Antonio Olinto: elogio a Senghor
Por Flávio Bittencourt Em: 11/04/2010, às 16H42
Antonio Olinto: elogio a Senghor
No início de 2002, Antonio Olinto apresentou, no jornal carioca Tribuna da Imprensa, seu elogio ao poeta e estadista Leopold Senghor, infelizmente falecido no ano anterior.
Leopold Sedar Senghor (1906 - 2001)
(http://plato.mercyhurst.edu/english/crieger/poetsplace/senghorkaya/daniellefppage.htm)
OLINTO LÊ OLINTO
(http://lafotometria.wordpress.com/2009/09/14/revirando-arquivos-antonio-olinto/,
onde consta:
"Mineiro de Ubá, (...) o poeta, escritor e titular da cadeira número oito da Academia Brasileira de Letras, Antônio Olinto, morreu [aos 90 anos de idade] em casa às 4h30 do última sábado, dia 12 [de novembro de 2009], em Copacabana, Rio de Janeiro".
A VILA-CONCHA: JOAL-FADIOUTH
(http://www.galenfrysinger.com/senegal_shell_village.htm)
(http://www.yr.no/place/Senegal/Thi%C3%A8s/Joal-Fadiout/)
"Joal-Fadiout é uma vila localizada no sul da região de Thiès, Senegal.
Joal está situada no continente enquanto Fadiout, ligada por uma ponte, fica localizada na ilha de clam.
O primeiro presidente do Senegal, Léopold Sédar Senghor, nasceu em Joal.
Demografia
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Joal-Fadiout)
Leopold Senghor e sua esposa (Colette Hubert), em 1961
In this photo: Leopold Senghor
Photo: Hank Walker./Time & Life Pictures/Getty Images
11.4.2010 - O elogio de Antonio Olinto a Leopold Senghor merece ser lido com atenção - De acordo com Antonio Olinto, Senghor foi um pensador que lutou para tornar compreendidos os fundamentos ontológicos do pensamento africano. A releitura do artigo de Olinto sobre Senghor - publicada na edição da Tribuna da Imprensa de 2.1.2002 - é sempre oportuna. F. A. L. Bittencourt ([email protected])
"Leopold Senghor, o poeta do socialismo africano
Antonio Olinto
A morte de Leopold Senghor foi um dos maiores desfalques sofridos pela humanidade em 2001. Perdemos, com seu desaparecimento, o poeta e o estadista, mas também o pensador que lutou para tornar compreendidos os fundamentos ontológicos do pensamento africano.
Professor, parlamentar (representou o Senegal no Congresso francês), criador de um país, intérprete de um povo, defensor de um socialismo africano, isto é, um socialismo que respeitasse a realidade e a "situação da África", na linha do que ele chamou de "humanismo negro-africano", tinha Senghor consciência de que o primeiro desafio, a que os africanos precisavam responder em nosso tempo, era o do idioma.
Para muitos dos escritores da África de hoje, a língua européia em que escrevem é um segundo idioma, um idioma aprendido, uma língua que não foi a da infância. Claro que um segundo instrumento lingüístico não impediu que Joseph Conrad fosse grande escritor de língua inglesa no passado.
A partir dos movimentos de independência de colônias africanas (anos 50 e 60), escritores que haviam começado a falar em woloff (Senghor), iorubá (Wole Soyinka) e Ibô (Chinua Achebe) passaram a escrever poemas, peças de teatro, romances e ensaios no idioma do colonizador: Senghor, em francês; Soyinka e Achebe, em inglês.
Todo o movimento que constituiu a base da negritude e assumiu expressão francesa foi seguido por um surto de literatura de língua inglesa, ainda em plena ascensão. Já escrevi alhures que não vejo possibilidade de, em futuro próximo, tornar-se uma língua africana veículo importante de expressão internacional e literária.
As exceções poderiam ser o swahili e o malgaxe. Em Madagascar, principalmente, tem sido grande, nesse particular, o avanço. Conseguiram os habitantes dessa ilha formar uma língua em que entraram o sânscrito, o português, o francês e idiomas africanos.
