[Flávio Bittencourt]

Âmbar gris, uma coisa de reis e rainhas

A substância, expelida pelo cachalote, é fenomenal.

 

 

 

  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

 

 
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Belo carro alegórico da Rocinha, primou pela simplicidade, mas deu um show de cores agradando o público (...)

 

(http://www.ecus.blogger.com.br/,

ASSINALANDO-SE QUE O BEBÊ DO CARRO ALEGÓRICO

NÃO FAZ PIPI NA FRALDA)

 

 

 

 

 Reprodução

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
"Liberdade, liberdade": desfile campeão da Imperatriz
com samba de Niltinho Tristeza (Foto: Reprodução / TV Globo)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(http://mythirties.net/2010/03/07/burn-out-meter-redlining/)

 

 

 

 

(http://patifariass.blogspot.com/2010/09/pessoas-iguais-ideias-diferentes-nao.html)

  

 

 

 

NO MEMORÁVEL DESFILE DE 1989 (RIO DE JANEIRO-RJ, BRASIL),

A ESCOLA DE SAMBA IMPERATRIZ LEOPOLDINENSE,

CAMPEÃ DAQUELE ANO, APRESENTOU UM CARRO ALEGÓRICO

QUE SE ETERNIZOU, POR TER SAÍDO DA CONCENTRAÇÃO

DO DESFILE PARA ENTRAR NA HISTÓRIAS DOS CARNAVAIS:

uma grande coroa de Dom Pedro, COISA DE REIS E RAINHAS,

IMPERADORES E IMPERATRIZES, fabulosa megaescultura

magnocarnavalesca TÃO NOBRE QUANTO OS FIGURINOS E

ADEREÇOS DE SUA SEMPRE MUITO RESPEITADA 

COMISSÃO DE FRENTE:

 

Reprodução

"Comissão de Frente da Imperatriz Leopoldinense homenageia fantasias tradicionais do carnaval de rua"

 

 

 

 

COROA, CETRO E GLOBO
IMPERIAISCOISAS DE REIS
(como o ouro, o diamante,
a esmeralda, a platina e o âmbar gris, por exemplo):
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

(http://marceloguireli.multiply.com/journal)

 

 

 

ELEFANTE NO CARRO ALEGÓRICO:

NÃO SUJA A MARQUÊS DE SAPUCAÍ,

DEFECANDO:

Foto: Alberto João - O Globo Online

 

 

 

 

GRANDE ANIMAL NADANDO:

NÃO É UMA BALEIA, MAS

É MUITO GRANDE E PESADO

 


 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(http://kxaum.blogspot.com/2009_11_01_archive.html)

 

 

 

 

 

 

HAIKAI  HOJE PRODUZIDO EM HOMENAGEM

À TRABALHADORA DE JARDIM

ZOOLÓGICO QUE AGE PROFISSIONALMENTE 

NO ESPAÇO ONDE VIVEM OS ELEFANTES

(a foto adiante está): 

 

 

Chegada da tratadora

O elefante obra  

Matéria-prima apanhada 

 

(COLUNA "Recontando estórias do domínio públlico")

 

 

 

  

COMO SE PODE VERIFICAR NA FOTO

A SEGUIR REPRODUZIDA, ATOS DE

DEGLUTIR, DIGERIR E, DEPOIS,

DEFECAR (FAZER COCÔ), ESTÃO GANHANDO

RESPEITABILIDADE LÚDICA, EM PARQUES

DE CRIANÇAS, POR EXEMPLO, QUANDO

MENINOS E MENINAS, ALEGRES E BRINCALHÕES

E BRINCALHONAS, SÃO "DEFECADAS" CENTENAS DE

VEZES POR DIA, EXPELIDAS POR TRASEIROS DE 

GRANDES RÉPLICAS (EM FIBRA DE VIDRO) DE

ELEFANTES ASIÁTICOS E AFRICANOS:

elephant-poo-slide

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

"(...) Os mamutes viviam na Europa, norte da Ásia e América do Norte em climas temperados a frios. Estes animais extinguiram-se provavelmente devido às alterações climáticas do fim da Idade do Gelo. Descobertas mostram também que o ser humano teve papel fundamental sobre a extinção dos Mamutes. A descoberta mostra que o ser humano matou Mamutes para comida, vestimentos, ossos e couro para fabricação de casas, etc.

Na Sibéria descobriram-se restos congelados de mamutes em excelente estado de conservação. Esta descoberta permitiu fazer estudos genéticos e averiguar que este gênero é mais próximo do elefante asiático (Elephas) que do africano (Loxodonta). Actualmente especula-se sobre a possibilidade de clonar o DNA destes fósseis e fazer reviver a espécie (...)".

