Em lá chegando,
percebeu que a estranhosa
manhã brasileira
daquela quinta-feira
invernosa
já estava radiosa,
já aparecendo no céu gloriosa
a Aurora Fermosa
dos Dedos de Rosa,
e que a movimentação
nas ruas do Bairro em questão
já estav’agitada e atuante,
então?!, então, não?!,
com todo aquele povo passageiro-
-personagem-passante
correndo de lá-para-cá,
numa faina’incessante,
em direção aos seus trabalhos diários
de reduzidos salários.
E viu ali, a Cibele da Antiga Canção,
com o coração comovido,
o povo sofrido do Brasil Destemido,
repleto de incrível esperança
e ilusão
e insuperável paixão,
acreditando num Futuro-Sem-Muro,
um Futuro-de-Porto-Seguro
repleto de uma notável ansiada
e desejada
e esperada saudável refeição,
com muuuitu’arroz-com-feijão
e carne fumegante tostada de frango-capão,
e muuuito café-com-leite-de-vac’abundante,
e manteiga mineira verdadeira
com pão-de-sal-francês fresquinho
gostoso e crocante,
acreditando deveras que
o Novo Governo’atuante
do Altíssimo Planalto Central
do Distrito Federal,
aquele brasileiro sensacional,
oriundo de um valeroso povão sem-igual,
salvaria e salvará e restaurará,
colocando em um Vitorioso Patamar
com muito maná,
a anteriormente sofrida e decaída Nação.
Eis aqui então,
nestas páginas,
presente somente para vós,
meu leitor do Futuro-Sem-Muro Distante!,
a cantante vibrante população itinerante flutuante
alvissareira carioca-brasileira de Madureira.