Métrica da negritude
Antes mesmo de a poesia de Leopold Senghor haver mostrado ao mundo uma nova face da África, já o poeta malgaxe Jean-Joseph Rabéarivelo, que se suicidou em 1937, revelava sinais da mudança que se processava naquele continente. O rato roendo a lua de um de seus poemas de Traduits de la Nuit representava um tom novo na poética africana, tom de influência européia, mas com uma direiteza de expressão que fazia parte do complexo ontológico da filosofia negra, mais tarde estudada pelo padre Placide Tempels.
Na linha de Blake e Rimbaud, embora sem filiação direta à poesia do inglês ou à do francês, tinha Rabéarivelo o dom da visão poética. Sua presença, em Madagascar, no período de entreguerras, poderia ser tida como profética: nele, um homem da terra atingia, em francês, um poder de expressão que até então parecera reservado à literatura nascida na Europa.
Não havia, em Rabéarivelo, marcas fortemente africanas, que apareciam em Senghor, apesar do, por outro lado, profundo significado europeu da poesia senghortiana. Seu verso largo vem de ritmo africano ao mesmo tempo em que se aproxima da poética de SaintJohn Perse. No caso deste, a poesia, mesmo sendo francesa, buscava inspiração em ventos de fora, nos do desero de Gobi, nos da Patagônia.
Em Senghor, a africanidade de seu pensamento, a negritude de sua métrica - ligada ao tantã do tambor comum do continente - tudo o levava - tudo obrigava aquele dominador do idioma francês e do pensamento cartesiano - a não se soltar das fundas implicações de sua terra.
Visitando o Brasil
Quando visitou o Brasil oficialmente em 1964, na qualidade de presidente da República do Senegal, promovi um encontro em minha casa, a pedido do próprio Senghor, que desejava conhecer pessoalmente poetas brasileiros. Lá estiveram Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, Vinicius de Moraes, Augusto Frederico Schmidt, Homero Homem, Nilo Aparecida Pinto, entre muitos outros.
Cecília Meireles estava internada então no Hospital dos Funcionários Públicos, não pôde comparecer, mas pediu-me que ligasse para ele e colocasse o poeta visitante ao telefone, o que fiz. Conversaram durante 15 minutos. Na mesma época, poemas de Senghor saíram em vários jornais do Rio.
De minha parte, traduzi os versos de "Oração às máscaras" que tem este início: "Máscaras! Ó Máscaras! / Máscaras negras, máscaras vermelhas, e vós máscaras pretas e brancas, / máscaras retangulares onde o espírito respira, / eu vos saúdo em silêncio! Saúda, em seguida, o ancestral, a memória, o ar da eternidade e personaliza o espaço: "aqui onde respiro o vento de meus pais".
Herança do homem de sensações
Na base do pensamento - poético - de Senghor, estava sua filosofia de vida. E sua convicção de que o método de conhecimento africano (sua epistemologia) é tão respeitável como qualquer outro e mesmo bem mais avançado no plano da filosofia de agora do que muitos. Aforma, por exemplo, que o "socialismo científico" foi superado pelos métodos contemporâneos do conhecimento, o fenomenológico e o existencialista, que proclamam a coexistência da razão e da intuição no ato de conhecer.
Ora, diz Senghor, este é e tem sido precisamente o tipo de conhecimento negro-africano. Diante do "objeto" a ser conhecido, diante do "outro" (seja esse "outro" Deus, animal, homem, árvore ou pedra, fato natural ou fato social), não se coloca o africano na atitude clássica do europeu, que é a do alheamento.
