Ahmadinejad aprecia o automóvel Tiba ou Gazela

Já o escritor Miguel Carqueija cita um Ford num dos melhores contos de sua autoria.

 

  

 

 

 

 

PREJUÍZO TREMENDO NO ABC [região do Estado de São Paulo, Brasil]:

alagamento do pátio da fábrica da Ford (MARÇO / 2009)

[INFORMAÇÕES ATINENTES (portal G1 ponto com / GLOBO), ilustradas pela foto a seguir reproduzida:

"Modelos do Ford Ka recém fabricados foram atingidos"; "Fábrica fica ao lado da Rodovia Anchieta em São Bernardo do Campo"; "Dezenas de modelos do Ford Ka que tinham acabado de sair da linha de produção foram afetados pelo alagamento"; "A água chegou a atingir a metade da carroceria dos veículos"; "A Ford vai avaliar o que será feito com estes carros que foram parcialmente inundados"; "A chuva também atingiu o pátio da fábrica da Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo"]

 

Foto: José Patrício/Agência Estado/AE

"Pátio da fábrica de automóveis da Ford, em São Bernardo do Campo, no ABC (Foto: José Patrício/Agência Estado/AE)"

(http://g1.globo.com/Noticias/Carros/0,,MUL1046870-9658,00-CHUVA+ALAGA+PATIO+DE+CARROS+NOVOS+DE+FABRICA+DA+FORD.html,

PORTAL G1 ponto com / GLOBO - 17/03/09 -18h06 - Atualizado em 17/03/09 - 19h10 / carros / temporal em são paulo)

 

 

 

 

 

Goodwood House, Sussex, England

 

 

 

 

 

 (http://www.history-tourist.com/V2//goodwood_S0105.html)

 

 

  

 

 

 

"(...) No dia aprazado, por volta de 13:30 h, Mister Max compareceu à suntuosa residência de Lady Justine Murray em Sussex. (...)".

 

(Trecho de MISTER MAX PERDE A CABEÇA, conto de

Miguel Carqueija)

 

 

 

 

 

 

"Goodwood is not a village but a spectacular, flint embossed country house, the residence for the past 300 yrs of the Dukes of Richmond - Goodwood House.

Goodwood House was originally acquired by the 1st Duke of Bedford in 1697, the natural son of Charles II and his beautiful French mistress, Louise de Keroualle. the Duke aquired the house to enable him to ride with the local hunt. This original building was a rather ordinary brick residence, later replaced by the present mansion, which was built on a grand scale in the 18th century, to the instructions of the 3rd Duke, by the renowned architect James Wyatt. During this period of construction the stables were also added, built in a similar splendid style, very much in contrast to the original modest hunting lodge still standing in the grounds today (...)".

 

(GOODWOOD HOUSE [CASA GOODWOOD] É MANSÃO EM SUSSEX, INGLATERRA; foto e texto na web em:

http://www.history-tourist.com/V2//goodwood_S0105.html)

 

 

 

 

 

 

 

                       Homenageando as gloriosas memórias de Henry Ford e do sonhador prático

                       Preston Thomas Tucker, homenageando, também, magníficas pessoas vivas:

                       Miguel Carqueija, um verdadeiro amigo dos animais [MIGUEL, COBERTO

                       DE RAZÃO, ESTÁ ABSOLUTAMENTE INDIGNADO COM O QUE ESTÃO

                       FAZENDO COM INDEFESOS URUBUS NA BIENAL DE SÃO PAULO,

                       NESTE MOMENTO, SE A POLÍCIA FLORESTAL BRASILEIRA

                       AINDA NÃO TIVER APARECIDO POR LÁ] e Francis Ford Coppola (mas

                       não exatamente por ser um Ford-que-não-é-carro), esse amigo do

                       Brasil, especialmente DO ESTADO DO PARANÁ, desejando-lhes muita saúde

                       e vidas longas -, agradecendo ao fotógrafo José Patrício, do jornal ESTADÃO,

                       que, de um helicóptero, captou ótima imagem do pátio da fábrica da Ford do ABC,

                       completamente alagado por chuvas torrenciais, em março do ano passado (2009) e

                       PEDRO PAULO UCHÔA BITTENCOURT, meu saudoso tio, que, técnico de

                       administração do MIC (Ministério da Indústria e do Comércio), integrou o GEIA -

                       Grupo Executivo da [Implantação no Brasil da] Indústria Automobilística,

                       durante o governo do presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira (in memoriam)

 

 

 

 

 

 

29.9.2010 - Mister Max perde a cabeça é o nome do conto de Miguel Carqueija, hoje apresentado na Coluna "Recontando..." - Esse é dos melhores contos de Carqueija, que é um dos grandes escritores cariocas da atualidade. F. A. L. Bittencourt ([email protected])

