A Cibele Gisele,

em anteriores tempos mitificados,

quomodo deusa-mãe

de portentosos alados,

habituara-se a conduzir

epo-combates ousados.

Mas, depois do avatar sem-igual,

uns poucos três mil annos passados,

depois de seu diferente renascimento,

naquele preciso momento

julino

do anno 2004 do Calendário Atual Anual,

já não possuía os tais exagerados

e mui comentados

poderes antigos e et cœtera e tal.

E foi com uma presença de espírito

sensacional

que a Cibele Romanelli acalmou

os oito Leões do Nepal,

substitutos dos outros

oriundos do Antigo Ceilão

e da Ilha Terceira Maioral,

e ficou por ali de alcatéia,

espreitando a horrenda Contenda,

resguardada no meio daquela enfurecida

e impagável platéia.

E o ladrão bobalhão azarado

que ameaçou roubar

um velhote sarado,

de narigão empinado,

um velho malhado,

um velho brasileiro

de aspecto saudável corado,

apanhou feit’um cão,

do velho galhardo

e da multidão.

O pobre ladrão,

um coitado!,

ficou ali desmaiado,

sangrando, machucado,

quase sem roupa, estirado

no calçadão,

e os contendores agitados,

todos animados!,

de sentinelas!,

o Vagabundo vigiando,

à espera do Chefe

da Polícia Central,

sensacional,

e sua equipe de soldados

encarregados de o levar

à horrenda prisão.

Foi aí, então,

que chegaram os Incomparáveis

Repórteres da Televisão,

e no meio deles se destacou

uma fotógrafa agitada

com uma câmera Mirage na mão.

A Cibele levou um susto tremendo,

quase caiu no chão!,

pois reconheceu num instante

a sua filha olimpíada,

a Ceres Deméter

do Alto Mineiro da Conceição

e da Antiga Canção.

A filha querida,

há muito desaparecida,

naquel’hora trabalhando,

lááá do meio de seus colegas

de profissão!!!,

também viu a mãezinha sumida,

que há muito tempo vivia

em uma Galáxia Perdida

no Vasto Universo

Sem-Fim e Sem-Chão,

e, com muita emoção!,

largou a máquina fotográfica Mirage

na mão

do colega João Sebastião,

e correu animada

ao encontro de sua mãe estimada,

a qual era também,

por ela, muito procurada!

E o encontro foi deveras sentimental,

digno daqueles espetáculos televisivos

emocionais sem-iguais

apresentados pelo animador de auditórios

Augusto Gugu Liberato

de fato

em seu famoso programa

de televisão nacional,

o Domingo Legal.

O encontro, acreditai-me!,

produziu nos presentes

uma forte emoção.

A platéia de Madureira,

alvissareira,

até se esqueceu do infortunado ladrão,

passando a apreciar

o abraço espetacular

entre a Ceres Deméter

Protectora do Pão

e a Cibele Gisele Romanelli

DuCéu e DuMar

Demiurga Exemplar.

Os colegas da Ceres,

funcionários de uma equipe

de televisão estatal,

resolveram filmar

o epo-momento singular sem-igual,

apresentando-o aos inumeráveis curiosos

espectadores televisivos do Brasil Varonil

e do Vasto Mundo Hiper-Global.

A filmagem fez um sucesso estrondoso,

pois o tal encontro exaltado,

deveras glorioso,

com muitos e muitos

e muitos abraços apertados,

ocasionou um tremendo barulhão,

desde as Megas-Cidades Centrais

dos Estados Gerais,

ou mesmo os Vilarejos Pequenos,

até ao último reduto

do esquecido Brasileiro Sertão.

Então?

Então, foi um tremendo barulhão

digno dos Mitos do Passado Pagão!

 

E foi aquele tremendo barulhão

digno dos Mitos do Passado de Então.

As Nuvens Brilhantes Azuis do Céu

começaram a dançar;

Trovões Epo-Antigões

voltaram a ribombar;

com seus raios de luz.

O divo Sol Apolíneo Heliocêntrico,

lá do Meigo e Poético

Jardim Canceriano Praláde Excêntrico

iluminando o Mundo Rotundo,

homenageando a irmã perdida no Tempo

e no Espaço Profundo,

brilhou de uma forma singular.

O Cronos Saturno Soturno

passeando ao lado do Sol Apolíneo,

seu iluminado

e abençoado

e amado netinho,

naquele mesmo Canceriano

Jardim Bonitim,

tonitruou sem parar.

A Vênus Afrodite,

a deusa da Arte e do Amor

e da Beleza Brilhante,

a esplendorosa Irmã

da demiurga Cibele Gisele Adamante,

temporariamente instalada

na imensa Casa-Duplex Geminiana,

viu tudo pela Internet Americana,

e à Mana Bacana

e à sobrinha Ceres Deméter Eleusida

de Vida Nova Mundana

enviou um abraço estelar.

Hermes Thermegistus Mercúrio

Demiurgo Veloz,

naquele momento descansando

de um trabalho agitado

no Hotel Sul-americano

do Aportuguesado Leão,

com suas asinhas nos pés

e melado na voz,

diligente entregador de cartas

e sedexes

e objetos pessoais de montão,

funcionário diário

do Super-Correio Albatroz

da Intrépida Brasileira Nação,

não se conteve de emoção,

e à tia querida

Ceres Eleusida

enviou um cartão.

O Hades Plutão Bonitão,

naquele anno de 2004

do Ocidental Calendário Cristão,

hospedado no Hotel Sagitarius,

cujo dono é o Quirino Centauro

Archeiro Mandão,

retirou do bolso da túnica noir

o seu celular,

teclou o número do telefone

de sua sogra e irmã Ceres Deméter

Antigamente Protectora do Trigo e do Pão,

e enviou-lhe seu abraço de genro e irmão,

sem esquecer também de mandar

para a Cibele Gisele Dumar,

sua mãe trilenar,

um abraço apertado,

com muita alegria em seu coração.

E a Diva Lua Serena Selene Ártemis,

uma Astróloga Fanática,

naquela hora passeando

e brilhando

solitária em terra asiática,

iluminando a noite sem fundo

lááá no outro lado do Mundo,

através de uma onda de rádio,

à avó Cibele Gisele

e à tia Ceres Deméter Romanelli,

enviou seu sentimento profundo

e um abraço rotundo.

E Netuno Poseidon da Vaga Possante

Comandante de um Grande Navio Mercante,

lá daquele mar futurista distante,

a quatorze graus

e cinqüenta e três minutos

(14o 53’) de Aquário,

voltando para trás,

enviou para as duas, via Internet,

um e-mail muito hilário,

dizendo o quanto estava contente,

demonstrando uma alegria brilhante

e louçã, atraente,

por reencontrar novamente,

por intermédio das notícias

dos jornais do Brasil do Ocidente,

a mãe e a irmã.

E Urano Esquisitão,

de passagem astral

pelo Mar Dulce de Peixes

e meio pobretão,

ainda um Garboso Ancião,

hospedado na Casa-Canoa

do João Tritão

Pisciano de Bom Coração,

lembrou-se do tempo antigo passado,

mas, ainda magoado

com o anterior comportamento

de Cibele Gisele

do Vestido Esverdeado Matizado,

sua mãe e filha e mulher

no passado mitificado e dourado,

ainda meio desequilibrado

por ter sido, no Princípio do Mundo,

por seus revoltados

filhos-irmãos titânicos castrado,

não quis empolgar-se

com o reencontro

reencontro inusitado,

e, por via das dúvidas,

resolveu-se a ficar bem calado.

Mas, mesmo calado,

o Urano Mal-Encarado

enviou à Ceres Cristinha,

sua neta

e sobrinha

e enteada,

através de um código telepático

inusitado

um abraço muito apertado!

Por fim,

faltando falar do Marte Rompante,

naquele momento instigante

exibindo uma braveza intrigante,

por estar guerreando

no Oriente Médio Distante,

comandando um Batalhão

de Soldados Super-Americanos,

um Marte Inflamante!,

submetido ao domínio

do Poderoso Leão Astrológico

da América do Norte,

então, repito!,

quando o Marte Rompante

Olimpíado

soube do acontecido,

o encontro sentido

entre sua avó

Cibele Gisele Velida

e sua tia querida

Ceres Deméter Eleusida,

ficou comovido,

e muito arrependido

por ter,

naquele Momento Astrológico

Leonino do Norte,

um mau coração,

e, com um frio no peito,

transido,

sem mesmo pedir uma autorização

ao Poderoso Americano Leão,

conferiu a legalidade de seu passaporte,

e, com muita sorte!,

foi até ao Aeroporto da África do Norte,

e, sem mais nem menos,

com ímpeto coragem e paixão,

voltou para o Brasil Varonil

de Belezas Mil

em um rápido avião.

Mas, o encontro dos três,

do Marte Brigão

com a Cibele Gisele Romanelli

da Antiga Mineira Canção

e a Ceres Deméter Protectora do Pão,

Vossa Excelência dar-me-eis o perdão!,

agora, neste preciso precioso momento,

neste quarto anno

do início do Terceiro Milênio em questão,

não vou narrar não!

Por enquanto,

só vos prometi contar

o encontro singular

entre a Ceres Deméter

e sua mãezinha titânica,

Protectora da Terra

e da Fertilidade Amorosa,

a Cibele Gisele Romanelli Thereze Terrosa.

E os entretantos reais

e mitológicos

e ficcionais

deste glorioso

e fabuloso

e enrolado

e prosopopaico recontar,

no imediato próximo canto-capítulo

vou continuar a narrar!

VII

CERES ROMANELLI
E CIBELE GISELE
APRECIANDO A FAUNA
BRASILEIRA
EM UMA DESLUMBRANTE
REGIÃO PANTANEIRA

Naquela sexta-feira iluminada,
a demiurga Cibele Gisele Romanelli
da Diferente Brasileira Floresta Encantada,
recebeu, através do novíssimo invento singular
do final do Século XX e início do XXI,
o telefone celular
(um aparelho transmissor e receptor de vozes,
minúsculo e sem fio, incomum),
uma chamada inesperada,
de sua filha perdida e depois encontrada,
após três mil annos de busca desesperada,
a Ceres Deméter Divindade da Farta Seara
e dos Grãos Preciosos da Disputada Cevada.
O convite da Ceres Deméter
dos Antigos Mistérios de Elêusis
(anteriormente uma deusa da vegetação
e fabricante do fermento do pão,
atualmente uma fotógrafa-repórter
buscando as notícias do Mundo
em primeira mão)
à sua mãe encontrada,
a Cibele Gisele
da Carruagem Alada Prateada
e da Vestimenta Azul-Esverdeada,
era para que, ambas,
no dia seguinte designado,
um sábado misterioso e dourado,
fizessem um passeio arriscado,
o qual era viajar
de veloz avião de carreira
até a uma Encantada
e Charmosa Floresta Brasileira.
E, ao mesmo tempo
(o convite explicava com muito cuidado!),
acompanhariam uns estudiosos cientistas
da Bellíssima e Incomum
Fauna de Animais Em Extinção
do Precioso Passado Invocado
até ao Pantanal do Mato Grosso do Sul
do Brasil Eldorado,
uma Incrível Floresta
Anosa Brejeira Altaneira
da Região Pantaneira.
Acontece que a Ceres Deméter
da Nova Recorrência,
já habituada com a atual exigência
da Mui Comentada Era Assinalada,
dona de uma vida corrida e meio atribulada,
mas, convenhamos!,
praláde divertida!,
era ela, a Ceres Cristina Deusa Eleusida,
uma trabalhadora apaixonada,
financeiramente dependente
de uma profissão exaltada,
correndo de lá para cá
em avião de passageiros
ou avião de carreira,
ou mesmo dirigindo automóvel
vermelho hiper-possante,
muito brilhante!,
na estrada empoeirada,
de vez em quando enlameada,
de terra batida ou mesmo asfaltada,
e, por vezes, era intimada
a viajar para longe,
em longa e arriscada jornada.
O serviço da Ceres, com orgulho,
naquele incomum mês de julho
do quarto anno do Século XXI senhoril
de descobrimentos científicos mil,
a diva Cibele Gisele Romanelli descobriu,
era fotografar reportagens,
e mil e tantas visagens,
tudo isto registrando
nos filmes, de vez em quando,
de sua Potente Mirage
resplandecentes imagens,
em suas inúmeras viagens,
para depois publicá-las
na Superpoderosa e Dominosa
Televisão Estatal e Global
e no Sempre Consultado
Jornal do Brasil Maioral.
Então? Como não?
Naquele sábado julino em questão,
ao lado dos cientistas brasileiros
que estavam de plantão,
sob um rigoroso esquema
de estudo minucioso ardoroso
estudo em cooperação,
de quomodo analisar
e também monitorar
os animais maiorais
do Pantanal Em Extinção,
daquela jurássica região,
assim, a Cibele Gisele
da Disputada e Encantada
Floresta Sacralizada
junto à filha fotógrafa
a Ceres Mui Agitada,
anteriormente perdida
e depois aqui encontrada,
acompanhando o grupo seleto
de cientistas-pesquisadores
das quase desaparecidas
Onças Parda e Pintada,
contando também, como não?,
com a notável proteção
de seus oito Leõezinhos
os Invisíveis Bravinhos
do Antigo Desaparecido Ceilão,
então?!,
então seguiram todos
de veloz voador avião
até ao Aeroporto Principal
de cidade original
mais próxima do beiradão
do Antigo e Mágico Pantanal.
O objetivo dos cientistas,
cientistas ativistas
da gloriosa empreitada,
era pesquisar e anotar
os comportamentos maternais
diferentes e ancestrais
incomuns e singulares
da Onça Parda e da Pintada
e de outros animais
da Região Monitorada.
Assim, quomodo acontece
na Tela de Tece-Tece
do Atual Cine Global,
o grupo almejava descobrir
e certamente anotar
para depois repassar
os segredos do viver
anosos, bem milenares,
de amor e de bem-querer,
da Onça Pintada Iracema,
da Onça Parda Jurema
e da Jaguatirica Maria Pequena
de Ferocidade Anormal.
Para que pudessem e houvessem
a pesquisa realizar,
os cientistas-artistas,
a Ceres Cristina da Seara Exemplar
e a Gran Mater Cibele Gisele do Crescente Lunar,
somando também os diligentes serviçais
e os muitos necessários ajudantes vitais,
um grupo irrequieto de excêntricos viajantes,
depois de saírem do avião, inquietantes,
observantes,
viajaram todos deapé
nos sinuosos encaracolantes
caminhos circulantes
de terra batida sofrida
no meio da Floresta Vibrante;
ou de canoa de rio serpenteante,
enfrentando perigos
e mosquitos ferozes
e muito frio ou estio,
até à dita Bodoquena,
à procura sem clausura
quomodo já vos disse e repito
da Onça Pintada Iracema Quase-Em-Extinção,
da Onça Parda Jurema do Pantanal Em Questão
e da Jaguatirica Nanica Maria Pequena
Oriunda do Gran Monte
Misterioso Encantado Mineiro
do Alto da Conceição.
Em ali chegando,
a Cibele Gisele,
o trabalho de fotógrafa aplaudida
da Ceres Deméter Divindade Eleusida
foi apreciando, muitíssimo comovida!,
muito enternecida!
A Gran Mãe, entretecida,
ficou por ali a assistir
à faina da filha querida.
A Ceres Deméter Eleusida
Do Alto da Conceição
fotografava o comportamento
das onças, em extinção,
do Mato Grosso do Sul,
um Estado Membro Estamento
de nossa Brasileira Nação.