(http://pt.wikipedia.org/wiki/Mamute)

 

 

 

 

ELEFANTE DISCIPLINADAMENTE DEFECA EM

VASO SANITÁRIO PARA PAQUIDERMES,

NO JARDIM ZOOLÓGICO DE TORONTO (CANADÁ)

(http://www.jaunted.com/story/2008/11/16/123458/52/travel/Toronto+Zoo+to+Harness+the+Power+of+Poo)

 

 

 

 

"EXCREMENTO DE BALEIA VALE UMA FORTUNA"

(TÍTULO DE ARTIGO PUBLICADO PELA REVISTA CIENTIFIC AMERICAN)

 

 

 

 

"DESDE O PLEISTOCENO, QUANDO OS ENORMES

MAMUTES AINDA CAMINHAVAM SOBRE O PLANETA TERRA,

UM PAQUIDERME ADULTO, MÉDIO, JÁ DEFECAVA MAIS

DE CEM QUILOS DE EXCREMENTOS POR DIA, O QUE SIGNIFICA QUE

EM APENAS DE DEZ DIAS O ANIMAL CONSEGUIA ALCANÇAR

A PRODUÇÃO DE NADA MAIS, NADA MENOS, DO QUE

UMA TONELADA DE COCÔ"

(COLUNA "Recontando estórias do domínio público")

 

 

 

 

 

"Empresa canadense usa cocô de elefante para produzir papel

 
Postado em 12/02/2011 ás 10h00
 
(...) Para conseguir o cocô usado na fabricação do papel a empresa conta com parcerias com diversos parques que recolhem os resíduos cheios de material fibroso. O esterco é processado e transformado em folhas de papel, que originam cadernos, blocos de anotação e muitos outros itens artesanais. Um elefante adulto médio chega a defecar mais de cem quilogramas de estrume por dia, portanto, matéria-prima não é problema para a produção do papel. (...)".

(http://www.ciclovivo.com.br/noticia.php/1999/empresa_canadense_usa_coco_de_elefante_para_produzir_papel/)

 

 

 

 

 

"THE GREAT ELEPHANT POO POO PAPER

O resultado final é um produto de qualidade e inodoro"

(http://www.ciclovivo.com.br/noticia.php/1999/empresa_canadense_usa_coco_de_elefante_para_produzir_papel)

 

 

 

 

 

 

 "Não duvido de mais nada nesse mundo:

Só queria saber quem foi o infeliz que projetou isso? (...)"

(http://www.portalentretextos.com.br/Wadmin/prt_materias/alterar.php?id=5731)

 

A LEGENDA ESTAVA NO ORIGINAL

E NÃO É DESTA COLUNA "Recontando..."

 

 

 

 

"SE É VERDADEIRO O QUE A SEGUIR ESTÁ TRANSCRITO

[ESSAS INFORMAÇÕES ESTÃO SENDO CHECADAS EM

OUTRAS FONTES, não apenas em português e espanhol,

consideradas as credibilidades das instituições que

publicaram artigos e teses sobre o assunto ÂMBAR GRIS],

O REI CARLOS II DA INGLATERRA MUITO APRECIAVA

COMER COCÔ DE BALEIA, eis que o âmbar gris era

considerado 'substância de reis' "

 

(COLUNA "Recontando estórias do domínio púbico")

 

 

 

 

 

"22 de septiembre de 2010

 

El ámbar gris

 
Si volviéramos atrás en el tiempo y aterrizáramos en la época del Renacimiento, probablemente nos extrañaría ver una curiosa joya en manos de los nobles más ricos. Este objeto es una sustancia conocida como ámbar gris, tomada durante siglos como una misteriosa y oculta joya de origen desconocido.

A día de hoy, y como desvelaré al final del artículo, conocemos su procedencia, pero en aquellos tiempos era un objeto extraño, poco común y muy caro. De vez en cuando, los marineros se encontraban flotando ámbar gris en la superficie oceánica o, en otros casos, se encontraba en la orilla de las costas. Sea como sea, siempre se encontraba en zonas cercanas al mar, como si apareciera de la nada.

Lo que más fascinaba de esta joya era su olor: Dulce, perfumado, marino... Se dice que se asemeja bastante al intenso olor producido por el alcohol isopropílico. Quizás esa fuera una de las razones por las que se veneraba tanto al ámbar gris, llegando a mezclarlo con otros perfumes para potenciar el aroma. De hecho, hoy se usa como componente de algunos perfumes, ya que está demostrado que, además de darles un toque dulzón, alargan considerablemente la duración del olor producido por éstos. Según dice la leyenda (probablemente cierta), Isabel I de Inglaterra usaba ámbar gris para perfumar sus guantes.

Además de como perfume, también se usó en la preparación de recetas, a modo de especia (tiene un sabor realmente parecido al chocolate). Entre los ilustres personajes que lo consumían, se encuentra Carlos II de Inglaterra, quien amaba los huevos condimentados con ámbar gris. Era una sustancia "de reyes", accesible sólo a los nobles y los más altos estratos de la sociedad de la época.

También tenía muchas otras particularidades. Era duro, pero poco denso (ahí la razón por la que flotaba en el agua) y se le relacionaba con frecuencia con el ámbar, pero de color gris (evidentemente, por esa razón se le llamó "ámbar gris"). Sin embargo, esta sustancia no tiene ninguna semejanza con el ámbar normal.

