Sonnet XXXI

I AM OLDER than Nature and her Time
By all the timeless age of Consciousness,
And my adult oblivion of the clime
Where I was born makes me not countries.
Ay, and dim through my daylight thoughts escape
Yearnings for that land where my childhood dreamed,
Which I cannot recall in colour or shape
But haunts my hours like something that hath gleamed
And yet is not as light remembered,
Nor to the left or to the right conceived;
And all round me tastes as if life were dead
And the world made but to be disbelieved.
      Thus I my hope on unknown truth lay; yet
      How but by hope do I the unknown truth get?


Soneto XXXI

SOU MAIS VELHO do que o Tempo e a Natureza
A despeito da idade intemporal da Consciência
Do lugar meu esquecimento adulto
Não me torna do meu nascimento um desterrado
Sim, à luz do dia em mim refogem vagos pensamentos
Saudades dos sonhos infantis daquela terra,
Cujas cores e formas recordar é impossível
Porém, qual brilho extinto as horas me assombram
A se esfumar na escuridão
Numa configuração sem rumo;
A sensação de estar morto o meu ser invadindo
Apenas para a descrença se fez o mundo
         Desse modo, numa verdade ignota minha esperança pus;
         De que forma a essa verdade chegar posso pela esperança?

                                                                                  (Tradução de Cunha e Silva Filho)