Então, quomodo estava a vos narrar,
quomodo estava a contar,
a diva Cibele Gisele
da Terra da Serra e DuMar
ficou a assistir à faina, por certo, espetacular
científica e mui altaneira
do grupo neo-modelar,
o qual, com seu trabalho exemplar,
objetivava preservar
a Fauna e a Flora
daquela Região Brasileira
Praláde Pré-Milenar.
No entanto, e muitos tantos,
naquele neo-entretanto
do Tempo Ancião,
naquele Sábado de muita reverberação,
naquela Região do Mato Grosso do Sul em questão,
andando todos unidos em direção
ao Planalto da Bodoquena Altaneira,
Maravilhosa Serra Brasileira,
a diva Cibele do Manto Azulado-Esverdeado
e da Vistosa Coroa Lunar do Glorioso Passado,
foi ouvindo e aprendendo,
com os cientistas-pesquisadores
do Brasil-Eldorado,
quomodo amar o Planet’Azulindo Ameaçado.
Enquanto caminhava
e olhava ao redor com muita emoção,
a Cibele Gisele da Antiga Canção,
repensava o seu mítico passado
de deusa-maternal-fundadora dos mistérios aéreos
e dos cultos sabáticos asiáticos e romanos,
quando aqueles de então a consideravam
a Grande Procriadora
de deuses machões portentosos
e gloriosos humanos.
Nesse ínterim,
o cientista-Sábio,
o Super Hiper Fernando,
andando e explicando,
foi dizendo à dita Cibele
das Antigas Canções Pioneiras
que, ali, no Planalto da Bodoquena,
situado em uma Região Brasileira,
ainda existiam e atuavam
os maiores incomuns predadores
da Floresta Pantaneira,
a Quase Extinta Onça Pintada Iracema
e a Onça Parda Jurema,
além de uma outra um pouco menor,
a Jaguatirica Maria Pequena
da Mordida Certeira.
Mas, enquanto o tempo passava
voando e avoado,
e quomodo estava a vos narrar
com meu narrar enrolado,
o grupo seleto caminhava alertado,
olhando por todos os lados,
pois os perigos
nas Florestas Brasileiras são muitos!,
inesperados!,
há no interior dos Matagais
Intrincados
Invisíveis Predadores
do Mundo Globalizado,
bem escondidos
nos inúmeros cantinhos
de Mato Cerrado,
por supuesto,
é preciso estar bem avisado!,
é preciso ter muito cuidado!,
o Predador Estrangeiro,
Lobo disfarçado em Cordeiro,
poderá estar ali, bem ao vosso lado,
esperando a hora funesta
para dar sobre Vossa Mercê,
meu amigo adorado,
estudioso-trabalhador-
-pesquisador-brasileiro-cordial,
se estiver descuidado,
um bote praláde arretado.
Até que,
depois de uma longa caminhada,
o grupo encontrou
a Onça Parda Jurema Encantada
que estava sendo estudada,
desde uma outra anterior
antiga empreitada.
Para ser mais exata,
a Onça assinalada
já há um anno era investigada.
E, naquele momento em questão,
o grupo todo vibrou de emoção,
simplesmente porque a tal Onça Parda,
uma onça fêmea galharda
daquele Glorioso Rincão,
tivera filhote, uma ninhada,
depois de uma monitorada
e bem sucedida gestação.
Aí, então, o Biólogo Brasileiro,
o divo atual Fernando Azevedo,
mandou armar a armadilha,
quomodo fosse um brinquedo,
para imobilizar
por uns breves momentos
a Onça monitorada,
e, sem perda de tempo,
com a pistola engatilhada,
aplicou-lhe um sedativo potente
sob a couraça parda-amarelada,
pois a braveza da bicha
era muito temida e mui comentada,
e assim o Biólogo Fernando
Grande Brasileiro
e seus colaboradores
(aqui, nestas páginas
de mágicas retortas
muito admirados!),
esperou cinco minutos,
bem cronometrados!,
todos ocupados e preocupados
com a Onça anestesiada,
porque,
se o anestésico não funcionasse!,
se falhasse!
(oh! Deus do Céu
de Minha Própria Adoração!),
seria uma desgraceira danada.
Depois da Onça anestesiada,
a equipe percebeu, angustiada,
que a dona feroz
da localidade monitorada
tinha um ferimento
na cabeça parda-amarelada.
Imediatamente,
a equipe valente
desinfetou e lavou
e curou o ferimento cruento,
diligente e tranqüila,
vendo a Onça desmaiada.
Então?!
Então, a Onça Monitorada,
naquela hora desacordada,
quomodo já vos falei
com a minha língu’afiada,
tinha um ferimento cruento
na cabeçorra dourada,
e espero que Vossa Mercê
não vos esqueçais
que a Bicha era de uma braveza danada,
e que, se estivesse acordada,
todos os componentes da Empreitada
estariam com suas vidas ameaçadas;
até mesmo as deidades
Cibele Gisele da Manta Esverdeada
e Ceres Deméter
de Vida Praláde Agitada,
as quais,
naquele momento
do quarto anno do Século XXI
de incríveis guerrilhas
e desastrosas
e horrorosas
e ceifosas baladas,
de seus superpoderes astrais,
as duas superdivindades,
naquel’hora
humanas mulheres ousadas,
com muita e clara certeza!,
estavam an passant despojadas.
De qualquer maneira,
naquele momento,
mesmo sem os poderes astrais
do Passado Mitificado,
a Cibele Gisele do Manto Esverdeado
ainda podia contar
com os bem-vindos resguardos
de seus oito Leões Invisíveis Alados,
protectores profligadores,
adquiridos em antiquíssimos
epo-combates ousados,
e depois, ao longo do tempo,
muito bem adestrados,
os quais a acompanhavam
e a velavam
desde os dilatados primórdios
do Antigo Mundo
de Deuses Glorificados.
Entretanto,
o grupo de pesquisadores da Fauna
da Fermosa Brasileira Região aceitou,
com agrado!,
a companhia da mãe da colega fotógrafa
Ceres Cristina
do Carangolês Alto Mineiro da Conceição,
sem saber que a mesma,
naquel’hora uma mulher de ação,
depois daquele anterior avatar de invenção,
naquele mês de julho
do quarto anno do Século XXI
em questão,
fora, no Princípio do Mundo Pagão,
a Mãe Super-Venerada
de Júpiter Tonitruante Mandão,
de Netuno dos Mares de Então,
e do Epo-Misterioso Plutão Bonitão.

Mas, quomodo Vossa Excelência
estais a perceber,
além dos tantos e entretantos
destes mágicos e tortos recontos
por mim inventados,
há momentos verdadeiros
muito bem vivenciados,
os quais enriquecem e enaltecem
os meus epo-narrares cantados.
Assim, de verdade!,
o Chefe do Grupo
com voz sonorosa e exaltada,
à Cibele Gisele
da Brasiléia Terra Encantada,
continuou falando da força e braveza
das Onças Parda e Pintada:
“As Onças deste Rincão,
Dona Cibele Gisele
Carangolense Mineira
do Alto da Conceição!,
já estão quase em extinção!
Por isto monitoramos
e resguardamos
as poucas que vivas estão.
Esta Onça, por exemplo,
de raça parda-dourada,
há um anno monitorada,
deu-nos hoje uma alegria abençoada,
pois, depois de uma gestação
deveras muito arriscada,
deu à luz a uma esperada
e bem sucedida ninhada.
Esta Onça-Fêmea,
aos vossos pés desmaiada,
é o maior felino
da América do Sul Brasileira
das Ricas e Bellas Florestas
Praláde Invejadas.
(Assim falando,
o Cientista-Biólogo
Super Hiper Fernando
foi logo
da Onça Parda Jurema cuidando).
A Onça Parda Jurema,
a onça monitorada,
tivera muitos filhotes,
uma saudável ninhada,
e, naquele momento cruento
sentira-se muito acuada.
Por esta razão comentada,
o Grupo Polivalente
da Honrosa Expedição,
com medo evidentemente
de sua forte patada
e mordida voraz,
fora obrigado a aplicar-lhe
um sedativo eficaz.
Depois de constatar
que a Onça Jurema
estava dormente,
o Grupo eficiente
cuidou de suas feridas
possivelmente fatais,
todas elas adquiridas
em epo-combates gerais
com outros desconhecidos
ferozes e bestiais animais.
A Onça Parda Jurema
da Gloriosa Nação,
uma espécie animalesca
sem comparação,
quomodo mãe devotada,
preferiu proteger a ninhada,
e mesmo sendo instigada,
logo depois de muito bem acordada,
a voltar pro seu Rincão,
despistou a equipe de cientistas em ação,
e, com uma instintiva inteligênci’atilada,
evitou que a diligente moçada
achasse o esconderijo em questão;
pois em sua caminhada,
à procura do ninho,
ousada,
sabendo-se investigada,
para proteger os filhinhos-oncinhos,
mesmo cansada e acuada,
a Onça Assinalada
mudava de direção.
Sendo a tal Onça Parda Jurema
um grandioso animal,
ao longo da História Sem-Glória
da Grande Terra Global,
foi dizimado aos pouquinhos,
por alguns habitantes mesquinhos
do nosso Brasil Maioral,
ou talvez por uns muitos estrangeiros
encrenqueiros forasteiros
mercadores profligadores,
de animais executores,
os quais,
quomodo fossem chacais,
invadem as nossas anosas Florestas
com más intenções sem-iguais
e, aos poucos, vão violando e acabando
com as nossas reservas vitais.
Por tudo isto eu vos informo,
neste momento cruento,
há poucos felinos-inquilinos
nas Florestas Pantaneiras,
e, com o andar da carruagem,
se não houver discernimento,
se não houver grupos de ação,
de Cientistas-Biólogos Altaneiros,
Maravilhosos Guerreiros,
as Onças Pardas-Douradas,
assim quomodo as Pintadas,
nunca não serão achadas,
nunca mais!!! monitoradas
nas poucas reservas cuidadas
de Matos Grossos Fechados
do Grandioso e Fermoso
Brasil Varonil Adorado,
o qual,
aqui, nestas páginas epo-liro-ficcionais,
de versos de-pés-quebrados,
será sempr’exaltado
e, por minha fé!,
sempre louvado.


VIII

UM DOMINGO DE AVENTURAS-MIL
PELAS ESTRADAS ESBURACADAS
DO MEU BRASIL VARONIL

Depois da Aventura Itinerante
na Serra da Bodoquena,
ao lado da filha Eleusante
Ceres Eleusida Moirena,
em outro Tempo e Espaço esconsada,
mas que, por obra e graça do acaso,
naquela Duração embondada,
fora com muito empenho encontrada,
aquela Ceres Eleusida da Seara Apreciada,
anteriormente u’a divindade gigante,
uma deusa protectora e atuante
de Seara Antiga e Importante,
localizada posteriormente
no Maravilhoso Mineiro Sertão,
e para não perder o fio-pavio
desta narrativa-canção,
quomodo estava a vos dizer,
voltando do Mato Grosso em questão,
a incomparável Região,
em um domingo cristão,
a diva Cibele Gisele Gabola
despediu-se da filha-fotógrafa menina,
a Ceres Cristina Eleusina
do Alto Mineiro Altaneiro
de Carangola Frajola,
conhecido pelos seus
quomodo da Conceição,
naquele momento suspenso
do meu amigo Gastão
(um filósofo francês de anterior geração),
uma empregada temporária
de uma Grande Rede Milionária
da Televisão do Brasil,
aí então a Diva Cibele Bendita,
depois da Epo-Aventura já dita,
resolveu retornar ao Cafofo tão fofo
de Almandina Bonina Esquisita,
a Sacerdotisa do Avatar
e dos Entretenimentos Mil,
em Ônibus Inter-Estelar,
num Domingo Circular,
pois desejava a Interina
com empenho apreciar
e, com muito lento vagar,
o Grandioso Brasil olhar,
dito, pelos seus, Varonil,
de Inúmeras Belezas Sem-Par,
enquanto o Ônibus Estelar
se fosse nas nuvens a brilhar,
ou na estrada a rodar,
e nas aladas transitar,
as estradas sinaladas,
per demais esburacadas,
todas elas malcuidadas,
per Anteriores Governantes
muito mal calafetadas,
mas, se o meu Deus do Céu dos Cristãos
assim o quiser,
com o apoio do Neo-Governante,
o Governanti’Atuante,
as tais Estradas Perturbantes
estarão, num Futuro-Ali-Adiante,
novamente mui brilhantes,
com asfaltos negrejantes,
quomodo espera e deseja
os brasileiros confiantes,
e quomodo são as Estradas,
todas elas bem-cuidadas,
do Primeiro Mundo Norti’Atlante,
neste quarto anno’insano
do Milênio Começante.
Entretanto,
viajando de Ônibus-Leito
por estrad’esburacadas,
a Cibele Gisele do Pleito
muito bem acompanhada
por seus oito Leões Invisíveis,
provenientes todos eles
da tal Ilha Abençoada,
bem antes da Bell’Alvorada,
a tal dos Dedos de Rosa
per Homero exaltada,
viu passar flamejante,
na noite escura e brilhante,
uma noite por certo assombrada,
uma estranha Viatura,
muito bem iluminada,
tal e qual ao seu Veículo
(a sua Carruagem Alada),
usado em seus passeios
em outras Eras Passadas.
E na frente do Carrão,
a Cibele viu então
num relance de virada,
de nortada enviesada,
havia (ela contou assustada)
oito Leões Valentões,
iguaizinhos aos seus Bichinhos,
seus Leõezinhos Bravinhos
oriundos, todos eles,
de diversificadas Nações,
ou mesmo do Indostão,
talvez do Kasaquistão,
puxando com muito garbo
a Voadora Quimérica,
ou se Vossa Mercê o quiserdes,
a Carruagem em questão.
A surpresa foi tamanha,
não havia explicação,
a realidade, tão tacanha!,
tal fato não produz não.
A Cibele Quiromante,
o caso não entendeu,
e rememorando os Anais,
pensou num breve instante:
Se eu estou nesta Enrolada
sem o apoio do Odisseu,
transformada e disfarçada
de human’Almandina Cristina,
vivendo a vida corrida
com sub-poderes vitais,
sem meus anteriores talentos
e superpoderes legais,
sem minh’aparência divina,
sem minhas funções divinais,
quem estará, por meus ais!,
a viajar no Carro meu?
Para resolver a questão,
a Cibele mandou então
os seus oito Leões Invisíveis,
da tal Ilha Abençoada,
com suas asinhas limpinhas
voarem em disparada
atrás do Poderoso Carrão,
para buscarem e trazer-lhe
uma correta informação,
e assim matar a charada.

