Arlequim, Colombina, Pedrolino, Pantaleão e outros membros da família

Da Commedia dell'Arte eles migraram para o carnaval.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Quando um grande clown do rádio se torna O mestre

de cerimônias da televisão: ABELARDO CHACRINHA

BARBOSA, PERSONALIDADE UNIVERSAL DO SÉCULO XX,

conseguiu operar uma espécie de síntese simbólica entre 

o lugar profissional do bobo da corte medieval e dos palhaços

de circo, o espírito satírico da Commedia dell'Arte italiana, o 

esplendor do carnaval brasileiro, o humorismo radiofônico e 

cinematográfico latinoamericano, a irreverência carioca 

e o advento avassalador dos meios de comunicação de

massa, especialmente o da mídia televisiva

(Só a foto, sem a legenda aposta logo acima:

http://g1.globo.com/Noticias/PopArte/0,,MUL690031-7084,00-CHACRINHA+E+BIOGRAFADO+NO+ESPECIAL+POR+TODA+A+MINHA+VIDA.html)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

 

 

 

(http://joselobato.blogspot.com/)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

 

 

O BOBO DA CORTE SEM A SUA FANTASIA:

PALHAÇO-PROFISSONAL DO REINO

(http://sonhosfactory.blogspot.com/)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O PALHAÇO CAREQUINHA

(http://renatavictor.blogspot.com/2008/07/palhao-carequinha.html)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

 

 

 

 

O GRANDE MESTRE ARIANO SUASSUNA, QUE É MEMBRO DA ACADEMIA

BRASILEIRA DE LETRAS, TEM SUA IMPORTÂNCIA RECONHECIDA

NESTE ESPAÇO DE CRÍTICA, INFORMAÇÃO CULTURAL E DISCUSSÃO

COMO MAGNA, uma vez que esse sábio brasileiro é, simultaneamente,

ESCRITOR, DRAMATURGO, TEÓRICO DA CULTURA, HISTORIADOR e

GRANDE INCENTIVADOR DE MOVIMENTOS ESTÉTICO-MUSICAIS: a lei

que impede a construção de estátuas de pessoas vivas deveria ser

alterada, ao menos para ele e outros seres predestinados que muito

elevam a  autoestima dos brasileiros [vide relação, incompleta, ao final,

com fotos de personalidades que, de acordo com esta Coluna, merecem

homenagens semelhantes]

(SEM A LEGENDA ACIMA REDIGIDA, A FOTO DE UM LÚCIDO, FISICA E

INTELECTUALMENTE MUITO DISPOSTO, SEMPRE PREOCUPADO COM

AS DIFICULDADES, também de ordem material,  DE SEUS COMPATRIOTAS - 

prestigiou, em Brasília, há aprox. dois anos, o congresso do Partido Socialista 

Brasileiro -, ATUANTE E SEMPRE GENIAL SUASSUNA ESTÁ, NA WEB, EM: 

http://saitica.blogspot.com/)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

OS SULTÕES CHACRINHA E RAUL SEIXAS

(http://cifrantiga3.blogspot.com/2006/04/raul-seixas.html)

 

 

A loucura do carnaval da Acadêmicos do Cubango
O SR. E A SRA. SHREK, VERDES: "A loucura do carnaval da Acadêmicos do Cubango"

(http://www.country.com.br/blog/carolina-lopes/tag/Fantasiado)

 

 

(http://aloualem.blogspot.com/2009/05/carta-aos-bobos-da-cortesorria-e-aqueca.html)

 

 

 

"Vitalino, do boneco de barro,

dormia tranquilo em Caruaru,

quando Dona Santa da boneca de cera,

foi despertá-lo com seu Maracatu...

Vitalino, sorrindo acordou, então

logo os bonecos, seus dedos modelaram:

passistas, foliões, pierrots, porta-bandeiras...

Arlequim, Palhaço e Colombina..."

