GUERRAS INÚTEIS(TEXTO AMPLIADO E MELHORADO)
Por Cunha e Silva Filho Em: 25/12/2023, às 11H51
GUERRAS INÚTEIS NO MUNDO CONTEMPORÂNEO (artigo ampliado e melhorado)
CUNHA E SILVA FILHO
O exemplo da guerra da Rússia contra a Ucrânia, assim como o palco de guerra entre Israel e Hamas, considerado por alguns como grupo terrorista, por outros não, é um exemplo gritante e indigno da condição humana em pleno século 21.Não se pode esquecer que as guerras não passam de ações genocidas dos países em conflito, uma vez que os bombardeios sangrentos contra os adversários atingem os civis, destroem imensos bens materiais, construções, enfim, toda uma estrutura de um país ou cidade
O fato mais degradante do ponto de vista humano, são as vítimas inocentes de ambos os lados. As guerras não são apenas inúteis, são diabólicas, ações desumanas, práticas genocidas, sem peso moral nem misericórdia entre os dois lados em combate. São, em si Matam tudo e todos que são alvos atingidos ou alvos errados.
Um outro exemplo desse mesmo tipo, de perversidade inominável, entre outros que não citarei aqui; foi a guerra genocida da invasão do Iraque por tropas americanas: exemplo paradigmático de como chefes de Estado cometem atrocidades imperdoáveis de mandatários mentecaptos. geram ódio a países com tendência a hegemonias e a imperialismos.
Nenhum país pode se arvorar em defensor ilícito de uma suposta paz mundial. Bush II foi um desses presidentes nefastos. Até a própria Inglaterra viu que o imprudente Bush filho cometera um grave erro que custou só milhares de mortos e inocentes num Iraque que não possuía armamento nuclear.
Ao contrário, na Segunda Guerra Munidal (1939-1945), sim, houve necessidade de países unidos se voltarem contra o nazismo hitlerista, raesponsável pelo pavoroso Holocausto contra os judeus. Da Segunda Guerra só um fato reprovaria com veemência: as explosões contra Hiroxima e Nagazaki, porquanto os EUA teriam outras formas de obrigar o Japão a se render sem o recurso americano do genocídio.
No caso, porém, da Rússia a invasão foi indevida e precipitada. Poder-se-iam tentar outra formas sem recorrer a uma invasão a um país soberano, por exemplo, a mais aceitável: o diálogo, as negociações diplomáticas e contínuas com a Ucrânia através das mediações de órgãos mundiais que lutam pela paz entre as nações, como o ONU. Evitar-se-iam as destruições materiais e vítimas inocentes. Isso não é utopia. É factível. Os tempos de invasões contra países e regiões do mundo ja deveriam ser coisas dos passado e de bárbaros da Antiguidade.
Precisamos de paz de segurança, de empregos, de habitação sadia, de educação, de cultura, de amor às artes e ao desenvolvimento tecnológico voltado para uma vida sob a égide da solidariedade e do amor aos semelhantes.
Um país invasor é que comete o primeiro passo ilícito e condenável, mormente pela ausência completa do humanismo que seria o motor maior e indispensável da paz universal. O emprego da força. da ilegalidade, das rupturas das leis internacionais contra a soberania das nações é um determinação inominável e pusilânime. A violência gera violência e as invasões de países é um ato nefando, pois pode destruir toda um arcabouço de um Estado soberano.
Se a Ucrâmia tinha/tem pretensão de ser membro da OTAN, essa é uma decisão que cabe a ela dentro de suas escolhas, de seus interesses geopolíticos. Ao anexar, por invasão, a Crimeia ao território russo, Putin cometeu outro erro tático-militar e agiu como um Estado imperialista e expansionista. Não creio que a Rússia, uma potência armamentista e rica em recursos naturais (por exemplo, o gás) e energéticos do quais dependem nações adiantadas do Ocidente, como a Alemanha, a Itália, a França, poderia sofrer represálias da Ucrânia.
Putin, contudo, com suas pretensões belicosas e expansionistas optou pela violência da invasão de um país com a sua independência já consolidada. Daí que, a meu juízo, a invasão da Rússia contra a Ucrânia poderia ter sido evitada se Putin não fosse uma figura autoritária e infensa à paz mundial. Não é sem razão que se aliou ao ditador da Bashar Al_Assad, tirano da Síria, e manda armas para países que estão sob a mira de seus interesses específicos,notadamente ideológicos e econômicos.
Quantas vidas de inocentes foram ceifadas além dos atropelos e sofrimentos causados aos habitantes (crianças, adolescentes, adultos e idosos) ucraniannos que tiveram que ser escorraçados, em parte, de sua própria pátria, de seus pertences, de seus lares, de sua cultura, de sua vida normal, de seus empregos e de seus sonhos acalentados, todos eles vítimas dos destroços provocados pelo bombardeios no país e elevados à condição de refugiados em outras nações para onde, amedrontados pelo terror da guerra e dos seus infinitos padecimentos, com gritos de indignação e sentimentos de ódio contra o país invasor.
Cito, mais uma vez, uma frase lapidar e profunda de Shakespeare: "The evil that men do lives after them" ("O mal que os homens praticaam sobrevive a eles"). As consequência já vêm surgindo, como foi o atentado ontem/hoje causando a morte da filha do guru de Vladmir Putin.
Sem um espírito pacifista, sem humanismo efetivo e não por palavras ou meras intenções de paz, retórica vazia, não atingiremos o entendimento e a solidariedade tão necessários e urgentes num mundo desunido e individualista dominado pelo vil metal, já dilacerado por outras chagas e males perigosos.
Entre outros exemplos criados por governos irresponsáveis, agora no campo das condições funestas do clima mundial, citaríamos primacialmente as consequências dos desmatamentos de nossas florestas, de vastíssimas áreas incendiadas, tendo à frente a Amazônia, pelas ações dos homens predadores do meio-ambiente sem punição por parte de governos insensíveis a situações climáticas apocalípticas. Isso já é uma realidade mundial. Os países ricos, poluidores, como a China e os Estados Unidos, não querem abrir mão de sua produtividade industrial geradora de suas riquezas arruinadoras do meio-ambiente. Nem tampouco comparecem às reuniões de Cúpula, pouco se lixando para os efeitos deletérios do CO2, como o aquecimento global, o aumento dos níveis dos mares, o derretimento da calotas polares, as mudanças climáticas sem precedente e de forma desordenada e caótica (como os incêndios em países europeus, as ondas de calor em países geralmente de clima frio, enfim, com a correspondente reação impiedosa, mas justa da destruição da Natureza em fúria contra nós mortais.
Ora, esses países poluidores decidem sobre questões de altíssima relevância sobre vários aspectos e decisivas para o melhoramento das condições do nosso Planeta.Mas, não o fazem ,o que é uma omissão implacável. Contudo, eles próprios sofrerão do mais terríveis males climáticos que podem devastar e tornar impossível a sobrevivência na Terra. Estão agindo na contramão da História, estão agindo por omissão e soberba, visando tão-só aos interesses deles mesmos.
O resto é resto ou o silêncio de Moby Dick. Tal indiferença pela ser humano, ou melhor, tais crimes e matanças de inocentes , pricipalmente os civis, caracterizam um crime contra a Humanidade e são repudiados veementmentae por membros de organismos internacionais, como a ONU, a Corte de Haia e outros. Contraditoriamente, os EUA, a China, a Rússia, por exemplo, têm assento permanente e têm peso de veto. Preciso explicar mais?