Os Leõezinhos voltaram,
logo depois do ocorrido,
com as notícias esperadas
e novidades aos montes
e um parlar distinguido,
todas bem afiançadas,
palavras elaboradas,
todas por certo importantes,
com muita certeza intrigantes,
e foram dizendo à Cibele
Diva Augusta Gisele,
a deusa do Manto Florido:
Naquela Carruagem Alada,
que passou em disparada
lá pras bandas exaltadas
do Antigo Mineiro Sertão,
saibais vós, oh! Cibelina Cristina!,
viaja a human’Almandina,
ostentando, esperta e ladina,
a Vossa aparência divina,
muito bem acompanhada
pelo Cocheiro Faetonte,
Filho de Vosso Neto Cantante,
o Apolo Heliosponte
da Inconfundível Canção,
contando também a Tal,
a fingida preferida do dito Plano Vital,
com o apoio incondicional
de oito Leões-de-Chácara Invisíveis
Oriundos do Nepal,
trazidos per Vossa Excelência
no Vosso Cortejo Real,
mas que agora, neste instante,
se encantaram e enamoraram
pela brasileirinh’altaneira,
e passaram a protegê-la
em troca de amor e mel
e muito et cetera e tal,
e se Nossa Excelência o quiserdes,
juraremos pelos Anjos e Archanjos,
e Todos os Santos do Céu,
a Comitiva da Dita,
nesta horinha bendita,
prepara com muito gosto,
lá pelo próximo mês de Agosto,
o mês da Alta-Temporada
do tal calor europeu,
uma Viagem a Portugal,
para visitar Lisboa Bella,
a Gloriosa Capital,
pintada em linda aquarela
pelo Luís Genial,
a Cidade Principal,
Adotada, Muito Amada,
Muito Amada e Admirada
per Odisseu Maioral,
o Grande Navegador
da Odisséia principal,
narrativa sem-igual.

O que ocorreu, realmente,
muita fé na contação,
foi que, deveras descontente
com meu neo-narrar sem razão,
a human’Almandina Bonina,
depois daquele Avatar em questão,
trocou de lugar com a divina
(não sei quomodo cantar-vos
a diferente Canção,
vou pedir um auxílio urgente,
novamente,
ao Ógmios dos Irlandeses
da Gloriosa Europ’Ocidente,
para que prenda a língua comprida,
a dele evidentemente,
na minh’orelha vermelha,
minha orelha dissidente,
aquela das recontagens infringidas,
dos recontos diferentes,
para ajudar-me a explicar,
à Vossa Mercê do Amanhã,
o tal Avatar Circular,
ou, se Vossa Senhoria assim o desejardes,
uma explicação bem louçã,
ou seja,
quomodo aconteceu
o entrelaçar vice-versa
do Avatar Demiurgo
no Avatar Popular),
foi um caso de assustar,
enquanto a Cibele Divina,
do corpo da human’Almandina
resolveu se adonar,
a Sacerdotisa Vivaldina,
inteligente e mui ladina,
ao ver seu corpo flutuar,
naquela terça-feira altaneira,
não pensou per duas vezes,
e, com a rapidez do cogitar,
do outro lado do ar,
ou se Vossa Mercê o quiserdes,
no Ficcional Recriar,
a human’Almandina Bonina
que inocentemente caíra
na Armadilha Circular
da Cibele Gisele Divina,
aquela que projetou
o diferente Avatar,
e já que não ouso perder
esta meada enrolada,
a Sacerdotis’Almandina
da Rubirosa Bonina,
não tendo outra saída,
pois não estava a trabalhar,
ao perceber a sutil mudança
de Espaço Tempo e Lugar,
e estando no mês das férias
de seu emprego exemplar,
acomodou-se à instância
e, sem mesmo pedir licença
à deusa da Coroa Lunar,
apoderou-se da Charreti’Alada,
que ficara estacionada
bem próxima de seu lugar,
afagou os Leõezinhos,
os quais estavam bem quietinhos
a Carruagem a guardar,
deu-lhes prodigiosos beijinhos
ou prodigioso beijote,
acendeu o divo archote
pra iluminar o horizonte,
telefonou pro Faetonte,
convidou-o pra um tête-a-tête,
e com ímpeto inflamante
voaram em comunidade total
de Hiper-Carruagem Brilhante
pra um Resort Interessante,
localizado em Minas Gerais Distante,
um Epo-Local Instigante
Deveras Super Legal,
conhecido da Viajante,
o seu Estado Terreno,
o seu Estado Natal,
um reconfortante e interessante
Estado Membro Vibrante
do meu Brasil Maioral.
Entretanto,
outras Aventuras Mil
povoaram a tal Viagem,
naquela noite sem-fim
de muita bella visagem.
Uma delas, por exemplo,
vou recontar-vos, meu Lorde!,
na próxima cantarolagem.


IX

A NARRADORA EM QUESTÃO
AO FALAR DO SEU BRASIL,
POR CERTO BELLO E EXEMPLAR,
DESEJA SE DESCULPAR
POR TANTA EXALTAÇÃO
E MUITO CANTAROLAR

Era uma segunda-feira sem-beira
e o mundo todo vibrava
com as notícias de Além-Mar.
As guerrilhas atuavam
em cada canto de lá.
A Terra toda tremia,
tremia também o Mar.
O Céu todo ribombava
com estrondos de assustar,
pois os soldados do Norte
estavam espalhando a morte
nas terras do divo Alá.
As notícias iam chegando
pelos jornais, pelo ar,
a Internet registrando
cenas de mal contar,
a televisão revelando
os fatos de arrepiar,
e o povo da Terra inteira
com medo do dito azar.
E o Brasil abençoado
tentando mudar de rumo.
E o Presidente Assinalado
equilibrando o fio do prumo.
O povo pobre de acá
louvando o trabalho do Sumo.
E os políticos maracoteiros
e os ricos brasileiros
só pensando em seus dinheiros.
Políticos de Antigas Eras,
charlatães e enredeiros,
ansiando todos eles
em balançar o tal prumo,
querendo a queda terrível
do nosso Honorável Sumo,
querendo um Brasil na miséria,
querendo um Brasil claudicante.
E o Governante Atuante,
com seu ideal brilhante,
sem saber que, logo adiante,
num Futuro Expectante,
seu Governo Interessante
encontrará por certo bloqueios,
pois está se tornando certamente
um Governo incomodante
aos planos de enriquecimento alheio
dos ditos maracoteiros,
gente praláde implicante.
Mas quomodo tudo no Mundo,
o Acontecimento em questão
tem lá a sua razão.
O Bloqueio do Futuro
será um bem pra Nação,
pois, sempre,
depois da queda de um Puro,
vem bendita sagração.
O Mundo todo verá
que um Governo de Ação
não se deixa intimidar.
A peneira da História
por certo irá mostrar
que o Grão Pernambucano
não veio acá pera brincar,
e que o Governo em suas mãos
fará o Brasil mudar.
Os Fernandos do passado
(inclusive o antiquado,
o medieval declarado)
se achavam cultos e nobres.
E, no entanto,
oh! meu Deus do Céu Amado!,
orai por mim!, orai pro nobis!,
nesses determinados entretantos,
entretantos singulares!,
foram substituídos todos eles
por governos populares.
É só Minha Excelência folhear,
para muito bem notar
e pesquisar com vagar,
com paciência exemplar,
a história desta língua alvissareira,
minha língua brasileira,
língua mui singular.
Lá Minha Excelência verá,
com certeza e com radar,
um D. João de Aviz Atuante,
bastardo de um Pedro Inclemente,
o Pedro Muito Fermoso
do Passional Amor Demente,
amante de Inês de Castro,
a sua rainha ausente,
substituindo incomodante
à empavesada realeza,
que, naqueles idos de então,
queria (os ricos daquele rincão,
os que não queriam o João)
para a Portuguesa Nação
um Governo imprevidente
arrasando aquela gente,
a pobre população,
desde o verso D’Ouro nascente,
cantado antigamente,
ao madrigal diferente
desta nova Neo-Canção.
No entanto,
esta narrativa em questão
é para contar os feitos e glórias
da Diva Cibele em ação,
aquela que se adonou,
quando se materializou,
naquela terça-feira vazia,
do corpo gorduchinho e fofinho,
repleto de vera magia,
de Almandina Maria,
com muito ímpeto e alegria.
Repito, muito incessante!,
numa busca tautologizante,
esta história interessante
deseja contar os feitos
daquela diva Cibele
a Justina Terrosa Gisele
a diferente Interina
dos Imortais Adamantes,
que veio de um Planeta Estelar
ou de um Planeta Distante,
e se adonou co maestria
do corpo ágil e atuante
de Almandina Maria,
a Singular Otomante,
a Sacerdotisa Sem-Guia
da Grã e Vera Energia
e de Olhar Faiscante,
a qual, em noite de fadaria,
incrivelmente vibrante,
se transformava
em Íris Lúcia Luzia
da Mirada Instigante,
a Mensageira de Zeus
da Olimpial Fantasia,
o atuante Comandante
da divina Companhia
de deuses Oraculantes,
aquele do qual se dizia
de fala tonitruante,
o poderoso progenitor
de semideuses Atlantes
e de uma vasta confraria
de seres prosopopaicantes.
A Cibele Romanelli
havia se despedido,
com um abraço maternal,
um abraço comovido,
um abraço mui sentido,
de sua filha querida,
a Ceres Deméter Velida,
lá no glorioso pantanal,
Pantanal MatoGrossense,
e, quomodo ficara entendido,
num Futuro Indiscutido,
um Futuro-Ali-Adiante,
ainda deveras perdido
no Caótico Nonsense,
Futuro Muito Importante!,
as duas se encontrariam
e, com muito gosto!, fariam,
no mês de agosto adelante,
uma viagem a Portugal,
para visitar a Mater Terra
do descobridor da Antiga Era,
o Pedro Álvares Cabral,
aquela Santa Terrinha
que se colocava inteirinha
no Modernoso Mundo Profundo,
depois do Medieval moribundo,
quomodo a maior do Geo Rotundo,
ou melhor muito melhor,
quomo Grande Capital.
Depois do abraço apertado,
cada uma foi prum lado.
A Ceres Deméter Cristina,
uma repórter franzina
de um glorioso jornal,
partira, em trabalho suado,
para um outro lugar do Cercado,
em busca de novidade
e muito et cœtera e tal.
Já a Cibele Romanelli
Parente dos Martinelli,
retomou a sua busca
aos divos filhos atlantes sumidos,
aquela busca de antes.
No entanto,
oh! meu Lorde Comandante!,
o encontro imperante
com a Ceres Cristina Adamante
fora deveras edificante,
fora um encontro importante.
Assim, a aventurosa divina
abençoou sua menina
e voltou a seguir adiante.
Então, quomodo estava a vos dizer,
naquele Domingo Atuante,
a diva Cibele Gisele
voltava do Pantanal Inflamante
de Ônibus-Leito baloiçante,
repleta de sonho vibrante,
esperando que a Aventura Instigante
passasse na frente dela
num belíssimo rompante.
Então?!
Então, naquela segunda-feira
vibrante,
um dia de sol heliosponte,
viajando, itinerante,
per um Brasil bello e exemplar,
a Diva Cibele Gisele,
a diva do Crescente Lunar,
ou daquele Manto Brilhante,
a antiga Musa-Guerreira
das Lendas de Além-Mar,
agora sem seus poderes divinos,
os seu poderes sem-par,
relatados e exaltados
no Grande e Antigo Narrar,
viu a fingida senhora
cenas de arrepiar.
Voltando de ônibus-leito,
daquela viagem semanal,
em que fora sem alvoroço
em uma expedição sem-igual,
acompanhando a filha Eleusida,
fotógrafa de um grande jornal,
que por sua vez partilhava
de uma busca sensacional
que era registrar a presença
de uma Onça do Pantanal,
de uma raça de felinos
que vai desaparecendo do Vaal,
um lugar de Mato Grosso,
Estado Federativo
do meu Brasil Imortal.
Era uma segunda-feira altaneira
repleta de benfazeja leseira,
o Sol Leonino divino
já brilhava agitado,
alado e revigorado,
no tal mês de julho citado,
e a Cibele Gisele Velida
do Cabelo Arrepiado,
aquela deusa mui querida
do Antigo Bell Narrado,
disfarçada de Almandina
do Recontar Enrolado,
voltava de ônibus-leito,
já um tanto ultrapassado,
um pouco aérea e dolente,
sonhando com o recente passado,
com idas e voltas freqüentes
e rimas deixadas de lado,
quando percebeu, de repente!,
o caminho esburacado,
e, já muito consciente
de seu papel encenado,
pediu a Deus do Céu, insistente,
que iluminasse o Venerado,
o Amado Presidente
do Brasil Revigorado,
fazendo-o entender, finalmente,
que o futuro desejado,
o grande sucesso futuro
de seu Governo influente,
estava bem à sua frente,
se ele se convencesse
da importância do conserto
das estradas esburacadas
(mal cuidadas e abandonadas,
estradas desfiguradas
per outros imprevidentes)
e que ele assim se tornasse,
num mágico e inesperado passe,
um Presidente previdente
amoroso e consciente.
Só que a diva já sabia
que, no Futuro-Ali-Adiante,
o Mau Destino tecia
problema arrepiante,
e que o Neo-Governo do Dia,
o Neo-Governo Atuante
teria de dar pulo sem-guia,
um pulo arrepiante,
pra se livrar da Confraria
de Mentalidade Intrigante,
a Confraria Sem-Guia
do cantante neo-farsante,
confradeiros pirateiros,
terríveis maracoteiros
que o queriam bem distante,
pois a politicagem vadia,
infelizmente demente,
uma pilantragem descontente,
uma pilantragem sandia,
transtornada e implicante,
não queria perder a Tal,
a tal pratinha influente,
a tal pratinha tilintante,
além dos Benefícios Externos
daquelas notinhas verdinhas
ganhadas com muito engano,
aquelas que mandam no Mundo,
mas que num Futuro Global
Futuro Global e Rotundo
terão de baixar o pano,
aquelas verdes notinhas,
conhecidas e temidas:
o tal dólar americano.