(Frevo-de-Bloco de NELSON FERREIRA)

 

"Meu sonho era ir a um baile de gala fantasiada de colombina

junto com um arlequim... "

(PAULA WIENKOSKI, no blog NINA VICTOR, em 26.7.2006,

http://ninavictor.multiply.com/market/item/103?&item_id=103&view:replies=threaded)

 

 

14.2.2010 - Carnaval também (e principalmente) é cultura - A expressão-chave, desde os bobos da corte medievais até a renascentista Commedia dell'Arte italiana, é sátira social. Em resumo, o problema de Pierrô no carnaval é que esta é uma grande festa alegre, enquanto o Pierrô - ou, inicialmente, Pedrolino - é triste: "(...) Pierrô ama Colombina, que ama Arlequim, que, por sua vez, também deseja Colombina (...)" [cf. texto adiante transcrito]. Percebe-se, portanto, que, além da referida sátira social, havia a intriga amorosa. E o sofrimento de Pedrolino: NÃO É FÁCIL SER REJEITADO NO AMOR. A migração de um personagem como esse para o carnaval, aliás, bem demonstra que as grandes festividades do Rei Momo não são apenas de evasão (certamente elas possuem um componente evasivo), mas são fundamentalmente catárticas [AMANHÃ, AQUI NA COLUNA "Recontando...", CONFIRA AS ESTROFES POÉTICAS QUE ELSON FARIAS DEDICOU AO ENTRUDO MANAUARA DO ANO DE 1900].  A Commedia dell'Arte, como se sabe, era popular, enquanto a Commedia Erudita era elitista. Um dos maiores estudiosos da Commedia dell'Arte italiana, no Brasil, é Ariano Suassuna. Seu grande interesse por esse estilo teatral é a senha para que dediquemos alguns instantes de reflexão à Commedia dell'Arte. Um dos patronos desta coluna "Recontando...", o falecido Abelardo Chacrinha Barbosa - os outros três são o jogador de futebol Garrincha, o comediante e escritor Chico Anysio e o criador, diretor e ator cinematográfico José Mojica Marins -, tendo operado uma síntese entre a arte dos clowns (palhaços de circo) e o mundo midiatizado da televisão, remete à necessidade premente de se conferir "como fica" a Commedia dell'Arte no mundo audiovisual e eletrônico-midiatizado. Nesse sentido, as imagens que se seguem ao texto contido no portal MUNDO ESTRANHO (Ed. Abril Cultural) sobre Pierrô, Arlequim e Colombina (*) são produtos da indústria cúlturais que hibridizaram Commedia dell'Arte / mídias de nossos dias. Este esforço informativo-ilustrativo é dedicado, naturalmente, ao grande guru da comunicação mundial Abelardo Barbosa. VEJA IMAGENS DE CARNAVAL NO BRASIL EM VÁRIAS CIDADES DO MUNDO, TAMBÉM NESTA COLUNA:

http://www.portalentretextos.com.br/colunas/recontando-estorias-do-dominio-publico/fabula-antiga-e-carnaval-alegria-alegria,236,3387.html

(*) Adiante, foi também transcrito o artigo "Carnaval e Commedia dell'arte", de Lady Lucy Angkatell, localizado que foi no ótimo blog A casa torta [as referidas imagens estão, portanto, depois desse último texto]. 

 

 

"Quem são o Pierrô, o Arlequim e a Colombina?  

São personagens de um estilo teatral conhecido como Commedia dell’Arte, nascido na Itália do século XVI. Integrantes de uma trama cheia de sátira social, os três papéis representam serviçais envolvidos em um triângulo amoroso: Pierrô ama Colombina, que ama Arlequim, que, por sua vez, também deseja Colombina. O estilo surgiu como alternativa à chamada Commedia Erudita, de inspiração literária, que apresentava atores falando em latim, naquela época uma língua já inacessível à maioria das pessoas. Assim, a história do trio enamorado sempre foi um autêntico entretenimento popular, de origem influenciada pelas brincadeiras de Carnaval. Apresentadas nas ruas e praças das cidades italianas, as histórias encenadas ironizavam a vida e os costumes dos poderosos de então. Para isso, entravam em cena muitos outros personagens, além dos três mais famosos.

