A ROSA NO REGATO

 


Seus pés frios, úmidos da grama molhada,

Passavam sobre as traves da madeira da ponte.

Por baixo, passava o regato.

Mas os olhos de quem passava sobre a ponte,

Divisaram a rosa branca nas águas do regato.

A rosa estava fechada para se defender da 

Pressa do regato.

Um quadro desses, na tarde de chuva,

Não é mais do que o prenúncio de alguma tris-

Teza que molhará com água fria o morno 

Coração.

A rosa se conservará por muito tempo na

Água gelada.

Quem passava sobre a ponte terá os minutos

E segundos de sua vida tão ativos que se 

Transformarão em futuro sobre passado,

Vida além da morte.

Quem passava sobre a ponte, não imaginava

Quão segundos devoram seu destino,

Enquanto a falta de guia, conserva um pouco

A rosa branca gelada nas águas do regato.