X

O ENCONTRO DE CIBELE VELIDA
COM SEU DUPLO FAMOSO,
A DÉMETER ELEUSIDA

Mas quomodo vos dizia,
neste recontar recantante,
a Cibele Gisele Sa(n)dia,
quero dizer-vos Vagante,
ousou voltar, certo dia,
uma terça-feira brilhante,
com muito ímpeto e alegria,
de seu Planeta Distante,
e adonou-se co maestria
do corpo ágil e atuante
de Almandina Maria,
a Singular Otomante,
Sacerdotisa de Vera Energia
e de Olhar Penetrante,
a qual, em noite de magia,
incrivelmente vibrante
se transformava em Íris Lúcia Luzia
da Mirada Instigante,
a Mensageira do Capitolino da Guia,
o atuante Comandante
da divina Companhia
de deuses Oraculantes,
aquele do qual se dizia
de fala tonitruante,
o poderoso progenitor
de semideuses Atlantes
e de uma vasta confraria
de seres prosopopaicantes.
Mas, quomodo antes vos dizia,
nesta parolagem enrolante,
a Cibele Gisele Maria
ousou voltar com galhardia
daquele Planeta Distante,
pequeno e mui singular,
porque quomo deusa de Vera Magia,
ou deusa da Sear’Abundante,
ou deusa da Pedra Lunar,
ou da Géia Fruitificante,
estava encerrada na mesma
a sua terráquea energia,
a tal fonte intrigante,
primordial e constante,
do Fogo, da Água e do Ar,
uma energia singular
para nascimentos de deuses e deusas
do Monte Celestial,
de semideuses atlantes
da Europ’Ocidental,
e de Humanos Inconstantes
de nosso Planeta Global.
A Pedra Ebanística Brilhante
e a Tiara de Diamantes
eram as suas marcas legais,
os romanos neogigantes,
todos muito atuantes,
as colocavam todinhas
em um bello pedestal,
pois os germes que exalavam
geravam searas abundantes,
com fruitos adocicantes
e mui saborosas sementes,
sementes itinerantes,
as quais, depois, incessantes,
e das colheitas abundantes,
já maduras e papantes,
deliciosas e crocantes,
transformavam-se num instante
em gostosos cereais,
alimentando os humanos,
os peixes dos oceanos,
os pássaros da terra e do ar,
e, para completar a seqüência,
os benditos animais.
No entanto, atentai Excelência
para o que a vos cantar estou;
às vezes, me perco e retomo
o narrar que já passou;
é preciso atenção
e muita consideração
para com este narrar de valor.
Conforme antes vos disse,
a Sacerdotisa Almandina,
aquela da Face Bonina,
ou da Face Brilhante Atuante,
estava em férias, a Ladina,
e a Íris Influente Instigante também.
E, naquela hora,
localizada entre o porvir e o adelante,
quem realmente atuava
na cena da vida do aquém e além
era a Cibele Gisele Adamante,
uma Demiurga Otomante.
A Cibele Gisele Terrante,
em uma terça-feira recente,
escura e meio demente,
foi passear novamente
na Rua Muito Dourada e Marcante
que ficava bem no Centro
da Cidade Encantada
de Muita Horrorosa Balada,
per o César governada,
um Prefeito perturbante,
pois gosta de barulho incessante,
de música e futebol disputante,
e gasta dinheiro a rodo
com Estádios Olimpiantes.
Pois saibais, Minha Senhoria!,
foi exatamente nesse dia
que a Cibele Gisele Maria
ouviu uma grande gritaria,
e a pobre não sabia
se era barulho importante,
uma vez que todo o dia,
inclusive todos os dias,
em dias angustiantes,
naquele lugar instigante,
muito barulho se ouvia,
de tiros e gritos constantes,
e o povo não sossegava
nem por um mísero instante.
E sem pensar duas vezes,
fugiu dali com destreza,
pois os gritos que ouvia
era o tal “Pega, ladrão”,
um grito que se dizia
fazer parte da Nação,
e que perturbava com certeza,
com verdadeira razão,
a altaneira realeza
e a pobre população.
Por tudo isto que foi contado,
naquele dia nublado,
no Rio de Janeiro endeusado,
uma terça-feira qualquer
sem questão,
a Cibele do Narrado
Repleto de Superstição
resolveu fazer um passeio
um passeio retornado
lá pras bandas do Sertão,
pois queria um lugar aquietado
pra fazer uma oblação
ao Deus de Amor venerado
em todo o Mundo Cristão.
E sem perder o tempo sagrado
com regras de arrumação,
partiu com vigor renovado
e rara sofreguidão
no seu automóvel alado
do princípio da Canção,
aquele veículo encantado,
movido com gás destilado
e muita imaginação,
e foi aportar no Chão Sagrado
do Alto da Conceição.

Se Vossa Mercê não tem ciência
do que aconteceu desde então,
naquele intervalo do tempo
em que emudeceu a Canção,
na qual se contam os feitos
da deusa da fecundação,
saída do Mundo Antigo
para este Milênio em ação,
o Terceiro da Girândola
após o final pagão,
saibais, oh! Minha Senhoria!,
que a Cibele Encarnação
dos Antigos Romanelli
da Velha Civilização,
no Rio de Janeiro Fagueiro,
Cidade Animação,
despediu-se da Ceres Eleusida,
sua filha, com emoção,
e foi em busca dos filhos
perdidos neste Mundão-Sem-Razão,
pois seus anseios de Mãe
não lhe davam distração,
e os divos filhos sumidos
eram a sua obsessão.
Assim, sem mais, sem demora,
com a pressa da paixão,
a diva chamou seus Leões
chamados de Bonitões,
aqueles oito protectores
protectores profligadores,
com toda a certeza e razão,
todos de índole amorosa,
porém de fato durões,
comprados no Hindustão,
ou quiçá Kasaquistão,
os quais puxavam seu carro
com muita dedicação,
deu um até-loguinho à Ceres,
a sua Eleusida criação,
protectora da vera fartura
do trigo que faz o pão,
e faz o sopão do povão,
e voou com sua guarda
ao Alto da Venerada
Montanha por ela amada,
chamada pelos de lá
de Serra da Conceição,
pois, quomodo vos disse em antes,
nestas cobras enrolantes,
metidas a prosopopaicantes,
a deusa do saber pagão,
naqueles dias dissonantes
da Nova Civilização,
passara a honrar com louvor
as Leis do Povo de Adão
e também dos de Abraão,
e uma oblação fervorosa
repleta de fé gloriosa,
pretendia a mui ditosa
ofertar ao Deus Cristão.
Mas o que a levou ao tal Monte
de Incríveis Nuvens Brilhantes
e sons falares dissonantes,
montanha de inspiração,
além dos divos Atlantes
fugidos do Mundo Pagão,
seus filhos itinerantes
perdidos naquele Sertão,
e uma vez que sempre quis
os seus filhinhos abraçar,
com maternal emoção
e amor de mãe exemplar,
foi o desejo de encontrar
mais uma forte emoção,
pois desde que viera voando
de sua Galáxia-Mirim,
onde se amasiara e amara
aquele dito Fulanim,
seu intento era dilatar
as suas Aventuras Sem-Fim,
por mar, terra, fogo e ar,
num prosopopaico narrar,
per a Vós,
oh! minha Excelência Honrada!,
minha Excelência Amada!
contar tim-tim-por-tim-tim,
do princípio até ao fim.
Quomodo vos disse em antes,
no princípio do narrar,
a Cibele Romanelli
do Clã dos Gloriosos Adamantes,
uma deusa de assustar,
tomou o corpo terreno
de Almandina Cristina Dumar,
uma Sacerdotisa Gordinha,
uma adepta certinha
das Portuguesas Normas
e das Práticas do Bem-Falar,
aquele deus poderoso,
Ditador Glorioso,
Professor Criterioso
que rege as tais normas cultas
daqui e de Além-Mar,
e no corpo da dita cuja
saiu por aí a voar,
na sua Carruagem Brilhante
fabricada per Hefesto
um demiurgo Gigante,
um Gigante Neo-Atlante,
um Quiromante Atuante
da Ilha do Bom Sonhar,
um antigo habitante
da Terra de Zeus Trovejante
e de Lendas de Arrepiar.
A oblação desejada
que seria ofertada
ao Deus dos Veros Cristãos,
era o dever de assistir
a uma missa falada
missa falada e cantada,
realizada na Praça Sagrada
do Centro de Devação,
naquele lugar endeusado,
per Divino assinalado
no Mapa da Região,
localizado e assentado
nas Minas Gerais do Passado,
aquela aurífera região,
onde pioneiros portugueses
plantaram as sementes dos deuses,
se acasalaram com escravas,
negras muito bem apreciadas,
índias no mato laçadas,
fermosas e bem-amadas,
edificando a Nação.
E o dever foi cumprido
na Cidade divinal,
cheia de bom material
pra se escrever ficção,
vizinha do Monte Santo
da dita Vila Conceição,
distante alguns quilômetros
daqueloutra de São João.
Ali chegando, a divina
da Antiga Incrível Canção
ficou horas observando
o povo da região,
cantando louvando e adorando
o Deus dos Novos Cristãos.
E a busca aos hercúleos Atlantes,
sumidos de muito emnhantes,
ficou para outra ocasião,
pois a Cibele Gisele
do Vestido de Seda Encarnado
se perdeu num sonho alado,
abençoado de tão bão,
ouvindo o cantar entoado
do povo da região,
que louvava o Senhor Amado
Filho do Deus em questão,
crucificado há muitos annos
para salvar seus irmãos,
e que sempre àquela data,
para sempre intimorata,
era relembrada na ata
que assinala a ocasião.
A busca aos filhos sumidos
naquele passado de então
ficou, como já foi dito,
para outra ocasião,
ou seja,
a busca aos amados filhos,
os honoráveis titãs
de sua antiga encarnação.

No entanto, a outra face velada,
impetuosamente buscada,
estava ali de emboscada,
bem pertinho da Razão,
aquela duplicata venerada
há muitos séculos pintada
por um pintor do sertão,
qual seja a diva Deméter
a dita cuja Eleusida,
uma deusa apreciada,
uma deusa mui querida
chamada por apelido
de Deméter Lúcia Luzia,
prima de Odisséia Maria,
duplo de Cibele Gisele
Adamantina Jussara,
deusa muito influente
da Super Hiper Imponente
Família Pedroso de Lara
da Grandiosa Canção,
escrita com muita paixão
por Hesíodo Teogoniara,
disfarçada de terrena,
uma terrena moirena,
pintada com muito apuro
pra driblar a falação,
pois a mais bella do lugar,
nas Leis do Novo Cantar,
não deveria ser oriunda
do Velho Mundo Pagão,
uma vez que as Leis d’agora
cultuam e revigoram
o sóbrio acreditar cristão.
O encontro com seu duplo,
daquele duplo interino,
provisoriamente buscado,
aconteceu em Sol Divino,
um local muito sagrado,
onde a fartura existia
desde o arroz ao melado.
As tulhas dos campesinos
daquela terra intimorata
estavam cheias de verdes pepinos
e também de soja chata,
e amarelo milho sucrilho,
feijão, café e batata.
Nos currais dos ancestrais:
as vacas leiteiras fagueiras,
os touros reprodutores
e os bezerros chorosos
em sonatas choradeiras.
As galinhas nos quintais;
os porcos em seus cercados;
nos pastos o solto gado
saboreando descansado
os verdes capins-melosos.
Os pomares das Fazendas
estavam repletos de fruitos,
maduros e mui sumorosos:
laranjas, mangas, goiabas
e abacaxis saborosos.
A Cibele e a Deméter,
duplos do passado pagão,
se abraçaram irmãmente
com sincera emoção,
e aos poucos se lembraram
da antiga encarnação.
A Deméter Encarnação,
daquele passado pagão,
saiu da tela singela
de uma pintura em ação,
e por pouco não foi vendida
por um Mercador do Sertão,
o qual há muito viera
do Oriente Médio Cristão
em busca de uma nova vida
e comida de montão.
O vendedor do qual vos falo
estava ali de passagem,
com sua mala bem cheia
de livros e muito sucrilhos
e estampas e almanaques,
aproveitando a Santa Festa
pra vender seus badulaques,
pois o povo divinal,
pra comemorar a ocasião,
fazia uma reunião mensal,
com sagrado ritual
de procissão e leilão,
além de eleger na festa
uma sertaneja bonita,
com seu vestido de chita
florido e todo rendado,
na qual se via enfeitado
o cabelo cacheado,
num rabo-de-cavalo alado,
cabelo bem amarrado
com uma fita de tecido
chamado, pelos de lá,
de fita larga gorgorão,
em uma passarela armada,
do lado de fora da Igreja,
entre as muitas beldades
nascidas
e recriadas
e amadas
naquele rico rincão,
mas quomodo vos dizia,
elegendo com mæstria
a mais bonita do sertão,
com os votos que eram comprados
por ditosos namorados
das tais moças em questão.
Mas esta história do encontro
da Cibele Gisele Maria
da Gloriosa Canção
com a Deméter Jussara Luzia
da Real Encarnação
será narrada, com certeza!,
e com uma prevista destreza!,
na próxima capitulação.