Do lado dos patrões, por exemplo, havia um comerciante extremamente avarento (chamado Pantaleão), um intelectual pomposo (o Doutor) e um oficial covarde, mas metido a valentão (o Capitão). Outros personagens típicos eram o casal Isabella e Orácio (em geral, filhos de patrões) e outros serviçais. Apesar de obedecerem a um enredo predefinido, as peças tinham a improvisação como ingrediente principal, exigindo grande disciplina e talento cômico dos atores, que precisavam responder rapidamente às novas piadas e situações criadas pelo colegas.

"Até hoje, a Commedia dell’Arte é um método de grande riqueza para o aprendizado e o treinamento do ator", afirma a atriz Tiche Vianna, formada pela Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo (USP), com especialização em Commedia dell’Arte pela Universidade de Bolonha e Florença, na Itália. Um detalhe interessante é que sempre havia, no meio do espetáculo, um intervalo chamado lazzo, que podia ter mais comédia, apresentar acrobacias ou sátiras políticas sem qualquer relação com o enredo. Terminado o lazzo, a história continuava do ponto em que havia sido interrompida. Com esse estilo único, a Commedia dell’Arte influenciou a arte dramática de toda a Europa.

Entre tapas e beijos

Intriga amorosa e sátira social eram os pratos principais da antiga comédia italiana

Pierrô

Seu nome original era Pedrolino, mas foi batizado, na França do século XIX, como Pierrot e assim ganhou o mundo. O mais pobre dos personagens serviçais, vestia roupas feitas de sacos de farinha, tinha o rosto pintado de branco e não usava máscara. Vivia sofrendo e suspirando de amor pela Colombina. Por isso, era a vítima preferida das piadas em cena. Não foi à toa que sua atitude, sua vestimenta e sua maquiagem influenciaram todos os palhaços de circo

Pantaleão

O mais conhecido dos personagens patrões, que representavam a elite da sociedade italiana nas histórias da Commedia dell’Arte, Pantaleão (também chamado de "O Velho") era um "mercador de Veneza" (expressão que deu título a uma peça de Shakespeare). Tirano avarento e galanteador desajeitado, era alvo constante das gozações dos servos e de outros personagens da trama

Arlequim

Também servo de Pantaleão, Arlequim era um espertalhão preguiçoso e insolente, que tentava convencer a todos da sua ingenuidade e estupidez. Depois de entrar em cena saltitando, deslocava-se pelo palco com passos de dança e um grande repertório de movimentos acrobáticos. Debochado, adorava pregar peças nos outros personagens e depois usava sua agilidade para escapar das confusões criadas. Outra de suas marcas-registradas era a roupa de losangos

Colombina

Criada de uma filha do patrão Pantaleão, mas tão bela e refinada quanto sua ama, Colombina era também o pivô de um triângulo amoroso que ficaria famoso no mundo todo - de um lado, o apaixonado Pierrô; do outro, o malandro Arlequim. Para despertar o amor desse último, a romântica serviçal cantava e dançava graciosamente nos espetáculos". (http://mundoestranho.abril.com.br/cultura/pergunta_286137.shtml)

 

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LADY LUCY ANGKATELL escreveu sobre o mesmo assunto

no blog A CASA TORTA - "Informações, resenhas, notícias, curiosidades

sobre o mundo de Agatha Christie":

 

"Carnaval & Commedia dell’arte

- Bem, as fantasias foram copiadas de um conjunto de estatuetas de porcelana que fazia parte da coleção de Eustace Beltane. Lorde Cronshaw era Arlequim, Beltane era Polichinelo, sua companheira Mrs. Mallaby era Pulcinela, o casal Davidson, Pierrô e Pierrete, e, naturalmente, Miss Courtenay era a Colombina. (Os Primeiros Casos de Poirot, Ed. Record/1989, pág. 9)

Harlequin and Pierrot, André Derain commedia dell’arte c.1924 Oil on canvas 175 x 175 cm

Para aproveitar o clima de carnaval que desfrutamos no Brasil neste momento, vamos falar de três personagens freqüentes nos salões: Pierrô, Colombina e Arlequim. As fantasias são conhecidas de quase todos: o Pierrô com suas grandes golas franzidas e pompons; o Arlequim com estampa de diamantes e seu gorro de pontas e guizos; e a Colombina com seu boné e saia curta, no meio dos dois. A representação do triângulo clássico, que no Brasil ganhou a releitura de Jorge Amado no romance “Dona Flor e Seus Dois Maridos”.

