Imagem 1/11: Sapataria do peruano Antonio Arellano, 43, que vive na Itália há mais de 20 anos, tem público seleto formado por padres, bispos e cardeais
Todos aqueles que acreditam em superstição, apesar de serem fiéis e devotos a Deus, verão algum significado no fato do novo papa ter sido num dia 13 e no ano também 13? É possível, a Humanidade é indecifrável, indefinível, indescritível.
Sem charme, sem carisma
Importante mesmo, como o planeta é habitado por 7 bilhões e 200 milhões de pessoas, e os católicos somam 1 bilhão e 200 milhões, de cada seis dessas pessoas, uma é católica. De todas as religiões do mundo, qual a que pode apresentar esses números? E isso depois da Igreja, pelo próprio demérito e incompetência, ter perdido 1 bilhão de fieis.
De qualquer maneira, tudo isso perde importância diante do Papa escolhido, do nome proferido, do continente favorecido. Precisamente às 16h13 no Brasil, 20h13 na Itália, veio a grande surpresa. O cardeal francês Lauran anunciava o novo Papa Jorge Mario Bergoglio.
Não apenas surpresa, mas decepção e frustração em todos os sentidos. É a primeira vez que um Papa vem da América do Sul, e mais grave e até alarmante, da Argentina. Feita uma seleção de 41 cardeais que estavam na Capela Sistina, esse argentino não foi citado nem incluído.
FALTA DE TÍTULOS E MÉRITOS
Suas credenciais se perdem na falta de títulos e de méritos. Nenhum dos maiores especialistas consegue explicar a razão da sua escolha. O que alguns especulam é que o quase favoritismo do brasileiro Odilo Scherer teria gestado, no escuro, esse cardeal desconhecido. Teria sido uma nomeação política, antibrasileira.
Outra explicação para a segunda (e naturalmente a última) derrota do cardeal de Milão: falavam que na primeira reunião com a Capela Sistina fechada, o cardeal Scola teria 47 votos. Também essa possível votação está servindo para explicar a rapidez da escolha, logo no segundo dia do conclave.
Pelo seu passado, o cardeal Bergoglio não é nem será, de maneira alguma, o Papa que a Igreja precisa, e que um bilhão e 200 milhões de católicos esperavam. Até no nome como será identificado, simplesmente Francisco, surge a visível presença da mediocridade.
Enquanto os 115 cardeais iam chegando a Roma, conversava-se muito sobre as qualidades que se esperava do novo Papa. Inicialmente, um expoente intelectual, como era indiscutivelmente o Papa Bento XVI. Mas as semelhanças terminavam aí. Com a Igreja praticamente falida, pretendia-se um Papa múltiplo ou que pudesse multiplicar os Poderes, ao mesmo tempo dividindo-os, mesmo que não oficialmente, com outros.
BANCO DO VATICANO
Esperava-se um grande administrador, uma espécie de presidente ou primeiro-ministro. O Vaticano pertence à Santa Sé, um Estado ou um País. O cardeal Jorge Mario Bergoglio não tem nenhuma experiência no trato do mais grave e assustador problema: o Banco do Vaticano.
As autoridades romanas várias vezes chamaram a atenção de autoridades do Vaticano, para os escândalos que dominavam o banco. E isso vem de longos anos. Até mesmo no filme “O Poderoso Chefão”, o terceiro é dominado pela corrupção do Banco do Vaticano. E isso não era segredo nem fato sigiloso, que tudo era baseado na mais pura realidade.
Segundo se sabia em Roma (denúncia passada ao Vaticano), esse banco era o caminho mais curto e mais eficiente para lavagem de dinheiro. A corrupção dominava o Banco do Vaticano e muitas fortunas foram feitas através dele, enriquecendo religiosos e simples civis.
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PS – Nas diversas vezes em que Francisco apareceu na sacada, com câmeras e holofotes em cima dele, o que se viu não foi de jeito algum o Papa esperado.
PS2 – Quem apareceu para os que estavam pessoalmente na Praça de São Pedro e nos milhões que esperavam no mundo inteiro, foi um homem supernormal.
PS3 – Sem charme, sem carisma, sem espírito de liderança, era a imagem completa do contrário que a Igreja esperava.
PS4 – Se a decepção e a frustração de agora se materializar, a Igreja se aprofundará na crise. Francisco (nome que ele mesmo escolheu) terá que se superar de uma forma que, ontem, ninguém percebeu.
PS5 – Os raros que se afligem, mas fingem gostar da escolha, dizem que Jorge Mario Bergoglio é conservador. Ele não é conservador e sim reacionário, elevado ao quadrado."
(http://www.tribunadaimprensa.com.br/)
14.3.2013 - 30 da Via del Falco, em Roma, Itália - A sapataria do Papa. F. A. L. B
21.2.2013 - UOL Notícias:
"Vaticano confirma existência de relatório sobre Vatileaks, mas não relaciona fato à renúncia do papa
A uma semana da renúncia do papa Bento 16, marcada para 28 de fevereiro, os jornais italianos voltaram a relacionar a decisão do pontífice com a investigação do vazamento de documentos confidenciais da Santa Sé, chamada de Vatileaks. Na edição desta quinta-feira (21), o "La Reppublica" apontou um relatório com cerca de 300 páginas sobre o escândalo como estopim para Bento 16.
"Não espere comentários, negações ou confirmações sobre este assunto". Essa foi a resposta do porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, quando foi questionado pelos jornalistas sobre o conteúdo do documento escrito pelos cardeais Julian Herranz, Salvatore De Giorgi e Josef Tomko.