XI

NUMA QUARTA-FEIRA DA VIDA,
A CIBELE GISELE MARIA
REENCONTRA
SUA OUTRA FACE ELEUSIDA,
A DIVA DEMÉTER DE LARA
JUSSARA LINDA LUZIA

No Alto Monte Divino,
numa quarta-feira pia,
cavada na Rocha do Amor
e no Sant’Orago do Dia,
depois de louvar o Senhor,
o Deus-Divino-Menino
com preces flores e alegria,
a Cibele Gisele Maria
da Mantilha Esverdeada,
com ares de fidalguia
saiu andando em disparada
lá pras bandas da Enseada
do divo Carangola, sem guia,
uma vez que deixara,
ensimesmada,
na Pousada Encantada,
descansando da jornada,
seus Leões da Confraria,
pois desejava passear,
a Musa do Avatar,
a singela Cibele Gisele DuMar,
sem a invisível companhia
de seus Bichinhos ronronantes,
profligadores atuantes,
seus guias itinerantes,
para os pensamentos soltar
numa grande ventania
repleta de fantasia.
A Cibele Romanelli andava,
distraída e alheada,
relembrando a terça-feira,
terça-feira já passada,
em que vira, encantada,
numa velha estamp’achada,
bonita e deveras brejeira,
há muito tempo pintada,
a sua duplicat’amada,
e naquela terça-feira sem beira,
a Cibele Gisele Terrosa
da Manta Muito Dourada
andava pensando num jeito,
por certo sem nenhum defeito,
de reencontrar ali por perto
a eterna espiritualizada,
a sua sósia divina,
sósia de fato e tato,
a deusa da cultura semeada,
ou se Vossa Mercê quiserdes,
deusa da cultura organizada,
cultura bem planejada,
conhecida em outra Era,
Era praláde passada,
per’alcunha mais sincera
de deusa civilizada.
Mas, para Vossa Mercê entender
este texto adaptado,
devo contar o enredo
anteriormente criado
por algum escritor-doutor
de um anoso bell passado,
o qual nos dias de hoje
continua venerado
e certamente lembrado.
Segundo os anais de antanho,
naquele tempo dourado,
a Cibele Romanelli
do Vestido Esverdeado,
do qual nasciam Plantas Exóticas
lá do Mítico Narrado,
era também a Eleusida
dos Cultos do Eleusis Adorado
conhecida e querida
quomodo a diva Deméter
Rosa Maria Jussara
Lúcia Luzia da Guia
do Lindo Azulado Suéter
e do Sorriso Iluminado,
ou deusa do Culto Sagrado,
Culto Eleusido e Honrado,
e a dita cuja vivia
em um local afastado,
escondida sob a Terra
do Desejo Redobrado,
bem longe de romaria,
misteriosa e sandia,
celebrando com ousadia,
com ternura e valentia,
o eterno recomeçado.
Mas a confusão é tamanha,
não sei se conto acertado.
Quero explicar-vos o enrolo,
pois está tudo enrolado.
O fato é que a Cibele Gisele,
por alcunha Romanollo,
era também conhecida
com rebatido agrado
e merecido consolo
por Deméter Jussara Luzia
Parente de Odisséia Maria
do Terrestre Solo’Arado,
um solo ensolarado,
solo plantado e arado,
uma deusa linda de fato,
além de ser, a tal divina,
a Geia do Matto Sagrado,
ou deusa da Terra e do Matto,
a procriadora-tutora,
amante do Céu Uranusnato,
por vezes chamada de Gaia
por Hesíodo Teogonato,
autor da Teogonia,
uma epopéia de fato,
uma retumbante narrativa,
de exemplar inventiva,
do tempo do Grego Nato,
aquele do qual se dizia,
com honra e com fidalguia,
repleto de luz e magia,
e para não perder o fio
desta narrativa vazia,
o dito cujo pertencia
à Poética Confraria
de Homero Itoneunato,
ou se Vossa Mercê quiserdes,
Homero Beócianato.
Naquele distante passado,
por Hesíodo endeusado,
e por Homero Cego cantado,
a Deméter Lúcia Eleusida,
também fabricante de pão,
uma deusa mui querida,
desde o começo do mundo
até ao final pagão,
era ela, a dita cuja,
uma Mãezona da Terra,
em um momento de gran guerra
e de muita confusão,
em que os gregos atuantes,
em batalhas excitantes,
louvavam com muita fé
os deuses oraculantes,
naqueles idos da Grécia,
naqueles idos de então.
E eis que, naquele passado,
a misteriosa Deméter,
a do Eterno Retorno,
ou se Minha Mercê quiserdes,
do Eterno Recomeçar,
comandava comovida
os ciclos de morte e vida,
mas, muito mais que só mortes,
a divina comandava
os renascimentos com sortes
ou repletos de azar,
pois para a diva Mamãezona,
uma deusa bonitona,
importava muito mais
a terra fertilizar.
Assim, num momento de magia,
com ver’amor e alegria,
grávida de muito sonho risonho
repleto de gloria e poesia,
a Deméter Terrosa Maria
deu à luz, em um bello dia,
a uma menininha-guria,
a quem deu o nome mui pomposo
de Perséfone Jussara Luzia,
pois muito antes do relato
do divo Hesíodo, de fato,
relato prosopopaicante
que no Futuro jazia,
amargo culposo momento
de aflição e sofrimento
a zelosa mãe previa,
pois Dite Demiurga Preclara,
em um oráculo de antemão,
há muito já lhe informara
que a menina Perséfone Clara
Luzia Amarantina Jussara
com o Hades Honesto Pedroso,
um deus muito famoso
da Grã Família de Lara,
pro Centro da Terra Verde,
a menina fugiria.

Mas, eu vos recontava a estória
coberta de muita glória
e de verídica magia
da diva Cibele Gisele,
uma deusa de Antiga Trajetória
e Descomunal Confraria,
que estava passeando,
passeando bem normal,
no princípio deste século,
século XXI atual,
na Cidade Divinal,
vizinha do Monte Santo
da Cidade Laranjal,
e, justo naquele dia
assistindo ao Festival
de canções e romaria
e muita reza de missal,
em honra do Filho Santo
de nosso Deus Maioral,
Jesus Cristo Sacrossanto,
o Segundo da Trindade,
Aquele que veio à Terra
para espantar todo o mal,
repleto de santidade
e de coragem imortal,
e que doou sua vida aos homens,
livrando-os da labareda
dita quomodo infernal,
pois ela, a Cibele Gisele,
andando no Mundo Formal,
também aderira à fé
dirigida resguardada
e, por certo!, mui querida
per Deus Pai Celestial,
naquele princípio de Era
do quarto anno legal
do Terceiro Milênio Astral,
o Terceiro iniciante
do nosso Planeta Global,
um mundo muito atuante
do Vasto Plano Instigante
chamado de Sideral.
A Cibele estava passeando
per uma Estrada Real,
aquela que margeia o Rico Vale
do Dourado Milharal,
ou melhor, muito melhor,
a indômita serpenteia
o rio Carangola Imortal,
ouvindo muito de longe,
quomodo fosse um lamento,
contínuo e deveras vibrante,
um cantochão de Convento,
um Cantochão incessante,
cantado per antigos Monges
do Medieval Cristão,
os cantos santos, sagrados,
que vinham daqueles lados
da Cidade Divinal,
vizinha do Monte Santo
chamado de Conceição,
localizada e edificada
naquele vero Sertão
das Minas Gerais do passado,
Estado Federativo Adorado
do meu Brasil, o meu chão.
A Cibele estava andando
pela estrada que margeia
o divo Carangola Frajola,
quando apareceu, de rompante,
um vendedor ambulante
trazendo, em sua mala brilhante,
quinquilharia abundante,
provinda da Guatemala
ou, quiçá, Belo Horizonte,
a Capital Maioral
de Minas Gerais, Sem-Igual,
Estado Federativo
de meu Brasil Imortal.
O vendedor ambulante
(um rapaz interessante,
um andarilho itinerante,
oriundo de um povo nômade,
um povo antigo e vidente
do Oriente Médio distante)
abriu a sua malinha,
bem defronte a Cibelinha,
e de dentro dela saiu
uma estampa bem velhinha.
A velha estampa luzidia,
bem no centro do estampado,
retratava uma mulher bravia
de um grandioso passado,
do passado idolatrado
per Homero do Cajado,
o Cego que muito via.
A velha estampa retratava
a deusa-mãe do Sagrado,
do Sagrado Solo Arado,
Muito Rico e Ensolarado,
do anterior passado,
de um passado bem pagão,
com o seu bello manto’alado,
trazendo na destra mão
o inseparável lampião,
com seu lume renovado
iluminando a escuridão.
Em volta dela se viam
em cores vivas estampados,
o Sol e a Lua, ambos sorriam,
cada um, de cada lado.
Um lado refletia o dia
e, o outro, o anoitecer pesado.
Um lado repleto de flores
e muita luz e magia,
os passarinhos cantavam
em completa harmonia.
Do outro lado, coitado!,
nem uma estrela se via,
apenas o contorno, sem brilho,
da Lua Nova Vazia.
E a estampa, deste narrado,
um forte brilho refletia.
E num piscar d’olhos, assustado,
o pobre vendedor do Mercado,
Mercado de Quinquilharia,
convidado a fazer parte
daquela dita magia,
viu que o tal retrato falado,
o tal retrato beldourado
com muito ímpeto se mexia.
E de dentro dele saiu
uma mulher-fantasia,
chamada pelos de lá
de Jussara Lúcia Luzia,
semelhante à Cibele
que diante dele emudecia,
andando com o corpo gingado,
num ritual encenado
que cinema parecia.
E foi aí, em tal momento,
que ele viu o encantamento
acontecer com muito alento
diante do seu mirar atento.
Quando a Cibele Adamante
do Antigo Conto Narrado
colocou a mão brilhante
naquele papel amassado,
a estampa se agigantou
e de seu interior saltou,
veloz, com raro fulgor,
a Deméter Lúcia Luzia
do Antigo Sol’Arado
com a sua veste luzidia,
o seu Manto Mui Dourado
revestido de magia.
O encontro edificante
nem sei quomodo contar.
Só vos digo de adelante
que a Cibele Gisele Adamante
ao ver a sua outra face bella,
vistosa e muito inflamante,
sair daquele avatar,
ficou estarrecida e contente,
e, dando um grande passo à frente,
foi à dita insólita parente
Lúcia Luzia De Mente
Diva Terrosa Dumar,
o seu duplo, abraçar.
O mercador do Oriente,
um rapaz muito influente,
ficou sem respiração,
ao ver que a mulher dourada
de sua estampilha afamada
era uma deusa de fato
do mundo antigo de então,
uma mulher-maravilha
de uma narrativa sem trilha,
saída do pergaminho,
já muito gasto e velhinho,
papel mágico e enroladinho,
pintado com raro ardor
e raríssima emoção,
feito de papellinho,
com as linhas bem retorcidas,
espiraladas, tremidas,
oriundas todas elas
da mais pura invenção.
O Mercador em questão
aparvalhado ficou,
mas a deusa do sertão
seu coração acalmou,
dizendo-lhe com entoação
o quanto o apreciou,
e só por esta razão,
provinda do coração,
permitiu com mui fervor,
que o Mercador Bonitão
tivesse o privilégio e louvor
de apreciar com vero ardor
a sua transformação,
ou seja, três vezes seja,
a mudança de expressão
que é sair do papellinho,
amarfanhado e amarrotado,
e se transformar num instantezinho
num divino mulherão
pelos homens desejado,
quomodo fosse pintad’aquarela,
uma aquarela singela,
nascida e reproduzida
naquele século afamado,
que há bem pouco já findara,
e com uma press pressa bem rara,
num embate de roldão,
embate do coração,
a metamorfose da preclara,
num futuro desejado,
poderia, com certeza,
se transformar em bellbeleza
de um mui glorioso passado
apreciado e louvado
per a culta realeza.
Mas o encontro que pretendo
com muita garra contar,
o da Cibele Diva Gisele
do Antiqüíssimo Narrar,
a deusa de o Verbo Amar,
com a sua duplicat’amada,
a Deméter Alencar,
está difícil de sair
de minha mente abstrata,
minha mente intimorata,
pois outras idéias pululam
no meu Reino do Pensar,
e, por razões de estratégias,
nas próximas páginas régias
o tal caso irei narrar.


