José de Freitas: passado e presente
Por Elmar Carvalho Em: 03/06/2020, às 16H31
DIÁRIO
[José de Freitas: passado e presente]
Elmar Carvalho
03/06/2020
Ontem, por volta das dez e meia, recebi um telefonema do economista e ex-prefeito de José de Freitas, Fernando de Almendra Freitas, descendente do patriarca que deu seu nome à velha Livramento. Disse-me que estava escrevendo um histórico sobre a Igreja de Nossa Senhora do Livramento, e me perguntou onde poderia encontrar o livro do saudoso padre Cláudio Melo, que traçava breve relato da velha capela, hoje imponente matriz.
Respondi-lhe que recentemente, pela Coleção Centenário, a Academia Piauiense de Letras havia publicado o volumoso livro Obra Reunida, que era quase a obra completa do grande historiador piauiense, um dos maiores de nosso estado, pois enfeixava todos os seus livros, inclusive a sua tese de doutorado, com exceção, talvez, de um ou dois, de que tive a honra de lhe fazer o prefácio. Perguntou-me onde o poderia adquirir.
Disse-lhe que a nossa Academia, por decisão da Assembleia, entrara de recesso até o final da quarentena covidiana, e que as livrarias ainda estavam fechadas, como era de seu conhecimento. Todavia, acrescentei, por sorte eu tinha dois exemplares, e lhe poderia ofertar um. Combinamos que o deixaria na portaria do condomínio e que ele viria buscá-lo às dez horas do dia seguinte.
Com efeito, às onze horas liguei para a portaria, para saber se o Fernando tinha vindo pegar a monumental obra da historiografia do Piauí. O Eliomar me respondeu que ele não só viera, como deixara uma encomenda para mim, que não fazia parte do combinado, e que, portanto, não me fora anunciada.
Incontinenti, fui buscá-la. Tratava-se de um mimo: uma bela camisa do Festejo de Nossa Senhora do Livramento, do ano passado, em que se encontra estampada a bela igreja da padroeira, que tantas vezes admirei no ano de 1970, ano do tricampeonato, ganho pela Seleção Brasileira, quando, aos 14 anos de idade, residi na bela e bucólica cidade, numa das quadras mais felizes de minha vida, na época em que era vigário o padre Deusdete Craveiro de Melo, meu diretor e professor no Ginásio Moderno Estadual Antônio Freitas, e o livro José de Freitas: passado e presente, da autoria da professora Pastôra Lopes de Lima Carvalho. Sua capa é um lindo bico de pena dos tiradores de palha e dos carnaubais freitenses, em que sequer foram esquecidos dois operosos jegues e algumas belas pindobas.
Pelo título e pelo índice, e pelo que pude folhear, a obra historiográfica relata a rica história e genealogia do município, em cuja folha de rosto se encontra lavrada a amável dedicatória: “Para o imortal da APL Elmar Carvalho com nosso abraço em nome da Academia Freitense de Letras, Ciências e Artes – AFL – José de Freitas, 03 de junho de 2020 – Fernando de A. Freitas”.