A QUESTÃO DA PÓS-VERDaDE E SUAS CONSEQUÊNCIAS DANOSAS À ÉTICA INDIVIDUAL E COLETIVA DO MUNDO GLOBALIZADO
Por Cunha e Silva Filho Em: 03/05/2024, às 23H34
QUESTÃO DA PÓS-VERDADE E SUAS CONSEQUÊNCIAS DANOSAS À ÉTICA INDIVIDUAL E COLETIVA DO MUNDO GLOBALIZADO
Cunha e Silva Filho
O tema escolhido para este encontro agrega um tipo de discussão que não se pode subestimar tendo em vista que, pela sua natureza, diz respeito a uma questão muito atual, assim como possui um caráter altamente polêmico. Digo polêmico porque traz à tona como núcleo central a questão da pós-verdade, a qual, ademais, não é algo tão novo e mesmo poderia remontar a um passado remoto assim como não tão remoto na História da humanidade, mormente na esfera da política mundial. Em outras palavras, em todos as fases da vida humana nas quais os homens são convocados a emitir opiniões acerca de verdades ou de seu oposto, i.e., mentiras.
No entanto, nas discussões deste tema ora proposto aos eminentes participantes deste Salão Virtual, não farei exposição de natureza histórica, científica e filosófica. Meu interesse visa a tratar da questão em termos de seus efeitos sobre a vida política no mundo e minhas opiniões se fundamentam em conceitos aqui levantados, com a finalidade de ser o mais objetivo e claro possível no desdobramento deste texto. Por outro lado, não é minha intenção teorizar sobre o tema como um cientista político. As ideias expendidas neste texto expressam pontos de vista pessoais, mas refletem meu amadurecimento, minha experiência com leituras gerais,
Suponhamos que alguém indague de um profissional no campo da medicina, por exemplo, a respeito do conceito da pós-verdade, alguém que não seja familiarizado com assuntos que digam respeito sobretudo ao papel dos políticos no mundo atual, assim como ao papel da imprensa escrita e de outras espécies de mídias. É bem provável que o profissional não saiba responder àquela pergunta e mais, talvez nunca tivesse ouvido falar da expressão.
Sendo assim, já passa da hora de colocarmos a questão para um debate em escala mundial, a fim de darmos conta do sentido dessa expressão que, em 2016, estatisticamente foi a que mais se ouviu a ponto de tornar-se um verbete no conhecido Dicionário Oxford, no qual a pós-verdade é assim definida: [...] reporta-se ou denota circunstâncias em que fatos objetivos são menos influentes para moldarem a opinião pública do que apelos à emoção e à crença pessoal.” Em outras palavras, para início de conversa, o termo pós-verdade se opõe à objetividade ou ausência de objetividade, sendo que para a opinião pública em geral, ela terá maior peso ou não, de acordo com o nível do repertório cultural e formação escolar de cada indivíduo.
Todavia, não se pode assegurar que, mesmo em tal situação, a pessoa não seja sujeita a opiniões e visões preconceituosas ou não. O risco de aceitar uma informação pertinente à pós-verdade, não importa em que condição, é um passo a mais direcionado a aceitar mentiras mascaradas de fatos autênticos. Não posso negar, entretanto, que as pós-verdades sejam ameaças cavilosas aos desavisados. Portanto, temos que permanecer vigilantes a fim de não sermos vítimas de uma armadilha nos domínios das informações divulgadas vindas de todos os lados, nacionais ou internacionais.
Se para a consciência filosófica, a verdade ( veja em Platão), deveria ser uma grande objetivo por parte do indivíduo, nas condições atuais em âmbito mundial e na esfera da comunicação em todas as suas formas, essa busca da verdade está sendo colocada em segundo plano. Tal fato configura um dos males da vida num mundo globalizado, pelo menos para as nações que mais conhecemos, as situadas no Ocidente. O medo, em toda a parte, segundo percebo, é que há uma tendência à aceitação do sujeito quando confrontado com os fatos objetivos.