Después de un largo proceso de moldeado, secado y decorado, se convertía en una de las más valiosas joyas, a la que se unían un misterio especial y un olor atrayente. Con el tiempo se acabó otorgando dotes mágicas al ámbar gris y se dijo de él todo lo que podáis imaginar: Que era útil como medicina, que era un afrodisíaco, que servía como "amuleto", que prevenía de enfermedades... e incluso que protegía contra la peste negra. (...)".
 
(http://elbustodepalas.blogspot.com/2010/09/el-ambar-gris.html)

 

 

 

 

 

 

(http://elbustodepalas.blogspot.com/2010/09/el-ambar-gris.html

 

  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ÂMBAR GRIS: COR, FORMA E DESENHOS

NATURALMENTE APARECIDOS NO COCÕ

DO CACHALOTE

(SÓ A FOTO, SEM A LEGENDA ACIMA INVENTADA:

http://elbustodepalas.blogspot.com/2010/09/el-ambar-gris.html)

 

 

 

 

 

A SEGUIR, O ÂMBAR GRIS

ESTÁ QUASE NO FIM DO QUADRO,

EM "PRODUTOS DE ORIGEM INCOMUM ":

 

 

PRINCIPAIS MATÉRIAS-PRIMAS DOS PERFUMES

Principais Matérias-primas dos Perfumes

                    
              A perfumaria utiliza uma grande variedade de matérias-primas que são encontradas em diversas partes do mundo, mas muitas vezes são raras e difíceis de encontrar. Quanto mais específica e difícil for de encontrar a matéria-prima maior é o valor do produto (mais caro). As matérias-primas dos perfumes são muito variadas e numerosas. Actualmente existem centenas de produtos naturais e milhares de produtos sintéticos utilizados pelas perfumarias. Apresentamos, de seguida, apenas uma lista (Quadro 2) de algumas matérias-primas mais utilizadas na indústria do perfume, bem como os locais onde se encontram (Gigi Perfumes, 2007):
 
Flores:
· Jasmim: A mais usada nos grandes perfumes. São necessários 600kg de flores de jasmim (mais ou menos 5 milhões de flores) colhidas uma a uma ao amanhecer para obter 1kg de essência de jasmim. Local: Grasse (França) e África do Norte.
· Rosa: É necessário distinguir a Rosa da Bulgária da Rosa de Maio (cultivada em Grasse - França). É da combinação de das duas que se obtém a fragrância mais suave da rosa.
· Flor de Laranjeira: Cuja essência chama-se Neroli. Local: Provence (França), Itália e Egipto.
· Tuberosa: Fragrância que faz lembrar a flor do Lírio.
· Ylang-Ylang: O nome significa “flor das flores”. Local: Índia.
· Lavanda: Haute Provence (França).
Madeiras e cascas de troncos:
· Sândalos de Misore: Itália.
· Cedro do Quênia e do Atlas: Marrocos.
· Casca de canela: Ceilão e Madagascar.
· Casca da Betula: Utilizada para a nota “cuir” (couro). Local: Rússia e Canadá.
Grãos:
· Coentro: Países Mediterrâneos.
· Fava Tonka: Venezuela.
· Ambrete: Vem do âmbar. Local: Índia e Antilhas.
· Petit grain: Provêm das folhas de laranja azeda. Local: Itália.
Musgos:
· Musgo de Carvalho: É a base de todas as composições Chyprees. Local: Iugoslávia.
Folhas:
Patchouli: Indonésia.
Ervas aromáticas:
· Tomilho.
· Menta.
Cítricos:
São a base das notas Hesperidees:
· Laranja: Espanha e Flórida.
· Limão: Itália e Califórnia.
· Bergamota: Calábria (Itália) e Costa do Marfim.
· Tangerina: Itália.
Resinas:
Na origem das notas Balsâmicas:
· Mirra do Oriente.
· Opopanax da Abissínia.
· Benjoin do Sião.
· Galbano da Pérsia.
Raízes:
· Vetiver: Java.
Produtos de origem incomum:
· Âmbar Gris: Âmbar à Secreção rejeitada pelo cachalote e recolhidas nas águas do Oceano Índico e ao longo da Costa do Peru.
· Musk (almíscar): Provém de uma glândula da cabra do Tibete. Local: Himalaia.
· Civete: Extraído do gato selvagem da Abissínia.
Quadro 2 – Lista de algumas matérias-primas mais utilizadas na indústria do perfume (Gigi Perfumes, 2007).
 