  

 

 

 


 
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

LINHA DE PRODUÇÃO
 
Ford Motor Company

 
(http://cache2.artprintimages.com/p/LRG/20/2068/FQ82D00Z/assembly-line-ford-factory-michigan.jpg)
 
 

 

 


 
 

 

LINHA DE PRODUÇÃO DA FORD
 
no ABC Paulista
 
 
http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,MUL1109010-9356,00-PRODUCAO+INDUSTRIAL+SOBE+E+TEM+TERCEIRA+ALTA+SEGUIDA+APONTA+IBGE.html
 
 
 


 
 
 
 
 

 
 
http://taiguaramotors.blogspot.com/2008_09_21_archive.html
 
 
[A FORD COMPLETOU CEM ANOS EM 27.9.2008]

 


 
 
 
 
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(http://blog.niot.net/pt/tag/ford+fiesta+geneva/)

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONTO DE CARQUEIJA
 
 

 

MISTER MAX PERDE A CABEÇA
 
Miguel Carqueija
 
 
         "— Chefe, é para você — disse Mary. — Lady Justine Murray.
         Mister Max pegou o fone.
         — Brian Max falando.
         — Doutor Max, boa tarde! Como o senhor está?
         Max pensou em falar como estava, mas conteve-se a tempo.
         — Eu estou muito bem, Lady Justine. E a senhora?
         Após algumas fórmulas de praxe a aristocrática senhora esclareceu o caso:
         — Doutor, eu quero que o senhor compareça à minha festa de aniversário, no próximo sábado... pode chegar entre uma e duas horas.
         — Mas eu sou a pessoa mais anti-social que a senhora poderia...
         — Tolice! Você é um grande sujeito e tem o direito de viver um pouco também. Além disso não é um convite e sim uma ordem.
         — Bem...
         — Outra coisa: quero que o senhor leve a cabeça de bronze.
         — O que? — Mr. Max tentou desesperadamente se fazer de desentendido. — Que cabeça, minha senhora?
         — Você sabe muito bem. A cabeça de um ídolo pagão que você trouxe da Birmânia. Não é verdade? E eu gostaria que os meus convidados a vissem.
         Malditos caprichos de mulher rica, pensou Max. Vai ver é por isso que ela me convidou.
         — Mas diga, Lady Justine: como soube que eu tenho essa peça?
         — Eu leio jornal, tolinho.
         Mr. Max engasgou.
         — Jornal?
         — Saiu uma nota no “Horizonte”, na coluna do Willie Lund.
         — Meu Deus, quando foi que isso saiu?
         — Há uma semana, exatamente.
         — Deveras?
         — Bem, eu quero saber se você vai e se levará a cabeça.
         — Eu... bem...
         — Vamos, Max! Será que eu não mereço isso de você?
         — Eu farei o possível, senhora.
         — Como fará o possível?
         — Porque eu posso morrer antes do sábado, e aí...
         O fone vibrou com uma sonora gargalhada.
         — Tinha esquecido o seu humor negro! Está bem, Max: esteja aqui na hora certa e com a cabeça!
         Lady Justine desligou.
         — Porcaria — murmurou Mister Max.
         Deu uma volta na cabeça com o chapéu, buscou os frascos homeopáticos, colocando-os nos bolsos, e dirigiu-se à saída.
         —Tomem conta de tudo. Eu vou lá no “Horizonte”.
         — Mas, chefe, por que o senhor vai lá agora? — quis saber Mary.
         — Vou cometer um reporticídio — e sem dizer mais palavra Mr. Max retirou-se.
         No “Horizonte” informaram-lhe que Willie Lund partira para longas férias há coisa de uma semana, e que a essa altura deveria estar em Taiti ou coisa parecida.
         — Ele calculou bem — comentou Mr. Max. — Que tratante!
        