Para o negro-africano - um "puro campo de sensações" - o "objeto" não se desgarra de quem o conhece. O sujeito toca o objeto, apalpa-o, sente-o, simpatiza com ele, conhece-o, é ele. Acrescenta Senghor que o negro-africano não usaria o "logo" da filosofia européia (penso; logo existo), mas, homem de sensações (de toques, danças, cantos), poderia dizer: "Eu sinto, eu danço o Outro; eu sou." Como herança aos poetas do século XXI, deixa-nos Senghor o "abandono ao objeto" ao invés do "apego ao sujeito", não a razão-olho da Europa, mas a razão-toque, a razão-amplexo do pensamento africano, que está mais próximo do logos grego do que da ratio latina". (ANTONIO OLINTO)
Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro, 2.1.2002)
===
ASPECTO DE JOAL-FADIOUT, COM A PONTE DE TÁBUAS E SEU FAMOSO CEMITÉRIO
(http://www.alovelyworld.com/webseneg/htmgb/sen70.htm)
Antonio Olinto | |
---|---|
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Antonio_Olinto)
OBRAS DE ANTONIO OLINTO, de acordo com
o respectivo verbete (Wikipédia)
- "Presença - poesia, Editora Pongetti, 1949.
- Resumo - poesia, Liv. José Olympio Editora, 1954.
- O Homem do Madrigal - poesia, Liv. José Olympio Editora, 1957.
- Nagasaki - poema, Liv. José Olympio Editora, 1957.
- O Dia da Ira - poema, Liv. José Olympio Editora, 1959.
- The Day of Wrath - tradução inglesa de O Dia da Ira, por Richard Chappell, edição Rex Collings, Londres, 1986.
- As Teorias - poesia, Edição Sinal, 1967.
- Theories and Other Poems - tradução inglesa de As Teorias por Jean McQuillen, edição Rex Collings, 1972.
- Antologia Poética - Editora Leitura, 1967.
- A Paixão segundo Antonio - poema, Editora Porta de Livraria, 1967.
- Teorias, Novas e Antigas - poesia, Editora Porta de Livraria, 1974.
- Tempo de Verso - poesia, Editora Porta de Livraria, 1992.
- 50 Poemas escolhidos pelo autor - poesia, Editora Galo Branco, 2004
- Jornalismo e Literatura - ensaio, MEC, 1955.
- O Journal de André Gide - ensaio, MEC, 1955.
- Dois Ensaios - Livraria São José, 1960.
- Brasileiros na África - ensaio sócio-político, Edições GRD, 1964.
- O Problema do Índio Brasileiro - ensaio, Embaixada do Brasil em Londres, 1973.
- Para Onde Vai o Brasil?, ensaio político, Editora Arca, 1977.
- Do Objeto como Sinal de Deus - ensaio sobre arte africana, RIEX, 1983.
- On the Objects as a Sign from God - tradução inglesa de Ira Lee, RIEX, 1983.
- O Brasil Exporta - história da exportação brasileira, Banco do Brasil, 1984.
- Brazil Exports - tradução inglesa, Banco do Brasil, 1984.
- Literatura Brasileira, Editora Lisa, 1994.
- Letteratura Brasiliana - (história da literatura brasileira), tradução italiana de Adelina Aletti, Jaca Book, 1993.
- Scurt² Istorie a Literaturii Braziliene (1500-1994), tradução romena de Micaela Ghitescu, Editora ALLFA, 1997.
- Antonio Olinto apresenta Confúcio e o Caminho do Meio - Rio de Janeiro, Editora Bhum - Ao Livro Técnico- 2001.
- African Art Collection, tradução inglesa de Ira Lee, Printing and Binding, Londres, 1982.
- A Invenção da Verdade - crítica de poesia, Editorial Nórdica, 1983
- A Verdade da Ficção - crítica literária, COBRAG, 1966
- Cadernos de Crítica - crítica literária, Liv. José Olympio Editora, 1958
- Ainá no Reino do Baobá - literatura infantil, LISA, 1979
- A Casa da Água - romance, Edições Bloch, 1969, Círculo do Livro, 1975, Círculo do Livro, 1988, Difel, 1983, Nórdica, 1988, 5ª edição, Nova Fronteira, 1999 A Casa da Água
- The Water House - tradução inglesa de Dorothy Heapy, Edição Rex Collings, 1970, tradução inglesa de Dorothy Heapy, Thomas Nelson and Sons Ltd, Walton-on-Thames, 1982, tradução americana Carrol & Graff, 1985
- La Maison d'Eau - tradução francesa de Alice Raillard, Edição Stock, 1973
- La Casa del Água - tradução argentina de Santiago Kovadlof, Editorial Losada, 1972.
