Começos inesquecíveis: Juan Rulfo
Por Sérgio Rodrigues Em: 24/11/2009, às 22H13
Sérgio Rodrigues
Vim a Comala porque me disseram que aqui vivia meu pai, um tal de Pedro Páramo.
Um dia a dúvida tinha que aparecer nesta seção: será que o começo de “Pedro Páramo” (Record, 2004, tradução de Eric Nepomuceno), romance publicado em 1955 pelo mexicano Juan Rulfo (1917-1986), só é inesquecível porque o livro todo é? Ou existirá alguma coisa na primeira linha dessa obra-prima da literatura latino-americana que a faria reverberar mesmo sozinha, no ar seco de um México mítico, sustentada entre o tema ancestral da busca do pai e a sonoridade estranha de nomes como Comala e Páramo?