 
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         No dia aprazado, por volta de 13:30 h, Mister Max compareceu à suntuosa residência de Lady Justine Murray em Sussex. Tinha arranjado uma caixa de bolo, na qual acomodou bem a cabeça de bronze, bastante acolchoada. Havia bastante espaço para os carros nos fundos da mansão, mas Max despachou o seu para casa. Depois olhou em volta examinando o movimento ainda fraco, quando reparou num sujeito que parecia desenhar com grande atenção sobre uma prancha portátil. Mr. Max, intrigado, olhou-o sem ser percebido. A propriedade, com a casa ao centro, era ampla e verdejante. Árvores e mais árvores numa paisagem bucólica, com veredas e mesinhas em clareiras. Entretanto, curiosamente, o sujeito não parecia interessado na paisagem natural: era o alto muro que merecia a sua atenção. Depois de fazer alguns desenhos de vários ângulos ele se aproximou do muro, tocou-o e olhou para cima, como se calculasse a sua altura, em seguida voltou-se e com o comprido lápis fez alguns traços no ar, e dirigiu o olhar para a garagem. Como se tudo isso não bastasse ele sentou num banco e tirou do bolso um sextante, com o qual continuou suas observações. 
         Não aguentando mais, Mr. Max aproximou-se dele e falou:
         — O senhor permite que eu lhe faça uma pergunta?
         O rapaz se voltou. Parecia um pouco com o ator Roger Moore.
         — Pois não, à vontade.
         — Por que o senhor está fazendo esses cálculos e desenhos?
         — Muito simples. Se algum dia eu tiver necessidade de penetrar clandestinamente nesta mansão, já estarei fornecido com os dados estratégicos.
         Seguiu-se um instante de silêncio profundo, quebrado apenas pelos passarinhos. O Dr. Max iniciou então uma das suas temíveis e implacáveis “sondagens visuais”, observando o outro de alto a baixo. O resultado não deve ter sido satisfatório, pois Mr. Max foi embora sem dizer palavra.
         Procurou pela anfitriã e teve a sorte de logo encontrá-la.
         — Dr. Max! Que prazer em vê-lo! E vejo que trouxe a cabeça.
         — Sim está aqui dentro.
         — Quer-me mostrar?Afinal, eu nunca a vi.
         — Aqui não, Lady Justine. Num lugar mais reservado.
         — Vamos lá para dentro, ainda há pouca gente.
         Na biblioteca Max desfez os laços e retirou a tampa da caixa. Depois tirou a cabeça, que era oca e portanto leve.
         Era um rosto tão feio e assustador como nem Mr. Max chegava a ser. Apesar disso Lady Justine exclamou: “Que beleza!”
         — A propósito, senhora, poderia me dizer quem é aquele sujeitinho lá fora?
         — Que sujeitinho?
         — O de roupa azul, ainda novo, que estava fazendo cálculos e desenhando.
         — Roupa azul? Com uns ares de Roger Moore?
         — Creio que sim.
         — É o Ted Square, claro. Um camarada muito original e interessante.
         Max contou-lhe então o que o outro havia dito. A mulher deu uma sonora gargalhada.
         — E você levou-o a sério? Isso é bem de você, Max!
         — Minha senhora...
         — Ted é um herdeiro de pequena fortuna, uma espécie de aventureiro. Não tem título de nobreza mas mesmo assim consegue viver de rendas. É um tipo muito engraçado e fogoso. Tem um apelido famoso: “O Ilustrado”.
         Max não ficou muito convencido, mas não quis discutir o assunto, tanto mais que aquele apelido lhe parecia alcunha de “171”. Outra coisa o preocupava:
         — O que é que a senhora pretende fazer com a cabeça?
         — Ora, mostrá-la ao pessoal! Mas isso vamos deixar para depois do jantar.
         — Mas enquanto isso, onde ficará guardada?
         — No meu quarto, tolinho! Eu me responsabilizo. Você gosta tanto assim dela?
         — Faz parte da minha coleção.
         Lady Justine olhou bem para Max, com um súbito brilho na expressão. Mr. Max arrependeu-se por ter aberto a boca.
         — Coleção, você diz? O que mais você tem?
         — Conchas, papiros, edições raras... umas coisinhas apenas.
         — Talvez tenha coisas muito interessantes.
         — É, talvez — respondeu ele, deliberadamente lacônico.
         — Algum dia irei lá ver, ora se irei! Cuidaremos disso depois. Agora me ajude a acomodar isso na caixa.
 
