As aventuras de Circe Irinéia

 

XXIV

A QUINTA AVENTURA DE CIRCE

A Quint’Aventura’Alada
de Circe do Olhar Brilhante
aconteceu de madrugada,
com imaginação instigante,
porém, muito bem patrocinada
per Jano Muito Importante,
o Chaveiro da Portada
e da Canção Vigorante,
quando andava per a Estrada
do Pensamento Intrigante,
buscando a Via Afamada
da Imaginação Renovante,
com rol de parol’inventada
e sinalização estreante,
de curva desgovernada
e cobra muito enrolante,
de palavra’agilizada
e sem preceito dominante.

Já raiava a madrugada
de um dia de fevereiro,
e a Circe andava cismada
per a Estrada do Porteiro,
aquele da Port’Alada,
o Jano Janiculeiro,
quando, assim, bem de repente!,
apareceu na sua frente
o Velho do Canto Veiro,
brandindo na lesta mão,
repleto do siira primeiro,
o inconfundível Bastão
do Peregrino Aguadeiro,
o tal Bastão Antigão
de Madeira Pessegueiro,
per a sensata expulsão
de nefasto caminheiro,
seja qualquer cidadão
do Terceiro Milongueiro
que se afaste do jargão
do Português Pioneiro
para usar o tal calão
de meu povo brasileiro,
pois as regras da Canção
do tal Cantar Altaneiro
não aceitam a criação
de um cantar neo-siiraeiro,
e que, se a dita cuja quisesse,
em tal caminhar desordeiro,
teria de enfrentar o estresse
de um embate justiceiro.