[Flávio Bittencourt]

Folha de São Paulo informa como ajudar

"Seis toneladas de doações de remédios e materiais hospitalares, como luvas, ataduras e aparelhos respiratórios foram enviados por aviões da FAB (...)"

 

 

 

 

 

 

"DENUNCIE ÀS AUTORIDADES COMPETENTES CASAS NOTUNAS, BOATES, INFERNINHOS,

CERVEJARIAS, BARES, RESTAURANTES, LANCHONETES, LOJAS, CENTROS COMERCIAIS,

SHOPPING CENTERS, GINÁSIOS, ESTÁDIOS, CINEMAS, TEATROS, CASAS DE SHOWS, PISCINAS,

SAUNAS, HOTEIS, MOTEIS, POUSADAS, HOSPEDARIAS, ESTAÇÕES DE TRANSPORTE MASSA E

CLUBES COM OU SEM SALÕES PARA BAILES CARNAVALESCOS QUE APRESENTEM

IRREGULARIDADES E PARTICIPE DA ASSOCIAÇÃO DE PAIS, DO SINDICATO DE SUA

CATEGORIA PROFISSIONAL E DA ASSOCIAÇÃO DE MORADORES MAIS PERTO DA

SUA RESIDÊNCIA! Lute pelo cancelamento das manifestações carnavalescas próximas,

na sua cidade!"

(C R...)

 

 

 

 

 

                         O NOME DO REPÓRTER QUE FOI ENVIADO ESPECIALMENTE

                         AO RS PELA FOLHA É REYNALDO TUROLLO JR.,

                         CUJO TRABALHO JORNALÍSTICO DEVE SER AGORA

                         RECONHECIDO POR SUA QUALIDADE,

                         PROFISSIONALISMO E

                         ESPÍRITO DE SOLIDARIEDADE

 

 

 

29.1.2013 - Ajuda para as vítimas de Santa Maria - REYNALDO TUROLLO JR. É O NOME DO REPÓRTER ENVIADO AO ESTADO DO RS PELA FOLHA DE SÃO PAULO.  F. A. L. Bittencourt ([email protected])

 


FOLHA DE SÃO PAULO onlline,

ontem à noite:

 

"28/01/2013 - 21h41

Seis toneladas de doações são enviadas a Santa Maria; veja como ajudar

 

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

tragédia no Sul Seis toneladas de doações de remédios e materiais hospitalares, como luvas, ataduras e aparelhos respiratórios foram enviados por aviões da FAB (Força Aérea Brasileira) ao Rio Grande do Sul nesta segunda-feira (28). A carga servirá para ajudar no atendimento das vítimas do incêndio que deixou 231 mortos na madrugada de ontem na boate Kiss, em Santa Maria (a 323 km de Porto Alegre).

As doações foram feitas pelo Grupo Hospitalar Conceição, pelo setor de suprimentos da Secretaria Estadual da Saúde e laboratórios e farmácias particulares.

Segundo a Base Aérea de Santa Maria, a Secretaria da Saúde do Rio de Janeiro também está mandou donativos para Rio Grande do Sul, mas ainda não foi confirmado se o material será usado para repor o estoque na capital ou para a cidade onde aconteceu a tragédia.

A Furg (Universidade Federal do Rio Grande) também enviou quatro respiradores artificiais do Hospital Universitário Miguel Riet Correa Junior a Santa Maria na noite de ontem. A Defesa Civil da cidade é responsável pela distribuição dos donativos. O centro de doações do órgão fica no (Caff) Centro Administrativo Fernando Ferrari, na rua Borges de Medeiros, 1501.

O coordenador regional da Defesa Civil de Santa Maria, o tenente-coronel Adilomar Silva, disponibilizou o telefone (55) 8416.1460 para atender os familiares e amigos de vítimas e feridos do incêndio. Ele ficará no Centro Desportivo Municipal de Santa Maria, localizado na Rua Appel, 795.

Quem quiser oferecer abrigo aos familiares das vítimas deve ligar para o telefone (55) 9979-2539. Os profissionais da saúde podem oferecer trabalho voluntário pelo telefone (55) 9155-2087.

Para doar água, luvas, máscaras e medicamentos o número é o (55) 9155-2087. O cadastro de enfermeiros e técnicos de enfermagem deve ser feito pelo (51) 3378-5511 e pelo e-mail: [email protected].

INCÊNDIO

O incêndio aconteceu na madrugada de domingo (27) na boate Kiss, localizada no centro de Santa Maria (RS). O local é famoso por receber estudantes universitários. Ao todo, 231 pessoas morreram e outras 80 permanecem internadas em hospitais da cidade e de Porto Alegre.

O fogo teria começado na espuma de isolamento acústico da boate, após um integrante da banda Gurizada Fandangueira manipular um sinalizador. Faíscas atingiram o teto e iniciou as chamas. O guitarrista da banda afirmou que o extintor de incêndio não funcionou.

Sobreviventes relataram que, antes de perceberem o incêndio, os seguranças teriam impedido os jovens de saírem sem pagar.

Editoria de Arte/Folhapress

A grande maioria das pessoas que estavam na festa, promovida por alunos da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria), morreu asfixiada. Muitos foram encontrados amontoados nos banheiros, onde tentavam fugir do fogo.