 
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         Passaram-se algumas horas de imenso tédio. Max tomava beladona e jogava xadrez, mas não se sentia bem naquele lugar cheio de ostentação. A cabeça não lhe saía do pensamento. Ele tinha acompanhado pessoalmente Justine e a governanta Sybil ao perfumado quarto da dama, para ver onde seria colocada a caixa. Ficou aborrecido ao ver que Justine mandou botá-la em baixo da cama.
         — A senhora não tem um cofre?
         — Ora, Max, não seja ridículo!
         Max teve que se conformar e desceu as escadas com expressão bastante carrancuda. Justine, porém, queria integrá-lo na festa e chamou logo dois sujeitos que passavam. Apresentou-os a Max como Ian Thordynke, ator de cinema, e Louis Edmondson, costureiro famoso.
         — Doutor Max — disse Louis — se o senhor é amigo da Justine é meu amigo também. Os amigos da Justine são meus amigos.
         Cruz credo, pensou Mister Max.
         Em seguida Lady Justine apresentou o advogado a Sybill Elliott, senhora gordíssima, Lucas Jones, escritor, Jimmy Bendix, um canadense, Diane e Elton Sloane, Stanley e Betty Barry, Tab Lee, conhecido banqueiro, Val Lemmon, antropólogo, e afinal ao próprio Ted Square.
         — Já nos conhecemos — disse Ted.
         — Talvez, mas não oficialmente. Ted, este é o Dr. Brian Max, o melhor advogado de Londres.
         — É bom eu saber disso. Preciso muito de bons advogados.
         — Por que, senhor? — perguntou Max.
         — Ora! Para não ser preso, é claro!
         Justine explodiu numa gargalhada e Mr. Max ficou mais sério do que nunca.
         — Como vê, Brian, ele precisa de você. Não precisa ter medo de que ele lhe roube a cabeça.
         Ted mostrou-se intrigado:
         — Cabeça? Perdão, mas eu não entendo.
         — Cabeça, sim. De bronze. Uma coisa extraordinária que o Brian trouxe da Birmânia.
         — Isso eu tenho que ver.
         — Depois, Ted. Depois do jantar.
         — É quando a senhora vai mostrar ao pessoal?
         — Essa é a idéia, de fato.
         — Ora! Mostre a mim antes! Não contarei a ninguém.
         — Você é de morte, Ted.
         O Dr. Max afastou-se discretamente. Aquela conversa estava lhe fazendo mal. Lá pelas tantas encontrou novamente Val Lemmon, que o pegou pelo braço e mostrou-lhe uma escultura horrorosa sobre um pedestal, numa das varandas.
         — Mas não é antiga, é só uma cópia. Esculturas valiosas para a ciência antropológica são, por exemplo, aquelas que os povos primitivos da Ásia fizeram. Eu seria até capaz de roubar para incluir algumas na minha coleção.
         Quando se livrou do homenzinho, Mr. Max buscou refúgio na biblioteca.
         Todos estão contra mim,          pensou.
 
 
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         Passou-se algum tempo. Mister Max abriu os olhos e percebeu que não estava sozinho.
         Ted Square e Jimmy Bendix, munidos de réguas desdobráveis, caderninhos e lápis, ocupavam-se em tomar as medidas do local.
         É uma quadrilha completa — pensou o advogado.
 