Como não existe uma subjetividade única para todas as pessoas tomadas em conjunto, mas indivíduos com específica subjetividade que pensam e refletem por si mesmos, há um risco de que algumas delas representando grupos ou considerável parte da população de um país, sejam cooptadas por uma determinada ideologia, E em tal circunstância, o indivíduo se torna partidário, aceitando, assim, toda a orientação imposta sub-repeticiamente por um partido político. O fato é que, ao internalizarem os princípios de um partido, os indivíduos tornam-se cegos aos erros e malfeitos do partido.
O que prevalecerá, daí em diante, serão as determinações, para melhor ou para pior, de líderes de tal partido, O que é mais grave, tal engajamento acontece independente do nível de escolaridade e das condições sociais de cada pessoa.
A postura de um indivíduo ou grupo de indivíduos ou até de um todo coletivamente considerado, implica um comportamento ético e moral ou a sua ruptura. Se nas três situações, sua postura for considerada correta e aceita, então um corpo de princípios doutrinários é posto em prática e sua aplicação na política pode levar seguidores ou à esquerda, direita, extrema direita, centro, ou de outra coloração ideológica.
Quando seus líderes assumem o poder – o que é natural em todo ser humano - nenhum deles desejará deixar a posição conquistada, muito menos seus privilégios. Farão tudo para se manter no poder até ao final de seus mandatos ou, conforme o sistema politico, terão mais um mandato caso sejam reeleitos. Naturalmente, me refiro a países democráticos, não a ditaduras.
Ao lidar com conceitos éticos ou morais, os maus líderes de partidos, a fim de se manter no poder, não pensarão duas vezes para esquecerem qualquer vestígio de valores éticos. O mesmo diria para políticos desonestos e seus prosélitos. Esta postura explica as divergências inflamadas, por vezes por meios violentos, entre situação e oposição na vida política.
Com referência a partidos da esquerda, apenas para dar um exemplo de um típico protótipo de governar um país, os períodos dos governos do PT (Partido dos Trabalhadores), diria que tudo se admitiu nas ações destes governantes, até passando por cima das leis e descartando valores éticos. De que modo? Tudo se fez ( assim estava implícito na cabeça de seus líderes, consoante me fez lembrar um amigo meu) em prol da diminuição do extremo nível de pobreza do Brasil ou de outros problemas sociais.
Não se pode sonegar o fato de que melhorias sociais tiveram êxito sob os governantes da esquerda. Entretanto, isto é apenas uma meia verdade, visto que não se pode esconder o fato de que nos governos de Lula e Dilma a corrupção atingiu pontos extremos. Exige-se de um governante que ele/ela se comporte honestamente e aja com ética, com a exceção dos partidários esquerdistas que se comportam como cúmplices de práticas delituosas. Além disso, os seguidores esquerdistas, de uma certa forma, são mais autoritários do que governantes genuinamente democráticos. Pelo menos, me parece ser o que tenho visto em meu país.
Só para dar um bom exemplo no Brasil, com relação práticas lesivas às finanças públicas é o do “Escândalo do Mensalão,” o primeiro numa sequências de outros que vieram a público. Este foi o primeiro sinal de um governo da esquerda que seguramente não se sustentaria em face de muitos escândalos de corrupção política e financeira. A operação Lava-Jato resume o que sobrou do PT, sobretudo com o depoimento do ex-presidente Lula diante do Juiz Federal Sérgio Moro.
As investigações levadas a cabo pela “Operação Lava-Jato” e suas fases subsequentes nos oferecem um exemplo típico do uso da pós-verdade se deveram às várias versões dos fatos e das contradições e desmentidos entre os membros envolvidos nos escândalos e os fatos apurados pela Polícia Federal e pela Ministério Público.
Não é preciso afirmar que o Brasil tem vivido sua mais tormentosa crise política e financeira nos últimos quinze anos em razão de seu altíssimo nível de corrupção política e de suas espúrias relações entre instituições públicas e empresas privadas, que resultaram no largo uso de praticas de propinas beneficiando tanto políticos inescrupulosos e ricas empresas de construção. A par disso, a distribuição de propinas a políticos seria tanto para financiar campanhas quanto para enriquecimento ilícito. Para empresários desonestos, a propina serviria para obtenção de vantagens financeiras de políticos após estes serem eleitos.