 

 

 

 

 

"COMO O ÂMBAR GRIS SAI NAS FEZES DO CACHALOTE, PODE-SE AFIRMAR, SEM RISCO DE ERRO, QUE ESSE É O COCÔ MAIS VALIOSO DO MUNDO"

(COLUNA "Recontando estórias do domínio público")

 

 

 

 

 

 

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TRABALHADORA DE UM JARDIM ZOOLÓGICO

RECOLHE PAQUIDÉRMICAS E PESADAS FEZES

EM GRANDE SACO PLÁSTICO-HIGIÊNICO, PARA EVITAR

QUE O MATERIAL FECAL SE MISTURE COM A TERRA,

COMO OCORRE QUANDO OS EXCREMENTOS

ELEFANTINOS CAEM DIRETAMENTE NO CHÃO

(SÓ A FOTO, SEM A LEGENDA

ACIMA ENSAIADA:

http://www.team-bhp.com/forum/street-experiences/49798-dung-attack-harmful-10.html,

tendo sido a excelente fotografia de uma funcionária de jardim zoológico trabalhando

uma iniciativa de TEAM BHP PONTO COM)

 

VISITE O SITE

WWW.TEAM-BHP.COM !

[WWW.TEAM-BHP.COM: REDLINING (*) THE INDIAN AUTOMOTIVE SCENE]

(*) - O QUE SIGNIFICARÁ VERMELHO-DELINEAR (ALÉM DE "TRAÇAR UMA

LINHA VERMELHA, EM DADO MAPA, EM VOLTA DE UMA ÁREA)?

O RESPONSÁVEL POR  ESTA COLUNA (AINDA) NÃO SABE, MAS O SENHOR

E A SENHORA PODERÃO VER - caso não saibam o que isso quer dizer - O

SIGNIFICADO, DICIONARIZADO (VERBETE EM INGLÊS, mas existe o Google-Tradutor)

EM:

http://en.wikipedia.org/wiki/Redlining

 

 

 

 

                HOMENAGEANDO RESPEITOSAMENTE

                OS TRABALHADORES DE FIRMAS QUE PRODUZEM ADUBO,

                OS DESIGNERS DE BRINQUEDOS DE PARQUES INFANTIS,

                OS TRATADORES DE ANIMAIS EM ZOOLÓGICOS E OS DEMAIS

                EMPREGADOS DE JARDINS ZOOLÓGICOS, OS INVENTORES DA CIÊNCIA E ARTE QUE

                SE CHAMA PERFUMISMO E OS TRABALHADORES DAS FÁBRICAS DE PERFUME

                

 

 

5.3.2011 - O título de um artigo da revista CIENTIFIC AMERICAN sobre âmbar gris é "Excremento de baleia vale uma fortuna" - É pena que o cocô valioso seja só o do cachalote... Se os excrementos valiosos fossem, por exemplo, de cães, gatos, pombos e seres humanos, nossas fontes de renda poderiam muito aumentar. (DAQUI A UMA SEMANA, AQUI SE TRATARÁ DA PRODUÇÃO DE ADUBO PARA PLANTAÇÕES, na confirmação de que cocô não é apenas o resultado mal-cheiroso da digestão de alimentos por mamíferos, ovíparos e outros seres que comem e defecam ["Cocô também é uma não desprezível riqueza material"].)  F. A. L. Bittencourt ([email protected])

 

 

 

 

 

WEBNÁUTICOS PONTO COM PONTO BR

TRANSCREVEU MATÉRIA DA CONCEITUADA

REVISTA CIENTIFIC AMERICAN:

 

 

"Meio Ambiente

Excremento de baleia vale uma fortuna

Pedras e “torrões” que à primeira vista parecem lixo em praias ou boiando nos oceanos podem valer milhares de dólares: são fragmentos de âmbar-gris, uma substância produzida pelas baleias cachalotes machos após um jantar à base de lula: os bicos duros e pontudos dos moluscos irritam as vísceras das baleias. Os cientistas acreditam que as cachalotes produzem essa pasta gordurosa no estômago para proteger seus intestinos. Algum tempo depois, os animais eliminam um enorme “torrão”, que pode ter centenas de quilos.

 

Blocos pretos viscosos e mal-cheirosos de âmbar-gris recém-expelido flutuam na superfície do oceano. O Sol, o ar e a água salgada oxidam a massa, e a água evapora continuamente. O bloco endurece, se quebra em pedaços menores, incrustados com bicos de lula, e finalmente se torna cinza e com aspecto de cera. Então, esses fragmentos começam a exalar um aroma doce que lembra tabaco, pinho ou matéria vegetal em decomposição. A qualidade – e o valor – de um fragmento depende do tempo que ficou flutuando, diz o especialista e comerciante de âmbar-gris Bernard Perrin, “pois ele envelhece como um bom vinho”.

 

Por milhares de anos, esse tesouro dos mares foi altamente valorizado. No Oriente Médio, os homens transformavam o âmbar-gris em pó e o ingeriam para ganhar mais força e virilidade, combater males do coração e do cérebro e ainda temperar alimentos e bebidas. Os chineses o chamavam de “fragrância da saliva do dragão”. Os antigos egípcios o queimavam como incenso. Um tratado médico inglês da Idade Média informa aos leitores que o âmbar-gris pode acabar com dores de cabeça, resfriados e epilepsia, entre outras doenças. E os Portugueses conquistaram as Maldivas no século XVI em parte para ganhar acesso às porções generosas da substância cheirosa nas ilhas.