 
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         Lá pelas tantas Max não aguentou mais. Subiu as escadas e chegou à porta do quarto da milionária. Botou a mão na maçaneta e girou-a.
         — Ainda por cima a infeliz da mulher não tranca a porta.
         Mr. Max foi até a cama e se abaixou.
         Cadê a caixa?
         Talvez ela a tenha posto em outro lugar. Mexe aqui, abre ali, revira, revira...
         — Que faz o senhor aqui?
         Max voltou-se para a criada. Não era Sybil.
         — Onde está a cabeça?
         — Hein?
         — A cabeça! A minha cabeça! Eu a quero de volta, onde está ela?
         — Xi, o homem tá doido.
         Assim dizendo ela deu meia volta e fugiu. Brian não procurou chamá-la: desceu as escadas fumegando e perguntou a uns e outros por Val Lemmon, Jimmy Bendix, e principalmente por Ted Square.
         Encontrou-se com Louis, que lhe estendeu uma orquídea e falou:
         — Quer para o senhor, Dr. Max? É igualzinha às que eu dou à Justine.
         Na sua aflição Mr. Max aceitou até isso, contanto que o outro lhe desse a informação.
         — O Ted eu vi, sim. Estava ainda agora na entrada do galinheiro. Os outros eu não sei.
         — Obrigado.
         Mr. Max chispou para o galinheiro.
         É bem capaz dele estar roubando os ovos.
         Mas não. Ted continuava sua brincadeira estúpida, desenhando o interior do local diante de uma assistência galinácea.
         Max entrou e encarou-o.
         — Onde está a cabeça?
         — Que cabeça, doutor?
         Foi a última gota. Max agarrou Ted pelo colarinho e encostou-o na parede, fazendo cair lápis e papel e provocando pânico entre as galinhas.
         — Eu lhe asseguro, senhor, se roubou a cabeça de bronze, está encrencado.
         — Largue-me!
         Ted livrou-se, endireitou a roupa e assumiu uns ares de dignidade ofendida.
         — Poderia processá-lo, mas ignorarei o insulto em consideração a Lady Justine. Agora diga-me o que houve.
         — A cabeça sumiu! E se o senhor não faz outra coisa além de planejar um roubo a esta casa...
         — Eu não roubei aquela aberração. Meu amigo, está cometendo um equívoco lamentável. Eu não estou planejando roubar esta casa. Todos os meus cálculos e desenhos não passam de um exercício lúdico e galhofeiro partindo do pressuposto altamente improvável de que um dia eu venha a ter que penetrar aqui clandestinamente, vamos supor, para recuperar algo que tenham me roubado e trazido para cá. Compreendeu?
         — Espera que eu engula uma coisa dessas?
         — Não. Com franqueza, não. Quer o seu monstrinho de volta, Dr. Max? Pois vou resolver isso para o senhor. Vou recuperar o seu objeto!
         — Se pensa que pode roubar a minha relíquia, fingir que a encontrou e ainda receber uma recompensa, acho bom...
         — Mas que sujeito desconfiado! Não se preocupe, que eu não vou pedir recompensa! Dinheiro eu tenho até de enjoar!
         Ted saiu do galinheiro, após recolher o seu material de anotação. Max seguiu-o e os dois esbarraram com uma preocupada Justine:
         — Ted, o que está havendo? O que estão fazendo os dois no galinheiro?
         — Minha senhora... — começou Max, mas Lady Justine cortou sua palavra:
         — E você, Max? A Magda ficou apavorada, ela contou que você estava no meu quarto gritando que queria a sua cabeça de volta! Que vergonha, Max, não posso dar vexame para os meus convidados!
         — Bom, mas e a cabeça? — disse Mr. Max, sem se dar por achado.
         — Custo a crer que possa ter sido roubada! A não ser... não foi você, Ted? É o único que sabia onde estava, eu lhe contei...
         — E à Sybil...
         — Sybil é de inteira confiança — foi a acintosa resposta de Lady Justine.
         — Bem... podemos ir investigar no seu quarto?
         — É claro, mas façam discretamente. Acho que deixei a porta aberta.
         — Está bem, não importa. Dr. Max, preste atenção: o herdeiro de Sherlock Holmes vai entrar em ação. Lady Justine, pode retornar para os seus convidados. Acharei a escultura para o Dr. Max e evitaremos que a festa seja perturbada.
         — Acho bom! Veja lá o que vai fazer. Sobretudo, não quero escândalos aqui! — e assim dizendo a madame deu as costas aos dois e retornou à mansão.
         — Ela nem se lembra se fechou a porta... — murmurou Ted.
         — Que vai fazer? Até agora não vi nada — lembrou o advogado.
         — Me conte como descobriu o sumiço da cabeça.
         Max contou rapidamente e Ted pareceu ficar pensativo.
         — Você diz que se abaixou e olhou, e não viu o objeto?
         — Sim.
         — Não foi até o ponto onde ele deveria estar?
         — Para que? Não sou cego.
         — Vamos nós dois até lá. O exame do local do crime é muito importante.
         Brian Max acompanhou-o de má vontade, mas disposto a ir até o fim naquele busílis. Ted aproximou-se do leito de Justine — uma cama de casal — abaixou-se e meteu-se por debaixo dela.
         — Se continuarem essas encenações alguma coisa muito séria vai acontecer — murmurou Mr. Max.
         Ted, porém, emergiu quase eufórico:
         — Heureka, Max! Já sei o que aconteceu! Vamos, temos que ir lá para fora!