Não é de admirar que tais práticas indignas feitas por instituições governamentais provocariam indignação na opinião pública e manchariam a imagem dos políticos em geral. Por outro lado, o partido da esquerda e seus sectários persistiam em desmentir todas as verdades concernentes aos escândalos, ao passo que a oposição criticava veementemente o PT. É do conhecimento geral que vários partidos da oposição, em especial o PMDB e o PSDB têm sido igualmente investigados pela Polícia Federal por motivos semelhantes: corrupção e propinas. Diante deste quadro desfavorável e sombrio, manifestações da oposição se tornaram cada vez maiores exigindo o impeachment da Presidente Dilma. Ela perdeu o mandato e, em seu lugar, assumiu Michel Temer, seu vice-presidente que prometeu moralizar e colocar nos trilhos o país, em virtude da persistência da crise econômica e política bem como dos altos índices de desemprego.
Segundo já salientei, não vou me cingir somente às questões políticas propriamente ditas ( embora seja difícil separar o núcleo do meu tema das implicações políticas), porquanto meu objetivo é concentrar-me na pós-verdade e nas suas íntimas ligações com formas políticas na transmissão de informações que são desmentidas, cedo ou tarde, e têm sérias consequências na opinião pública, não somente no Brasil mas também em qualquer parte. Obviamente, este tipo de afirmações ou desmentidos causará profundos prejuízos nas escolhas feitas pelo povo de candidatos a mandatos políticos. O que as pós-verdades instilam na opinião das pessoas se me afigura muito forte e ao mesmo tempo acarreta perplexidade entre si, e bem assim dúvidas e ambiguidades.
Podemos sentir este fenômeno social no domínio da informação muito mais hoje com os avanços da mídia na qual a Internet desempenha um papel que pode conduzir as pessoas à desinformação ou a equívocos, mormente nas redes sociais, sem falar nas muitas amizades que, por divergências políticas, se desfizeram em decorrências do uso da pós-verdade. Destarte, pós-verdades,, em meu juízo, são sempre nocivas. A dificuldade reside exatamente em discernir entre verdades e mentiras e a resposta a este dilema pode-se encontrar numa formação cultural mais desenvolvida, i.e., na possibilidade de aprimoramento do sistema educacional de um país. Todavia, alguém poderia argumentar: “E as pessoas que são letradas mas ainda fazem opções erradas?” Esta discussão conduzir-nos-ia a horas a fio de conversas.. Eu mesmo não tenho ainda uma opinião firmada acerca deste dilema. Provavelmente, muitos não a tenham.
É notório que em alguns governos de outros países, digamos, na Venezuela, Síria, Turquia, por exemplo, suas sociedades atravessem quase os mesmos problemas de uma clivagem entre partes da população no que tange a preferências políticas, i.e., aqueles que são a favor do governo e aqueles que são contra ele. Todos os séculos passados tiveram seus problemas,
Contudo, no século 20, e principalmente nestes dezesseis anos do século 21, o mundo testemunhou formas bem diferentes formas de viver numa era globalizada com todas as suas boas ou más novidades, a primeira das quais foram os avanços surpreendentes na ciência e tecnologia combinados com o mundo virtual, o cyber-espaço.
Eis a razão pela qual reputei importante as observações feitas por uma das filhas, Marina, de um grande crítico literário brasileiro que faleceu recentemente. Seu nome é Antonio Candido. Numa reportagem publicada em O Globo (13 de maio de 2017),ela afirmou sua opinião sobre o crítico: “[..] ele viveu experiências do século 19 e viveu quase todo o século o século 20. O século 21 não lhe agradava. (grifos meus). A bom entendedor meia palavra basta, acrescentaria eu.