- Bophata Kyka,(Macedônio), Macedônia Makepohcka Khnra (km), Skopje, 1992.
- Dom Nad Woda - tradução polonesa de Elizabeth Reis, edição Wydawnictwo Literackie, 1983. (Dom Nad Woda, edição Braille polonês, Polska Braille, 1985)
- Casa dell'Acqua - tradução italiana de Sonia Rodrigues, Edição Jaca Book, 1987.
- O Cinema de Ubá - romance, Liv. José Olympio Editora, 1972.
- Copacabana - romance, LISA, 1975, Coleção Lisa Biblioteca da Literatura Brasileira (nº 5), LISA, 1975, Editora Nórdica, 1981, tradução romena de Micaela Ghitescu, Univers, 1993.
- O Rei de Keto - romance, Editorial Nórdica, 1980, Le Roi de Ketu, tradução francesa de Geneviève Leibrich, Edição Stock, 1983, Il Re di Keto, tradução italiana de Sonia Rodrigues, Edição Jaca Book, 1984, The King of Ketu - tradução inglesa Richard Chappell, edição Rex Collings, Londres, 1987, Kungen av Ketu - tradução sueca de Marianne Eyre, Edição Norstedts, Estocolmo, 1988.
- Os Móveis da Bailarina - novela, Edição Nórdica, 1985, The Dancer's Furniture - tradução inglesa de C. Benson, Editorial Nórdica, 1994, I Mobili della Ballerina - tradução italiana de Bruno Pistocchi, L`Umana Avventura, 1986, Les Meubles de la Danseuse, tradução francesa, L`Aventure Humaine, 1986, Die Möbel der Tänzerin, tradução alemã, Humanis, 1987, Mobilele Dansatoarei - tradução romena de Micaela Ghitescu, Edição Nórdica, 1994.
- Trono de Vidro - romance, Editorial Nórdica, 1987, Trono di Vetro - tradução italiana de Adelina Aletti, Jaca Book, 1993, The Glass Throne - tradução inglesa de Richard Chappell, Sel Press, 1995.
- Tempo de Palhaço - romance, Editorial Nórdica, 1989, Timpul Paiatelor - tradução romena de Micaela Ghitescu, Editura Univers, Bucaresti, 1994.
- Sangue na Floresta - romance, Editorial Nórdica, 1993.
- Alcacer-Kibir - romance histórico, Editora CEJUP, 1997.
- A dor de cada um - primeiro romance da Coleção Anjos de Branco, Mondrian, 2001.
- Ary Barroso, história de uma paixão - romance, Mondrian, 2003.
- O Menino e o Trem - contos, Editora Ao Livro Técnico, 2000.
- Regras práticas para bem escrever / Laudelino Freire (1873-1937) - ampliada e atualizada por Antonio Olinto, Lótus do Saber Editora[1], 2000.
- Autobiografia de um Iogue [2] / Paramahansa Yogananda (1893-1952) - traduzido por Antonio Olinto em 2000, Lótus do Saber Editora, 2007,2008,2009.
- Minidicionário Poliglota - dicionário, Editora Lerlisa.
- Minidicionário Antonio Olinto: inglês-português, português-inglês - dicionário, Editora Saraiva, 1999.
- Minidicionário Antonio Olinto: espanhol-português, português- espanhol - dicionário, Editora Saraiva, 2000.
- Minidicionário Antonio Olinto da língua portuguesa - dicionário, Editora Moderna, 2000".
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Antonio_Olinto)
===
UM POEMA DE SENGHOR
(Tradução de Guilherme de Souza Castro*)
MULHER NEGRA
Mulher nua, mulher negra
Vestida de tua cor que é vida, de tua forma que é beleza!
Cresci à tua sombra; a doçura de tuas mãos acariciou os meus olhos.
E eis que, no auge do verão, em pleno Sul, eu te descubro,
Terra prometida, do cimo de alto desfiladeiro calcinado,
E tua beleza me atinge em pleno coração, como o golpe certeiro
de uma águia.