Segundo contam, Colombina é retratada como uma serva alegre, bonita, sedutora, inteligente e volúvel, par do Arlequim. O Arlequim também é um servo e talvez seja o precursor dos palhaços bufões, esperto, com uma aura sobrenatural, namorador. Pierrô, outro servo, é ingênuo, sentimental, o pai dos palhaços tristes e secretamente apaixonado pela Columbina. 

A origem destes personagens é a Commedia dell’arte, que surgiu no século 16 na Itália e representava arquétipos sociais através de seus personagens e nas situações em que se metiam. As tramas envolviam casais enamorados, traições e intrigas. Várias outras personagens completam o elenco dessas histórias, improvisadas para adaptar as características de cada uma à trama: Pantaleão, Polichinelo, Scaramouche, Briguela, O Doutor, O Capitão, Os namorados…

A esta altura do campeonato muitos devem estar se perguntando: o que tudo isso tem a ver com Agatha Christie? Bem, embora não seja obrigatório conhecer as personagens da Commedia dell’arte, ter uma leve noção do que se trata pode ajudar na compreensão de pelo menos dois livros e duas personagens da autora: “O Misterioso Sr. Quin” (The Misteryous Mr. Quin, de 1930) é um livro com 12 contos, atípicos, estrelado pelo velho Sr. Satterthwaite . Os casos do Sr. Harley Quin têm uma atmosfera diferente dos outros livros.

O segundo livro é “Os Primeiros Casos de Poirot”, que na edição de banca da Editora Record, da década de 80, até trazia um pierrô na capa (não encontrei imagem na Internet, infelizmente…). O Sr. Satterthwaite e o Sr. Quin também estrelam um conto na coletânea “Os Treze Problemas” e outro em “Problem at Pollensa Bay & Other Stories“.

Um estudante de Literatura Inglesa de Oxford, especializada em Drama Renascentista, chega a fazer a ligação entre o nome do nosso detetive belga e o palhaço triste, num artigo em que estuda a origem do nome dos detetives mais famosos da história.

Suggestive names also appear in the work of the grande dame of detective fiction, Agatha Christie. One of her less famous characters is the subject of a book of short stories, The Mysterious Mr. Quinn. Harley Quinn, to give his full name, tends to appear unexpectedly, and help solve crimes, before disappearing again — his name links him with Harlequin, who in various sources is a devil from Dante’s Inferno, a spirit charged with revenging the dead, and a masked character from the Commedia del’Arte. Rather more subtle is Hercule Poirot, whose name contains elements of both “Hercules”, the classical hero, and “Pierrot”, the French clown – an interesting combination of heroism and buffoonery. The name reflects Christie’s practice of presenting Poirot alternately as a figure of fun and a stern emissary of justice. (Jem Bloomfield)

Para a música da semana, então, nada de antigas cantigas folclóricas inglesas desta vez: “Noite dos mascarados“, composição de Chico Buarque interpretada por Chico e Elis Regina, da trilha sonora do filme “Garota de Ipanema” (1967).

Crédito da ilustração: Harlequin and Pierrot, André Derain commedia dell’arte c.1924 Oil on canvas 175 x 175 cm". (http://acasatorta.wordpress.com/2008/02/02/carnaval-commedia-dellarte/)

 

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GALERIA DE IMAGENS

 

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"Uma das obras-primas de Jean Renoir (1894 - 1974), o grande mestre do cinema francês, diretor dos geniais "A Regra do Jogo", "A Grande Ilusão", entre outros. A inesquecível atriz Anna Magnani ("Roma, Cidade Aberta") brilha como Camilla, a estrela de uma trupe italiana de commedia dell'arte que viaja para se apresentar em uma colônia espanhola da América Latina no século XVIII. Junto com a companhia teatral, chega da Europa uma carruagem de ouro encomendada pelo vice-rei. É o início de uma série de eventos inusitados. Renoir experimenta com a cor e brinca com a fronteira entre a realidade e a representação da realidade nesta monumental homenagem ao teatro".
(http://1000e1s.blogspot.com/

 

 

(http://www.oesquema.com.br/trabalhosujo/tag/batman-dark-knight,

onde se pode ler:

"Primeiramente foi retratado como um bufão apatetado e ridículo, mas da década de 70 para cá, os autores da DC o tem mostrado como um violento psicopata, um serial killer perigosíssimo e extremamente inteligente. O Coringa foi responsável por algumas tragédias pessoais na vida do Homem-Morcego, como a morte dos pais de Bruce Wayne no filme de Tim Burton (1989), o assassinato à sangue frio de Jason Todd, o segundo Robin, na minissérie “Uma Morte em Família”, e por balear Barbara Gordon – a Batgirl original -, fato que a deixou paralítica.
Mas , o personagem cativa ... que ator que não gostaria de ser presenteado com este papel?
)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

    

(http://sacerdotisa.esoterica.zip.net/,

onde se assinala:

"Marseilles Tarot Decks

 
  • Homem  com movimentos largos- Intensa atividade e longo  caminho.
 
  • Usa roupa de bufão e chapéu- Símbolo de segregação social, bode expiatório e inaptabilidade
 
  • Carrega uma trouxa nos ombros- Símbolo de experiência e desprendimento do  ego social- apóia em seu ombro-símbolo de força braçal e capacidade de suportar problemas.
 
  • Segura um cajado  frouxamente-visto  no arcano 09 ( O ermitão), como prudência, mas que neste arcano está posicionado atrás de seu pé direito  simbolizando completa displicência e irreverência.
 
  • Animal  doméstico rasgando  sua roupa.-símbolo da comunidade social.Indicando que a comunidade está tentando lhe chamar a atenção para os atos anticonvencionais.Na realidade, toda sociedade necessita de uma vítima para imolar a parte de si mesma que a incomoda, não permitindo que ninguém ouse romper as estruturas vigentes.
 
Fonte : Tarô Vida & Destino- Vol II
Autor : Nei Naiff"
 
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(http://nomadtribes.zip.net/arch2008-01-27_2008-02-02.html

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(http://www.blogdetaro.com/2009/11/arcanos-menores.html)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

 

(http://bigiglio.wordpress.com/)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(http://pabloramos.wordpress.com/2009/10/)

 

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CRÔNICA DE FELIPE JUCÁ SOBRE ANTIGOS CARNAVAIS (RECANTO DAS LETRAS, JAN./2008)

 


 

            "Carnaval: 
        símbolos em extinção

          Consta que se pula carnaval no Brasil desde 1641.
          Ao longo dos séculos, a festa momina sofreu significativas modificações. Quem não presenciou algumas dessas alterações, conhecem-nas através da literatura carnavalesca, que é extensa e rica.

          Pode até ser fácil, mas não nego que sobre o carnaval que se brinca hoje, não sei escrever com a indispensável desenvoltura. 
         Mas admiro, e muito, quem leva horas escrevendo sobre o desempenho de uma escola de samba; ou estabelecendo regras de como devem ser os modernos reis e rainhas do carnaval.

          Sobre o rei Momo, quero dizer o que todo o mundo já sabe, ou seja, que, seguindo a tradição, ele, pra não perder sua identidade, deve ser um sujeito obeso, alegre e glutão. 
          Não pode ser nomeado; deve ser eleito pelos foliões, independente do bloco ou clube ao qual eles pertençam ou torçam.
          Não recebe salário; recebe prêmios.

          Coroado, seu compromisso passa a ser, exclusivamente, com a folia. Reinará soberano.
          Até as maiores autoridades do Estado, durante o seu reinado, passam a lhe render homenagens e a lhe dever obediência; e temos conversado.
          Quem disser ou fizer diferente, estará adulterando a figura, e conspurcando a história do rei Momo.

          Deixo, entretanto, aos chamados colunistas carnavalescos a tarefa de escreverem sobre sua majestade, o rei da folia. 
          Os da Bahia que digam, por exemplo, se concordaram, ou não, com a indicação (não disse eleição) do novo rei Momo do carnaval de Salvador.

          Não agüentando ficar calado, quero apenas dizer, que considerei a escolha, ou se preferirem a indicação, infeliz.