Países não democráticos tais como aqueles já citados anteriormente representam outros exemplos em que “verdades oficiais,” ou “fatos alternativos, ” poderiam ser rotulados de pós-verdades. Ou seja, como no caso brasileiro, dados e informações coletados pela Polícia Federal não são confirmados pelos acusados e, assim, a opinião púbica pode aceitar ou não versões das investigações ou negá-las consoante os interesses do partido político que apoiam. Aí está o busílis. Pessoas pensam diferentemente, têm suas próprias convicções e não as mudarão da noite para o dia. É nestas circunstâncias que a pós-verdade entra no jogo e como tal confundem as pessoas não importa qual seja seu repertório cultural, segundo já acentuei.
Governos especialmente na condição de ditadores, negam com veemência seus erros e suas atos de maldades perpetrados contra uma parte da sociedade. Para consegui-lo, recorrem à censura de imprensa tão duramente quanto possível, perseguem os adversários, ordenam massacres e outras ações criminosas. Apesar disso, a mídia internacional consegue despistar a censura e envia informações para fora do país, sobretudo atualmente quando se tem à disposição os instrumentos para conseguir informações da Internet, celulares , áudios, vídeos etc.
O homem comum em qualquer lugar fica atônito com uma grande quantidade de informações que lhe chegam ao conhecimento. Ele compara versões oficiais com versões da imprensa ou de outros meios de comunicação. Ao fazer isso, ainda permanece impotente para fazer julgamentos e avaliações acerca da quantidade crescente de informações a favor ou contra fatos e acontecimentos que ocorrem dentro de seu próprio país ou no exterior.
Em países subdesenvolvidos e mesmo em desenvolvimento, as massas ignorantes são presas fáceis dos partidos políticos, quer sejam da esquerda, quer da direita. Com a esquerda tanto quanto com a direita no poder (neste aspecto, não há muita diferença ), a população pobre ou miserável, politicamente alienada, pouco se importa com o que na verdade está acontecendo no país. Apenas pensa na sobrevivência a todo custo. Numa palavra, o Brasil é um bom exemplo desta situação.
Na verdade, no fundo, independentemente de ideologias, ele/ela que assuma o poder por vias democráticas ou como ditador formará politicamente a elite que governará durante um período limitado, como é o caso dos governos democráticos, ou permanecerá no poder por um longo e indefinido tempo, caso das ditaduras. As elites, todavia, em ambas as situações de governança, desfrutam de privilégios, por vezes em excesso em nações na quais parte ponderável do povo é pobre ou extremamente pobre. Algumas podem argumentar que isso é normal e faz parte do poder. Nada tão distante da verdade. Além disso, não se pode esquecer o fato de que, mesmo em nações democráticas, quando seus governantes tomam posse, eles podem mudar de comportamento, tornando-se às vezes cheios de vaidade ou autoritarismo. Assim me parecem algumas democracias atualmente.
Os sectários de partidos políticos, principalmente da esquerda – é o que tenho percebido ultimamente, pelo menos no Brasil -, tornam-se extremamente intolerantes com quem não partilha de sua plataforma política, mais lembrando, mutatis mutandi, o comportamento fanático de torcedores de um time de futebol. O pior é que, na práxis, seus líderes, seus políticos se comportam à moda burguesa de neoliberais, que usufruem tanto dos produtos do capitalismo e do seu estilo de vida. Preferem os mais elegantes espaços sociais das metrópoles mundiais, os melhores restaurantes, os melhores vinhos, alimentos e bebidas, os melhores jatinhos e carrões da última moda. Lutam apenas pelos seus interesses financeiros egoístas.
A questão da pós-verdade não se restringe propriamente a afirmar mentiras e proferir notícias falsas e irresponsáveis que resultarão em tantas interpretações. O que importa mais é que elas produzam perplexidade que, no final das contas, beneficiarão alguém de uma maneira ou outra. O emprego da pós-verdade pelo Presidente Donald Trump divulgando tanta bravatas, num mundo com um cenário político confuso, é, a meu ver, uma das formas de chegar ao poder hoje em dia, sem esquecer a circunstância de que o presidente americano não possuía nenhuma experiência anterior na vida política.