 

A palavra árabe anbar se refere especificamente a essa substância produzida pela cachalote e é a raiz da palavra “âmbar”. Há séculos os franceses usavam os termos amber gris e amber jaune (âmbar-gris ou cinzento e âmbar amarelo) para distinguir o âmbar-gris de origem animal daquilo que hoje se tornou o significado padrão da palavra “âmbar”: a resina vegetal dourada.

Assim como outros ingredientes de origem animal (o almíscar, por exemplo), o âmbar-gris tem um aroma todo próprio – derivado de seu componente químico, a ambarina –, e entra na composição de perfumes famosos como o Chanel no. 5. Ele também enriquece outras notas olfativas do perfume (como o sal ressalta o sabor dos alimentos) e, principalmente, prolonga os outros aromas uma vez que as moléculas de odor possuem uma grande afinidade com outras moléculas lipofílicas. Ficam, assim, associadas ao âmbar-gris, cujas moléculas são maiores e mais pesadas, e não evaporam todas de uma só vez, explica George Preti, químico de odores do Monell Chemical Senses Center nos Estados Unidos.

 

As empresas americanas de perfumes não usam mais o âmbar-gris em seus produtos, principalmente por causa da legislação confusa em relação à sua venda no país. Internacionalmente, no entanto, o comércio é legal e Perrin não tem problemas para encontrar empresas francesas que comprem seu estoque. “Também vendemos para uma família real no Oriente Médio, que o utiliza como afrodisíaco. Aparentemente, eles tomam uma mistura de leite, mel e âmbar-gris moído”, ele conta.

 

Muitos aspectos do âmbar-gris permanecem misteriosos. Por que a substância é comumente mais encontrada no hemisfério Sul, apesar das cachalotes viverem nos oceanos do mundo todo? E por que somente as cachalotes – e particularmente os machos – a produzem? Como os antigos habitantes do Oriente Médio decidiram usar o âmbar-gris como medicamento, ou decidiram que a “eau de baleia” seria uma fragrância atraente?

 

Nem todas as qualidades aromáticas do âmbar-gris foram sintetizadas; assim, o original continua valioso. Com a população de cachalotes reduzida de 1,1 milhões, antes da pesca de baleias, para aproximadamente 350 mil hoje, menos âmbar-gris flutua no mar. No entanto, Whitehead diz que a população está se recuperando lentamente, e que apesar da maioria dos “torrões” encontrados acabam sendo pedras ou cera ou outros dejetos do oceano, especialistas e pescadores continuam desbravando praias e ondas na esperança de encontrar esse tesouro do mar.

Scientific American".

(http://www.webnauticos.com.br/ntc/default.asp?Cod=916)

 

 

 

 

===

 

===em edição===

Pedras e “torrões” que à primeira vista parecem lixo em praias ou boiando nos oceanos podem valer milhares de dólares: são fragmentos de âmbar-gris, uma substância produzida pelas baleias cachalotes machos após um jantar à base de lula: os bicos duros e pontudos dos moluscos irritam as vísceras das baleias. Os cientistas acreditam que as cachalotes produzem essa pasta gordurosa no estômago para proteger seus intestinos. Algum tempo depois, os animais eliminam um enorme “torrão”, que pode ter centenas de quilos.

Blocos pretos viscosos e mal-cheirosos de âmbar-gris recém-expelido flutuam na superfície do oceano. O Sol, o ar e a água salgada oxidam a massa, e a água evapora continuamente. O bloco endurece, se quebra em pedaços menores, incrustados com bicos de lula, e finalmente se torna cinza e com aspecto de cera. Então, esses fragmentos começam a exalar um aroma doce que lembra tabaco, pinho ou matéria vegetal em decomposição. A qualidade – e o valor – de um fragmento depende do tempo que ficou flutuando, diz o especialista e comerciante de âmbar-gris Bernard Perrin, “pois ele envelhece como um bom vinho”.

Por milhares de anos, esse tesouro dos mares foi altamente valorizado. No Oriente Médio, os homens transformavam o âmbar-gris em pó e o ingeriam para ganhar mais força e virilidade, combater males do coração e do cérebro e ainda temperar alimentos e bebidas. Os chineses o chamavam de “fragrância da saliva do dragão”. Os antigos egípcios o queimavam como incenso. Um tratado médico inglês da Idade Média informa aos leitores que o âmbar-gris pode acabar com dores de cabeça, resfriados e epilepsia, entre outras doenças. E os Portugueses conquistaram as Maldivas no século XVI em parte para ganhar acesso às porções generosas da substância cheirosa nas ilhas.

A palavra árabe anbar se refere especificamente a essa substância produzida pela cachalote e é a raiz da palavra “âmbar”. Há séculos os franceses usavam os termos amber gris e amber jaune (âmbar-gris ou cinzento e âmbar amarelo) para distinguir o âmbar-gris de origem animal daquilo que hoje se tornou o significado padrão da palavra “âmbar”: a resina vegetal dourada.

