sofrimentos  causados  aos habitantes (crianças, adolescentes,  adultos e idosos)   ucraniannos  que  tiveram   que ser  escorraçados, em parte,   de sua  própria  pátria,  de seus pertences, de seus lares, de sua cultura,  de sua vida  normal, de seus  empregos   e de seus  sonhos acalentados, todos eles   vítimas  dos destroços  provocados   pelo  bombardeios  no  país  e  elevados   à  condição de refugiados em  outras    nações   para onde,     amedrontados pelo terror da guerra  e   dos seus  infinitos   padecimentos,    com   gritos de indignação    e  sentimentos   de  ódio  contra o  país  invasor. 

    Cito, mais uma vez,   uma frase  lapidar   e  profunda de Shakespeare: "The evil that men do lives after them" ("O mal que os homens  praticaam sobrevive a eles").  As consequência  já vêm surgindo,  como foi  o  atentado ontem/hoje  causando a morte da filha do guru  de Vladmir Putin.

    Sem  um espírito  pacifista,  sem  humanismo efetivo  e não  por  palavras  ou meras  intenções  de paz,  retórica  vazia,  não  atingiremos  o entendimento  e a solidariedade  tão  necessários e urgentes  num mundo  desunido  e individualista dominado  pelo vil metal,  já  dilacerado  por  outras   chagas  e males   perigosos.

    Entre  outros  exemplos criados  por  governos   irresponsáveis,  agora no campo das condições funestas   do clima mundial, citaríamos primacialmente    as consequências  dos desmatamentos de nossas florestas,  de vastíssimas áreas  incendiadas, tendo  à frente a Amazônia, pelas ações  dos homens predadores do meio-ambiente  sem  punição  por  parte de  governos  insensíveis a   situações  climáticas apocalípticas. Isso  já é uma realidade  mundial. Os países  ricos, poluidores, como a China e  os Estados Unidos,  não querem abrir mão  de sua produtividade industrial geradora  de suas riquezas  arruinadoras do meio-ambiente. Nem tampouco  comparecem às reuniões de Cúpula,   pouco se lixando para  os efeitos deletérios do CO2, como o  aquecimento  global, o aumento   dos níveis   dos mares, o derretimento da calotas  polares, as mudanças   climáticas sem precedente e  de forma  desordenada e caótica (como  os incêndios   em países europeus,  as ondas de calor  em  países   geralmente  de clima frio, enfim,    com  a correspondente  reação  impiedosa,  mas justa da destruição   da Natureza em fúria  contra  nós mortais.

     Ora,   esses países   poluidores  decidem  sobre  questões de altíssima relevância sobre vários aspectos e decisivas  para o  melhoramento das condições  do  nosso  Planeta.Mas,  não o fazem  ,o que é uma omissão   implacável. Contudo,  eles  próprios sofrerão  do mais terríveis  males  climáticos   que  podem   devastar  e tornar  impossível a sobrevivência  na Terra. Estão agindo na contramão  da História,   estão  agindo  por omissão e soberba,  visando tão-só aos  interesses  deles mesmos.

      O resto  é resto ou o silêncio  de Moby Dick. Tal  indiferença  pela ser humano, ou  melhor,  tais  crimes   e matanças  de  inocentes , pricipalmente os civis, caracterizam  um crime  contra a Humanidade e são repudiados veementmentae  por membros de organismos   internacionais,   como a ONU, a Corte de Haia   e outros. Contraditoriamente, os  EUA,  a China,  a Rússia, por exemplo,  têm assento  permanente  e  têm  peso de veto. Preciso explicar mais?