          A cidade, de estonteante carnaval de rua, terá este ano um rei Momo franzino, raquítico, inexpressivo e insosso.  Seu biótipo e perfil se distanciam bastante do que se pode esperar de um soberano momino original e verdadeiro.

          Mormente quando se sabe que, já na velha Grécia, o carnaval era uma festa criada para homenagear a colheita: uma forma de "comemorar, com muita alegria e desenvoltura, os atos de alimentar-se e beber, elementos indispensáveis à vida". 
          Por isso, é histórico que o rei Momo seja gorducho, um lídimo representante da fartura.

          Absolutamente nada contra o nomeado. Trata-se de um cidadão baiano honesto e fazedor de excelentes amizades. 
          Mas ele  continuaria melhor situado se preservasse a imagem que até hoje o distingue e o identifica: o de um cordial dono de restaurante, a "Cantina da lua", local do centro histórico de Salvador boêmio e festejado.

                          ***    ***    ***

          Mas eu dizia no início que não sei escrever sobre o carnaval moderno. E não sei mesmo.  Me considero um sujeito completamente por fora da fuzarca momesca praticada nos dias de hoje.

          Faz algum tempo que o meu carnaval é o carnaval da saudade. O meu e o de muita gente que nunca esqueceu as batalhas de confete, a serpentina, o lança-perfume, e as inspiradas marchinhas carnavalescas de compositores como Noel, David Nasser e Braguinha. 

          E como os que me acompanharão nesta pobre página serão os coroas e ninguém mais, peço licença para recordar alguns símbolos do carnaval, praticamente em extinção. Estão desaparecendo no turbilhão das avenidas fantasiadas, orgíacas e etilizadas...

          Começo pelo Pierrô. Aquele cara apaixonado; sonhador. Deixando rolar pelo seu rosto uma lágrima, depois de ser rejeitado pela Colombina, que amava Arlequim.
          Muita gente - do meu tempo - pulou carnaval fantasiado de Pierrô, Colombina ou Arlequim. 
           Essas três interessantes figuras da Commedia dell´Arte, durante muitas décadas, participaram, ativamente, dos carnavais, nos clubes e na ruas. Hoje, pouco se ouve falar delas.

          A serpentina.  Apareceu em 1893; é anterior ao confete, nos festejos de Momo. 
          Conta-se, que algumas telegrafistas francesas, no final do expediente, brincavam "lançando umas sobre as outras as fitas de papel azulado usado nos telégrafos da época". 
          Um industrial as observou, gostou da brincadeira, e criou a serpentina carnavalesca.

          O lança-perfume. No começo, uma brincadeira saudável e perfumada. Depois, o folião mudou sua destinação. Passou a usá-lo como droga.
          Em 1961, o Presidente Jânio Quadros, em boa hora, proibiu o seu uso em todo o território nacional. E por culpa do folião infrator, o lança deixou de perfumar a folia!

          Por último, o confete.  
          Em 1892, os cariocas introduziram, no seu carnaval, o confete, inventado, no mesmo ano, em Paris. 
          De repente, um banho de confete. Pequenas partículas de papel, em cores variadas, cobriam o folião, nas famosas e divertidas batalhas de confete.

          Não há como falar em confete sem recordar a marchinha de David Nasser e Jota Júnior  - carnaval de 1952 - e que diz, com ternura, o seguinte:
         
"Confete/ Pedacinho colorido de saudade/ Ai, ai, ai,ai/ Ao te ver na fantasia que usei/ Confete/ Confesso que chorei."

          Durante muitos anos, meses depois do carnaval, que brincara intensa e ardentemente, eu encontrava, perdidos nas minhas roupas, dezenas de confetes...
         Descoloridos, sim, mas que me faziam recordar, com uma saudade danada, aquela Colombina que enfeitara, com um beijo ardente e demorado, o meu último carnaval...

 

Felipe Jucá
Publicado no Recanto das Letras em 18/01/2008". (http://recantodasletras.uol.com.br/cronicas/822217)

 

 














 

 

 

 

ARLEQUIM, COLOMBINA E PIERRÔ:

um triângulo amoroso de fazer chorar...

e dançar!

