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As aventuras de Circe Irinéia, 14

 

 

E a aventura da Circe,
nesta sonolência engraçada,
consistia em beijar
o Feioso Sapim da Beira da Estrada.
Ela beijou o Sapinho,
com mui amor e carinho,
transformando o Sagaz
em um Bello Rapaz.
Depois, caminharam,
cantando e dançando,
e os dias passaram,
e as noites voaram,
e a Circe Irinéia no sonho vagando.
E a Circe, sonhando!
Depois, em seu sonho, duplamente sem-fim!,
bem bonitim, sem-firim-sem-fim-fim,
com muito festim!,
a Circe enviou o Principe Sapim,
em um zás-trás de nortada!,
ventarola dourada,
para os braços gentis da Princesa Rosada,
que, há muuuito!, esperava
o Príncipe Valente da Estória de Fada,
para tirá-la, com glória,
da tal velha estória,
muito contente!,
livrando-a, assim, das garras inglórias
da Fera Demente.

Foi este o desfecho d’aventura sonhada.
Aventura no sonho da Circe Afamada,
que dormia, singela!, por certo! encantada!,
no Castelo Tão Bello da Rainha-Fada,
a Vênus Madrinha do Narrar Enrolado,
ouvindo os ruídos que a embalavam
e ninavam
na madrugada dourada,
no plano pomposo do Ativado Repouso,
transbordante de signos e muito animado.