A Associação de Leitura do Brasil, uma das principais instituições de fomento da área do livro e leitura e referência na realização de eventos, como o Cole (Congresso de Leitura do Brasil), elegou a diretoria que comandará os destinos da entidade no biênio 2011/2012. Ao lado do presidente Antonio Carlos Amorim estarão a vice, Gabriela Fiorin Rigotti, com Alik Wunder e Ana Lucia Horta Nogueira, na primeira e segunda secretaria, respectivamente, e Davina Marques e Ubirajara Alencar Rodrigues, nos cargos de primeira e segundo tesoureiro.

História
A ALB nasceu no início dos anos 80, durante o terceiro COLE, por decisão de assembléia. O comitê provisório da entidade tomou posse e realizou sua primeira reunião nos dias 17 E 18 de Dezembro de 1981.A Associação de Leitura do Brasil e o Congresso de Leitura do Brasil formaram-se no interior da luta pela redemocratização do país e foram importantes instrumentos de garantia do direito à palavra e veículo de expressão de diversos segmentos sociais. A questão da promoção e do estímulo à leitura passava, naquela época, fundamentalmente pela divulgação do próprio texto escrito num momento em que havia poucos espaços de publicação e de informação.

Passados 27 anos de fundação da ALB, 30 anos de COLE e 27 de Revista Leitura: Teoria & Prática, assistimos a fortes transformações no panorama cultural brasileiro.

Depois de 30 anos de COLE e 27 de revista Leitura: Teoria & Prática, percebemos transformações no panorama cultural brasileiro. No que concerne às práticas de leitura e circulação de impressos, houve um aumento de linhas editoriais e uma multiplicação de instrumentos de formação profissional, de modo que, por hipótese, a divulgação de idéias e opiniões teria encontrado seu espaço. Poderíamos imaginar, até, que já não há novidades a serem ditas no campo da leitura. No entanto, se a informação está disponível, o mesmo não se pode dizer do acesso a ela, particularmente da matéria crítica. Grande parte da população não tem condições de usufruir a produção cultural e intelectual do país, seja pela exclusão econômica (agravada com a globalização), seja pela manipulação da informação pelos instrumentos de poder, o que é, também, forma de exclusão. A questão que se coloca não é mais como divulgar e promover a leitura, mas de como garantir o acesso da maioria da população à cultura e à educação. A ALB é um espaço privilegiado de análise e crítica das condições de leitura no país e lugar de luta pela efetiva garantia do exercício da cidadania pela maioria excluída.

Atuação
A ALB congrega todas as pessoas que estão interessadas no estudo e discussão de questões relativas à leitura - pesquisadores, professores de todos os níveis, estudantes universitários, bibliotecários, jornalistas, editores, livreiros, historiadores, etc. Sua intervenção se faz mediante:

- realização de Congressos, Seminários e Jornadas, dentre os quais destaca-se o COLE (Congresso de Leitura do Brasil), realizado bianualmente na UNICAMP;

- organização de cursos de núcleos de pesquisas que enfocam a leitura do ponto de vista de diferentes áreas de conhecimento;

- estímulo à organização e implantação de grupos regionais de estudos e pesquisas, apoiando seus trabalhos e facilitando a troca de experiências;

- veiculação das atividades excetuadas pelos grupos regionais ou por estudiosos;

- publicação de livros, revistas, cadernos e boletins, nos quais não apenas se expressam os pontos de vista da ALB, mas os dos estudiosos da questão. 
 
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