 

 

 “torrões” que à primeira vista parecem lixo em praias ou boiando nos oceanos podem valer milhares de dólares: são fragmentos de âmbar-gris, uma substância produzida pelas baleias cachalotes machos após um jantar à base de lula: os bicos duros e pontudos dos moluscos irritam as vísceras das baleias. Os cientistas acreditam que as cachalotes produzem essa pasta gordurosa no estômago para proteger seus intestinos. Algum tempo depois, os animais eliminam um enorme “torrão”, que pode ter centenas de quilos.

Blocos pretos viscosos e mal-cheirosos de âmbar-gris recém-expelido flutuam na superfície do oceano. O Sol, o ar e a água salgada oxidam a massa, e a água evapora continuamente. O bloco endurece, se quebra em pedaços menores, incrustados com bicos de lula, e finalmente se torna cinza e com aspecto de cera. Então, esses fragmentos começam a exalar um aroma doce que lembra tabaco, pinho ou matéria vegetal em decomposição. A qualidade – e o valor – de um fragmento depende do tempo que ficou flutuando, diz o especialista e comerciante de âmbar-gris Bernard Perrin, “pois ele envelhece como um bom vinho”.

Por milhares de anos, esse tesouro dos mares foi altamente valorizado. No Oriente Médio, os homens transformavam o âmbar-gris em pó e o ingeriam para ganhar mais força e virilidade, combater males do coração e do cérebro e ainda temperar alimentos e bebidas. Os chineses o chamavam de “fragrância da saliva do dragão”. Os antigos egípcios o queimavam como incenso. Um tratado médico inglês da Idade Média informa aos leitores que o âmbar-gris pode acabar com dores de cabeça, resfriados e epilepsia, entre outras doenças. E os Portugueses conquistaram as Maldivas no século XVI em parte para ganhar acesso às porções generosas da substância cheirosa nas ilhas.

A palavra árabe anbar se refere especificamente a essa substância produzida pela cachalote e é a raiz da palavra “âmbar”. Há séculos os franceses usavam os termos amber gris e amber jaune (âmbar-gris ou cinzento e âmbar amarelo) para distinguir o âmbar-gris de origem animal daquilo que hoje se tornou o significado padrão da palavra “âmbar”: a resina vegetal dourada.

Assim como outros ingredientes de origem animal (o almíscar, por exemplo), o âmbar-gris tem um aroma todo próprio – derivado de seu componente químico, a ambarina –, e entra na composição de perfumes famosos como o Chanel no. 5. Ele também enriquece outras notas olfativas do perfume (como o sal ressalta o sabor dos alimentos) e, principalmente, prolonga os outros aromas uma vez que as moléculas de odor possuem uma grande afinidade com outras moléculas lipofílicas. Ficam, assim, associadas ao âmbar-gris, cujas moléculas são maiores e mais pesadas, e não evaporam todas de uma só vez, explica George Preti, químico de odores do Monell Chemical Senses Center nos Estados Unidos.

As empresas americanas de perfumes não usam mais o âmbar-gris em seus produtos, principalmente por causa da legislação confusa em relação à sua venda no país. Internacionalmente, no entanto, o comércio é legal e Perrin não tem problemas para encontrar empresas francesas que comprem seu estoque. “Também vendemos para uma família real no Oriente Médio, que o utiliza como afrodisíaco. Aparentemente, eles tomam uma mistura de leite, mel e âmbar-gris moído”, ele conta.

Muitos aspectos do âmbar-gris permanecem misteriosos. Por que a substância é comumente mais encontrada no hemisfério Sul, apesar das cachalotes viverem nos oceanos do mundo todo? E por que somente as cachalotes – e particularmente os machos – a produzem? Como os antigos habitantes do Oriente Médio decidiram usar o âmbar-gris como medicamento, ou decidiram que a “eau de baleia” seria uma fragrância atraente?

Nem todas as qualidades aromáticas do âmbar-gris foram sintetizadas; assim, o original continua valioso. Com a população de cachalotes reduzida de 1,1 milhões, antes da pesca de baleias, para aproximadamente 350 mil hoje, menos âmbar-gris flutua no mar. No entanto, Whitehead .

(http://www2.uol.com.br/sciam/noticias/tesouro_do_mar_excremento_de_baleia_vale_uma_fortuna_2.html)

 

 

 

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VERBETE 'AMBAR GRIS ',

WIKIPÉDIA

"Âmbar cinza

 
 
Âmbar gris

Âmbar cinza, âmbar pardo, âmbar gris ou âmbar de baleia, é uma substância sólida, gordurosa e inflamável, em geral de cor cinza fosco ou enegrecido, podendo contudo ter cor castanho escuro ou ser variegada com aspecto marmóreo. Em fresco tem cheiro fecal, mas com a exposição ao ar e à luz ganha um odor peculiar doce e terroso, com algumas semelhanças ao do álcool isopropílico. Foi de grande valor como fixante em perfumaria, atingindo por isso elevados preços, mas é hoje raramente utilizado, por ter sido substituído por um sucedâneo sintético e pelo seu uso poder configurar uma violação à Convenção CITES.