Além disso, sua eleição vitoriosa se deveu também às suas declarações e promessas extravagantes para conduzir seu governo utilizando-se de bandeiras e slogans nacionalistas. , do tipo “A América para os americanos” ou coisas do gênero. Sua vitória, aliás, não devido às atitudes firmes e éticas, mas a estratégias de marketing e até ao recurso de sinalizar, durante sua campanha, duvidosas novas aproximações diplomáticas com a Rússia, sobretudo tendo em vista ser ele um capitalista milionário. Não se pode também deixar de lado em sua corrida à Casa Branca, seus meios inortodoxos de utilizar informações duvidosas a fim de desqualificar sua adversária, Hillary Clinton, divulgando notícias que se referiam a dados governamentais que Hillary supostamente acumulava em seus correio eletrônico particular. Estes meios ardilosos na política são verdadeiros exemplos de usos da pós-verdade.
A verdade, cedo ou tarde, emergirá posto que por vezes possa demorar, seja nos EUA, Rússia, Síria, Venezuela, Turquia, ou Brasil. A verdade nunca esteve com Hitler, Mussolini, Salazar, Franco e outros ditadores. A História já mostrou tudo isso em detalhes. Por outro lado, adiantaria para afirmar que, no futuro, mesmo em países onde o comunismo ou governos discricionários tomam as rédeas com mão de ferro, é provável que os ventos soprem diferentemente num mundo que clama tanto pela liberdade de expressão e pelo direito de todos de exercerem sua individualidade quando cada homem ou mulher possam fazer suas opções livremente, sem a tutela do Estado, Obviamente, esta é uma visão minha algo otimista.
Para levar a cabo uma grande mudança na atividade política, é imperativo aprimorar as condições de vida no mundo inteiro, assim como investir maciçamente na Educação não somente levando em conta a aquisição cumulativa de novos conhecimentos técnicos e científicos em pesquisas de ponta, mas ainda fornecendo efetivos instrumentos pedagógicos e educacionais visando a melhorar atitudes distorcidas no seio da juventude, como excesso de consumismo, competitividade desonesta, egoísmo, ausência de valores espirituais e éticos, desprezo pelos saudáveis hábitos de convivência humana e um dos piores males da indevidamente chamada “civilização” contemporânea: o uso de drogas. Penso que a Educação seja uma das mais decisivas formas de livrar o indivíduo de um comportamento prejudicial.
A Educação (com E maiúsculo)) é a chave do desenvolvimento de um país. Somente através dela é exequível a transformação do homem segundo práticas saudáveis de conduzir a vida. Acredito que não há um único grande e sábio homem no mundo que pense diferentemente em todas estas questões à luz da mesma visão humanística. A Educação, contudo, só dará frutos se acompanhada da cooperação da família comprometida com os valores éticos e com uma dimensão - repito – humanística e espiritual de que estamos tão necessitados. Somente através de um sistema de educação profundamente comprometido com a formação cívica e integral de um cidadão que na realidade estimule as práticas do cultivo da verdade da infância à vida adulta, dando bons exemplos de honestidade e justiça e começando com as experiências vistas em lares bem constituídos, estaremos preparado bons cidadão no futuro.
Sei que estas metas são difíceis de serem atingidas, porém não são impossíveis nem tampouco utópicas. O que não devemos admitir é a perpetuação de práticas abomináveis de divulgação de notícias falsas distorcidas e manipuladas tais como as que ouvimos e vemos nas TVs, lemos nos jornais ou que nos chegam ao conhecimento por outros meios de comunicação. Informações falsas vindas de governantes de um país ou de políticos e seus seguidores, seja da direita ou da esquerda, devem ser repelidas. É imperativo combater estas práticas repudiantes e punir os responsáveis por elas (governantes, políticos e prosélitos).
No caso de continuarem transmitindo informações fraudulentas, não veremos senão nações em que seu povo continuamente será dividido, ou melhor, veremos irmãos do mesmo país tornarem-se inimigos uns dos outros conforme vemos em tantas partes do mundo. Abaixo com a cultura da pós-verdade!
Nota ao leitor Este texto foi apresentado no 2º SalãoVirtual de Artes e Literatura