XII

A NARRADORA EM QUESTÃO,
COM EMPENHO DE ARRASAR,
O ENCONTRO DE CIBELE CONCEIÇÃO
COM SEU AVATAR SINGULAR,
A DEMÉTER ENCARNAÇÃO,
AOS LEITORES-ESCRITORES
ESCRITORES-INFRATORES
DO ANSIADO FUTURO-SEM-MURO,
COM REPENSAR BEM SEGURO,
ELA DESEJA CONTAR

Na quinta-feira adelante,
depois do avatar em questão,
a Cibele Quiromante,
com aquele bello rompante
digno do Mundo Pagão,
chamou os seus Leões Protectores,
invencíveis profligadores,
provindos de Belo Horizonte
ou quiçá Kasaquistão,
pra que dirigissem a Charreti’Alada
que ficara estacionada
em frente ao Grande Portão,
aquele da linda entrada,
da entrada principal,
da Avenida Arborizada
da Cidade Divinal,
perdida nos confins do Mundo,
girante e muito rotundo,
que envolve o Grande Sertão,
localizado e assentado
nas Minas Gerais do Passado,
Estado Federativo
do meu Brasil, o meu chão.
A diva Cibele Dumar
pensava em visitar
a sua face Deméter,
aquela do avatar,
vestida, toda metida!
num bello folgado suéter,
à moda dos americanos,
costureiros mui fagueiros
que ditam as regras severas,
as regras do Bem Vestir
na Sociedade de acá,
uma deusa eleusida,
muito amada e mui querida,
cuja presença fingida
fora desenhada e calcada
numa tela bem pintada
por um pintor genial
das bandas de Além-Mar,
pertinho de Portugal,
ou melhor! muito melhor!
é imperativo afirmar,
um Pintor da Grã Itália,
um Paraíso Ideal,
ou três vezes melhor seja!,
ou milhões! muitos milhões!,
é imperativo narrar!,
é preciso afiançar!,
o tal retrato falado
fora pintado e assinado,
com muito apuro e requinte,
por um gênio do passado,
do Medieval afamado
ou do Modernoso seguinte,
o grande e aplaudido Artista:
o Leonardo Davinte.

Mas, estou a perder o fio
desta meada enrolada.
Na verdade, o desafio,
feito por mim ao meu eu,
é contar a enrascada
em que a Cibele se meteu,
ao encontrar em uma estrada,
numa quarta-feir’alada,
a sua outra face amada,
a Deméter Aparecida,
a deusa eleusida
que estava inserida
numa fotografia espelhada,
pela Lua Iluminada,
na aba da mala colada,
junto ao Mercador do Sertão,
um jovem de face corada,
deveras bem bonitão!,
que em sua mala estampada
levava mercadoria sonhada,
e cujo nome de pia,
nome de Confraria,
era José Abraão.
Esse José Abraão
apaixonado ficou
por Deméter Jussara Cristina,
a deusa do vero amor,
pois a sua face de menina
era deveras um primor,
e do rapaz a atenção,
atenção sem comparação,
a divina conquistou.
Mas a Cibele Adamante,
a deusa do Vero Ardor,
deveras mui implicante,
o caso não aprovou,
ou seja,
a intromissão de Deméter,
a tal Divina Otomante,
com seu avatar provocante,
a tal história complicou.
Depois do abraço apertado,
a face Deméter mudou,
e mostrando o cenho irado
para o dobrado passado,
a Cibele do Narrado
Repleto de Resplendor,
a deusa do Solo’Arado,
aquele Solo Ensolarado
do Ontem Mitificado,
um ciúme desusado
ao seu duplo ela lançou.

O que aconteceu, de verdade,
a vós pretendo contar,
pois será um gosto meu
narrar com sinceridade
e certa capacidade
tudo tudo o que ocorreu.
Às vezes o Amor acontece
sem que se possa notar,
e quando o Dito aparece
o Mundo fica a girar.
Então, o que de fato aconteceu
na Girante Roda Gigante
do Gran Gran Ptolomeu,
óh! Minha Excelência Ouvinte!,
foi que a Deméter Otomante,
pintada pelo Davinte,
naquele mágico instante,
quando a Lua a espelhou
na face da outra Atlante,
sob o mirar do Mercante
toda ela se iluminou
e por ele se apaixonou,
e como ela era a outra,
a tal Cibele Adamante
de um Mundo que já passou,
e a outra, com certeza!,
a Deméter Otomante
era a Cibele também,
proveniente farsante
desse mesmo Mundo Aquém,
a confusão se generalizou,
ela vivificou,
o alvoroço começou,
e, naquela briga destemida,
naquela confusão do Além,
o pobre e bello Mercante
do Oriente Médio Brilhante,
com a aparição intrigante
da imagem-papel faiscante,
e a briga entre as duas sósias,
no correr do tempo, perdidas,
à moda de menestrel,
quomodo se fosse um cordel,
muito assustado ficou,
e meio afastado e distante
até que acabasse o rompante
entre as duas preferidas,
sem saber qual a saída,
mais prática e oferecida,
para que pudesse, com vida,
vida bem merecida,
evadir-se em paz, triunfante,
daquela contenda renhida.
Então,
na quarta-feira repassada,
no ontem anterior da emboscada,
depois de sair animada,
a tal Deméter Primor,
da dita tela pintada
por um Artista de valor,
e encontrar, por certo!, espantada
a sua antiga geminada
Cibele do Esplendor,
assim, com muito fervor!,
as duas que eram só uma
no passado redentor
passaram a brigar e a lutar
pelo bello Mercador.

É importante!, eu repito!,
neste preciso instante,
nesta empreitada rompante,
o que a vós desejo narrar,
com certeza afiançar
num falar prosopopaicante!,
ou seja, três vezes seja!,
que as duas eram uma só,
naquele passado anoso
de minha querida Avó
do qual o mito viceja,
naquele passado bendito
tão grandioso e bonito,
naquele passado fermoso
da População Sertaneja.
E por um tremendo azar,
naquele Terceiro Milênio predito,
com a certeza do dito,
predito quomodo Global,
graças àquele avatar
do início da Canção,
a Cibele Gisele Dumar,
deusa da Fecundação
do Antigo Festival
das Narrativas em Ação,
com muito ímpeto real
resolveu se apoderar
com sutil encenação
do corpo meio gordinho
de Almandina Veroca Maria,
ou Íris Lúcia Cristina
da Real Confraria,
ou a Rubirosa Bonina
Esperta e Muito Ladina,
a Sacerdotisa Letrada
Deveras Muito Assanhada
e, com certa certeza animada
por um sopro de paixão,
ou se Minha Mercê quiserdes,
uma Professora Atilada
Repleta de Imaginação.
Só que a diva Deméter Cristina,
a outra máscara eleusina
de Cibele Géia Terrosa,
a deusa da Terra Azulina
de Face Corada e Mimosa,
num encontro de assustar
com a mesma dita Almandina,
lá na Itália Sem-Par,
quando a Sacerdotisa Ladina
resolveu por lá andar,
naquele dia diferente,
quando esperta e silente
se pôs a pensar e tramar,
para achar um jeito certo,
um jeito certo e influente,
nesta Narrativa DeMente,
de se adonar e viajar
com Faetonte abraçada,
naquela Charreti’Alada,
dirigida e resguardada
pelos Leões da Cibele,
a Cibele Gisele Dumar,
oriundos e trazidos
com salvas e estampidos
da Ilha de Madagascar.

Se Vossa Excelência esquecerdes
do narrar que já passou,
vou avivar-vos a memória,
a Vós repetindo a história
que o divo Vento levou:
A Cibele Otomante,
naquele Domingo formal,
retornava divagante
de um passeio sem-igual,
de ônibus-leito baloiçante,
rodando moroso e cantante
provindo do Pantanal,
a região deslumbrante
do meu Brasil Triunfal,
quando, olhando o Céu Brilhante
e a Lua Invernal,
viu passar, muito’inflamante!,
a sua Carruagem Legal
levando em seu interior refrescante,
deveras aconchegante,
um diferente casal,
uma mulher de valor
e de aparência normal
e um bello ser fulgurante,
bonito e muito falante,
dirigindo o Carro Astral,
o divino Faetonte,
filho do Apolo Imortal,
que há muito havia fugido
do Olympo Paternal
e, agora, se acomodara
em meu Brasil Sem-Igual,
e, muito mais!, adotara
a Floresta Tropical,
localizada e assentada
ao Norte da Capital,
per inveja da moçada
de um País bem boçal
que se diz ser do Mundo Todo
o Primeiro Maioral.
Se Vós já não vos lembrais
do canto que já passou,
desejo que retomais
aquele narrar de valor,
pois ao mandar, a divina do relato,
do relato insensato,
os seus Leõezinhos assuntar
o que estava acontecendo no ato
daquela horinha sem-par
passageira e provisória,
muito próxima do cantar
à moda do grego nato,
saibais, óh! Amada Senhoria,
qu’eu não sou Homero Nato,
nem Hesíodo Teogonato,
mas mesmo sem muita glória,
sem certeza da vitória,
vou fazer um esforço de fato
para contar com aparato
e fidelidade notória
a encrenca desta história.
Então, quomodo em antes vos dizia,
com meu contar recantante,
a Sacerdotisa Luzia
ou Almandina Galante,
muito lépida e intrigante,
num certo preci(o)so instante,
se apropriou da Confraria
de Leões Terrificantes,
Leões profligadores,
obedientes executores
das ordens de Cibele Maria,
convidou o Faetonte,
filho de Apolo Heliosponte,
para o passeio do Dia,
e foi com ele pro Santo Monte
chamado de Ventania,
localizado e assentado
bem perto de Belo Horizonte,
Cidade da Alegria,
a Capital deslumbrante
de Minas Gerais Triunfante,
Estado Federativo
do Meu Brasil Imperante,
transformando o Faetonte
em seu Amor e seu Guia.

Dali, conforme assuntaram
os oito Leões Bonitões
de Cibele Gisele Genaro
do Clã dos Serapiões,
aquela deusa fingida
do princípio da Canção,
aqueles Leões Gloriosos
que a protegeram, ditosos,
tão másculos! e tão fermosos!,
ao Grande Pantanal
e também ao Gran Sertão,
pois a dita cuja partira
com Faetonte Legal
numa viagem de mentira
repleta de Rara Emoção
Deveras Sobrenatural,
na Carruagem da deusa
daquela Canção Genial,
aquela que o antigo romano
dizia ser de origem espacial,
ambos acompanhados da Lira
do Apolo Imortal
até à Europa Influente,
o Antigo Continente
de onde partiu, tão valente!,
a Esquadra Imponente
de Pedro Álvares Cabral,
para descobrir o Brasil,
o meu País Varonil,
per seu povo resistente
considerado o Maioral.
E foi então, nesse entretanto
da viagem triunfal,
que a Almandina Bonina,
a proprietária interina
do tal Manto Sacrossanto
da Sabedoria Geral,
resolveu com raro gosto
que, no próximo mês de agosto,
ela e Faetonte Disposto
fariam uma viagem a Portugal,
mas como era julho ainda,
a Almandina Florinda
levou o Faetonte Consorte
para um aprazível Ressort
na Itália muito linda,
e foram ambos visitar,
logo no dia seguinte,
o Museu de Roma Bella,
onde estava a aquarela
da Deméter, tão singela!,
pintada em grande tela
pelo Leonardo Davinte.
E foi nesse mesmo dia
que a Deméter Jussara Maria,
num avatar de magia,
se adonou com maestria
da face brasileira altaneira
de Almandina Bonina,
a Sacerdotisa Mineira.
O que aconteceu, óh! Meu My Lorde!
meu Amante Bell’amante!,
foi que a deusa Adamante
soubera, lá na Itália.
A Itália Prosopopaicante,
que a sua outra face Eleusida,
sua outra face brilhante,
a Cibele Aparecida,
aquela que viera, de fato, renascida,
lá do Espaço Sideral,
com toda uma parafernália fingida
digna de uma deusa fatal,
pois repito com rompante,
a dita cuja soubera,
lá na Itália Classiczante!,
que a Cibele Romanella
se apoderara com tato,
com Fingida Escrita Bella,
do corpo mui gorduchinho
de Almandina Mary de Tal,
num avatar triunfante,
um avatar sem-igual.
E esta narradora enrolante
do quarto anno intrigante
do Milênio Inconstante,
o Terceiro da Girândola
desde a Era Dominante
de Cristo Miracolante,
o atual milênio prosopopaicante,
globalmente angustiante,
deseja contar e encantar,
com muito rebuscado vagar,
o porquê muito intrigante
de a Deméter Jussara Estelar,
assim quomodo a Cibele,
de sobrenome DuMar,
se parecer, também ela,
a Deméter Cicarella,
naquela velhíssima aquarela,
renascentista e tão bella!,
com a Sacerdotisa Singela,
tão gordinha e sem glamour!,
sem aplauso e sem valor!,
com a Almandina Cristina,
uma mulher-heroína,
uma mineira que ensina
Literatura de Época,
da Época do Esplendor,
a discípulos altaneiros,
oriundos todos eles
de locais alvissareiros
da Cidade-Maravilha,
chamada pelos de acá
de Rio Bello de Janeiro,
localizado e assentado
no meu Brasil Redentor,
um País que no Futuro,
ali-adiante, sem-muro,
será o maior de todos,
pois pregará a Paz Urgente
ao Rotundo Mundo Quente,
Rotundo Mundo Girante,
atualmente Angustiante,
ou se Minha Mercê quiserdes,
um Mundo Muito Brilhante
ou quiçá Incandescente,
e se Vós quiserdes também,
um Mundo Praláde Indecente,
Belicoso e Incoerente,
Boboca e Meio Demente.
Pois, na próxima capitulagem,
contar-vos-ei, com coragem!,
o tal fato impressionante.