Fêmea nua, fêmea escura.
Fruto sazonado de carne vigorosa, êxtase escuro de vinho negro,
boca que faz lírica a minha boca
savana de horizontes puros, savana que freme com
as carícias ardentes do vento Leste.
Tam-tam escultural, tenso tambor que murmura sob os dedos
do vencedor
Tua voz grave de contralto é o canto espiritual da Amada.
Fêmea nua, fêmea negra,
Lençol de óleo que nenhum sopro enruga, óleo calmo nos flancos do atleta,
nos flancos dos príncipes do Mali.
Gazela de adornos celestes, as pérolas são estrelas sobre
a noite da tua pele.
Delícia do espírito, as cintilações de ouro sobre tua pele que ondula
à sombra de tua cabeleira. Dissipa-se minha angústia,
ante o sol dos teus olhos.
Mulher nua, fêmea negra,
Eu te canto a beleza passageira para fixá-la eternamente,
antes que o zelo do destino te reduza a cinzas para
alimentar as raízes da vida.
________________________________________
* Falecido professor da UFBa, foi diretor do CEAO e professor em Ifé (Nigéria)".
(http://www.quilombhoje.com.br/ensaio/ieda/senghor.htm;
foto a seguir reproduzida: http://tkteca.blogspot.com/2008_10_19_archive.html)
ESCOLA DE JOAL-FADIOUT (SENEGAL)
(http://www.panoramio.com/photo/3013493)
MESA DE TOTÓ EM JOAL-FADIOUT
(http://www.flickr.com/photos/manuelezunelli/2154940376/)
===
A ALDEIA-CONCHA: JOAL-FADIOUT
ARTE FOTOGRÁFICA: O DR. GALEN FRYSINGER FOTOGRAFA A VILA NATAL DE L. SENGHOR
"Shell Village
Joal - Fadiouth
the old bridge
The reason that Joal-Fadiouth is on the tourist map is because Fadiouth, the second half of this excitingly duplicitous town, is perched on an island that's made almost entirely of clam shells. This, coupled with a strong Christian influence, makes Fadiouth a slightly off-key destination (for Senegal at least), and even more interesting is a second clam-shell island, linked to Fadiouth by a second bridge, which is home to hundreds of Christian graves, each marked by a cross and a pile of shells. In such a predominantly Muslim country this whiff of Christianity is not only bizarre, it's positively welcoming.
town on an island
washing the horse
fishing boats
all supplies to the town come across the bridge in these carts
The island itself is an island with a small town cramping its style and a bunch of clam shells crunching underfoot. It genuinely isn't anything else; it has atmosphere, but most of that is provided by the decomposing rubbish that gets dumped on the island's long-submerged beaches.
at low tide
street consists of shells built up over the years
largely Christian community
the rules
the people
a main street
school girls
craft market
at the community gathering tree
intense interest in the game
health care
church in the background
waterside
bridge to the cemetery
The cemetery is interesting though, if only because it's crammed with graves, a lot of them quite recent additions. From the cemetery island's modest hill you can see the town's food store – a bunch of huts perched on stilts in the lake to make sure that fire can't destroy them – and the large crucifix on the crest of the cemetery almost manages to pull off an atmosphere of colonial times gone by.
Text adapted from Travel Writer Mark Moxon's description
the market
mosque in the background
seafood drying"
(http://www.galenfrysinger.com/senegal_shell_cemetery.htm)
Galen R Frysinger
(O VISITANTE-FOTÓGRAFO, que é físico e químico aposentado: fotografia do fotógrafo na Web em:
http://www.galenfrysinger.com/, onde se pode ler:
"I am a retired scientist (chemistry and physics) who now spends most of his time traveling to interesting places in the world. After getting my PhD from Yale I spent time doing research in Germany on Fulbright and National Science Foundation grants, worked in University research, for the Federal government and with industry. Most of my work was with new products. I have now changed my field to Comparative Ethnography. This gives me a reason to look into all parts of the world.
I have traveled to 172 independent countries plus 91 dependencies which are separate enough due to geography, culture or history to warrant being considered separate territories").