         De volta ao jardim, após passarem por uma multidão de gente, o advogado externou sua impaciência:
         — Diga logo o que tem em mente, senhor. Está a um passo de ser denunciado à polícia.
         A ameaça, porém, não surtiu o menor efeito sobre o outro. Ted limitou-se a dar um peteleco no boné e fazer uma pergunta que nada tinha a ver com a frase de Max:
         — Diga, conhece o Jimmy Bendix?
         — Infelizmente já fui apresentado a ele. É seu cúmplice, não?
         — É, sim — disse Ted, descaradamente. — Faça-me um favor: procure por ele e dê o seguinte recado: para esvaziar o pneu do carro Palio azul que está em baixo da castanheira, chapa de Glascow. Entendeu?
         — Não, eu não entendi nada.
         — É o carro do ladrão. Temos de fazer isso porque a Justine já está nos observando a distância.
         Max estava vagamente entendendo o que Ted tinha em mente. Localizou o canadense e deu-lhe o recado discretamente; depois reuniu-se com o aventureiro no ponto previamente combinado. Afinal, os três ocuparam uma mesa ao ar livre de onde podiam vigiar o carro.
         Lá pelas tantas — e a tarde já ia caindo — apareceu finalmente o dono do carro, que constatou o pneu furado. E estava acompanhado por um sujeito enorme.
         — É o Montanha — explicou Ted. — O motorista e guarda-costas dele.
         Louis Edmondson, com ar preocupado, recebeu o pneu de reserva e colocou-o no chão, enquanto o outro rapidamente fechava o capô. Max percebeu que Lady Justine se materializara a alguma distância da cena.
         Ted Square adiantou-se.
         — Amigo — falou, dirigindo-se ao chofer — pode fazer o favor de abrir a tampa desse auto?
         — Não. Por que eu iria fazer isso?
         Ted deu um empurrão homérico no Montanha antes que ele passasse a chave, levantou a tampa, afastou uma lona, agarrou um pacote e passou-o a Mr. Max, tudo no espaço de poucos segundos.
         — Veja se é isso mesmo. Eu tenho um assunto urgente a tratar!
         Montanha avançou e tentou dar um soco no Ilustrado; este se esquivou facilmente ao pesado adversário e sapecou-lhe um direto no plexo solar. Quando o Montanha se dobrou de dor, Ted golpeou-lhe a nuca com decisão, derrubando-o.
         Max reconhecera o embrulho; tratou de desfazê-lo com uma tesoura de unhas (sempre carregava uma no paletó) e segurou a cabeça de bronze — recuperada sã e salva.
         O pacote estava impregnado com o odor do perfume e das orquídeas do modista — que Ted reconhecera quando de sua incursão por baixo da cama.
         Nesse ponto Louis Edmondson adiantou-se até o Ilustrado e disparou uma série de impropérios:
         — Seu cafajeste, seu arruaceiro... onde é que já se viu, tratar desse jeito o meu lacaio? Sabe o que eu devia fazer, seu bruto? Cuspir na sua cara! Cuspir-lhe na cara, ouviu bem?
         Ted ficou subitamente sério. Mr. Edmondson estava perigosamente próximo.
         — Meu caro, se uma coisa dessas chegar a acontecer você vira notícia!
         — Ele me bateu! Ele me bateu! — queixou-se Montanha, ainda no chão. — Ele me maltratou!
         — É um grosso! — sentenciou o costureiro. — Está vendo, Justine? Não entendem uma brincadeira...
         Se Lady Justine acalentara alguma esperança de evitar um escândalo em sua suntuosa residência, isso já era coisa do passado. Ela voltou-se furibunda para o aventureiro:
         — Seu baderneiro, seu vigarista — atirou ela para Ted Square. — Não o quero mais na minha casa. Como ousa arruinar desse jeito a minha festa! O que irão dizer os cronistas sociais?
         — Lady Justine, a senhora me surpreende!
         — Saia imediatamente daqui e você também, seu urubu — e aqui ela se dirigiu a Max — volte para a sua cripta e não ponha mais os pés na minha mansão!
         — Minha senhora — e Max escandiu as palavras — aqui eu não ponho mais nem os pés e nem a cabeça!
         — Acho bom! Vá embora e leve os seus amigos!
         — Isso mesmo, ralé! Vá e leve os seus amigos! — reforçou Edmondson.
         Mr. Max ia ter um ataque, mas Ted chamou-o à parte.
         — Vamos embora, Max. Não é prudente ficar aqui. Pela cara que os empregados estão fazendo, acho que não nos servirão o jantar.
         Max olhou em volta e teve de concordar.
         — Creio que você está com a razão.
         — Diga, Max, você está de carro?
         — Não. Dei instrução ao meu mordomo para me buscar mais tarde.
         — Não é preciso. Eu lhe dou uma carona. Vamos embora enquanto é tempo.
         Ted abriu o seu automóvel. Jimmy Bendix entrou, no banco de trás, e Ted indicou a Max o lugar ao lado do motorista.
         — Precisamos conversar — explicou.
         Os portões se abriram. Antes de entrar no seu Ford, o Ilustrado dirigiu-se uma última vez à aristocrática anfitriã:
         — Algum dia, Lady Justine, a senhora se arrependerá por ter preferido a mentira e a adulação, à verdade e à justiça!
         Não esperou para ouvir os últimos insultos: entrou no carro e deu a partida. Pouco depois, o poderoso Ford de Ted Square retirou-se majestosamente da mansão de Lady Justine Murray". (MIGUEL CARQUEIJA)
 