XIII

A NARRADORA EM QUESTÃO,
DO FUNDO DO CORAÇÃO,
REPLETA DE BOA INTENÇÃO,
COM SINCERO IMAGINAR,
O FATO DE DEMÉTER ELEUSINA
SE PARECER COM ALMANDINA BONINA,
TAL QUAL A CIBELE DIVINA,
A MESMA DESEJA EXPLICAR

Mas quomodo vos dizia,
neste meu recontar recantante,
a Cibelinha Luzia
do Clã de Martim Adamante,
depois da Vera magia,
naquela noite sem-guia,
em que vira com empatia
o seu duplo tão dourado,
tão bonito e abençoado,
a Deméter do Cerrado
Repleto de Superstição,
então, a dita cuja Cibele,
por sobrenome Gisele
do Olhar de Bem-Querer,
ficou a dita sem saber,
inquietante e incomodante,
da anterior história o restante,
ou seja, três vezes seja,
quomodo a sua duplicat’amada,
que jazia retratada
numa tela de linhão,
toda ela pertencente
a um Mercador do Oriente,
um Mercador Bonitão,
a sua duplicata interina,
a Deméter Lúcia Divina
da Antiga e Bella Canção,
ficou sem saber, eu repito,
neste meu cantar redito,
quomodo ela foi parar
no Monte Atlante Gigante,
distante de Belo Horizonte,
a Capital do meu Rincão,
lá p’las bandas de São João,
aquele Monte Intrigante
chamado per seu povo altaneiro,
povo deveras valente,
trabalhador e contente,
o meu povo alvissareiro,
povo bem brasileiro,
de Serra da Conceição,
e quomodo foi parar
naquela mala exemplar
de um Mercador do Sertão,
um Mercador Bonitão.
E muito mais a Cibele,
por sobrenome Gisele,
queria saber a dita,
a magia bell bendita
que fez a Deméter Esquisita
se parecer de antemão
com a Almandina Bonina,
a Sacerdotisa Traquina,
aquela do Avatar Popular
narrado com muito agrado
no início da Canção,
a tal que seu corpo emprestara
à Cibele Gisele de Lara,
para que a narradora atual
deste Brasil Maioral,
com verve e graça legal,
pudesse recontar os feitos,
suas aventuras e pleitos,
nas cobras super-enrolantes
de um Novíssimo Jogral,
ou se Minha Mercê quiserdes,
meu Amado Ouvinte Amante!,
meu Leitor Muito Importante!,
e se não houver contradição,
a este emaranhado, de fato,
um grande balaio de gato,
podereis chamar, com reserva!,
e com a licença de Minerva!,
de Novíssima Canção,
escrita com muito ardor
e desmedido fervor,
no mês de julho enregelante,
no quarto anno atuante,
do Terceiro Milênio iniciante,
narrativa enrolada,
certamente!, espiralada,
mais emoção que razão,
oriunda de uma Terr’Amada,
Terra-Brasil ou Brasis,
uma Terrona Gigante,
uma Terra de Raiz,
da qual, com justa presepada,
atualmente, se diz
ser por Deus abençoada.

A história que desejo
com muita garra contar
está difícil de sair
do fundo de meu pensar;
por mais que penso e repenso,
me vejo numa enrascada enrolada,
enrascada de lascar,
mas sei que daqui a pouco
vou a mente clarear,
e a história verdadeira
do tal Segundo Avatar,
numa grande corredeira,
um rio indo pro mar,
com certa certeza mineira,
a Vossa Mercê Ouvidor,
meu Ouvinte!, meu Amor!,
com brilho e prosopopéia,
sacudindo a minha Idéia,
vou com certeza narrar.
O que aconteceu realmente,
botai fé na contação!,
repito, muito insistente!,
a Almandina Rubirosa,
a Sacerdotisa Bonina,
numa manhã radiosa,
roubou a Carruagem da Divina,
a Cybelinha Cristina
do Globalizado Terral,
que estava estacionada,
muito bem aparelhada,
pelos Leões resguardada,
na Tijuca Sem-Igual,
enquanto a Diva Cibele,
com a sua filhinha Emanuelle,
conhecida em outras Eras
por Ceres Fenomenal,
passeava distraída,
muito alegre e comovida,
no distante Pantanal,
aquele da Onça Parda,
e da outra Onça Pintada,
as quais, por obra e graça
de caçadores profligadores,
caçadores invasores,
estavam, as duas felinas,
duas bravias meninas,
quase quase em extinção,
e se não fosse o aplaudido esforço
do cientista, tão moço!,
Fernando da Injeção
e sua Equipe em Ação,
não estariam as duas lindas
os seus Onços namorando,
os seus filhotes beijando
com carinho e atenção,
não estariam mais andando
nas Extensas Verdes Matas
do meu glorioso Rincão.
A Almandina Bonina
acarinhou os Leões,
chamados de Bonitões,
de Cibele Encarnação,
se apoderou do Gran Carrão
estacionado na esquina
daquele Bairro em questão,
telefonou pro Faetonte,
que estava na Argentina,
dirigindo a Carruagem Alada
de Apolo Bom Cantor,
aquele da Lyra Divina
e do vozeirão de tenor,
convidou o Faetonte
para uma viagem de amor,
em direção à Roma Bella,
da Itália uma aquarela
e fermosa Capital,
e certamente visitando
um lugar de grã valor,
o Museu Sensacional
do tempo da Renascença
e do Leonardo Maioral.

O que aconteceu realmente,
a Vós desejo narrar:
a Sacerdotisa Ladina,
a Almandina Bonina,
fez um ritual de espantar.
Enquanto a Cibele Divina
voltava à Terra Azulina
em um diferente Avatar,
se adonando do corp’humano
gordinho e meio velhinho,
o corp’humano insano
de Almandina Rebordosa
Sacerdotisa Dumar,
pois a dita cuja Almandina
fez o contrário, por certo!,
pois foi magia de espantar.
Quomodo vos disse em antes,
ela se apoderou do Automóvel
e dos Leões Amestrados,
e junto com o Faetonte,
um divino apessoado,
saiu da Terra Azulina
e foi passear no passado,
visitando Roma Bella
do Tempo do Leonardo,
um pintor muito endeusado,
um pintor mui bem galhardo,
transformando o Presente Quente
em Passado Bem Sonhado.
Só para Vossa Mercê entender
o enrosco do narrado,
vou repetir o já dito
com um contar modificado.
A diva Deméter Cristina
do Seleto Solo Arado,
um Solo Ensolarado,
a outra máscara eleusina
de Cibele Géia Terrosa
do Manto Todo Bordado,
a deusa da Terra Azulina
de Semblante Bell Corado,
pois, então?!,
num encontro de arrasar
com a mesma dita Almandina,
lá na Itália Sem-Par,
tão rica e esplendorosa,
quando a dita cuja Ladina
resolveu por lá andar,
naquele dia diferente,
quando esperta e silente
se pôs a pensar e a tramar,
para achar um jeito certo,
um jeito certo e influente,
nesta Narrativa DeMente,
de se adonar e viajar
com o Faetonte abraçada,
naquela Charrti’Alada
do princípio da Canção,
dirigida e resguardada
pelos Leões de Cibele,
a Cibele Gisele Dumar
e Passado Espetacular,
oriundos e trazidos
com salvas e estampidos
da Ilha de Madagascar,
pois, então?!,
a dita cuja da Canção,
a Deméter Conceição,
estava a dona bem pintada,
numa telon’afamada,
por Davinte assinada,
quando, mui bem de repente!,
estacionada em sua frente,
ela viu a Almandina,
com aquela face bonina,
apreciando o telão.

Vou retroceder um pouquinho,
para o Vosso entendimento,
óh! Bell’ Amante Benzinho!
A Almandina estav’andando
toda feliz e ditosa,
nos corredores soberbos
do Museu de Rom’Anosa,
Roma Antiga e Esplendorosa,
toda linda e bem trajada
quomodo fosse uma rosa,
muito bem acompanhada
por Faetonte Barbosa
e per os Leões de Granada
de Cybelinha Dengosa,
uma Guarda Profligadorosa!,
quando assim, tão de repente!,
a dita cuja Vidente,
ou Quiromante Assanhada,
a Almandina Rubirosa
A Almandina DeMente,
avistou uma mulher trajada
uma mulher bem formosa
com uma roupa incandescente,
ou seja, três vezes seja,
uma vestimenta dourada,
trazendo na cabeçorr’altiva
uma coroa iluminada,
de diamantes cravejada,
e na mãozinha direita
a lanterna rarefeita
para iluminar a bell’estrada.
Então,
para não perderdes o cordão
do meu enrolado roldão,
óh! meu Honorável Ouvinte!,
Ouvinte Constituinte,
a tal mulher avistada
per Almandina Bonina,
a Sacerdotis’Atilada
desta Novíssima Canção,
na tela bella pintada,
já um pouco desbotada,
era, sem nenhuma armação!,
a Deméter Endeusada
de Segunda Encarnação,
muito fermosa!, espelhada
em uma tela bem cotada
no valioso pregão,
uma tela de requinte,
per os ricos desejada,
mas no Museu resguardada,
por Guardas, bem vigiada,
pois era uma tela assinada
pelo Leonardo Davinte.
A Deméter já cansada
de ficar mitificada,
na telona confinada,
resolveu de antemão
que a aparência da Almandina
se fixasse, inteirinha,
no glorioso telão,
pois já sabia, a divina,
a divina do relato
repleto de superstição,
sem fazer nenhum esforço,
por um brasileirinho, bem moço!,
um rico do meu Rincão,
que estava a visitar
o Mercado de Milão,
de Quadros Valorizados
em um famoso Leilão,
o seu seria comprado,
e em navio fretado,
ou quiçá em avião,
atravessaria o Mar Salgado,
o Atlântico Beldourado
do tempo da Descoberta,
ou, talvez, Escravidão,
e viria pro meu chão,
e se fosse bem esperta,
bem cheia de animação,
já no próximo mês de agosto,
mês de verdadeiro bom gosto,
ou antes mesmo, em julho,
mês de muita armação,
ela estaria no Sertão,
disputando com a Cibele,
a sua duplicata terrosa,
face a face, pele a pele,
do Mercador a atenção,
numa briga gloriosa,
já cantada em verso e prosa
por esta narradora em questão.

E foi assim, meu Ouvinte!,
óh! Meu Venerado Leitor!,
que a estampilha-esplendor,
pintada pelo Davinte,
foi parar no Gran Malão,
o malão da ocasião,
repleto de quinquilharias
e de muita confusão,
mas nele, muito bem guardado!,
o Amor Mitificado
do Mercador do Sertão.
Só que a alheada Almandina,
a Sacerdotisa Bonina,
passeando em Roma Bella,
acompanhada e amparada
por Faetonte Disposto,
ficou sem saber da querela
da tal querelon’armada
per a dita cuja Singela
a Singel’Afamada,
a que tomou o seu corpo,
sua aparência e rosto,
e bastiu trist’empreitada,
uma briga feia, horrorosa,
com a sua antiga geminada,
a Cybelinha Dengosa
da Veloz Charreti’Alada.
E as duas que eram só uma
no passado redentor,
estavam a lutar e brigar,
neste atual Neo-Narrar,
com muita garra e ardor,
na Estrada Enluarada,
de Minas Gerais Muito Amada,
pelo José Mercador.
Mas, esta história a vós narrei,
páginas atrás, com certeza!,
e para não mais cansar
a minha passada beleza,
esta página virarei.
Mas, na próxima, com destreza,
a vencedora do pleito,
a Vós, óh! meu Leitor Eleito!,
Meu Grande Amor e Meu Rei!,
por certo!, apresentarei.


XIV

A NARRADORA EXEMPLAR
SACODE A MENTE VAGANTE
E AO LEITOR POPULAR
QUIÇÁ A UM LEITOR INDAGANTE
A MESMA TENTA EXPLICAR
A VITÓRIA ESPETACULAR
DA CIBELINHA TERRANTE
SOBRE A DEMÉTER INSINUANTE,
A OUTRA FACE IMPERANTE
DA MESMA CIBELE DUMAR,
AQUELA DO ANTIGO NARRAR

Pois, quem venceu a contenda,
foi a Cibelinha Terrante,
mandando p’r’os Confins da Lenda
a Deméter Incomodante.
No auge da luta, irada!,
a Cibelinh’Adamante
rasgou a telona pintada
por Leonardo Brilhante,
abraçou-se com o Abraão,
o tal José Bonitão,
o Mercador do Sertão,
e saiu, Brasil afora,
p’ra viver o seu aqui e agora
atrás de muita emoção.

A Cibele Romanelli
ao ver o dito Abraão
todo dengoso e meloso
ante a bell’aparição
de Deméter Martinelli,
a sua outra encarnação,
e depois de brigar feroz
com a sua antiga geminada,
de fato, sem muito tato!,
uma contend’azarada
por merecer reflexão,
a Cibele elevou a voz,
deu um grande passo atrás,
e assim, sem mais nem mais
sem menos e, muito mais!,
sem mais nem mais,
se apoderou da tel’atada
naquele grande malão,
a Mala de Quinquilharias
do Mercador do Sertão,
lascou na tal geminada
uma vigorosa braçada,
mandando-a novamente
para dentro do telão,
e não satisfeita a divina
rasgou a tela interina
de Deméter Encarnação,
mandando-a pros Confins da Lenda
daquela Antiga Canção,
mostrando que a diva primeira
será sempre, com aparato!,
com aparato de fato!,
a dona do tal mandato
de grande competição,
e neste balaio de gato
qu’eu chamo de Neo-Canção,
a divina do Relato
Repleto de Superstição,
resolveu acabar de vez
com a miracolant’ilusão,
deu um beijo no Mercatto,
chamado de José Abraão,
chamou seus Leões Bonitões
provindos do Kasaquistão,
arejou a Carruagem Alada
do Tempo do Rei Dom João,
convidou o Zé da Estrada,
o tal Mercador do Sertão,
para ser sua enseada
ou o seu aeroporto seguro,
em um ansiado futuro,
já no final da jornada,
e, ao lado do dito cujo,
o tal Mercador Bonitão,
o que seria o seu Marujo,
o seu divino Amorzão,
e saiu em disparada,
em sua Charreti’Alada,
muito bem acompanhada
per o José e a Moçada
que dirigia o tal Carrão,
os tais Leões Invisíveis,
os Condutores Terríveis,
Terríveis Profligadores,
Amorosos Protectores
de Cibele Romanelli
da Novíssima Canção,
e foram todos unidos,
Caçadores Destemidos,
em busca de nova emoção,
ou seja, três vezes seja,
buscar os Titãs perdidos
neste Mundão Sem-Razão,
os ditos filhos sumidos
de Cibele Encarnação.
Mas esta história com glória,
contar-vos-ei, com certeza!,
na próxima capitulação.
Por ora, quero que saibais,
óh! Meu distinto Leitor!,
que os Montes de Minas Gerais
à Cibele conquistou,
pois entre todos os Estados
do meu Brasil Imperante,
Minas concentra mais
os Mitos da Lend’Atlante.