Lombardi, durante coletiva de imprensa realizada nesta manhã, confirmou a existência do relatório entregue ao papa em dezembro de 2012. "A comissão fez o seu trabalho e entregou o relatório nas mãos do santo padre", completou o porta-voz.
O conteúdo do documento é sigiloso, mas, conforme o "La Reppublica", especula-se que os cardeais não mediram palavras para revelar casos de mau uso de dinheiro, disputas de poder, relações homossexuais dentro da Cúria Romana.
"Nós não estamos correndo atrás de todas as especulações, fantasias ou opiniões que são levantadas sobre a renúncia. E não espere por entrevistas com os três cardeais, porque a linha concordou em permanecer em silêncio e não divulgar informações sobre este tópico."
Antecipação do conclave
O porta-voz do Vaticano reiterou nesta quinta-feira (21) a possibilidade de Bento 16 publicar um "Motu Proprio" para antecipar o conclave e modificar algumas das regras relacionadas às orações e aos rituais da eleição do novo pontífice.
Mas, Lombardi esclareceu que o documento não irá mudar drasticamente o processo da votação. "Seria tocar apenas pontos de esclarecimento, não substanciais", destacou. Segundo ele, ainda não há prazo para a publicação do "Motu Proprio".
12.mar.2013 - O local, localizado no número 30 da via del Falco, em Roma, ao lado do Vaticano, ficou famoso e ganhou a apelido de "sapataria do papa" Patrícia Araújo/UOL
A renúncia
O papa Bento 16 anunciou sua renúncia no dia 11 de fevereiro em um discurso pronunciado em latim durante um encontro de cardeais no Vaticano. Ao justificar sua decisão, o pontífice de 85 anos alegou fragilidade por conta da idade avançada.
ENTENDA O PROCESSO SUCESSÓRIO DO PAPA
Quando o chefe da Igreja Católica renuncia a sua função ou morre, seu sucessor é eleito pelos cardeais reunidos em conclave na Capela Sistina, onde ficam isolados do mundo exterior.
Cinco cardeais brasileiros deverão participar do conclave que se reunirá para eleger o sucessor do papa Bento 16. Segundo a última lista do Vaticano, há um total de 116 cardeais aptos a votar no conclave.
Para poder votar na escolha do papa, o cardeal precisa ter menos de 80 anos. O Brasil tem um total de nove integrantes no Colégio Cardinalício do Vaticano, mas quatro deles já ultrapassaram a idade limite.
"Após ter examinado perante Deus reiteradamente minha consciência, cheguei à certeza de que, pela idade avançada, já não tenho forças para exercer adequadamente o ministério petrino", disse o papa.
O pontífice afirmou ainda que "no mundo de hoje (...), é necessário o vigor tanto do corpo como do espírito, vigor que, nos últimos meses, diminuiu em mim de tal forma que eis de reconhecer minha incapacidade para exercer bem o ministério que me foi encomendado". "Por esta razão, e consciente da seriedade deste ato, em completa liberdade, eu declaro que renuncio ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro", acrescentou Bento 16.
O Vaticano negou que uma doença tenha sido o motivo da renúncia. Mas, segundo o jornal "O Estado de S.Paulo", uma disputa interna de poder praticada por ex-aliados nos últimos meses pode ser uma das razões para a tomada de decisão do pontífice. Esta é a primeira vez na era moderna que um papa da Igreja Católica renuncia ao pontificado.
Cinco cardeais brasileiros deverão participar do conclave. Segundo a última lista do Vaticano, há um total de 116 cardeais aptos a votar no próximo papa. Para participar da papa, o cardeal precisa ter menos de 80 anos. O Brasil tem um total de nove integrantes no Colégio Cardinalício do Vaticano, mas quatro deles já ultrapassaram a idade limite.
Em sua primeira aparição pública desde o anúncio da renúncia, o papa Bento 16 disse que tomou a decisão "pelo bem da igreja". Bento 16 agradeceu pelo "amor" e apoio dos fieis.
"Queridos irmão e irmãs, como sabem, decidi renunciar ao ministério que o Senhor me confiou em 19 de abril de 2005. Faço isso em plena liberdade pelo bem da igreja, depois de ter rezado muito e após examinar minha consciência diante de Deus, ", declarou Bento 16 diante de um salão lotado com cerca de 10 mil pessoas no Vaticano, onde foi ovacionado.
Manchete do site norte-americano "The Huffington Post" sobre o anúncio da renúncia do papa Bento 16 Leia maisReprodução/"The Huffington Post"
'Hipocrisia religiosa'
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Raio atinge a basílica de São Pedro no mesmo dia em que Bento 16 anunciou a renúncia
O papa Bento 16 denunciou durante a homilia da missa da Quarta-Feira de Cinzas "a hipocrisia religiosa" e a busca por "aplausos e aprovação".
Ainda no sermão, o pontífice defendeu que o "caminho penitencial" da Quaresma não deve ser feito pelo cristão sozinho, mas "juntos, irmãos e irmãs, na Igreja". Em seguida, citou as "divisões no corpo eclesial", a necessidade de fortalecimento da Igreja e defendeu que "viver a Quaresma numa mais intensa e evidente comunhão eclesial, superando individualismos e rivalidades, é um sinal humilde e precioso para aqueles que estão distantes da fé ou indiferentes".
Em referência ao apóstolo Paulo, lembrou que ele "denuncia a hipocrisia religiosa, as atitudes que buscam aplauso e aprovação" e pediu que o testemunho mais incisivo do cristão é o de quem "não serve ao mesmo e ao público, mas ao Senhor". Ao final da homilia, Bento 16 pediu que os católicos iniciem a Quaresma "confiantes e alegres". (Com agências internacionais)
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