Índice

Origem e características físico-químicas

Origem e história

O âmbar cinza forma-se no intestino do cachalote (Physeter macrocephalus Linnaeus, 1758), a única espécie que se conhece produzir aquele material em quantidade apreciável, embora pequenas quantidades de uma matéria semelhante tenham sido encontradas nos intestinos da baleia-nariz-de-garrafa-do-norte (Hyperoodon ampullatus Forster, 1770 - também conhecido como botinhoso), uma espécie de zifiídeo aparentada do cachalote.

Trata-se de uma secreção biliar, aparentemente destinada a envolver matérias indigestíveis, tais como as peças bucais de lulas e polvos e outros materiais duros ou cortantes, que poderiam ficar alojadas no tracto intestinal. O encapsulamento evitará que quando o animal está submetido às grandes pressões resultantes do mergulho profundo aqueles materiais perfurem o intestino e facilita a sua expulsão com as fezes.

Conhecido desde a mais remota antiguidade pelos povos que habitavam as zonas costeiras dos oceanos, por ser encontrado a flutuar no mar ou arrojado às costas, o âmbar pardo, com o seu cheiro peculiar e origem desconhecida, era considerado um produto misterioso e por isso reputado como tendo propriedades curativas, afrodisíacas e mesmo mágicas. A sua raridade, resistência à decomposição e características físicas eram tais que sempre foi considerado precioso.

Mais comum nas costas do Oceano Índico, embora aparecesse nas costas de todos os oceanos, até meados do século XVIII o âmbar pardo era considerado como sendo uma forma de enxofre dos mares, que se libertaria de cavernas sitas nas profundezas e flutuaria nas águas. Outra teoria dava-o como originado na raiz de uma estranha árvore que cresceria no litoral e emitiria raízes submarinas. Quando o desenvolvimento da baleação provou que ele aparecia no intestino dos cachalotes, tal presença foi inicialmente explicada como sendo pedaços não digeridos de âmbar engolido pelo animal, que o procuraria no mar pelas suas propriedades curativas.

Apenas em meados do século XIX, a análise do produto, e particularmente a presença de restos alimentares embebidos, levou à aceitação generalizada de que o âmbar tinha uma origem orgânica e endógena no cachalote.

Dimensão e ocorrência das concreções

O âmbar pardo recolhido do mar, resultado das fezes dos cachalotes, aparece em geral em pequenas massas com pesos que variam entre algumas dezenas de gramas e os 50 kg, embora massas maiores (com mais de 200 kg) tenham sido encontradas. Como o produto que é encontrado no mar ou arrojado à costa já esteve nas águas por períodos em geral longos, e a sua superfície foi sujeita a fotodegradação, é em geral escuro e com odor agradável.

O produto fresco, encontrado no interior do intestino de cachalotes abatidos, é em geral esbranquiçado e fétido, aparecendo em massas que vão desde alguns quilogramas até mais de 400 kg. Um cachalote capturado na ilha de São Miguel, nos Açores, tinha no seu intestino 322 kg, numa única concreção.

A presença de âmbar pardo no intestino é irregular, ocorrendo tanto em machos como em fêmeas, mas parecendo ser exclusivo dos animais adultos. Também não parece existir uma relação directa entre o estado de saúde do animal e a presença de âmbar, embora entre os baleeiros fosse voz corrente que nos animais emaciados ou com sinais de doença fosse mais provável a presença de concreções.

Dado que o âmbar pardo fresco é relativamente rico em água, as concreções podem perder até 50% do seu peso após um ano de simples secagem ao ar, pelo que não são directamente comparáveis os pesos das massas encontradas no mar ou arrojadas às costas e a matéria fresca.

No que respeita à sua qualidade enquanto produto fixante de perfumes e quanto à suavidade do seu odor natural, o tempo de exposição ao ar e água salgada melhoram as características, pelo que o âmbar vendido em fresco era menos valioso.

Cor

A cor também varia com o tempo de exposição ao ar, indo do cinza claro nos produtos recentes até ao cinza e ao castanho muito escuros. Os âmbares mais antigos são dum cinzento-pardo quase uniforme e estão firmemente ponteados de amarelo claro por toda a sua espessura. Os de formação recente, com menor valor, apresentam-se com o aspecto de um pez castanho-escuro, firme e consistente.

Em geral as massas são marmóreas, apresentando à vista camadas concêntricas de cor ligeiramente diferente. O aparecimento dessas camadas anelares resulta do processo da formação da concreção, já que camadas concêntricas e irregulares de matéria biliar são depositadas em torno de um núcleo central, enquanto a concreção vai sendo lentamente rebolada no intestino.

No mesmo animal podem existir concreções diferentes, apresentando cores e consistências diferenciadas.

Consistência e resistência ao corte

A consistência do âmbar pardo varia desde a da cera dura de abelha até à consistência do alcatrão.