A Cibele do Passado,
daqueles Mitos de Então,
saiu do Sonho Bem-Sonhado
desta Narradora em questão,
em um momento agitado
de um Milênio Conturbado,
o Terceiro da Girândola,
desde o iniciar Cristão,
no quarto anno mencionado
nas páginas iniciais
deste Pergaminho Enrolão,
o tal anno assinalado
do Século XXI Sem-Razão,
em um momento em que as mulheres,
em cada pedaço de chão,
levantam suas colheres,
e exigem emancipação,
querendo tomar dos homens
o precioso bastão,
o Bastão Patriarcal
que eles tinham em grossa mão,
hoje um bastão desusado,
já bastante desgastado
e sem nenhuma servidão,
pois os homens atuais
já não são mais Generais,
nem comandam a relação,
foram todos pra cozinha,
para fazer bell comidinha
para as consortes com sortes,
transformando em Matriarcado
a dita cuja união,
pois, agora todos eles,
vão pro tanque lavar roupa,
ou se tiverem dinheiro,
dinheiro para gastar,
os ditos cujos roupeiros,
roupeiros alvissareiros!,
vão bem depressa comprar
uma máquina de lavar,
já que os pobrezinhos de agora,
os homens de minha história,
já não têm o seu mandar,
e se submetem, com glória!,
aos mandos que vêm do ar,
em sonoroso gritar,
por meio de celular,
pois as suas tão consortes,
todas com muitas sortes,
também saem a trabalhar,
para o pão-nosso ganhar,
dividindo o pesado,
o pesado, tão suado!,
com o maridão exemplar,
e, muito mais!, eu vos digo!,
retirando o pensar do meu ego,
pois sou mulher e não nego
que o Mundo está a mudar,
e quem comanda, realmente,
o casamento do presente,
ou seja, três vezes seja!,
as regras tão severas
e, por certo!, mui benditas
do atual Calminho Lar,
é a mulher independente,
aquela que passou à frente,
e que, agora, imponente,
por qualquer inconveniente,
do marido, tão querido!,
se põe a bendita a gritar.

Mas, quomodo estava falando,
a Vós dizendo ou versando,
óh! Meu Leitor Importante!,
depois deste meu excurso intrigante,
por certo!, bem inflamante!,
e assim sendo ou já não sendo,
desejo passar adiante,
com muita garra!, imperante!,
pretendo contar e encantar
tim-tim-por-tim-tim a história,
a história interessante
de Cybelinha Terrante,
aquela que saiu, brilhante,
do Passado para o Agora,
o Agora Guerreante
deste Mundão Inflamante,
que muitos dizem estar no fim,
os Profetas Implicantes
Oriundos de Caim,
querendo arrasar o Mundo
com estoriazinhas sem fundo,
e vão levando a Moçada
para uma perigosa estrada
cheia de pedra e capim.
Mas, antes, peço-vos perdão
pel o meu ante-rompante,
um perdão muito insistente
saído do coração,
um coração meio demente,
mas por certo inflamante.
Acontece, meu Amor!,
que, apesar de me aproveitar
do atual Matriarcado,
e quomodo sempre digo,
e às vezes, por causa, brigo,
pois sou Fêmea de Valor,
sinto o peito excruciado,
por ver tanto homem malamado,
pois o casamento fadado,
por certo!, e com muito agrado!,
sem nenhum grito gritado,
deveria, óh! Meu Prezado,
óh! meu Amantíssimo Leitor!,
ser casório equilibrado,
casamento abençoado,
sem vencido ou vencedor,
dividindo, os casados,
o teto com vero’amor.

No entanto, e entretanto,
continuando o contado,
a Cibele do Passado,
daqueles Mitos de Então,
saiu do Sonho Bem-Sonhado
desta Narradora em questão,
e se apoderou do corp’humano
de Almandina Conceição,
enquanto a esperta ladina,
se mandava, com requinte!,
para a Itália, sempre linda!,
de Leonardo Davinte,
e, isto tudo, óh! Meu Irmão!,
depois de trocar de vida
com a Cibele Encarnação,
pois, enquanto a dita cuja divina
visitava, interina,
novamente, nova sina,
e com muita vera emoção!,
o Mundo Dito Terreno
do Século XXI em questão,
o século atual, tão presente!,
de Luís Inácio da Silva,
o nosso Lula Presidente,
Presidente do Brasil,
o Presidente Inteligente
do meu Brasil Varonil,
o meu Brasil, tão Sereno!,
o meu Glorioso Rincão,
o meu Brasil, o meu Chão.
Enquanto não, por que não?,
a Almandina se mandava
pra Roma de São Sebastião,
a Capital da Itália Bella
e do Mundo Dito Cristão.
E no Brasil, a Cibele
da Antiqüíssima Canção
reencontrava, abismada!,
a Deméter Martinelli,
a sua anterior geminada,
chamada, lá na Parada!,
de Deméter Encarnação,
a tal da tela pintada,
uma tel’amarelada
de anterior invenção,
que estava bem colada
na aba externa citada
de um poderoso malão,
a Mala de Quinquilharias
do Mercador do Sertão,
Sertão de Minas Gerais,
cheio de riquezas tais,
Estado Federativo
do meu Brasil Adorado,
sempre por mim exaltado
nas cobras super-enrolantes
desta Novíssima Canção,
o meu Brasil Muito Amado,
terra rica e hospitaleira,
por isto, escolhida a dedo,
neste momento de medo,
em outras partes Terreiras,
para ser a Nova Terra
de Cibele Milongueira.


XV

A NARRADORA DO BRASIL
DESEJA FECHAR COM LOUVOR
AS MUITAS HISTÓRIAS MIL
DE CIBELE DO ESPLENDOR,
QUE VEIO AO BRASIL VARONIL
E AO MUNDO MUITO INFLAMANTE,
SAINDO DO PASSADO DISTANTE,
FIGURADA EM ALMANDINA OTOMANTE,
EM BUSCA DOS FILHOS SUMIDOS
AQUI NESTE MEU PAÍS IMPERANTE,
OS TAIS TITÃS, JÁ CRESCIDOS,
UMA CAMBADA GIGANTE

Enquanto refaço o já contado,
para finalizar a Canção,
quero dizer-vos,
óh Leitor do Renarrado!,
Leitor do meu Grande Rincão!,
a Cibele do Falado
Repleto de Superstição
com o seu José Muito Amado,
por sobrenome Abraão,
foi passear, cheia de agrado
e muito amor no coração!,
lá p’las bandas do Reizado,
bem perto do meu Sertão,
um lugar distanciado
repleto de Invenção,
onde dizem que as Amazonas
daquele Mito Pagão
se tornaram as grandes donas
dos ditos cujos Titãs,
os tais filhos procurados
por Cibele Encarnação,
e a dita cuja procurando
os Mitos da Velha Canção,
junto com o tal José Amado,
o tal Rico Bonitão,
dando beijote estalado
no Mercador do Sertão,
dentro de seu Carrão Sempre Alado
do Princípio da Canção,
por seus Oito Leões, bem guiado,
além de dar-lhe proteção,
pelos Confins do Bell Sonhado,
o Sonho Maravilhado
desta Narradora em questão;
mas o passeio, por certo!,
pelas estradas de chão,
espero que fiqueis esperto
e compreendais a razão,
tinha um motivo imperante,
qual seja, andar sempre adiante,
com muito ímpeto inflamante,
buscando, desesperante,
os sumidos Titãzinhos,
os seus amados filhinhos
que, há muito!, se afastaram
do tal Passado Pagão
e nas Brenhas do Reizado,
um lugar do meu Sertão,
iniciaram um Amor Sonhado
com as Amazonas Ditosas
daquele Mundo de Então,
agora, Lindas Senhoras
que cultuam o Deus Cristão,
acasaladas, de fato!,
com os Titãs do Relato
Repleto de Superstição,
cuidando de seus filhinhos,
os novinhos Titãzinhos,
que vivem sempre a brincar
no Terreirão dos Paizinhos,
um Terreirão de MilAmores
e de Saudável Paixão,
e só pra não perder o fio
deste enredo enroladão,
e para não apagar o pavio
que ilumina o meu porão,
só sei dizer-vos, meu Lorde,
meu Ouvinte, meu Amor!,
que a Charreti’Alada Iluminada
é hoje um Ford Record,
agora, sem muito valor,
em que a Cibele do Concorde,
um Veículo Voador,
que em outras Eras Infindas
voava e revigorava
pel’os céus da Europa Linda,
repleto de luz sempre bem-vinda,
ainda, viaja, a Dinda!,
com seu Amor Mercador,
sem encontrar o caminho,
reto e sem nenhum espinho,
que a pudesse levar ao encontro
dos Filhinhos Lindinhos,
dos Filhinhos Bonitinhos,
os seus Filhinhos de Apreço,
e que pudesse el’achar,
de seus Filhos, o endereço.

Mas, quomodo antes vos dizia,
nesta parolagem enrolante,
a Cibele Gisele Maria
ousou voltar com magia
daquele Planeta Distante,
porque quomo deusa de Vera Alegria,
ou deusa da Sear’Abundante,
ou deusa da Pedra Lunar,
ou da Géia Fruitificante,
estava encerrada nela
a sua terráquea energia,
a tal fonte intrigante,
primordial e constante,
do Fogo, da Água e do Ar,
uma energia singular
para nascimentos de deuses
e deusas muito vibrantes
do Monte Celestial,
de semideuses Atlantes
da Europ’Ocidental,
e de Humanos Inconstantes
de nosso Planeta Global.
A Pedra Ebanística Brilhante
e a Tiara de Diamantes
eram as suas marcas legais,
os romanos neogigantes,
todos muito atuantes,
as colocavam todinhas
em um bello pedestal,
pois os germes que exalavam
geravam searas abundantes,
com fruitos adocicantes
e mui saborosas sementes,
sementes itinerantes,
as quais, depois, incessantes,
e das colheitas abundantes,
já maduras e papantes,
deliciosas e crocantes,
se transformavam num instante
em gostosos cereais,
alimentando os humanos,
os peixes dos oceanos,
os pássaros da terra e do ar,
e, para completar a seqüência,
pra não ficar em pendência,
os garbosos animais.
Mas, isto tudo foi em antes,
aconteceu no Passado,
no Passado dos Atlantes,
Aqueus do Bello Narrado,
narrado por importantes
narradores fabulantes,
asiáticos mitologizantes
e romanos prosopopaicantes,
os quais sabiam, Aquelles,
narradores inflamantes
de narrativas asadas,
quomo encantar seus ouvintes
com histórias reveladas,
repletas de mui requintes
e de muita palavr’alada,
de deuses fortes consortes
e deusas mitificadas,
e humanos guerreiros gigantes
com suas frágeis namoradas,
um mundinho especial,
mundo deveras total
de fabulosa jornada,
onde a comum-unidade existia,
em cada plano ou hierarquia,
e a juventude sadia
todos os dias saía
em campanha gloriosa,
a cada momento e alento,
repleto de galhardia,
e podia esperar, orgulhosa,
por alguma picardia
ou batalha venturosa.
Pois foi nesse valor passado
que imperou, com agrado!,
a dita do Fabulado,
a Cibele Romanelli
do Veloz Carrão Alado.

A Cibele desta história
também saiu do Passado,
e se apoderou com muita estória
do corp’humano asseado
de Almandina Meritória
mas, Sem Reinado Afamado,
uma Otomante Sem Glória,
Sem Valor e Sem Riscado,
em busca dos Filhos Titãs,
perdidos no Espiralado,
desde os romanos insanos,
Vencidos no Medieval Narrado.
Então, o que ocorreu,
e isto já vos contei!,
no início do Contado,
foi que a deusa-super-mãe
dos anosos portentosos,
famigerados famosos,
deuses do Olimpo de Roma
e das Velhas Cidades da Ásia
e das Cidades Maiorais,
todas elas, com certeza!,
cidades terráqueas reais,
a poderosa Cibele,
a ditosa Romanelli
de Anteriores Viagens Astrais,
até hoje idolatrada
nos lares remanescentes
de Antiqüíssimos Jograis
e per apreciadores de Anosos
Velhos Lais Imortais,
descobrira, a dita cuja,
que seus divinos heróicos
estavam na Terra dos Homens
disfarçados, todos eles,
de seres simples mortais.
A zelosa mamãezona,
quomodo vos disse em antes,
ficou muito preocupada,
ansiosa por demais!
O Orbe da humanidade,
repleto de pura maldade,
se tornara perigoso
tenebroso angustioso,
e os seus divinos Titãs
já não possuíam as mentes sãs,
nem mesmo o rigoroso vigor
e o poder imperador
dos tempos desmoronados,
para sair com louvor
das ciladas mui armadas
do Destino Corredor.
Então, a única forma
de humano’enfronhamento,
sem impacto mui venal
e real sofrimento,
sem a necessidade imperante
de nascimento cruento
(o que, mui certamente!,
mostrava-se incoerente),
seria planeando um jeito
de incorporar-se em preceito
em uma mulher maternal,
e ao mesmo tempo atual,
e, com esse avatar sem-igual,
resgatar o seu excepcional pessoal.
A escolhida,
de índole aguerrida!,
foi a Almandina Rubirosa
De Mente Bell Engenhosa.
Mas, o resgate esperado,
quomodo vos disse e repito
neste final de narrado,
não aconteceu, não Senhor!,
porque a Cibele do Narrado
do Antigo Cantar Rimado,
vivendo agora no Telão
do meu Brasil Muito Amado,
encontrou um novo amor,
o Mercador Sedutor,
e junto com o dito cujo,
o seu amoroso marujo,
saiu em disparada,
esquecida dos filhinhos
e da filhinha muito amada,
a Ceres Repórter Bella,
que foi, aqui logo encontrada,
trabalhando numa empresa
de Tevê Conceituada,
e o tal resgate predito
ficará, quomo vos repito
para uma outra Empreitada.
Já a Almandina Rubirosa,
a Sacerdotisa Letrada,
aquela de mente airosa,
a protegid’afamada
de Íris dos Olhos, Menina,
a Poderosa Divina
da Intrigante Mirada,
resolveu sair em férias,
a dita cuja ladina,
naquele mês de geada,
o julho enregelante
de minha terra adorada,
junto com o Faetonte Gigante,
bisneto da Homenageada,
a Cibele Diva Gisele
da Pedra Reverenciada;
e a Almandina gostou tanto
da Itália Idolatrada
que por lá se aclimatou,
e nunca mais que retornou
à sua Pátria Abençoada,
mas sempre que pode, a Otomante,
envia carta brilhante
e beijos à filharada.