 
 
 
 
 
 
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10 05 2010

















 


"Tiba: a 'menina dos olhos' da nova montadora de carros do Irã. Dentro do carro, o presidente Mahmoud Ahmadinejad fazendo o 'test-drive' (Foto: AFP)



 

     As atenções, novamente, esão voltadas para o Irã. Porém, desta vez, a notícia não está ligada a atividades supostamente bélicas.

 


     Mahmoud Ahmadinejad, o presidente da controversa república Islâmica, inaugurou ontem “a maior fábrica de carros do Oriente Médio”, segundo registrou a imprensa oficial do país. 
     Construída pela estatal iraniana Saipa na cidade central de Kashan, a unidade, que custou US$ 350 milhões, poderá produzir até 150 mil veículos por ano. 
     A pretensão da fábrica é de contratar 4000 pessoas diretamente e 2000 indiretamente, quando o complexo automobilístico atingir a capacidade máxima de produção. 
     No evento,  Ahmadinejad apresentou o Tiba (Gazela), um carro de porte pequeno que custará entre US$ 8 e US$ 9 mil, visando atrair a classe média iraniana. Segundo a agência de notícias do país, o Tiba é o primeiro veículo “desenhado e fabricado por iranianos”.
     Não só de urânio vive o homem…
  ". [10.5.2010] http://amotivo.wordpress.com/

 

 

 

 

Verbete 'Linha de montagem', Wikipédia 

"Linha de montagem

 
 
 
Linha de montagem de Ford, em 1913


A linha de montagem foi fundada por Henry Ford inicialmente para a fabricação dos automóveis Ford no ano de 1913 sendo desde essa data considera uma das maiores inovações tecnológicas da era industrial, pois graças a ela, o tempo de produção de peças sofreu um decréscimo significativo (Chase et al., 1995, p. 21), permitindo dessa maneira que se produzisse em maiores quantidades o que mais tarde acabou por se reflectir no preço dos produtos, tornando assim os mesmos mais acessíveis a outras classes sociais.

As linhas de montagens são utilizadas desde então no processo de produção em série , para que o produto em fabricação seja deslocado ao longo de postos de trabalho, mas a sua eficiência depende da combinação de quatro condições indispensáveis (Teixeira et al., 2008, p. 31-33):

  • Componentes estandardizados
  • Movimento mecânico
  • Equipamento de precisão
  • Processos padronizados

Índice

Análise e concepção de uma linha de montagem

A dimensão do produto influencia a concepção de uma linha de montagem pois vai restringir o número de produtos que podem existir em cada posto de trabalho afectando por sua vez o desempenho do trabalhador.
Se o produto for de grandes dimensões isto implica uma dependência entre os postos de trabalho (Chase et al., 1995, p. 422-23).

Conclusão

A linha de montagem:
  • Ajuda a aumentar a eficiência do processo de produção em série, pois permite que cada trabalhador se especialize em desempenhar uma etapa específica do processo de produção
  • Implica a existência tempos de ciclos curtos
  • É um elemento fundamental em sistemas produtivos orientados para a produção em série
  • Representa o culminar de séculos de trabalho
  • Refere-se a uma montagem sequencial ligada por mecanismos de movimentação de materiais
  • Torna desnecessária a movimentação do operador

Referências

Ver também

Ligações externas

 
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Linha_de_montagem)
 
 
 


 
 
 

Henry Ford com seu Model T em Buffalo, Nova York, 1921

(LEGENDA DA FOTO ABAIXO)

 

 
O ELEGANTE SR. HENRY FORD E UM FORD NÃO MENOS ELEGANTE

 
(SEM A LEGENDA LOGO ACIMA LIDA:
 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Linha_de_montagem)

 

 

 

 

 

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"Evolução da industria automobilística no Brasil

