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As aventuras de Circe Irinéia, 19


Entretanto e entre tanto,
para não perder o fio
desta narrativa irreal,
o preclaro desafio
deste cantar matinal
é para dizer que em um cantinho
daquela salet’astral,
um pouquinho escondidinho,
estava uma figurinha,
o anãozinho Ruivinho
da Princesinha Clarinha
da Estória Mundial,
aquela estória singela
da Fada-Bruxa Magrela,
uma Bruxa cheia de mal,
que mandou a enteada
para a Floresta’Encantada,
para ficar, a Malvada,
com o Reino da Nomeada,
enquanto a menina inocente,
sozinha e abandonada,
mas, com certeza!, Valente,
vagava em Mato’Inclemente,
sem apoio, sem pousada.

No entanto, a Fada-Madrinha
da gentil menininha
enviou-lhe os anõezinhos,
os miudinhos bonzinhos,
quomodo bons protectores,
livrando-a de dissabores,
ao longo da caminhada
na Florestazinha’Encantada,
e que, no final dos horrores
e da maldad’inventada,
estaria com seu Príncipe
muito’amada e bem casada.

E eis que um dos tais anões
da tal Estoriazinha de Fada
estava, no tal momento
do desjejum da Circezinh’Atilada,
carregando a grande mala
de Jano Janiculento,
o demiurgo do alento
para Nova Caminhada,
e dizendo à Circe Bella
que a mala era dela,
repleta de amor e vento.