No local, havia apenas uma uma porta, que funcionava como a única passagem de entrada e saída da boate. Bombeiros e sobreviventes quebraram a fachada da casa noturna a marretadas para retirar as pessoas.

A boate Kiss, com capacidade para até 1.000 pessoas, recebeu entre 600 e 1.000 no dia do incêndio, de acordo com a polícia.

A cidade de Santa Maria abriga alunos de faculdades particulares e da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria), muitos de outros Estados. Entre os mortos, estão 101 estudantes da UFSM.

Até a tarde de hoje, quatro pessoas haviam sido presas --dois donos da casa noturna e dois integrantes da banda. O delegado Sandro Meiner afirmou que "as prisões são para possibilitar as investigações dos fatos em todas as suas nuances."

A direção da boate Kiss divulgou um anota afirmando que a casa estava dentro da normalidade e creditou o incêndio a uma 'fatalidade'."

 

(http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1221957-seis-toneladas-de-doacoes-sao-enviadas-a-santa-maria-veja-como-ajudar.shtml)

 

 

  Editoria de Arte/Folhapress  
  Editoria de Arte/Folhapress  

(http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1221957-seis-toneladas-de-doacoes-sao-enviadas-a-santa-maria-veja-como-ajudar.shtml)

 

 

 

 

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"29/01/2013 - 04h30

"Deixei que anônimos ajudassem resgate na Kiss", diz bombeiro

 

DO ENVIADO ESPECIAL A SANTA MARIA

O sargento Sergio Rogerio Gularte, 46, do Corpo de Bombeiros de Santa Maria, cumpria o seu turno de trabalho na madrugada de sábado. No quartel, assistia a lutas na TV quando soou o alarme.

Acompanhe a cobertura completa da tragédia em Santa Maria
Seis toneladas de doações são enviadas ao RS; veja como ajudar
Sobrevivente de incêndio diz que táxis dificultaram saída da Kiss
Vocalista encostou sinalizador no teto, diz sobrevivente de incêndio
Interrogados não admitem ter usado sinalizador em boate incendiada

"Foi um toque prolongado. Aí me liguei que era grave."

Segundo pessoas que estavam na boate Kiss, o fogo começara pouco depois das 2h30.

Os dez bombeiros que estavam de serviço -cinco deles alunos, ainda em treinamento- foram para o local, que fica no centro da cidade. "Ao chegar, deu para visualizar a enorme quantidade de gente caída. Os primeiros que socorremos, na entrada [da casa], eram os que ainda se mexiam."

Depois que o Samu foi acionado, chegou um médico para separar os vivos dos mortos, relata Gularte.

Já na chegada, o sargento Robson Müller, 46, diz que se deparou com a "primeira decisão difícil" da noite.

RESGATE

Quatro rapazes que tinham acabado de escapar do incêndio ajudavam a retirar as vítimas -e, com isso, se expunham ao risco de aspirar a fumaça. O "procedimento correto" seria retirá-los, diz Müller. "Mas eu precisava daquela força. Tive de pensar rápido", diz.

"Eu deixei que nos ajudassem. 'Fica', eu disse. De dez homens, passei a 14."

Editoria de arte/Folhapress

"A fumaça era densa, o cheiro, insuportável, de material de isolamento queimando", conta Gularte.

Bombeiros e sobreviventes quebraram a fachada a marretadas para retirar pessoas.

Os bombeiros colocaram máscaras ligadas a cilindros de oxigênio presos às costas, mas, como o número de vítimas para carregar até a rua era grande, os homens ficaram ofegantes, e o ar dos cilindros acabou mais rápido que de costume.

"Em 20 minutos, terminou o oxigênio. Eu tinha outra decisão para tomar: ou mandava alguém buscar mais equipamentos no quartel ou colocaria em risco a guarnição, que aspiraria fumaça para retirar as vítimas."

"Autorizei que o salvamento continuasse", disse Müller. Por isso, ainda nesta semana os bombeiros que participaram da ação terão que submeter a radiografias de pulmão.
Segundo Gularte, não havia pessoas caídas no fundo da boate. Todas estavam perto da entrada. Após desobstruir a passagem, os bombeiros rastejaram boate adentro.

'EMPILHADOS'

"Do lado direito, em frente e dentro do banheiro, estava o maior número de pessoas. Pareciam empilhadas com empilhadeira. Devem ter pensado que no banheiro estariam salvas", diz o sargento.

"Depois que vimos que para aquele pessoal empilhado não tinha mais o que fazer, procuramos eliminar os focos de incêndio. A Força Aérea conseguiu um ventilador grande para ajudar a ventilar. Colocamos mais luz e apareceram mais cadáveres."

O trabalho de carregar corpos durou até depois das 8h. Mas o fogo foi apagado bem mais cedo. Às 8h, a equipe do turno seguinte chegou -mas Gularte e Müller só voltaram para casa após as 10h.

Gularte trabalha há 23 anos como bombeiro. Muller, há 26.

Quanto aos rapazes que os ajudaram os bombeiros, diz que não os viu mais. 'Gostaria de encontrá-los, porque eles merecem um agradecimento público'. (REYNALDO TUROLLO JR.)"

(http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1222030-deixei-que-anonimos-ajudassem-resgate-na-kiss-diz-bombeiro.shtml)