Eleição Direta é Golpe
Por Jose Ribamar Garcia Em: 29/05/2017, às 19H53
ELEIÇÃO DIRETA É GOLPE
José Ribamar Garcia
Ainda bem que os verdadeiros artistas, escritores, juristas e intelectuais brasileiros não comungam com as ideias deste pequeno grupo barulhento, que ajudou a levar o País ao estado de falência em que se encontra. Atualmente, com mais de 12 milhões de desempregados e devendo a quantia superior a três trilhões de reais.
Esse pequeno grupo ruidoso e raivento de oportunistas, que se autointitula, de artistas e intelectuais, e que defende para o momento eleição direta é o mesmo grupo que usufruía das benesses do governo passado e se acostumou a viver à custa do Tesouro Nacional.
E que, agora, num ato de desespero vai à praça pública gritar por eleição direta, quando sabe perfeitamente que o que está pregando é um golpe contra a Constituição Federal. Mas, ao golpista não importa o comportamento fascista. Desde que o fascismo lhe seja conveniente e lhe traga vantagens pessoais.
A Constituição Federal é muito clara, precisa e cristalina nesse sentido. Diz o seu artigo 81 que “vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga”. E especifica no primeiro parágrafo que: “Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei.” Ou seja: pelo Congresso Nacional.
Diga-se que esse mesmo grupo, há um ano, foi às ruas dizer que o impeachment de Dilma Rousseff era um golpe, quando o mesmo também foi efetivado de acordo com a Constituição e sob supervisão do Supremo Tribunal Federal.
Então, qual a parte que o pequeno e barulhento grupo não entendeu? Claro que entendeu. Para esses oportunistas golpe tem dois pesos e duas medidas.
José Ribamar Garcia
- advogado e escritor –
( E-mail: [email protected])