As massas mais antigas são quebradiças, quase friáveis, com tendência para o esfarelamento. As mais recentes deixam-se moldar com os dedos e ao corte deixam uma superfície polida semelhante à do sabão.

Solubilidade, fusão e vaporização

Dada a sua natureza apolar, o âmbar pardo é insolúvel na água (diminuindo a solubilidade com a salinidade), sendo contudo solúvel nos éteres, óleos e álcool.

Nos álcoois forma soluções de cor amarelo-acastanhada que fluorescem sob a luz solar com um halo esverdeado.

Funde sem crepitação e sem espuma por volta dos 60º C, produzindo um líquido pastoso de cor negra. Esta propriedade é utilizada para a identificação rápida e preliminar do produto, sendo norma aquecer uma agulha ou fio metálico durante 15 segundos numa chama de gás e espetar no material. Se for âmbar pardo em torno da agulha forma-se uma zona de fusão preenchida por um produto ceroso negro que escorrerá em lenta ebulição.

O âmbar pardo vaporiza-se a cerca de 100°C libertando um vapor branco com cheiro intenso. Arde com chama fuliginosa, libertando um aroma semelhante ao da borracha queimada.

Densidade

A densidade varia em torno de 0,90 (existem registos de 0,870 a 0,926), o que explica a flutuabilidade das concreções e os longos tempos de permanência em flutuação no mar.

Composição química

O principal constituinte do âmbar pardo é uma molécula orgânica complexa, muito similar à colesterina, denominada ambreína. Quando purificada é uma substância branca, cristalina que funde entre os 82°C e os 86°C.

Quimicamente a ambreína é um álcool monovalente cuja fórmula química corresponde a C26H43OH.

Para além dos restos das peças bucais e outras impurezas de origem alimentar (já foram encontrados pelos de foca o que parece indiciar que a alimentação dos cachalotes não se restringe aos cefalópodes), o âmbar gris contém em geral um elevado teor de cloreto de sódio e pequenas quantidades de ácido succínico e de ácido benzóico. Estão também presentes traços de numerosas outras substâncias orgânicas odorantes, incluindo ácidos gordos complexos, ésteres e múltiplos compostos aromáticos.

Resistência à decomposição

A presença de ácido benzóico, a dimensão e complexidade estrutural das moléculas constituintes e a fraca solubilidade em água fazem do âmbar pardo uma substância muito resistente ao ataque bacteriano.

A presença de copro-esteróis torna-o pouco atractivo para ingestão por outros animais. Tal explica a longa permanência no mar.

O âmbar pardo é contudo susceptível ao ataque por fungos, sendo frequente o ataque por bolores, especialmente quando deixado em atmosferas úmidas com baixo arejamento e no escuro.

Utilização

Para além das utilizações cerimoniais e a queima como oferenda na antiguidade, em tempos recentes o âmbar pardo só tem utilização como afrodisíaco ou como especiaria e na indústria de perfumaria, sendo esta, de longe, a utilização dominante.

Para ingestão como afrodisíaco, o âmbar pardo é misturado com açúcar ou ingerido em solução alcoólica. Como especiaria é raramente utilizado no sueste asiático para aromatizar vinhos e outras bebidas alcoólicas e, em quantidades minúsculas, aromatizar chás.

Na perfumaria o âmbar é dissolvido num álcool, em geral etanol, sendo a dissolução feita a frio para evitar a dissociação do produto. Quando adicionado a essências perfumadas prolonga a sua fragrância e complexifica os aromas, dando-lhe persistência e bouquet.

Com o desaparecimento da caça comercial ao cachalote, e com as questões jurídicas resultantes da protecção daquele animal no âmbito da Convenção CITES, a indústria perfumeira deixou quase por completo de utilizar o âmbar pardo para recorrer a sucedâneos escolhidos de entre produtos de síntese com características similares.

O sucedâneo mais comum é o diterpeno (-)-8a-12-epoxy-13,14,15,16-tetranorlabdano, o conhecido sob a designação comercial registada de Ambrox. O seu isómero de quiralidade positiva (+)-8a-12-epoxy-13,14,15,16-tetranorlabdano, tem um aroma percebido como mais animal, mas um limiar de reconhecimento pelo olfacto muito mais elevado (2,4 ppb contra 0,3 ppb para o isómero (-)).

Aplicação da Convenção CITES

Com a inclusão do cachalote entre as espécies ameaçadas protegidas no âmbito da Convenção CITES, na generalidade dos países signatários é ilegal, e alguns casos punível com pesadas multas, a venda ou detenção de qualquer derivado daquele animal.

Embora seja discutível a razoabilidade de aplicar esta norma ao âmbar pardo encontrado no mar ou arrojado à costa, é interpretação corrente que a utilização de tal produto, não obstante a especificidade de se tratar de facto de matéria fecal do animal, infringe a Convenção.

Essa proibição levou ao abandono quase total da utilização do âmbar pardo em perfumaria, já que os perfumes que o contenham estão, ipso facto, banidos dos principais mercados internacionais. Daí o crescimento no uso dos sucedâneos sintéticos.

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