“Que é aquilo?”, pergunto, mostrando o brilho no alto da montanha. “Não sei“, disse Jara, e me abraçou.
Mas seguimos aquela estrada sem saber aonde nos levara. E enquanto aquela fuga pela planície as sombras nos impelia, à minha amiga fiel mais eu me cingia. Como sem ela pudera prosseguir? Quem para alçar-me esforço me daria?
Assim chegamos àquela pequena, deserta e triste cidade que aparecia. E logo pudemos trocar nossos uniformes de soldado por roupas novas, comprei malas, fomos a um hotel onde tomamos banho e, sabendo que havia um aeroporto perto, logo nos dirigimos para lá.
No pequeno aeroporto pagamos um aeroplano que nos deixou numa cidade maior.
Ali comprei um carro (pois só agora eu vi que Jara trazia duas grandes bolsas cheias de dólares do cemitério do exército), e de madrugada, como que escondidos, partimos para o sul.
Viajamos o dia inteiro e à noite nos abrigamos num hotel onde adormeci no colo da minha amiga, que ficou acordada, protegendo-me.
Quando acordei estava bem melhor e logo sem problemas partimos, descendo o país em direção Sudeste, dormindo nos hotéis da estrada e foi assim que, depois de vários dias chegamos a uma grande cidade, onde comecei a tratar dos documentos de Jara.