Resumo do Livro

   por:Mollulo    
Autor : Eraldo B. Mollulo Junior
 

Foi em novembro de 1891 que o primeiro carro motorizado chegou em solo brasileiro. A bordo do navio Portugal, que aportou na cidade de Santos, um único exemplar de um Peugeot, comprado por 1.200 francos. O proprietário era um rapaz de dezoito anos chamado Alberto Santos Dumont, o futuro Pai da Aviação, que acabava de retornar da França com a família. Faziam fila na época figuras ilustres da sociedade paulista: Antonio Prado Júnior, Ermelindo Matarazzo, Ramos de Azevedo, José Martinelli e muitos outros. De olho nesse mercado, a empresa Ford decide em 1919 trazer a empresa ao Brasil. O próprio Henry Ford sentencia: "O automóvel está destinado a fazer do Brasil uma grande nação". A primeira linha de montagem e o escritório da empresa foram montados na rua Florêncio de Abreu, centro da cidade de São Paulo. Em 1925, foi a vez da General Motors do Brazil abrir sua fábrica no bairro paulistano do Ipiranga. Meses depois já circulava o primeiro Chevrolet. Dois anos depois, a companhia inicia a construção da fábrica de São Caetano do Sul. Nessas alturas, o som das buzinas e o barulho peculiar dos motores já fazem parte do cotidiano do paulista. Estradas são construídas em todo o Estado de São Paulo. O reflexo dessas iniciativas no aumento da frota de veículos é surpreendente: entre 1920 e 1939, só no Estado de São Paulo, o número de carros de passeio salta de 5.596 para 43.657 e o de caminhões vai de 222 para 25.858. Entra o ano de 1940, tem início a Segunda Guerra Mundial. As importações são prejudicadas e a frota de veículos no Brasil vai ficando ultrapassada. As fábricas só montavam seus automóveis aqui e não produziam suas peças. Era preciso desenvolver o parque automotivo brasileiro. O então presidente da República, Getúlio Vargas, proíbe a importação de veículos montados e cria obstáculos à importação de peças. Foi Juscelino Kubitschek, presidente empossado em 31 de janeiro de 1956, que deu o impulso necessário à implantação definitiva da indústria automotiva, ao criar o Geia - Grupo Executivo da Indústria Automobilística. A revolução automotiva da década de 1950 trouxe aos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, tecnologia de ponta, empregos, desenvolvimento industrial e uma nova relação de capital-trabalho, com o crescimento e fortalecimento dos sindicatos de classes. ANÁLISE CRÍTICA DO PROCESSO DE EVOLUÇÃO DO SETOR AUTOMOBILÍSTICOTraçando uma linha do tempo, podemos notar que o real desenvolvimento da industria automobilística brasileira se deu a partir da 2º Guerra Mundial. Esse fato deve-se à crise econômica que viveu o mundo nessa época, pois com as mazelas da guerra, importações ficaram prejudicadas, e diversos paises reduziram drasticamente a proporção de seu comércio internacional.Assim, Getúlio Vargas ao perceber que o pleno de desenvolvimento econômico do Brasil sairia prejudicado, pois éramos potenciais importadores de automóveis prontos, proibiu então a importação de automóveis prontos, e dificultou grandemente a importação de auto-peças.Com isso, grandes multinacionais como Ford e GM se viram obrigadas a investir em fabricas no Brasil, pois caso contrário, acabariam perdendo um grande mercado em plena expansão. Com toda certeza, a decisão de Vargas foi influenciada por diversos motivos, e um deles era a quantidade de investimentos norte americanos instalados sobre o Brasil à época.Apesar da proibição de importação de veículos prontos ser um grande ponto negativo para industrias automobilísticas americanas, foi muito grande a quantidade de incentivos dados pelo Brasil para subsidiar a instalação de suas fabricas no Brasil, e principalmente no estado de São Paulo, pólo da riqueza nacional na época.Prova disso e que somente anos mais tarde, fabricas de outras nacionalidades conseguiram equilibrar a equação custo-benefício de instalar uma fabrica do Brasil, como a alemã Volkswagen, que só conseguiu instalar sua fabrica no Brasil em 1956, em São Bernardo do Campo/SP. De qualquer forma, mesmo incentivando mais a uns do que a outros, foram propiciadas condições para o crescimento do setor, e logo com a criação do Geia - Grupo Executivo da Indústria Automobilística, por JK, em 1957, pode-se regulamentar as atividades do industria automobilística no Brasil, criando assim melhores condições de crescimento.Hoje o Brasil é um dos grandes mercados de automóveis do mundo, e muito desse posto se deve a Getulio Vargas e JK.Como pode ser visto, o processo de industrialização no Brasil data do final do século XIX, com a chegada de imigrantes e a grande oferta de mão de obra, no entanto para fins de estudo, adotamos a década de 30 como ponto de partida para a real industrialização do Brasil.A industria automobilística aparece como uma das beneficiadas por este crescimento, principalmente a partir da 2ª Guerra Mundial, com a proibição de importação de veículos prontos, esta industria se viu obrigada a crescer junto com o país, que se mostrava como um grande mercado em expansão.Os governos de Getulio Vargas e JK tiveram grande importância no processo, pois deram condições favoráveis para a implantação de fabricas no Brasil, em especial em São Paulo.Obviamente, interesses políticos estiveram presentes no processo desde o inicio, no entanto os resultados foram favoráveis ao Brasil, que contar com a força motorizada dos automóveis para impulsionar seu crescimento.Hoje o Brasil é um dos grandes mercados mundiais de automóveis, com uma capacidade enorme de criação de novas tecnologias, somos vistos de forma diferente do que éramos a tempos atrás, mais do que simples importadores de produtos industrializados.

Publicado em: março 17, 2008".
 
(http://pt.shvoong.com/humanities/history/1786021-evolu%C3%A7%C3%A3o-da-industria-automobil%C3%ADstica-brasil/)

 

 

 

 

 

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