As aventuras de Circe Irinéia

E com a permissão importante
do Chaveiro do Presente,
o tal Jano Imperante
dos romanos de antigamente,
a Neo-Circe Transmigrante,
um pouco ansiosa e sem lente,
foi caminhando, anelante,
por um caminhar diferente,
pois era noite fechada
na Estrada Espiralada,
cheia de curva exigente,
a que protege a mente alada
da insana deprimente.

A Circe tateava, impotente,
no tal caminho espiral,
um caminho muito escuro,
buscando o rumo seguro
de quarta demanda irreal,
por certo! aventura imprudente!,
quando deu, de repente,
um passo em falso, inseguro,
e caiu, inconsciente,
num imenso lamaçal,
um lamaçal circundante,
fecundo, matricial,
brilhando, com luz instigante,
naquela escuridão fantasmal,
levando a Circe Adamante
a um plano evolucional,
onde a Terra Neo-Brilhante
se acasalava palpitante
com um Jorro de Água Abissal,
formando a massa larvante
de seres, descomunal,
estranho cortejo vagante
a buscar um ideal,
o início fermentante
de um Novo Mundo, Original,
em que o Ser Humano Atuante
tivesse uma vida normal
na Esfera Dominante
do Planeta Terra Global,
um Planetinha Importante
de Nossa Unidade Central.