Quando a Cibele Gisele
DuCéu e DuMar
pressentiu
que a contenda estava a começar,
sem um pingo de contido receio,
sacudiu a bolsinha de passeio
de couro-vinil
e retirou de lá o telefone celular.
Imediatamente
discou o número telefônico
do Comandante Bonitão
da Briosa Corporação,
gravado em sua mente
somente
para as horas de aflição.
E, por sorte dela!,
oh! sorte maravilhada!,
a linha telefônica,
ansiosamente teclada,
estava desocupada!
A Cibele Gisele
com uma voz angustiada
pediu ajuda à poderosa Brigada.
E sem perda de tempo,
numa velocidade inusitada,
veio em socorro de Cibele
uma’Artilharia Pesada.
Os soldados armados
se juntaram animados
aos ferozes Leões
de Pezinhos Alados.
E todos lutaram adoidados
contra o Basilisco Fedido
e Mal-Encarado.
Mesmo sendo apenas
um Mítico Basilisco
Praláde Arisco
contra oito Leões
Encantados
e um Batalhão de Soldados
bem preparados,
o barulhu’infernal
da contenda fatal
foi ouvido
em todos os cantos da Capital.
A notícia espalhou-se
quomodo fosse um rastro
de pólvora mega-brilhante
e, no mesmíssimo instante,
uma multidão delirante
apareceu de rompante,
par’apreciar o terrífico
combate inflamante.
Dom Basilisco Malcheiroso
parecia mais um anoso
réptil fabuloso,
com aquel’incrível casacão
de pele de dragão.
Repleto de furor incontido,
o Bicho do Bafo Fedido,
com seu olhar letal de bandido,
repleto de um poder
há milênios adquirido,
se não fosse o Batalhão
prevenido
e os oito Leões Valentões
do Mágico Passado Destemido,
à Cibele Gisele Romanelli
Terrosa do Manto Florido
teria ferido.
Depois do combate arretado,
o Basilisco Arisco foi aprisionado,
o povo circundante foi dispersado,
e a Deidade Cibele Gisele
do Manto Florido Mitificado,
acompanhada de seus oito
impressionantes e atuantes
e invisíveis Leões Valentões,
todos oriundos de diversas regiões,
ou, quem sabe?,
do Ceilão
ou da Ilha de Madagascar,
nas perigosas ruas fermosas
da Grande Cidade
do Rio de Janeiro Encantado
continuou a andar.