(Só a trinca famosa, sem a legenda da Coluna "Recontando...":

http://rosasdocotidiano.blogspot.com/2010/02/pierrot-arlequim-colombina_7956.html)

 

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FOTOS DE PERSONALIDADES BRASILEIRAS QUE,

COMO ARIANO SUASSUNA, MERECEM, DE ACORDO

COM ESTA COLUNA SER BUSTEADAS AINDA EM

VIDA (ALGUMAS JÁ O FORAM, ALIÁS, ESPECIALMENTE

NAS RESPECTIVAS SEDES DE SEUS MUNICÍPIOS

NATAIS!)

 

(http://www.arquidiocesedesaopaulo.org.br/historia/dom_paulo/dom_paulo_biografia_00.htm)

 

 

(http://www.romildo.com/blog/?p=1732)

 

(http://fabiotubino.blogspot.com/2008_03_10_archive.html)

 

 

(http://catracalivre.folha.uol.com.br/2009/10/fim-da-literatura-com-decio-pignatari/)

 

 

(http://www.bafici.gov.ar/home09/en/directors/info/$id/20.html)

 

 

 

 

 

 

 

 

  

 

 

(http://www.rio.rj.gov.br/rio2016/noticias_homenagem.htm) 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(http://www.suplementocultural.com/thiago.htm)

 

(Jean-Pierre Langellier, Le Monde, 28.08.08,

http://kobason.spaces.live.com/?_c11_BlogPart_BlogPart=blogview&_c=BlogPart&partqs=cat%3DSalud%2520y%2520bienestar)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

 

(http://rf-nunes.zip.net/arch2009-05-03_2009-05-09.html)

 

(Embaixador da campanha do Rio de Janeiro, Pelé posa para foto em treino de futebol de projeto esportivo em Copenhague,

http://www.abril.com.br/esportes/fotos/pele-joga-futebol-criancas-campanha-rio-2016-abril-502071.shtml)  

 

(http://www.webluxo.com.br/menu/personalidades/2009/maria-esther-bueno-recebe-homenagem.htm)

 

 

 

(http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-40142007000100026&script=sci_arttext)

 

(http://ideianovanaweb.blogspot.com/2007_12_01_archive.html)

 

Robson Moreira

Chico Anysio no lançamento de seu DVD entre o filho Bruno Mazzeo, o netinho João e a nora Renata Castro
 

 

 

(http://www.acemprol.com/viewtopic.php?f=16&t=2056)

 

(http://www.flickr.com/photos/28563841@N00/2268309115)

 

 

(

 

 

 

 

(http://veja.abril.com.br/especiais/brasilia/voz-pioneiros-p-094.html) 

 

 

(http://www.jornalserranonline.com.br/noticia-nova-friburgo-156.html)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(http://www.chessbase.com/newsdetail.asp?newsid=5154)

 

 

 

 

 

 

 

  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Dom Paulo Evaristo Cardeal Arns, OFM,

Prof. Nelson Pereira dos Santos, atriz Fernanda

Montenegro, poeta Thiago de Mello, a atriz, diretora teatral

e cantora Bibi Ferreira, o Prof. Décio Pigntatari, para o Dr. Oscar

Niemeyer, para o cineasta José Mojica Marins, para o humorista e

escritor Chico Anysio e para o escritor, jornalista e tradutor Millôr

Fernandes, a apresentadora de televisão Hebe Camargo, o ex-nadador,

ex-dirigente desportivo e empresário João Havelange, o médico Ivo

Pitanguy, o empresário Antônio Ermírio de Moraes, a ex-tenista Maria

Ester Bueno, o enxadrista

Henrique Mecking (Mequinho), o poeta Ferreira Gullar, o ex-futebolista

empresário Edson Arantes do Nascimento (Pelé), o ex-Comandante da Polícia

Militar de MG, antigo colaborador do Presidente JK e escritor Afonso Heliodoro

dos Santos, o cantor e compositor Nelson Sargento e o ex-pugilista e parlamentar

Eder Jofreconsidera-se assim, de

forma risonha e francautilizando-se expressão cara a Sérgio Cabral (pai)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(http://www.chessbase.com/newsdetail.asp?newsid=5154)

 

 

 

 

 

 

 

  

 

 

 

(http://revistanaweb.blogspot.com/2009_03_22_archive.html)